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CCJ0007-WL-RA-04-Direito Penal I-Validade e Eficácia da Lei Penal no Tempo e no Espaço _13-08-2012_

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Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Direito Penal I 
Prof.: Ricardo Cícero de Carvalho Rodrigues 
Disciplina: 
CCJ0007 
Aula: 
004 
Assunto: 
Lei Penal no Tempo e Ultratividade da Lei 
Folha: 
1 de 9 
Data: 
13/08/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-02/CCJ0007/Aula-004/WLAJ/DP 
Plano de Aula: 4 - Validade e Eficácia da Lei Penal no Tempo e no Espaço. 
DIREITO PENAL I 
Título 
4 - Validade e Eficácia da Lei Penal no Tempo e no Espaço. 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
4 
Tema 
Validade e Eficácia da Lei Penal no Tempo e no Espaço. 
Objetivos 
O aluno deverá ser capaz de: 
 
-Compreender a relevância da subsunção das normas penais aos preceitos constitucionais. 
-Demonstrar a aplicabilidade das Normas jurídico-penais no tempo e no espaço e suas limitações 
constitucionais. 
-Reconhecer as situações fáticas ensejadoras dos conflitos de leis penais no tempo: Abolitio criminis, 
Novatio Legis in mellius, Novatio Legis Incriminadora e Novatio Legis in Pejus. 
-Identificar e solucionar os conflitos de leis penais no tempo com base nos princípios da irretroatividade da 
lei penal e retroatividade da lei penal mais benéfica. 
-Compreender a necessidade de criação de normas penais excepcionais e temporárias e sua aplicabilidade. 
-Identificar e solucionar os conflitos de leis penais no espaço com base nos princípios da territorialidade e 
extraterritorialidade. 
-Compreender a relevância do estudo prévio dos temas da aula por meio da resolução dos casos concretos 
propostos. 
Estrutura do Conteúdo 
1. A Lei Penal no Tempo. Vigência e Validade – Atividade e Extratividade da Lei Penal. 
 
2. Conflito de leis Penais no Tempo: 
 
2.1. Abolitio criminis, Novatio Legis in mellius, Novatio Legis Incriminadora, Novatio Legis in Pejus. 
 
3. Princípios que regem o conflito de leis penais no tempo: 
 
3.1. Princípio da Irretroatividade da Lei Penal Severa. 
3.2. Princípio da Retroatividade da Lei Penal mais Benigna. 
 
4. Leis Excepcionais e Leis Temporárias. 
 
4.1. Conceito. 
4.2. Distinção. 
 
5. Tempo do Crime: 
 
5.1. Teorias: atividade, resultado e mista. 
5.2. Teoria adotada pelo Código Penal. 
5.3. Crime Permanente, Continuidade Delitiva e Súmula n. 711, do Supremo Tribunal Federal. 
- Distinção entre os delitos e o conflito de leis penais no tempo. 
 
6. A Lei Penal no Espaço: 
 
6.1. Validade da Lei Penal. 
6.2. Lugar do Crime. 
- Teorias: atividade, resultado, intenção, efeito mais próximo, ubiquidade e longa mão. 
6.3. Conceito de Território Nacional e sua Extensão. 
6.4. Princípios Delimitadores do conflito de leis penais no espaço: 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Direito Penal I 
Prof.: Ricardo Cícero de Carvalho Rodrigues 
Disciplina: 
CCJ0007 
Aula: 
004 
Assunto: 
Lei Penal no Tempo e Ultratividade da Lei 
Folha: 
2 de 9 
Data: 
13/08/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-02/CCJ0007/Aula-004/WLAJ/DP 
-Territorialidade. 
- Extraterritorialidade: Incondicionada e Condicionada. 
- Princípios: defesa, justiça universal, nacionalidade ativa, nacionalidade passiva e representação. 
6.5. Pena Cumprida no Estrangeiro. 
 
Indicação Bibliográfica 
 
- Leia os artigos 2° a 12, do Código Penal. 
 
DECRETO-LEI No 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940. 
 
