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Lei de Acesso à Informação 12.527/2011 - para concurso

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Lei de Acesso à Informação (LAI) – 12.527/2011 
 
Direito fundamental garantido pelo artigo 5º da Constituição Federal de 1988*: 
“Art 5º, XXXIII, CF – todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, 
ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, 
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;” 
*Apesar de constar na CF 88, a lei só foi promulgada em 2011. 
 
PARADIGMAS: 
• A informação é pública e aberta a todos; 
• Quebrar a cultura do sigilo; 
• A informação pertence ao povo, não ao órgão; 
• A informação deverá ser entregue dentro do prazo, rapidamente, com linguagem simples e 
compreensível (sem “juridiquês”) 
DIRETRIZES: 
Estão previstas no artigo 3º da LAI: 
“Os procedimentos previstos nesta Lei destinam-se a assegurar o direito fundamental de acesso à 
informação e devem ser executados em conformidade com os princípios básicos1 da administração pública e 
com as seguintes diretrizes: 
I - observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção; 
II - divulgação de informações de interesse público, independentemente de solicitações2; 
III - utilização de meios de comunicação viabilizados pela tecnologia da informação; 
IV - fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência na administração pública; 
V - desenvolvimento do controle social da administração pública.” 
 
 
 
A Lei de Acesso à Informação estimula a transparência do Estado brasileiro, preconizada na Constituição de 
1988, e estabelece dois caminhos: o primeiro consiste nas informações de interesse geral que os órgãos e 
entidades públicas devem divulgar independentemente de solicitações (transparência ativa); e o segundo é 
a transparência passiva, que consiste nos procedimentos para atender a demandas específicas dos cidadãos, 
via pedidos de informação. 
 
QUEM É SUBORDINADO A LAI? 
Todos os entes federativos (União, Distrito Federal, Municípios e Estados). 
 
Artigo 1º, parágrafo único, da Lei no 12.527/2011: 
“Subordinam-se ao regime desta Lei: 
I - os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes Executivo, Legislativo, incluindo as 
Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério Público; 
 
1 (LIMPE): legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 
2 A LAI pode funcionar de forma ativa ou passiva. 
↓ 
População controlando o governo 
II - as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais 
entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.” 
 
E as ONGS? 
“Art. 2º Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, às entidades privadas sem fins lucrativos que 
recebam, para realização de ações de interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento ou 
mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros 
instrumentos congêneres. 
 
Parágrafo único. A publicidade a que estão submetidas as entidades citadas no caput refere-se à parcela dos 
recursos públicos recebidos e à sua destinação, sem prejuízo das prestações de contas a que estejam 
legalmente obrigadas.” 
 
Ou seja, as entidades privadas sem fins lucrativos que recebam recursos públicos também estão submetidas 
à LAI, ressaltando que a publicidade a que estão submetidas essas entidades, refere-se somente à parcela 
dos recursos públicos recebidos e à sua destinação. 
 
DEVER DO ESTADO GARANTIR O ACESSO À INFORMAÇÃO +: 
• Por meio de procedimentos ágeis e objetivos (sem burocracia) 
• De forma transparente e clara 
• Linguagem de fácil compreensão (sem a linguagem formal do direito) 
 
O ESTADO DEVE ASSEGURAR: 
• Proteção da informação, garantindo: 
- Disponibilidade: qualidade da informação que pode ser conhecida e utilizada por indivíduos, 
equipamentos ou sistemas autorizados; (quem está autorizado, qual nível de acesso) 
- Autenticidade: qualidade da informação que tenha sido produzida, expedida, recebida ou 
modificada por determinado indivíduo, equipamento ou sistema; (saber da onde veio) 
- Integridade: qualidade da informação não modificada, inclusive quanto à origem, trânsito e 
destino; 
 
• Gestão da transparência da informação: 
- Amplo acesso e divulgação 
 
• Proteção da informação sigilosa e pessoal: 
- Sigilosa: sigilo temporário, imprescindível a segurança da sociedade e do Estado 
- Pessoal: referente a pessoa natural identificável (pessoa física) 
 
 
DIREITOS DO ACESSO A INFORMAÇÃO 
Art. 7º O acesso à informação de que trata esta Lei compreende, entre outros, os direitos de obter: 
 
• Orientação sobre os procedimentos para a consecução de acesso, bem como sobre o local onde 
poderá ser encontrada ou obtida a informação almejada; 
• Informação primária, íntegra, autêntica e atualizada; 
• O serviço de busca e fornecimento da informação é gratuito, salvo nas hipóteses de reprodução de 
documentos pelo órgão ou entidade pública consultada, situação em que poderá ser cobrado 
exclusivamente o valor necessário ao ressarcimento do custo dos serviços e dos materiais utilizados. 
Porém, estará isento de ressarcir os custos todo aquele cuja situação econômica não lhe permita 
fazê-lo. 
 
