Buscar

PROCESSO LEGISLATIVO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Profª Cibele Fernandes Dias
PROCESSO LEGISLATIVO (art. 59, CF)
1. ATOS LEGISLATIVOS (art. 59, I a VII, CF e Lei Complementar 95/98) 
I - Emendas à Constituição >> Submetem-se a PROCESSO LEGISLATIVO mas NÃO SÃO LEIS, são NORMAS CONSTITUCIONAIS
II - Leis complementares
III - Leis ordinárias;
IV - Leis delegadas 	 O PR legisla em FUNÇÃO ATÍPICA
V - Medidas provisórias 
VI - Decretos legislativos	 São atos que formalizam COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DO PODER L. 
VII - Resoluções		 Por isso é que são leis que não contam com a participação do PR
2. PROCESSO LEGISLATIVO DAS LO´s (arts. 61, 63 a 67, CF)
FASES DE ELABORAÇÃO DAS LEIS ORDINÁRIAS: 
 
1ª) INICIATIVA: Apresentação do PROJETO DE LEI
2ª) CONSTITUTIVA: O projeto de lei irá se CONSTITUIR (transformar) em uma LEI 
 Divide-se em 2 subfases:
 DELIBERAÇÃO PARLAMENTAR: Quando o projeto de lei é aprovado nas 2 Casas, passa-se à subfase seguinte
 DELIBERAÇÃO EXECUTIVA: o PR pode sancionar ou vetar
 O projeto de lei vira LEI se for sancionado pelo PR ou se, posteriormente, o veto for derrubado
3ª) INTEGRATIVA DE EFICÁCIA: a lei ganha EFICÁCIA na ordem jurídica
Promulgação (= declaração): É uma espécie de CERTIDÃO DE NASCIMENTO, no qual se atesta que a lei existe e que pode ingressar na ordem jurídica. Em seguida, as autoridades que promulgaram a lei enviam o seu texto para o DOU 
Publicação
2.1. INICIATIVA LEGISLATIVA (art. 61)
 ESPÉCIES DE INICIATIVA LEGISLATIVA 
 
 Iniciativa parlamentar e extraparlamentar 
 Iniciativa comum ou concorrente (regra)
 Iniciativa privativa ou exclusiva (exceção)
 Iniciativa facultada (exceção)
- A iniciativa de apresentação do projeto de lei pode ser:
a) PARLAMENTAR
b) EXTRA PARLAMENTAR: PR, órgão do Poder J (STF ou Tribunal Superior), TCU, PGR
- A iniciativa também pode ser classificada em:
PRIVATIVA (ou EXCLUSIVA): só determinada autoridade / órgão pode ter a iniciativa. 
 Apenas um órgão ou uma única pessoa pode apresentar à Casa Iniciadora o projeto de lei que trate de determinada matéria. 
a.1) INICIATIVA PRIVATIVA do PR:
Art. 61 § 1°, I e II
 Cai muito em concurso a MATÉRIA TRIBUTÁRIA: a iniciativa é comum ou privativa? DEPENDE
Se for matéria tributária no tocante a TRIBUTOS FEDERAIS, a INICIATIVA É COMUM (qq um dos legitimados pode apresentar o projeto de lei)
Se forem TRIBUTOS DE TERRITÓRIOS, a INICIATIVA É PRIVATIVA DO PR
Art. 165 (leis que estabeleçam plano plurianual, diretrizes orçamentárias e orçamentos anuais)
a.2) INICIATIVA PRIVATIVA DO STF
Art.93 (Estatuto da Magistratura)
Art. 96, II
a.3) Competência privativa dos TRIBUNAIS SUPERIORES e TRIBUNAIS DE JUSTIÇA (art. 96, II, CF) >> Ex: Código de Organização e Divisão Judiciária do Estado do RJ >> Só o TJ/RJ pode apresentar o projeto de lei
a.4) TCU: Tem iniciativa privativa para os projetos de lei que tratem da sua ORGANIZAÇÃO (art. 73, CF)
a.5) PGR: Iniciativa privativa para projeto de lei que trate da organização dos serviços auxiliares do MINISTÉRIO PÚBLICO (art. 127, §2o, CF).
CONCORRENTE (ou COMUM): é a regra geral. 
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao PR, ao STF, aos Tribunais Superiores, ao PRG e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição
- 2 ou + autoridades podem apresentar o projeto de lei. 
- Permite-se a qq pessoa / órgão o início dos projetos de lei sobre as d+ matérias (art. 61, caput), inclusive o POVO na chamada iniciativa popular >> Mas é muito difícil o cumprimento dos requisitos da iniciativa popular:
Art. 61 § 2º >> Traz as regras para a INICIATIVA POPULAR na esfera FEDERAL >> A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, 1% do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por 5 Estados, com não menos de 0,3% dos eleitores de cada um deles.
Art. 27 §4º >> Traz as regras para a INICIATIVA POPULAR na esfera ESTADUAL >> A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.
Art. 29, XIII >> Traz as regras para a INICIATIVA POPULAR na esfera MUNICIPAL >> Iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, 5% do eleitorado
FACULTADA: Só 2 autoridades podem apresentar o projeto de lei (ou um ou outro). Ocorre em relação a matérias que digam respeito à organização do MP: ou o PR ou o PGR pode apresentar o projeto de lei. Depende de regra escrita na CF. 
Aqui, temos que interpretar o art. 61 §1º, d c/c art. 128 §5º, CF >> Cuidado!!! 
i) A iniciativa da LC 65/93 (que trata da organização do MP da União) é FACULTADA (ou o PR ou o PGR). 
ii) Mas a LO 8625/93 (versa sobre normas gerais de organização do MP dos Estados membros e do DF) é de INICIATIVA PRIVATIVA DO PR. 
iii) A LC estadual trata de normas específicas de organização do MP dos Estados é de iniciativa facultada (ou o PGJ ou o Governador).
* Portanto, a nível federal, temos 2 leis que tratam do MP
- Em norma de processo legislativo, incide o PRINCÍPIO DA SIMETRIA (EQUIVALÊNCIA) >> Os Estados e os Municípios devem copiar o modelo federal >> Isso quer dizer que, no tocante a TRIBUTOS ESTADUAIS e MUNICIPAIS, a INICIATIVA é COMUM (até o povo pode ter a iniciativa).
- Nem todas as espécies normativas têm tramitação nas 2 Casas. Apenas os PEC´s, LC´s e LO´s tramitam nas 2 Casas: tramitam primeiro em uma Casa (Iniciadora) e, se nela aprovado, passará à outra (Casa Revisora):
emendas à CF: art. 60
iniciativa das LO´s e LC´s: compete a qq membro / comissão da CD, do SF ou do CN, ao PR e aos cidadãos (art. 61). Esclareça-se que esse dispositivo inclui o STF, os Tribunais Superiores e o Procurador-Geral da República como detentores também do poder de iniciativa legislativa, não, contudo, de iniciativa concorrente, porquanto não podem eles iniciar qq lei, mas tão-só as que lhes são indicadas com exclusividade, salvo o Procurador-Geral que concorre com o PR na iniciativa da Lei Orgânica do Ministério Público (arts. 61 § 1°, II, b, e 128 § 5°)
A INICIATIVA LEGISLATIVA DETERMINA A CASA INICIAL E A CASA REVISORA: 
	
