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Acalasia e Megaesôfago

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Acalásia e Megaesôfago 1
Acalásia e Megaesôfago
Acalasia é a ausência de relaxamento do Esfíncter Esofagiano Inferior (EEI) 
durante a deglutição → material estagna no corpo do esôfago → irritação da mucosa → 
formação de áreas de metaplasia → neoplasia.
O megaesôfago é causado pela obstrução à passagem do bolo alimentar faz com que 
o esôfago retenha material não digerido, podendo sobrevir graus variados de 
dilatação em seu corpo.
Fisiopatologia:
Acalasia é dividida em primária (idiopática) ou secundária (Chagas)
No Brasil, a principal causa da secundária é a Doença de Chagas. Deve considerar 
esofagopatia chagásica em áreas endêmicas.
 O trypanossoma cruzi (auto-imune) invade o plexo mioentérico de Auerbach 
(cadeia de neurônios e celulas da glia interconectados atuando no controle do 
peristaltismo) e Meissner ( encontrado em todo o trato digestivo e é responsável por 
coordenar a atividade das camadas musculares do orgão, peristaltismo) → causa 
disfunção do relaxamento do EEI.
Clínica:
Disfagia de condução: o paciente até engole e transfere o alimento, mas não consegue 
transportar o alimento ao longo do esôfago. É o entalo. Dificuldade de transporte.
Sintomas de regurgitação e broncoaspiração (do material retido no esôfago) são 
associados a disfagia de condução. Desenvolvimento de halitose
Diagnóstico:
Radiografia torácica:
Acalásia e Megaesôfago 2
Acalásia e Megaesôfago 3
Esofagograma/Estudo da deglutição de bário → esôfago dilatado, nível de ar-líquido, 
demora no esvaziamento esofágico 
Manometria esofágica → confirmação do diagnóstico e demonstra hipertonia do EEI. A 
pressão do EEI pode, ou não, estar elevada.
A esofagomanometria ( principal exame diagnóstico) .Vê o grau de comprometimento 
do esôfago. Principais achados manométricos na acalasia:
1. Não relaxamento do EEI em resposta à deglutição 
2. Graus variados de hipertonia (aumento anormal do tônus muscular) do EEI
Acalásia e Megaesôfago 4
3. Aperistalse (ou ausência de contrações eficazes). Presença de refluxo 
gastroesofágico fala contra acalasia 
A esofagografia baritada pode mostrar:
1. Dilatação do corpo esofágico (megaesôfago)
2. Imagem de estreitamento em ''bico de passarinho'' na topografia do EEI 
3. Atraso no esvaziamento esofagiano
4. Presença de contrações esofagianas n peristálticas 
Permite classificar a doença em diversos estágios ( de Rezende):
Grau I→ forma anectásica = esôfago de calibre normal (até 4 cm), com pequena 
retenção de contraste, um minuto após a deglutição
Grau II→ esôfago discinético = pequeno aumento de calibre (4-7 cm) e franca 
retenção de contraste (megaesôfago leve)
Grau III → eso. francamente dilatado ( megaesôfago clássico, 7-10 cm), atividade 
motora reduzida e grande retenção de contraste
Grau IV → dolicomegaesôfago ( dólico= alongado) > que 10 cm ou tortuoso
Deve evitar esofagectomia em virtude do grau máximo, associado com um risco 
alto da cirurgia 
Tratamento:
*OBJETIVO → Promover o relaxamento do EEI
*N há tratamento terapêutico que normalize a contratilidade do corpo esofagiano
*Nitratos (via sublingual) antes das refeições
*Antagonistas de cálcio (10 mg nifedipina VO 6/6 H) → reduzem a pressão do EEI e 
podem ser usados em pacientes com sintomas leves a moderados
*Injeção intramural e circunferencial de toxina botulinica, quando resultados imediatos 
são desejáveis, porém a duração do efeito é de apenas 3-6 meses.
Quando o paciente tem sintomas n solucionáveis com terapia clínica parte para os 
métodos intervencionistas :
Acalásia e Megaesôfago 5
Dilatação endoscópica por balão: dilatação forçada do cárdia por sondas dilatadoras 
endoscópicas usa um balão montado em haste flexível que é insuflado até pelo menos 
30 mm, provocando a ruptura das fibras musculares do EEI. 
Grau I e II
Megaesôfago sem condições cirúrgicas 
Tratamento cirúrgico;
Casos n avançados Heller- Pinotti: esofagocardiomiotomia (Heller) → secção das 
fibras musculares da transição esôfago gástrica, principalmente na parede anterios. 
Seguida pelo procedimento anti-refluxo parcial em três planos ( Pinotti).
Casos avançados ou lesões pré-malignas: esofagectomia subtotal , trans-hiatal , com 
transposição de tubo gástrico pelo mediastino posterior e anastomose esôfago- 
gástrica cervical.
 
 Lívia Rachel

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