QUAIS AS INFORMAÇÕES DISPONÍVEIS? (EXCETO SIGILOSA E PESSOAL) 
• Informação contida em registros ou documentos, produzidos ou acumulados por seus órgãos ou 
entidades, recolhidos ou não a arquivos públicos; 
• Informação produzida ou custodiada por pessoa física ou entidade privada decorrente de qualquer 
vínculo com seus órgãos ou entidades, mesmo que esse vínculo já tenha cessado; 
• Informação sobre atividades exercidas pelos órgãos e entidades, inclusive as relativas à sua política, 
organização e serviços; 
• Informação pertinente à administração do patrimônio público, utilização de recursos públicos, 
licitação, contratos administrativos; e 
• Informação relativa: 
a) à implementação, acompanhamento e resultados dos programas, projetos e ações dos órgãos e 
entidades públicas, bem como metas e indicadores propostos; 
b) ao resultado de inspeções, auditorias, prestações e tomadas de contas realizadas pelos órgãos de 
controle interno e externo, incluindo prestações de contas relativas a exercícios anteriores. 
 
Todas essas informações devem ser divulgadas independente de requerimentos, em local de fácil acesso, 
utilizando todos os meios legítimos para divulgação, sendo OBRIGATÓRIO* a divulgação em sítios oficiais da 
internet. 
 
* Os Municípios com população de até 10.000 habitantes ficam dispensados dessa divulgação obrigatória 
na internet, mas é mantida a obrigatoriedade de divulgação, em tempo real, de informações relativas à 
execução orçamentária e financeira, nos critérios e prazos previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal. 
 
O QUE DEVE CONTER NO SÍTIO DA INTERNET? 
I - conter ferramenta de pesquisa de conteúdo que permita o acesso à informação de forma objetiva, 
transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão; 
II - possibilitar a gravação de relatórios em diversos formatos eletrônicos, inclusive abertos e não 
proprietários, tais como planilhas e texto, de modo a facilitar a análise das informações; 
III - possibilitar o acesso automatizado por sistemas externos em formatos abertos, estruturados e legíveis 
por máquina; 
IV - divulgar em detalhes os formatos utilizados para estruturação da informação; 
V - garantir a autenticidade e a integridade das informações disponíveis para acesso; 
VI - manter atualizadas as informações disponíveis para acesso; 
VII - indicar local e instruções que permitam ao interessado comunicar-se, por via eletrônica ou telefônica, 
com o órgão ou entidade detentora do sítio; e 
VIII - adotar as medidas necessárias para garantir a acessibilidade de conteúdo para pessoas com deficiência. 
 
COMO SOLICITAR O ACESSO? 
Qualquer interessado pode solicitar, utilizando qualquer meio legítimo, tendo que seu pedido conter: 
•Identidade do requerente (vedado o anonimato) 
• Especificar qual a informação 
• Não poderá o órgão exigir informações que inviabilizem aa solicitação, nem questionar o motivo da 
solicitação. 
 
Cabe ao órgão: 
• Viabilizar alternativas de encaminhamento de pedidos de acesso por meio de seus sítios oficiais na 
internet. 
• A informação oferecida em formato digital poderá ser entregue dessa forma mediante ANUÊNCIA 
do solicitante. Ou seja, o solicitante deverá concordar, senão o órgão deve entregar a informação de 
outro modo (impresso, etc). 
• Documentos que possam perder a integridade devido ao manuseio podem ser entregues na forma 
de cópia autenticada. 
 
RESULTADO DO PEDIDO DE ACESSO 
O órgão deve fornecer resposta imediata à solicitação, caso não consiga, há um prazo máximo de 20 dias 
para resposta, podendo ser prorrogável por mais 10 dias mediante justificativa expressa. 
 
 
1. Comunicar data, local e modo para consulta, ou envio do arquivo. 
2. Ocorre quando a informação é total ou parcialmente sigilosa, devendo o requerente ser informado sobre 
os recursos, prazos, condições e autoridade competente para que possa recorrer. O requerente também tem 
direito de obter o inteiro teor da decisão da negativa. 
3. Indicar que não possui a informação, porém informar qual órgão a possui, e remeter o pedido à ele. 
4. Oferecer meios para que o próprio requerente possa pesquisar a informação. 
5. Poderá o requerente solicitar a abertura imediata de sindicância para apuração. Verificado o extravio, o 
responsável pela guarda da informação deverá em 10 dias justificar o fato e indicar testemunhas. 
 