	INICIATIVA
	CASA INICIADORA
	Projeto de LO ou LC
(art. 61)
	Senador / Comissão do Senado
	SF
	
	Deputado ou Comissão da CD
	CD
	
	PR, PGR, STF, Tribunais Superiores, TCU, iniciativa popular
	CD
	Projeto de EC
(art. 60)
	Deputados (mínimo de 1/3 dos membros da CD) ou Comissão da CD
	CD
	
	SF (mínimo de 1/3 dos membros do SF)
	SF
	
	PR
	CD
	
	Assembléias Legislativas (+ da 1/2 e cada uma delas com manifestação da maioria relativa de seus membros)
	CD
COMO MEMORIZAR:
* Regra: A CD é a Casa Inicial
* O SF só será Casa iniciadora se o projeto tiver nascido no Senado, com uma única exceção : se o projeto de lei for apresentado por uma COMISSÃO DO CONGRESSO, as Casas se alternarão como Casa Inicial e Revisora (ora uma será a Casa Iniciadora, ora será a outra)
 O VÍCIO DE INICIATIVA 
 A sanção do Presidente da República convalida vício de iniciativa? 
Não. O vício de iniciativa gera INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL do projeto de lei e a inconstitucionalidade é INSANÁVEL.
 Dúvida: Considerando que cabe à União legislar sobre DIREITO PENAL e PROCESSUAL PENAL e sendo certo que a lei da PRISÃO TEMPORÁRIA é oriunda de uma MEDIDA PROVISÓRIA, não haveria VÍCIO NA INICIATIVA? 
 Direito Penal e Processual Penal = INICIATIVA COMUM >> Portanto, qq um dos legitimados do art. 61 pode apresentar o projeto de lei >> Uma MP que trate sobre PRISÃO tem uma INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL mas não por causa da iniciativa e sim por causa do tema: MP não pode versar sobre Direito Penal e Processual Penal (art. 62, CF proíbe isso). Tem que ser por LEI ORDINÁRIA.
2.2. FASE CONSTITUTIVA
2.2.1. DELIBERAÇÃO PARLAMENTAR 
 