Código Penal (CP/1940) 
 
PARTE GERAL 
 
TÍTULO I 
DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
Anterioridade da Lei 
 
Art. 1º. - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
Lei Penal no Tempo 
 
Art. 2º. - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em 
virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. (Redação dada pela 
Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos 
fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
Lei Excepcional ou Temporária (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
Art. 3º. - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as 
circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) 
 
Tempo do Crime 
 
Art. 4º. - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o 
momento do resultado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) 
 
Territorialidade 
 
Art. 5º. - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito 
internacional, ao crime cometido no território nacional. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
1984) 
 
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as 
embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo 
brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações 
brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Direito Penal I 
Prof.: Ricardo Cícero de Carvalho Rodrigues 
Disciplina: 
CCJ0007 
Aula: 
004 
Assunto: 
Lei Penal no Tempo e Ultratividade da Lei 
Folha: 
3 de 9 
Data: 
13/08/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-02/CCJ0007/Aula-004/WLAJ/DP 
espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) 
 
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou 
embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no 
território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar 
territorial do Brasil.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) 
 
Lugar do Crime (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) 
 
Art. 6º. - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em 
parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. (Redação dada pela 
Lei nº 7.209, de 1984) 
 
Extraterritorialidade (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) 
 
Art. 7º. - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 1984) 
 
I - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; (Incluído pela Lei nº 7.209, 
de 1984) 
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de 
Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, 
autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 
1984) 
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; (Incluído pela Lei nº 
7.209, de 1984) 
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; (Incluído pela 
Lei nº 7.209, de 1984) 
II - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; (Incluído pela Lei nº 
7.209, de 1984) 
b) praticados por brasileiro; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade 
privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. (Incluído pela Lei 
nº 7.209, de 1984) 
 
§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido 
ou condenado no estrangeiro. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
 
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das 
seguintes condições: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
a) entrar o agente no território nacional; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; (Incluído pela Lei nº 7.209, 
de 1984) 
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; 
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiroou não ter aí cumprido a pena; 
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta 
a punibilidade, segundo a lei mais favorável. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
 
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro 
fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: (Incluído pela Lei 
nº 7.209, de 1984) 
a) não foi pedida ou foi negada a extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Direito Penal I 
Prof.: Ricardo Cícero de Carvalho Rodrigues 
Disciplina: 
CCJ0007 
Aula: 
004 
Assunto: 
Lei Penal no Tempo e Ultratividade da Lei 
Folha: 
4 de 9 
Data: 
13/08/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-02/CCJ0007/Aula-004/WLAJ/DP 
b) houve requisição do Ministro da Justiça. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
 
Pena Cumprida no Estrangeiro (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
Art. 8º. - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando 
diversas, ou nela é computada, quando idênticas. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
 
Eficácia de Sentença Estrangeira (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
Art. 9º. - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas 
conseqüências, pode ser homologada no Brasil para: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
 
I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis; (Incluído 
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
II - sujeitá-lo a medida de segurança.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
Parágrafo único - A homologação depende: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada; (Incluído pela 
Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país de cuja 
autoridade judiciária emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do 
Ministro da Justiça. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
Contagem de Prazo (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
Art. 10. - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos 
pelo calendário comum. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
Frações Não Computáveis da Pena (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
Art. 11. - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações de 
dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
 
Legislação Especial (Incluída pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
Art. 12. - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta 
não dispuser de modo diverso. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
- Leia o verbete de Súmula n.711, do Supremo Tribunal Federal. 
 
Supremo Tribunal Federal 
 
Súmula 711 
 
A LEI PENAL MAIS GRAVE APLICA-SE AO CRIME CONTINUADO OU AO CRIME PERMANENTE, 
SE A SUA VIGÊNCIA É ANTERIOR À CESSAÇÃO DA CONTINUIDADE OU DA PERMANÊNCIA. 
 
Fonte de Publicação 
DJ de 9/10/2003, p. 6; DJ de 10/10/2003, p. 6; DJ de 13/10/2003, p. 6. 
 