 
 
INFORMAÇÕES QUE NÃO PODEM SER NEGADAS: 
• Informações necessárias à tutela judicial ou administração de direitos públicos fundamentais. 
• Informações que versam sobre condutas que violam os direitos humanos, praticados por agentes 
públicos ou a mando de autoridade pública. 
• Demais hipóteses legais de sigilo e de segredo de justiça nem as hipóteses de segredo industrial 
decorrentes da exploração direta de atividade econômica pelo Estado ou por pessoa física ou 
entidade privada que tenha qualquer vínculo com o poder público. 
- O segredo de justiça é um tipo de sigilo previsto nas leis processuais, aplicável em algumas 
situações, a exemplo dos processos judiciais que envolvem relações familiares (divórcio, adoção, 
etc). 
- O segredo industrial está relacionado ao resguardo da competitividade das entidades que exploram 
atividade econômica. 
 
ACESO NEGADO: RECURSOS 
Em caso de pedidos negados, o requerente tem o direito de obter o inteiro teor da decisão e pode interpor 
recurso contra a decisão em até 10 dias. Depois disso, a autoridade hierarquicamente superior àquela que 
negou o acesso deve se manifestar em até 5 dias. O recurso pode ser usado tanto nos casos em que o acesso 
à informação não sigilosa for negado, ou procedimentos (como prazos) forem desrespeitados, quanto para 
pedir a revisão da classificação da informação sigilosa. 
Deverá ser feito à autoridade superior que executou a classificação -> CGU -> CMRI 
 
 
 
MEDIDAS DISCIPLINARES 
Quais são as condutas ilícitas (não é crime) que podem ser atribuídas ao agente público ou militar? 
• Recusar-se a fornecer informação requerida nos termos desta Lei, retardar deliberadamente o seu 
fornecimento ou fornecê-la intencionalmente de forma incorreta, incompleta ou imprecisa. 
• Utilizar indevidamente, bem como subtrair, destruir, inutilizar, desfigurar, alterar ou ocultar, total ou 
parcialmente, informação que se encontre sob sua guarda ou a que tenha acesso ou conhecimento 
em razão do exercício das atribuições de cargo, emprego ou função pública. 
• Agir com dolo ou má-fé na análise das solicitações de acesso à informação. 
• Divulgar ou permitir a divulgação ou acessar ou permitir acesso indevido à informação sigilosa ou 
informação pessoal. 
• Impor sigilo à informação para obter proveito pessoal ou de terceiro, ou para fins de ocultação de 
ato ilegal cometido por si ou por outrem. 
• Ocultar da revisão de autoridade superior competente informação sigilosa para beneficiar a si ou a 
outrem, ou em prejuízo de terceiros. 
• Destruir ou subtrair, por qualquer meio, documentos concernentes a possíveis violações de direitos 
humanos por parte de agentes do Estado (essas informações não podem ser negadas) 
 
Quais as medidas disciplinares? 
Desde que não seja tipificado crime ou contravenção penal: 
• Os militares: essas condutas devem ser consideradas transgressões militares médias ou graves. 
• Servidor público civil: as condutas devem ser consideradas infrações administrativas, punidas pelo 
menos com suspensão. 
• É possível ainda que o agente, seja civil ou militar, responda por improbidade administrativa. 
 
E se tratar-se de pessoa física ou entidade privada? 
A pessoa física ou entidade privada que detiver informações em virtude de vínculo de qualquer natureza com 
o poder público estará sujeita às seguintes sanções: 
I - advertência; 
II - multa; 
III - rescisão do vínculo com o poder público; 
IV - suspensão temporária de participar em licitação e impedimento de contratar com a administração 
pública por prazo não superior a 2 (dois) anos; e 
V - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a administração pública, até que seja 
promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade. 
• Em todas as sanções acima, com exceção da declaração de inidoneidade, poderão ser aplicadas 
em conjunto com a multa. 
• Direito de defesa num prazo de 10 dias 
• Apenas a autoridade máxima do órgão pode aplicar a sanção da declaração de inidoneidade, 
podendo ser feita a reabilitação apenas após o ressarcimento do órgão, e somente após os 2 
anos de pena 
 
AÇÃO REGRESSIVA 
Se a pessoa provar que foi prejudicado pelo servidor, devido a negativa do acesso a informação, o Estado 
deverá ressarcir o prejuízo, e depois repassa-lo ao agente público ou empresa. 
 
TIPOS DE INFORMAÇÕES 
 
INFORMAÇÕES PESSOAIS 
As informações pessoais devem ser tratadas de forma transparente, e com respeito à intimidade, vida 
privada, honra e imagem das pessoas. 
• O acesso é restrito, independente da classificação de sigilo. 
• Pelo prazo máximo de 100 anos a contar da data de sua produção. 
 
Quem tem acesso? 
Agentes públicos devidamente autorizados e as pessoas à qual a informação se refere. Contudo, a divulgação 
ou acesso a terceiros poderá ocorrer diante de previsão legal e consentimento expresso da pessoa. 
 
