Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Direito constitucional Estado de Defesa Motivo: para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza. TITULARIDADE: é do Presidente da República, por meio de decreto, depois de ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional. Conselho da república e defesa nacional: são órgãos de consulta previamente ouvidos, porém suas opiniões não possuem caráter vinculativo e sim de um parecer meramente opinativo. Decreto que instituir o estado de defesa: deve determinar: a) o tempo de duração; b) a área abrangida (devendo ser o local restrito e determinado); c) as medidas coercitivas a vigorar durante a sua vigência. Tempo de duração: máximo de 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 30 dias, uma única vez. Havendo necessidade de se prorrogar por mais um período, a decretação deverá ser de estado de sítio. Medidas coercitivas: restrições a direitos. I – restrições aos direitos de: a) reunião, ainda que exercida no seio das associações; b) sigilo de correspondência; c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica; II – ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos decorrentes. 2 Prisão por crime contra o estado: como exceção ao art. 5º, LXI, poderá ser determinada pelo executor da medida (não pela autoridade judicial competente). O juiz competente, imediatamente comunicado, poderá relaxá-la. Referida ordem de prisão não poderá ser superior a 10 dias, facultando-se ao preso requerer o exame de corpo de delito à autoridade policial. Incomunicabilidade do preso: é vedada. Controle político: imediato e logo após a decretação do Estado de Defesa. Isso porque, decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da República, dentro de 24 horas, submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso Nacional, que decidirá por maioria absoluta. Se o Congresso Nacional estiver em recesso, será convocado, extraordinariamente, pelo Presidente do Senado Federal (art. 57, § 6º, I), no prazo de 5 dias. O Congresso Nacional apreciará o decreto dentro de 10 dias contados de seu recebimento, devendo continuar funcionando enquanto vigorar o estado de defesa. Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado de defesa. Demais formas de controle: haverá controle político concomitante, bom como sucessivo ou a posteriori. Haverá, também, controle judicial imediato, concomitante e sucessivo. Imunidades parlamentares: subsistirão, não havendo previsão de suspensão.
Compartilhar