- Leia o art. 5°, incisos XXXIX e XL, da Constituição da República de 1988. 
 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Direito Penal I 
Prof.: Ricardo Cícero de Carvalho Rodrigues 
Disciplina: 
CCJ0007 
Aula: 
004 
Assunto: 
Lei Penal no Tempo e Ultratividade da Lei 
Folha: 
5 de 9 
Data: 
13/08/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-02/CCJ0007/Aula-004/WLAJ/DP 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 (CRFB/1988) 
 
TÍTULO II 
Dos Direitos e Garantias Fundamentais 
 
CAPÍTULO I 
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS 
 
Art. 5º. - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
 
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; 
 
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; 
 
Aplicação Prática Teórica 
1) Para comemorar seu casamento, André realizou sua despedida de solteiro em um bar com alguns amigos. 
Finda a farra, André, conduzindo seu veículo, atropelou e lesionou Paulo sendo sua conduta tipificada como 
incursa no delito de lesões corporais culposas na direção de veículo automotor (art. 303, da Lei n. 9503/1997). No 
curso da ação penal, restou demonstrado pelos exames periciais que André encontrava-se embriagado no 
momento do acidente, razão pela qual a pena imposta à sua conduta foi majorada de acordo com expressa 
previsão legal. Dois meses após sua condenação, entra em vigor a Lei n.11705, de 19 de junho de 2008, que 
revogou expressamente a causa de aumento prevista no Código de Trânsito Brasileiro (Lei n. 9503/1997). Ante o 
exposto, com base nos estudos realizados sobre o conflito de leis penais no tempo, a alteração legislativa terá 
relevância para a sanção imposta à conduta de André? Responda de forma justificada. 
 
Lei n. 9503/1997 – Código de Trânsito Brasileiro (CTB/1997) 
 
CAPÍTULO XIX - DOS CRIMES DE TRÂNSITO 
 
Seção II - Dos Crimes em Espécie 
 
Art. 302. - Praticar homicídio culposo na direção de veiculo automotor: 
Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão 
ou a habilitação para dirigir veículo automotor. 
Parágrafo único. No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena 
é aumentada de um terço à metade, se o agente: 
I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação; 
II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada; 
III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do 
acidente; 
IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte 
de passageiros. 
V - (Inciso acrescido pela Lei nº 11.275, de 7/2/2006 e revogado pela Lei nº 11.705, de 
19/6/2008). 
 
Art. 303. - Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor: 
Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a 
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. 
Parágrafo único. Aumenta-se a pena de um terço à metade, se ocorrer qualquer das 
hipóteses do parágrafo único do artigo anterior. 
 
Resposta: Sim. Uma vez que se aplicam os seguintes princípios, já consagrados na lei Penal brasileira: 
1º Principio da Irretroatividade da Lei Maléfica. (não pode retroagir para prejudicar). 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Direito Penal I 
Prof.: Ricardo Cícero de Carvalho Rodrigues 
Disciplina: 
CCJ0007 
Aula: 
004 
Assunto: 
Lei Penal no Tempo e Ultratividade da Lei 
Folha: 
6 de 9 
Data: 
13/08/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-02/CCJ0007/Aula-004/WLAJ/DP 
2º Principio da Ultratividade da Lei Benéfica. (lei posterior mais branda atinge o réu). 
3º Principio da Retroatividade da Lei Benéfica. 
4º Principio da Não-Utratividade da Lei Maléfica. 
Ultratividade da Lei - No Direito Penal, quando uma lei posterior pune mais gravemente ou severamente um fato 
criminoso (lex gravior ou lex severior), revogando de forma tácita ou implícita a lei anterior que o punia mais 
brandamente (lex mitior), prevalecerá a lei mais benéfica. 
 
2) Leia o texto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras indicadas no plano de aula e pelo 
seu professor. 
 
Peruana é presa com cocaína escondida em sandália em MT 
 
Fonte: http://noticias.terra.com.br/brasil/ acesso em 21 de abril de 2009. 
 