Quando ocorre o acesso sem o consentimento? 
• Prevenção e diagnóstico médico, quando a pessoa estiver física ou legalmente incapaz -> utilização 
única e exclusiva para o tratamento médico. 
• Realização de estatísticas e pesquisas científicas de interesse público ou geral, vedada a identificação 
da pessoa. 
• Cumprimento de ordem judicial 
• Defesa dos direitos humanos 
• Proteção do interesse público ou geral 
 
 
INFORMAÇÕES SIGILOSAS 
É dever do Estado controlar o acesso e a divulgação de informações sigilosas. O sigilo não pode ser 
permanente, e deve ser classificado. E o acesso, divulgação, e tratamento ficam restritos à agentes públicos 
que tenham necessidade de conhecer essa informação, sendo responsáveis por resguardar esse sigilo, sob 
pena de responsabilidade. 
 
Quais informações podem ser sigilosas? Aquelas consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade ou 
do Estado, cuja divulgação ou acesso irrestrito possam: 
• Pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridade do território nacional; 
• Prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as relações internacionais do país, 
• Que tenham sido fornecidas em caráter sigiloso por outros estados e organismos internacionais; 
• Pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população; 
• Oferecer elevado risco à estabilidade financeira, econômica ou monetária do país; 
• Prejudicar ou causar risco a planos ou operações estratégicos das forças armadas;• Prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e desenvolvimento científico ou tecnológico, assim 
como a sistemas, bens, instalações ou áreas de interesse estratégico nacional; 
• Pôr em risco a segurança de instituições ou de altas autoridades nacionais ou estrangeiras e seus 
familiares; ou 
• Comprometer atividades de inteligência, bem como de investigação ou fiscalização em andamento, 
relacionadas com a prevenção ou repressão de infrações. 
 
Como classificar? De acordo com o teor da informação e sua imprescindibilidade. Havendo um tempo 
máximo de sigilo, mas que pode ser menor, não podendo ultrapassar a lei. Deverá ser observado o interesse 
público sobre a informação, e utilizado o critério menos restritivo possível. 
 
Prazos: Devem ser contados a partir da data de sua produção (termo inicial). Além do prazo, o fim do sigilo 
(termo final), poderá ser marcado pela ocorrência de um evento (exemplo: mudança de presidente), desde 
que seja antes do prazo máximo estabelecido para a categoria. Nos dois casos, a informação após o termo 
final é imediatamente liberada ao público, sem prorrogação. 
 
 
 
*Poderá ser delegada pela autoridade responsável à agente público, inclusive em missão no exterior, sendo 
vedada a subdelegação. 
** Estas autoridades deverão ter sua decisão ratificada pelo ministro competente. 
 
Se houver informações capazes de colocar em risco a segurança do Presidente e Vice-Presidente da República 
e respectivos cônjuges e filhos, estas serão classificadas como reservadas e serão sigilosas até o 
término do mandato em exercício ou do último mandato, em caso de reeleição. Esta é uma exceção ao prazo 
máximo de sigilo para o grau reservado, pois nesta situação o sigilo pode durar até 8 anos. 
 
 
Como oficializar a classificação? 
A classificação de informação em qualquer grau de sigilo deverá ser formalizada em decisão que 
conterá, no mínimo, os seguintes elementos: 
I - assunto sobre o qual versa a informação; 
II - fundamento da classificação, observados os critérios estabelecidos no art. 24; 
III - indicação do prazo de sigilo, contado em anos, meses ou dias, ou do evento que defina o seu termo final, 
conforme limites previstos no art. 24; e 
IV - identificação da autoridade que a classificou. 
Parágrafo único. A decisão referida no caput será mantida no mesmo grau de sigilo da informação 
classificada. 
 
 
REAVALIAÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO 
• Só pode ser feita pela autoridade que classificou ou superior 
• Mediante provocação ou ofício 
• A reclassificação ou redução do prazo só pode ser feita para menos, tem que ser justificada e contar 
a partir da data do termo inicial. 
 
RESPONSABILIDADES MEDIANTE AS INFORMAÇÕES SIGILOSAS 
A autoridade máxima de cada órgão, deverá, anualmente, em sítio da internet, destinado à veiculação de 
dados, divulgar: 
• Informações desclassificadas e liberadas nos últimos 12 meses; 
• Rol de documentos classificados em cada grupo, com identificação para posterior consulta 
• Relatórios estatísticos, pedidos, acessos, etc. 
 
 
INFORMAÇÕES PARCIALMENTE SIGILOSAS 
Acesso integral assegurado a parte não sigilosa do documento, por meio de certidão, extrato ou cópia, com 
ocultação da parte sigilosa (tarja) 
 
NÃO ENTRA NA LAI 
Informações de projetos de pesquisa e desenvolvimento científico ou tecnológico, cujo sigilo seja 
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.

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