 Quorum de instalação da sessão e quorum de votação (art. 47, CF) 
Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absolutade seus membros
Quorum de instalação da sessão = MAIORIA ABSOLUTA
Quorum de votação = MAIORIA SIMPLES 
Ex: Plenário do Senado (são 81 senadores) >> Para instalar a sessão no Senado, têm que estar presentes 41 senadores (81 2 = 40,5 >> 41 é o próximo nº inteiro) >> Portanto: A maioria absoluta é a metade mais o próximo nº inteiro (é errado dizer que “a maioria absoluta é a metade mais um” porque senão, nesse caso, o cálculo daria 41,5, que não é o certo)
Vamos imaginar que estejam presentes 52 senadores >> Dá para instalar a sessão
Como a maioria simples é a maioria dos que estão presentes na sessão, para aprovação de um projeto de lei, são necessários 27 votos favoráveis ao projeto (52 senadores 2 = 26 + 1 = 27)
Veja que tanto para calcular a maioria absoluta como a simples, fazemos a mesma conta (metade + próximo nº inteiro), o que muda é o parâmetro: 
a maioria absoluta tem por base o nº total dos membros do órgão (por isso, ela é invariável) 
a maioria simples tem por base os membros presentes na sessão (por isso, é variável)
O projeto de lei pode ser DISCUTIDO E VOTADO nas COMISSÕES (art. 58, §2o, I, CF; órgão fracionário, representativo de apenas uma parcela do órgão) e PLENÁRIO
 CCJ (que, como visto, faz CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE) FAZ PARECER sobre o projeto de lei e, em seguida, dependendo do tema, é enviado para uma COMISSÃO TEMÁTICA (que irá discutir e votar o projeto de lei) >> A Comissão temática pode aprovar ou reprovar. Para garantir o princípio da vontade da maioria, a CF prevê que, da decisão da Comissão temática, cabe recurso ao Plenário. Quem pode recorrer? 1/3 dos membros da Casa, no mínimo >> Assim, o Plenário poderá rever a decisão da Comissão, discutindo e votando novamente o projeto de lei >> É como um AGRAVO REGIMENTAL (quando uma Câmara de um Tribunal julga um caso, há situações em que, da decisão da Câmara cabe agravo ao Tribunal Pleno) 
 Sistema BICAMERAL (art. 65, CF) >> Situações possíveis:
1) Casa Inicial: APROVA + Casa Revisora: APROVA >> Segue para o PR
2) Casa Inicial: REJEITA >> Arquivamento do projeto de lei
3) Casa Inicial: APROVA + Casa Revisora: REJEITA >> A Casa Revisora arquiva o projeto
4) Casa Inicial: APROVA + Casa Revisora: EMENDA 
 Obs1: Para EMENDAR, a Casa Revisora tem que, primeiro, APROVAR
 Obs2: Apesar da lei dizer que “O PROJETO DE LEI VOLTA PARA A CASA INICIAL APRECIAR AS EMENDAS”, na verdade, só vão para a Casa Inicial, as emendas
 Quando a CASA REVISORA EMENDA (art. 65, §único), AS EMENDAS VÃO PARA A CASA INICIAL, que tem 10 dias para apreciá-las (art. 64 §3º)
4.1) Casa Inicial APROVA as emendas >> As emendas passam a fazer parte do projeto de lei >> Tudo isso (projeto de lei + emendas) segue para o PR
4.2) Casa Inicial REJEITA as emendas >> Arquivamento das emendas >> O que acontece com o projeto de lei? O Projeto de lei já foi aprovado, por isso, o projeto de lei, sem as emendas, segue para o PR
* Veja que A CASA INICIAL É + FORTE QUE A REVISORA (é ela que bate o martelo)
* REAPRESENTAÇÃO DE PROJETO DE LEI REJEITADO
 Regra: O Projeto de lei rejeitado só pode constituir objeto de novo projeto NA PRÓXIMA SESSÃO LEGISLATIVA (= ano) >> PRINCÍPIO DA IRREPETIBILIDADE 
 Exceção: Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da MAIORIA ABSOLUTA dos deputados (513 2 = 256,5 + próximo nº inteiro = 257) OU MAIORIA ABSOLUTA dos senadores (81 2 = x + próximo nº inteiro). 
* Cuidado porque essa exceção só se aplica quando se trata de um PROJETO DE LEI DE INICIATIVA COMUM 
 Porque se for INICIATIVA EXCLUSIVA ou FACULTADA, não se aplica a exceção ao princípio da irrepetibilidade e só aquela autoridade pode reapresentar o projeto
 AS EMENDAS PARLAMENTARES
 
 Quem tem o PODER DE EMENDAR?
SÓ OS PARLAMENTARES. Nem o PR pode emendar
 Projeto de lei de iniciativa PRIVATIVA pode sofrer emendas? 
Sim. QQ projeto de lei pode sofrer emenda. Todavia, a fim de evitar que uma emenda deforme o projeto de lei, a CF traz 2 LIMITES CONSTITUCIONAIS ÀS EMENDAS PARLAMENTARES:
a) EXPRESSO (art. 63, CF): os projetos de lei listados no art. 63 podem ser emendados, contudo, A EMENDA NÃO PODE CAUSAR AUMENTO DE DESPESA PREVISTA NO PROJETO DE LEI. Ex1: PR edita projeto de lei que trata do regime jurídico dos servidores públicos federais. Nesse projeto, o PR fixa em 5.000,00 a remuneração de determinada categoria >> Os parlamentares podem baixar para 3.000,00 mas não podem aumentar para 10.000,00. Ex2: Projeto de lei que trata dos serviços da Câmara, do Senado, dos Tribunais Federais e do MP >> A emenda a esse projeto de lei tb não pode aumentara despesa 
b) IMPLÍCITO (vínculo de pertinência temática): Este limite decorre da SEPARAÇÃO DOS PODERES. Quando se trata de projeto de lei de iniciativa exclusiva ou facultada, os parlamentares podem emendar, contudo, a emenda deve tratar do mesmo tema tratado no projeto de lei. Ex: Projeto de lei sobre o Poder J (iniciativa privativa do STF), versando sobre Estatuto da Magistratura >> Os parlamentares não podem emendar assunto sobre o MP Federal.
							
 Qualquer desrespeito a esses limites >> INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL
 PROCESSO LEGISLATIVO SUMÁRIO (art. 64, CF) >> Solicitação de URGÊNCIA pelo PR nos projetos de sua iniciativa (art. 64, §1o, CF): 
Prazo para as Casas se manifestarem (art. 64, §§ 2o e 3o, CF): Cada Casa tem 45 dias para se manifestar (45 dias na Casa Inicial + 45 dias na Casa Revisora) >> Mas caso haja emenda pela Casa Revisora (SF), a Casa Inicial (CD) tem + 10 dias para se manifestar sobre as emendas >> Isso significa que, nesse regime de urgência, o projeto de lei deve ser discutido e votado em 100 dias
 Inobservância do prazo pela Casa: Esse projeto de lei irá TRANCAR A PAUTA DA CASA, com exceção do tema que tem prazo constitucional determinado (MP´s)
Exceções >> Esse regime de urgência não se aplica:
Nas férias do CN (recesso)
Aos projetos de Código (art. 64, §4o, CF)
2.2.2. DELIBERAÇÃO EXECUTIVA (art. 66, CF): 
 