Polícia Rodoviária Federal deteve uma peruana com 1 kg de pasta base de cocaína escondido na sandália 
em Rondonópolis (MT), no km 212 da BR-364, na segunda-feira. Ela estava em um ônibus que seguia de Porto 
Velho (RO) para São Paulo. Durantefiscalização, os policiais perceberam que a passageira Rosemery Tilsa 
Evaristo Pio, 37 anos, estava muito nervosa. Foi verificada toda a bagagem da peruana, mas nada foi encontrado. 
Ao informá-la de que ela passaria por uma revista pessoal, os policiais solicitaram que ela retirasse a sandália que 
calçava. Quando o policial pegou a sandália, desconfiou de seu peso e resolveu abrir o calçado, quando encontrou 
a droga. Rosemery disse que pegou a cocaína na Bolívia e que a levaria para a cidade de Campinas (SP), 
recebendo U$S 800. Ela foi conduzida para a delegacia da Polícia Federal. 
Ante o exposto, sendo Rosemary Tilsa peruana, poderá a lei brasileira ser aplicada à sua conduta? 
Responda, justificadamente, com base nos estudos realizados sobre o tema lei penal no espaço. 
 
Resposta: Sim. De acordo com o artigo 4º do Código Penal brasileiro, aplica-se a lei vigente no momento da 
atividade, ou seja, da conduta criminosa, em detrimento dos Princípios do Resultado e da Ubiquidade (Lei Penal 
no Tempo), e de acordo com a Lei Penal no Espaço. A aplicação da Lei Penal Brasileira rege-se pela Ubiquidade; 
assim, qualquer ato tipificado que toque de alguma forma o território brasileiro poderá ser alcançado pela Lei 
Brasileira. O Princípio da Territorialidade determina a aplicação da Lei Brasileira em toda parte do território do 
Estado Brasileiro, seja em seu solo, águas internas e territoriais, ou coluna de ar sobre ambos. 
 
3) JOSÉ foi vítima de um crime de extorsão mediante seqüestro (artigo 159, do C. Penal), de autoria de CLÓVIS. 
O Código Penal, em seu artigo 4.º, com vistas à aplicação da lei penal, considera praticado o crime no momento 
da ação ou omissão,ainda que outro seja o momento do resultado. No curso do crime em questão, antes da 
liberação involuntária do ofendido, foi promulgada e entrou em vigor lei nova, agravando as penas. Assinale a 
opção correta. (Prova de Seleção. 178. Concurso de Ingresso na Magistratura- Tribunal de Justiça do Estado de 
São Paulo/ Vunesp 2006). 
 
a) A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato, frente ao princípio geral da irretroatividade da lei. 
b) A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato, em obediência à teoria da atividade. 
c) A lei nova, mais severa, é aplicável ao fato, porque sua vigência é anterior à cessação da permanência. 
d) A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato, porque o nosso ordenamento penal considera como tempo do 
crime, com vistas à aplicação da lei penal, o momento da ação ou omissão e o momento do resultado, aplicando-
se a sanção da lei anterior, por ser mais branda. 
 
4) Sobre a aplicação da lei penal no tempo e no espaço, o Código Penal Brasileiro adotou, respectivamente, as 
teorias da(do) (Defensor/RN/2006). 
 
a) ubiquidade e resultado. 
b) ubiquidade e ambiguidade. 
c) resultado e ubiquidade. 
d) atividade e ubiquidade. 
 
 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Direito Penal I 
Prof.: Ricardo Cícero de Carvalho Rodrigues 
Disciplina: 
CCJ0007 
Aula: 
004 
Assunto: 
Lei Penal no Tempo e Ultratividade da Lei 
Folha: 
7 de 9 
Data: 
13/08/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-02/CCJ0007/Aula-004/WLAJ/DP 
==XXX== 
 
 
RESUMO DE AULA (WALDECK LEMOS) 
 
4ª AULA – Lei Penal no Tempo e Ultratividade da Lei 
 
LEI PENAL NO TEMPO 
 
1-TEORIAS 
 
-Da atividade => (Tempo Regit Actum) considera-se praticado o crime no momento da conduta (ação ou 
omissão), mesmo que outro seja o momento do resultado. 
-Do resultado => considera-se praticado o crime no momento do resultado. 
-Mista => Considera-se crime tanto no momento do resultado ou no momento do crime. 
 