 SANÇÃO:
Total ou parcial 
Expressa ou Tácita 
 Dá-se a SANÇÃO TÁCITA quando, passados 15 dias do recebimento do projeto, o PR não tenha se manifestado, sancionando ou vetando o projeto. ART. 66, § 3º, CF.
Irretratável 
 VETO:
Total ou parcial (art. 66, §2º, CF: “o veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea”).
Expresso (art. 66, §1º, CF): NÃO EXISTE VETO TÁCITO
Motivado ou formalizado (art. 66, §1º, CF): O PR tem 15 dias para VETAR e + 48hs para encaminhar o MOTIVO DO SEU VETO ao Presidente do Senado. Motivos para vetar: (1) Inconstitucionalidade do projeto (motivo jurídico); (2) Contrariedade ao interesse público (motivo político)
 Superável ou relativo (art. 66, §4º a 6º, CF): Porque o veto pode ser DERRUBADO pelo Poder L >> PR encaminha o veto para o Presidente do Senado (= Presidente do CN) >> A CD e o SF irão apreciar o veto do PR (§ 4º - “O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de 30 dias a contar de seu recebimento...”)
MANUTENÇÃO DO VETO: A parte que foi vetada será ARQUIVADA
REJEIÇÃO DO VETO (derrubada do veto): “pelo voto da MAIORIA ABSOLUTA dos Deputados e MAIORIA ABSOLUTA dos Senadores, em ESCRUTÍNIO SECRETO” (§4º). “Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao PR” (§ 5º). § 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final. 
* Portanto, há 2 maneiras de uma lei nascer:
1) O projeto foi sancionado (sanção)
2) O veto foi derrubado (derrubada do veto)
Supressivo: O PR não pode emendar o projeto de lei (não pode adicionar, só pode riscar)
Irretratável 
2.3. INTEGRATIVA DE EFICÁCIA (art. 66, §7o, CF): 
 
 PROMULGAÇÃO e PUBLICAÇÃO: Quem pode promulgar e publicar?
PR
Presidente do Senado: caso o PR não promulgue e publique em 48hs, cabe ao Presidente do SF fazê-lo
Vice-Presidente do Senado: caso o Presidente do SF não promulgue e publiqueem 48hs, cabe ao Vice-Presidente do SF fazê-lo (exerce competência VINCULADA)
* Promulgação: Certidão de nascimento. Declaração de que a lei existe e que pode ingressar na ordem jurídica. A autoridade que promulga manda o texto promulgado para o DOU
3. LEIS COMPLEMENTARES (art. 69, CF)
* DIFERENÇAS COM A LEI ORDINÁRIA: 
 
a) MATERIAL: RESERVA CONSTITUCIONAL de matéria
b) FORMAL: quorum de MAIORIA ABSOLUTA para aprovação de LC (art. 69) e MAIORIA SIMPLES para LO >> No resto, o processo legislativo de ambas é =
 Consequência: PROJETO DE LC SÓ PODE SER DISCUTIVO E VOTADO EM PLENÁRIO (não pode ser discutido e votado em Comissão temática), já que a CF exige maioria absoluta para sua aprovação
Existe hierarquia entre a LC e LO? Não, o que existe é uma divisão de temas. 
LC em sentido material e formal >> É a LC legítima, que não pode ser revogada por LO
Ex: A CF exige que tema “Y” seja objeto de LC >> O legislador faz, sobre o tema “Y”, uma LO >> Inconstitucionalidade formal
LC complementar em sentido puramente formal
Ex: A CF ficou silente em relação ao tema “B” >> O legislador, sobreo tema “B”, fez uma LC >> Não há nenhum problema pois, a princípio, era para o tema ser regulado por LO >> Não há inconstitucionalidade, já que a LC substitui a LO >> Pergunta-se: essa LC poderá ser, no futuro, ser revogada por uma LO? Sim, porque essa LC não é uma autêntica LC: ela tem forma de LC mas não tem conteúdo de LC
4. EMENDAS CONSTITUCIONAIS (art. 60, CF)
4.1. O PODER CONSTITUINTE DERIVADO 
A rigidez constitucional
As normas constitucionais derivadas
O controle judicial das emendas
Limites formais (expressos) ao P.C. Derivado
4.2. PROCESSO LEGISLATIVO DAS EMENDAS CONSTITUCIONAIS
4.2.1. INICIATIVA CONSTITUINTE (art. 60, I a III, CF):
a) PR
b) 1/3, mínimo, dos deputados federais (513 deputados >> a metade é 171)
c) 1/3, mínimo, dos senadores (81 senadores >> 27)
d) + 1/2 das Assembléias Legislativas das unidades da federação (27 Assembléias >> A metade é 14), manifestando-se cada uma delas pela MAIORIA RELATIVA de seus membros 
			
Existe iniciativa POPULAR? NÃO
A iniciativa é COMUM ou PRIVATIVA? COMUM 
 A iniciativa determina a Casa Inicial e a Casa Revisora:
a) Câmara/Senado: PEC do PR ou dos deputados
b) Senado/Câmara: PEC dos senadores ou das Assembléias
4.2.2. DELIBERAÇÃO PARLAMENTAR (art. 60, §2º, CF):
Quorum de aprovação: 3/5
Turnos de discussão e votação em cada Casa: 2 turnos na Casa Inicial e 2 turnos na Casa Revisora 
* NÃO EXISTE SANÇÃO / VETO!!!
4.2.3. INTEGRATIVA DE EFICÁCIA (art. 60, §3º, CF): Promulgação e Publicação pela Mesa da Câmara e Mesa do Senado 
4.3. O PRINCÍPIO DA IRREPETIBILIDADE (art. 60, §5º, CF) 
“A matéria constante de proposta de EMENDA REJEITADA ou havida por PREJUDICADA não pode ser objeto de nova proposta NA MESMA SESSÃO LEGISLATIVA”
O PR pode apresentar PJ sobre QUALQUER tema, e tem aqueles que lhe são exclusivos – art. 61, §1°.
Ex: art. 61, §1º, ‘e’ – criação e extinção de ministérios são temas privativos do PR, tem que ser por lei, o PR não faz sozinho, depende da aprovação do CN. Por isso, o PR cria secretarias, que tem função de ministério, mas não precisa de lei, basta o Decreto do Executivo.
Função de ministério pode ser criada por mero decreto, mas o ministério tem que ter lei. 
Art. 61, § 1º, II, ‘a’ – aumento dos servidores públicos é privativo do PR.
Ex: deputado apresenta PL para aumento dos servidores do INSS. Passou pela Câmara, pelo Senado, foi aprovado, o Presidente sancionou. Mas a sanção do PR não saneia o vício da iniciativa, que deveria ter sido do PR. Por isso, a lei é inconstitucional por vício de forma, pq não observou a iniciativa. Vício de forma não se convola. 
5. LEIS DELEGADAS (art. 68, CF)
- O PR exerce função legislativa de forma ATÍPICA em 2 hipóteses:
1) Quando edita MP
2) Quando edita Lei Delegada 
1. A DELEGAÇÃO LEGISLATIVA: 
A exceção ao princípio da separação de poderes (art. 2º, CF)
 A iniciativa solicitadora do Presidente da República ao Congresso Nacional 
 O PR pede ao CN autorização para legislar >> Na LD teremos uma INICIATIVA SOLICITADORA do PR ao CN (pede ao CN para que este lhe transfira competência legislativa) >>
- Na prática, não existe mais. Desde que a CF88 foi publicada, o Executivo não fez mais LD pois o E pode legislar por meio de MP´s sem precisar pedir autorização ao CN
2. LIMITES MATERIAIS EXPRESSOS (matérias que não podem ser objeto de LD´s): art. 68 §1º
a) Atos de competência exclusiva do CN, de competência privativa da CD ou do SF (§1º, 68)	 
b) Matéria reservada à LC (§1º, 68)
c) Legislação sobre organização do Poder Judiciário e do MP, a carreira e a garantia de seus membros (I, 68) 	
d) Nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais (II, 68)
e) PPA´s, diretrizes orçamentárias e orçamentos (III, 68) 
3. PROCESSOS DAS LEIS DELEGADAS
- Há 2 processos diferenciados de LD:
a) DELEGAÇÃO TÍPICA (art. 68, §2º, CF): Regra. INICIATIVA SOLICITADORA do PR (o PR pede ao CN para que lhe transfira competência para legislar sobre assunto X) >> CN decide se transfere ou não essa competência >> O CN o faz por meio de uma RESOLUÇÃO, no qual se especifica o conteúdo da LD e os termos para exercício da delegação >> Essa RESOLUÇÃO É PUBLICADA no DOU >> Elaboração da lei delegada pelo PR, promulgação e publicação >> Portanto, na LD típica, o CN NÃO EXAMINA O PROJETO DE LEI DELEGADA, ele simplesmente autoriza o Chefe do E a legislar
b) DELEGAÇÃO ATÍPICA (art. 68, §3º, CF): Exceção. INICIATIVA SOLICITADORA do PR >> O CN decide e transfere a competência por meio de uma RESOLUÇÃO >> Nessa resolução, também vem previsto que o CN irá apreciar o projeto de LD do PR (CN desconfiando do PR) >> Elaboração do projeto de lei delegada pelo PR >> Esse projeto retorna ao CN, que irá apreciá-lo >> Apreciação do projeto pelo Congresso:
Aprova o projeto, promulga e publica a lei.
Rejeita o projeto, determina seu arquivamento. 
* CN aprova ou rejeita o projeto: ou seja, o CN NÃO PODE EMENDAR O PROJETO DE LEI DELEGADA >> O único projeto de lei que não pode ser objeto de emenda pelo CN é o PROJETO DE LEI DELEGADA (ou o CN aprova inteiro ou rejeita inteiro) >> Projeto de LD rejeitado é arquivado >> Se o projeto de LD for aprovado, será promulgado pelo PR e publicado
* Em ambos os processos, verificam-se 2 particularidades das LD´s:
1) O projeto de LD não sofre sanção nem veto. Portanto, não existe, nesse processo legislativo, a FASE DE DELIBERAÇÃO EXECUTIVA.
2) Não há a possibilidade de emendas parlamentares >> O projeto de LD é o único projeto de lei que não pode sofrer emenda parlamentar
* O que é o VETO PARLAMENTAR? (= suspensão da vigência da LD)
- A CF prevê, no art. 49, V, CF que o CN pode sustar uma LD caso o PR tenha exorbitado da sua competência para elaborar a LD (o PR extrapola os limites da delegação) >> A doutrina reconhece que aqui existe um verdadeiro CONTROLE (POLÍTICO e REPRESSIVO) DE CONSTITUCIONALIDADE 
- O termo “veto parlamentar” não é o ideal pois veto dá a idéia de projeto de lei. Aqui não há + projeto de lei, aqui já há a LEI DELEGADA.
* Portanto, ainda que o CN tenha aprovado um projeto de LD e, só depois da promulgação e publicação deste, o CN poderá posteriormente, suspender a vigência da lei delegada.
6. MEDIDAS PROVISÓRIAS (art. 62, CF)
6.1. NATUREZA JURÍDICA E PRESSUPOSTOS CONSTITUCIONAIS PARA SUA EDIÇÃO: 
Ato normativo primário (ou seja, assim como a LD, a MP tem capacidade para inovar originariamente a ordem jurídica), força de lei
Relevância + urgência
Controle judicial dos pressupostos constitucionais
Regra: não cabe o controle (exame subjetivo)
Exceção: cabe o controle (exame objetivo) >> Excepcionalmente cabe o controle e o J pode declarar a inconstitucionalidade da MP se o exame dos pressupostos for um exame objetivo
 J pode declarar a inconstitucionalidade de uma MP caso não estejam presentes os pressupostos para sua edição (por ex, tema irrelevante ou ausência de urgência)
 Ex: MP que aumentou o prazo para a Fazenda ajuizar ação rescisória (de 2 para 5 anos) >>O STF declarou a inconstitucionalidade da MP pela ausência do pressuposto urgência
Inconstitucionalidade FORMAL
6.2. LIMITES MATERIAIS: 
 § 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: 
I - Relativa a: 
a) Nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; 
b) Direito penal, processual penal e processual civil 
c) Organização do Poder Judiciário e do MP, a carreira e a garantia de seus membros; 
d) PPA´s, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º
 Exceção: A CF estabelece que a MP pode abrir no orçamento um crédito suplementar, desde que esse crédito seja para atender a uma DESPESA IMPREVISÍVEL e URGENTE (crédito extraordinário), como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública >> Como o PR comumente abusa dessa possibilidade, o STF tem admitido ADIn contra MP quando essa despesa não seja uma despesa imprevisível e urgente. 
II - Que vise à detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro 
III - Reservada a LC
IV - Já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo CN e pendente de sanção ou veto do PR 
 Porque se o projeto de lei já foi aprovado pelo CN e só aguarda sanção ou veto do PR, não há urgência para edição da MP. Basta que o PR sancione o projeto. 
 A MP também não pode tratar de:
a) Tema cuja competência seja do CN, CD ou SF
b) Matéria penal e civil
c) Regulamentação da exploração do serviço local de gás canalizado, de competência estadual (25, §2º) >> É de COMPETÊNCIA DOS ESTADOS
d) Regulamentação de artigo da Constituição cuja redação tenha sido alterada por EC promulgada entre 1º de janeiro de 1995 até a promulgação da EC 32, de 11/09/2001 (art. 246, Emenda 6, de 15 de agosto de 1995, redação pela Emenda 32, de 2001)
e) Regulamentação de matéria prevista nos incisos I a IV e dos §§ 1º e 2º do art. 177 da CF, que dizem respeito a atividades econômicas sujeitas a monopólio da União 
 