Atenção: Com relação à Lei Penal no Tempo o Brasil adota a Teoria da Atividade (Art. 4° do CP/1940). 
 
Tempo do Crime 
 
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o 
momento do resultado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) 
 
2-IMPLICAÇÕES PRÁTICAS 
 
-Imputabilidade do Agente 
-Circunstâncias da Vítima 
-Sucessão das Leis: 
 
a) Fato Atípico  Fato Típico 
b) Fato Típico  Aumenta Pena 
c) Fato Típico  Diminui Pena 
d) Fato Típico  Suprime Crime 
 
Obs.: Abolitio Criminis X Coisa Julgada (art. 5°, XXXVI) 
 
Obs.: Abolitio Criminis: Efeitos Penais X Efeitos Civis 
 
Obs.: Abolitio Criminis X Vacatio Legis 
 
Conflitos das Leis Penais no Tempo 
Fonte: (http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_penal) Wikipédia. 
 
"A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu". 
 
Abolitio Criminis: Deixa de incriminar a conduta. Ex: Art. 240 Adultério - Deixou de ser crime. 
Novatio Legis in Mellius: Melhora de algum modo a situação do réu. Portanto retroage. 
Novatio Legis in Pejus: Piora de algum modo a situação do ré. Não retroage. 
Novatio Legis Incriminadora: Incrimina a conduta que não era crime. Não retroage. 
 
Obs.: Possível combinação de Leis? Sim já vem no próximo CP. 
 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Direito Penal I 
Prof.: Ricardo Cícero de Carvalho Rodrigues 
Disciplina: 
CCJ0007 
Aula: 
004 
Assunto: 
Lei Penal no Tempo e Ultratividade da Lei 
Folha: 
8 de 9 
Data: 
13/08/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-02/CCJ0007/Aula-004/WLAJ/DP 
Obs.: Norma Penal em Branco X Abolitio Criminis 
-Complemento é Lei. => Sempre será possível a Retroatividade. 
-Complemento é Portaria => 1) se descriminar sempre vai retroagir. 2) Se a portaria é de atualização, não 
retroagi. 
 
3-ULTRATIVIDADE DA LEI 
 
-Leis Temporárias 
 
Lei A => Lei B => Lei A => 
 
-Leis Excepcionais 
 
Lei A => Lei B => 
 
Conflitos das Leis Penais no Tempo 
Fonte: (http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_penal) Wikipédia. 
 
Lei Temporária: Tem prazo de vigência estabelecido na lei. 
Lei Excepcional: Possui vigência em situações excepcionais. 
Características: 
-Autorrevogáveis: Não precisa de outra lei, quando acaba o período de vigência. 
-Ultrativas: Apesar de ter sido revogada, continua sendo aplicada aos fatos cometidos em sua 
vigência. 
 
De acordo com o artigo 4º do Código Penal Brasileiro, aplica-se a lei vigente no momento da 
atividade, ou seja, da conduta criminosa, em detrimento dos princípios do resultado e da ubiquidade. 
 
P/P/Aula Ler: Lei Penal no Espaço e Validade da Lei Penal 
 
 
==XXX== 
 
 
RESUMO DE AULA (PROFESSOR - AULA MAIS - ESTÁCIO) 
 
4ª AULA – VER: 
 
Direito Penal I 
Professora Daniela Duque Estrada 
Aula 04 
 
 
 
 
 
==XXX== 
 
 
Curso Direito Penal I – Aula-04 
Âmbito de Eficácia da Lei Penal – Parte II 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Direito Penal I 
Prof.: Ricardo Cícero de Carvalho Rodrigues 
Disciplina: 
CCJ0007 
Aula: 
004 
Assunto: 
Lei Penal no Tempo e Ultratividade da Lei 
Folha: 
9 de 9 
Data: 
13/08/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-02/CCJ0007/Aula-004/WLAJ/DP 
(Paulo Eduardo Sabio) 
 
 
 
 
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