Vedações similares àqueles previstos para a edição de LD (art. 62, §1o, I, CF):
1.
 Matéria relativa à nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito 
eleitoral
2.
 Organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus 
membros
 
3.
 Reservada à lei complementar
4.
 Planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o disposto 
no 167
, §3º (exceção: para abertura de crédito extraordinário para atender despesas imprevisíveis e urgentes como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública)
5.
 Matéria de competência exclusiva do Congresso Nacional, privativa do Senado ou da Câmara dos 
Deputados
Vedações previstas exclusivamente para a MP:
1.
 Direito 
penal, processual
 penal e processual civil 
2.
 Que vise 
a
 detenção ou 
seqüestro
 de bens, de poupança popular ou de qualquer outro ativo financeiro
3.
 Já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República
4.
 Regulamentação da exploração do serviço local de gás canalizado, de competência estadual (25, §2º
)
5.
 Regulamentação de artigo da Constituição cuja redação tenha sido alterada por emenda constitucional promulgada entre 1º de janeiro de 1995 até a promulgação da Emenda 32, de 11 de setembro de 2001 (art. 246, Emenda 
6
, de 15 de agosto de 1995, redação pela Emenda 32, de 2001)
6.
 Regulamentação de matéria prevista nos incisos I a IV e dos §§ 1º e 2º do art. 177 da CF, que dizem respeito a atividades econômicas sujeitas a monopólio da União (Emenda 
9
, de 9 de novembro de 1995).
Medidas provisórias e Direito tributário:
 Art. 62, §2º, CF: “MP que implique INSTITUIÇÃO OU MAJORAÇÃO DE IMPOSTOS, exceto os previstos nos artigos 153, I, II, IV, V e 154, II, SÓ PRODUZIRÁ EFEITOS NO EXERCÍCIO FINANCEIRO SEGUINTE SE HOUVER SIDO CONVERTIDA EM LEI ATÉ O ÚLTIMO DIA DAQUELE EM QUE FOI EDITADA.” 
 Por isso, diz-se que, EM REGRA, a MP pode sim tratar de tema de Direito Tributário. NÃO PODERÁ REGULAR TEMAS RESERVADOS À LC.
6.3. PROCEDIMENTO
DURAÇÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA (§3º, 4º, 6º e 7º do art. 62 + §8º, do art. 57, CF)
a) Prazo inicial de vigência: 60 dias
b) Prorrogação automática da vigência por + 60 dias: se NÃO FOR CONCLUÍDA A VOTAÇÃO no prazo inicial de 60 dias, a MP deverá ter seu prazo de vigência prorrogado, 1 única vez, por = período (+ 60 dias). 
 Regra: Duração de MP de 120 dias. 
§ 7º Prorrogar-se-á uma única vez por = período a vigência de medida provisória que, no prazo de 60 dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do CN
 Mas há exceções, nas quais a MP dura + que 120 dias:
a) Se a MP “pegar” o período de férias do CN
b) Se a MP sofrer EMENDAS PARLAMENTARES, a MP ficará em vigor até que o projeto de lei de conversão sofra sanção ou veto. Significa que a duração da MP fica assim: 60 dias (prazo inicial) + 60 dias (prorrogação automática) + 15 dias úteis (= prazo que o PR tem para exercer a competência para vetar) + 48hs (prazo que o PR tem para encaminhar os motivos de seu veto ao Presidente do CN)
c) A EC 32/2011 acrescentou a seguinte situação: seu art. 2º prevê que “as MP´s editadas em data anterior à da publicação desta emenda continuam em vigor até que medida provisória ulterior as revogue explicitamente ou até deliberação definitiva do Congresso Nacional” >> Isto é, as MP´s editadas em data anterior à da publicação da EC 32 permanecem em vigor (1) até deliberação definitiva do CN ou (2) até que sofram revogação expressa >> Com isso, todas as MP´s que haviam sido publicadas antes da 32 permanecem com prazo de vigência INDETERMINADO >> Existem MP´s nessa situação excepcional do art. 2º da EC 32 e continuam em vigor até hoje
c) A contagem do prazo é ininterrupta? Não. A contagem é SUSPENSA durante o recesso parlamentar (férias do CN).
6.4. TRAMITAÇÃO DA MP NO PODER LEGISLATIVO (§5º, §8º e 9º, do art. 62):
1ª) COMISSÃO MISTA (62, §9º, CF: “Caberá à Comissão mista de deputados e senadores examinar as MP´s e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário de cada uma das Casas do Congresso Nacional”) 
2ª) CASA INICIAL: Câmara dos Deputados, SEMPRE! (art. 62 §8º)
3ª) CASA REVISORA: Senado Federal 
* No 45º dia, se NÃO TIVER SIDO CONCLUÍDA a votação da MP: entra em regime de URGÊNCIA, trancando a pauta da Casa que estiver sobre ela deliberando. 
§ 6º Se a medida provisória não for apreciada em até 45 dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, subseqüentemente, em cada uma das Casas do CN, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando
* Quanto tempo, no máximo, pode durar esse regime de urgência?
 60 dias (prazo inicial) + 60 dias (prorrogação automática) >> Como, no 45º dia, a MP entra em regime de urgência, O REGIME DE URGÊNCIA IRÁ DURAR OS 15 DIAS FINAIS do 1º prazo + todo o prazo da prorrogação automática >> Significa que o REGIME DE URGÊNCIA IRÁ DURAR 75 DIAS
* Possibilidades passíveis de ocorrer:
1ª) Aprovação da MP nas 2 Casas (MAIORIA SIMPLES), SEM EMENDAS em seu texto >> A MP aprovada vira LEI DE CONVERSÃO >> Não há fase de sanção ou veto (não existe a fase de deliberação executiva) pois o CN não fez nenhuma emenda >> Promulgação e publicação pelo Presidente do Senado
2ª) Aprovação da MP nas 2 Casas, COM EMENDAS PARLAMENTARES >> A MP segue o processo legislativo ordinário, isto é, o projeto de lei de conversão irá sofrer SANÇÃO ou VETO >> A MP será CONVERTIDA EM LEI se (1) o projeto de lei de conversão for SANCIONADO ou se (2) o veto do PR for derrubado >> Nessa hipótese, é o PR que irá PROMULGAR e PUBLICAR a LEI DE CONVERSÃO (pois é o PR quem o faz no processo legislativo ordinário)
3ª) A MP PERDE VIGÊNCIA (perde eficácia) >> Quais as situações em que a MP perde eficácia?
a) Por CADUCIDADE (transcorrido o prazode 60 + 60 dias, se não foi concluída a votação da MP e ela perde eficácia por DECURSO DO PRAZO)
b) Por REJEIÇÃO EXPRESSA (da CD ou do SF)
Até a EC32, a MP perdia eficácia sempre desde a sua publicação. Hoje, QUANDO A MP PERDE EFICÁCIA, O CN TEM O PRAZO DE 60 DIAS PARA ELABORAR UM DECRETO LEGISLATIVO no qual se regulem as situações jurídicas que foram constituídas durante a vigência da MP (para “consertar o estrago” feito pela MP)
 Após 60 dias, se o CN:
EDITAR o decreto legislativo regulando as situações jurídicas constituídas durante a vigência da MP >> Nessa hipótese, a MP perde eficácia DESDE A SUA PUBLICAÇÃO (efeitos ex tunc: como se nunca tivesse existido) 
NÃO EDITAR o decreto legislativo >> A MP perde eficácia (1) desde a sua REJEIÇÃO ou (2) desde o momento em que PERDEU VIGÊNCIA (efeitos ex nunc) 
§ 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas
- Ex: MP publicada no dia 1/set >> Perdeu vigência no dia 20/out por ter sido rejeitada:
Se o CN faz o decreto legislativo, a MP perderá vigência desde 01/set >> Ex tunc
Se o CN não faz o decreto legislativo, a própria MP vai continuar regulando as situações jurídicas constituídas no seu prazo de vigência e vai perder eficácia a partir de 20/out >> Efeitos ex nunc
5. REEDIÇÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA (ART. 62, §10, CF): 
“É vedada a reedição, NA MESMA SESSÃO LEGISLATIVA, de MP que tenha sido (1) REJEITADA ou que tenha (2) PERDIDO SUA EFICÁCIA POR DECURSO DE PRAZO”. 
6. MP´s EDITADAS ANTES DA EC 32/01 (art. 2º, Emenda 32/01): 
“As medidas provisórias editadas em data anterior à da publicação desta emenda continuam em vigor até que medida provisória ulterior as revogue explicitamente ou até deliberação definitiva do Congresso Nacional”. 
VII - DECRETOS LEGISLATIVOS (art. 49, CF e 62, §3º, CF)
PROCESSO DO DECRETO LEGISLATIVO 
Iniciativa legislativa: Para apresentar um PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO só pode ser um parlamentar (deputado ou senador) ou uma Comissão do L (da CD, do SF ou CN)
Fase de discussão e votação: nas 2 Casas, 1 só turno, com aprovação da MAIORIA SIMPLES, no mínimo 
Promulgação e Publicação: pelo Presidente do SF (não é o PR pois aqui não existe a fase de sanção / veto)
Limites materiais: só os temas do art. 49 ou 62 §3º, CF 
VIII - RESOLUÇÕES (artigos 51 e 52, CF)
- Também regulam matérias de competência do Poder L >> Pode ser de COMPETÊNCIA PRIVATIVA da(o):
CD (art. 51) ou 
SF (art. 52) ou 
CN (quando o CN autoriza que o PR elabore uma Lei Delegada)
 Se é uma Resolução da CD, o projeto tramita só na CD; se for do SF, tramita só no SF
PROCESSO DAS RESOLUÇÕES 
Iniciativa legislativa: Para apresentar um PROJETO DE RESOLUÇÃO só pode ser um parlamentar (deputado ou senador) ou uma Comissão do L (da CD, do SF ou CN)
Fase de discussão e votação: na Casa, 1 só turno, com aprovação da MAIORIA SIMPLES 
Promulgação e Publicação: pelo Presidente da CD ou do SF (conforme seja resolução da CD ou do SF ou do CN) >> Não é o PR quem promulga pois aqui tb não existe a fase de sanção / veto
Limites materiais: só os temas do art. 49 ou 62 §3º, CF 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Todos os atos do art. 59 são ATOS LEGISLATIVOS (são LEIS), com exceção das EMENDAS. Então, temos 6 categorias de leis: LO´s, LC´s, LD´s, MP´s, Decretos legislativos e Resoluções
Todas as leis sofrem sanção/veto? Não. 
 Apenas 3 espécies legislativas sofrem sanção/veto:
a) LO´s
b) LC´s e 
c) Leis de conversão de MP´s quando a MP sofre emenda parlamentar
 Não há sanção / veto:
a) Processo de elaboração das DL´s
b) Processo de elaboração das RESOLUÇÕES
c) Leis de conversão de MP´s quando a MP NÃO sofre emenda parlamentar
2. (3º Exame 2009) De acordo com a classificação das constituições, denomina-se dogmática a constituição que:
(a) é elaborada, necessariamente, por um órgão com atribuições constituintes e, somente existindo na forma escrita, sistematiza as ideias fundamentais contemporâneas da teoria política e do direito.
(b) somente pode ser alterada mediante decisão do poder constituinte derivado, sendo também conhecida como histórica.
(c) contém uma parte rígida e outra flexível e sistematiza os dogmas aceitos pelo direito positivo internacional.
(d) sistematiza os dogmas sedimentados pelos costumes sociais e, também conhecida como costumeira, é modificável por normas de hierarquia infraconstitucional, dada a rápida evolução da sociedade.
3. (3º Exame 2007 São Paulo) Quanto ao processo de mudança, a Constituição Federal de 1988 pode ser classificada como: 
(a) flexível, por admitir alteração por iniciativa não só dos membros do Congresso Nacional, como também do presidente da República.
(b) semi-rígida, por admitir alteração de seu conteúdo, exceto com relação às cláusulas pétreas.
(c) transitoriamente rígida, por não admitir a alteração dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias.
(d) rígida, por admitir a alteração de seu conteúdo por meio de processo mais rigoroso e complexo que o processo de elaboração das leis comuns.
			
II a) CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS (promulgadas: 1891, 1934, 1946, 1988) (outorgadas: 1824, 1937, 1967, 1969) 
4. (1º Exame 2006) Acerca da história constitucional do Brasil, assinale a opção correta: 
(a) A Constituição de 1824 introduziu no país a organização federativa,
(b) A Constituição de 1891 introduziu no país o voto secreto e universal, inclusive o voto das mulheres,
(c) Inspirando-se na organização dos Estados Unidos da América, a Constituição de 1934 introduziu no Brasil o sistema presidencialista de governo,
(d) A ordem constitucional instaurada pela Constituição de 1946 foi rompida pelo golpe militar de 1964.
III – PODER CONSTITUINTE DERIVADO (SEGUNDO GRAU, CONSTITUÍDO, INSTITUÍDO OU REFORMADOR)
a)	CONCEITO
É o poder responsável pela reforma da Constituição Federal.
b)	TITULARIDADE e EXERCÍCIO
O titular é o povo.
O exercício é realizado pelo Congresso Nacional.
c) CARACTERÍSTICAS 					 FORMAS DE MANIFESTAÇÃO
	1. derivado
	1. (3º, ADCT) – emendas constitucionais de revisão (total: 6)
	2. limitado
	2. (60, CF) – emendas constitucionais (total: 55)
	3. condicionado
	
	4. Natureza: Poder de direito
	EMENDAS À CONSTITUIÇÃO FEDERAL
d) NORMAS CONSTITUCIONAIS QUE ELABORA:
Normas constitucionais derivadas: emendas constitucionais e emendas constitucionais de revisão
e) CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS ELABORADAS PELO PODER CONSTITUINTE DERIVADO?
Sim, se ofenderem as normas constitucionais originárias que contém limites ao poder constituinte derivado.
5. (3º Exame 2007) Emendas constitucionais, por gozarem do caráter de normas constitucionais, não são passíveis de serem controladas na sua constitucionalidade. (falsa)
f) LIMITES à REFORMA CONSTITUCIONAL (art. 60 + 3º, ADCT, CF)

Outros materiais