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❖ Lei da arbitragem no Brasil > 9307/1996 > sofreu algumas alterações com a Lei 13129/2015, mas manteve a mesma estrutura e mecanismos básicos ❖ Código civil de 1973 e código de processo civil > disciplinavam a arbitragem sem aprofundamentos > a clausula arbitral era apenas um pré-contrato > exigindo que as partes fizessem uma nova pactuação para surgir efeito > ainda precisava da homologação ❖ Enfraquecia a arbitragem, pois o laudo arbitral precisava da homologação judicial ❖ Procedimento caro ❖ Gera resultados eficientes, confidencialidade, especialidade, justiça decisória, celeridade quando comparada as jurisdições estatais ❖ Partes podem escolher o terceiro para julgar a questão conflitante > resulta na sentença arbitral > possui a mesma natureza da sentença judicial ❖ Cahali > “uma forma de composição extrajudicial de conflitos, eleita de comum acordo pelas partes, mediante o estabelecimento de uma convenção – seja na modalidade cláusula compromissória, seja na forma de compromisso arbitral. Por meio dela, as partes delegam a um ou mais terceiros, como se juiz fossem, a solução de controvérsia que verse sobre direitos patrimoniais e disponíveis, tendo a sua decisão força de título executivo judicial, passível de execução compulsória e imediata perante o Poder Judiciário.” ❖ ❖ Quem toma a decisão é o arbitro ❖ forma extrajudicial de resolução de conflitos sobre direitos patrimoniais disponíveis (tudo o que eu posso dispor por mim mesmo > patrimônio, contrato, questões de compra e venda de marca, direito empresarial) (direitos indisponíveis > direito de família, direitos de personalidade, direito do trabalho > não se usa a arbitragem) ❖ convenção de arbitragem > escolhida pelas partes: o Clausula compromissória > opção anterior ao surgimento do litigio > antes do conflito começar as partes já determinaram que será resolvido o futuro conflito através da arbitragem o Compromisso arbitral > opção posterior ao surgimento do litigio > após surgir o conflito as partes escolhem resolve-lo através da arbitragem ❖ Lei 9307/96 ❖ Pode ser utilizada para direitos patrimoniais disponíveis ❖ Arbitro é de escolha das partes ❖ Um ou três árbitros ❖ Decisão do árbitro é definitiva > não está sujeita a recursos > equivale a sentença judicial > título executivo judicial ❖ Procedimento pode ser definido pelas partes (arbitragem institucional e ad hoc) ❖ Especialização: a arbitragem só irá acontecer se as partes, por autonomia de suas vontades a escolherem > elas então escolhem um terceiro (arbitro) com conhecimento para apreciar o caso ❖ Celeridade: processo único > decisão final não pode ser contestada através de recursos > tendo sua finalização em cerca de meio ano (e mesmo que ultrapasse esse tempo demorará menos do que um processo judicial) ❖ Concentração de atos: atos mais concentrados e rápidos > o litigio terá uma análise mais técnica > e à decisão não caberá nenhum recurso ❖ Voluntariedade: no brasil a arbitragem é voluntaria ou facultativa > não se recebe uma intimação para a ocorrência da arbitragem > precisa ser escolhida pelas partes ❖ Irrecorribilidade: laudo arbitral vale como uma sentença judicial depois de transitada em julgado ❖ Informalidade: partes podem atuar com maior maleabilidade > escolhendo os árbitros ❖ Segue os requisitos do N.J. do art. 104 do CC: Art. 104. “A validade do negócio jurídico requer: I - Agente capaz; II - Objeto lícito, possível, determinado ou determinável; III - forma prescrita ou não defesa em lei” ❖ Capacidade: apenas pessoas absolutamente capazes civilmente e pessoas jurídicas regularmente constituídas podem resolver seus conflitos através da arbitragem ❖ Direito patrimonial disponível: gozam de plena disposição > tem como objeto um bem inerente ao patrimônio de alguém > referindo-se a um bem que pode ser alienado ou apropriado ou negociados Tribunal de Mediação e Arbitragem do Estado do Rio Grande do Sul faz a seguinte definição: “são aqueles referentes a patrimônio em que as partes podem usar, gozar e dispor, que podem transacionar livremente, de acordo com a vontade, pactuando entre si situações em conformidade com seus anseios.” Ficam excluídas questões sobre a personalidade, direito de família e questões de interesse público. Em questões trabalhistas há controversas ❖ Convenção de arbitragem (gênero) o Prevista no contrato > clausula compromissória > Se ocorrer um conflito dentro da clausula já está prevista a arbitragem > cumprimento obrigatório > escolha previa da entidade administradora → Instrumento que as partes definem para caso ocorra um litigio dentro da relação que está sendo instaurada entre elas por meio do contrato → Diz respeito a uma circunstância futura → Cheia: já define e delimita as regras do procedimento arbitral → Vazia: define a opção pela arbitragem, mas sem delimitar as regras do procedimento → Patológica: foi colocado no contrato que a resolução do conflito seria pela arbitragem, no entanto por ter sido escrita incompleta ou por estar contraditória não permite aos litigantes a constituição do órgão arbitral > os levando ao poder judiciário para uma instituição forçada da arbitragem → Da Convenção de Arbitragem e seus Efeitos (Lei 9307/15) Art. 3º As partes interessadas podem submeter a solução de seus litígios ao juízo arbitral mediante convenção de arbitragem, assim entendida a cláusula compromissória e o compromisso arbitral. Art. 4º A cláusula compromissória é a convenção através da qual as partes em um contrato comprometem-se a submeter à arbitragem os litígios que possam vir a surgir, relativamente a tal contrato. → § 1º A cláusula compromissória deve ser estipulada por escrito, podendo estar inserta no próprio contrato ou em documento apartado que a ele se refira. § 2º Nos contratos de adesão, a cláusula compromissória só terá eficácia se o aderente tomar a iniciativa de instituir a arbitragem ou concordar, expressamente, com a sua instituição, desde que por escrito em documento anexo ou em negrito, com a assinatura ou visto especialmente para essa cláusula. Art. 8º A cláusula compromissória é autônoma em relação ao contrato em que estiver inserta, de tal sorte que a nulidade deste não implica, necessariamente, a nulidade da cláusula compromissória. Parágrafo único. Caberá ao árbitro decidir de ofício, ou por provocação das partes, as questões acerca da existência, validade e eficácia da convenção de arbitragem e do contrato que contenha a cláusula compromissória. o Não prevista no contrato > compromisso arbitral > Conflito já está sendo vivido e as partes escolhem a arbitragem > renunciando ao poder judiciário > torna-se obrigatória com a assinatura do compromisso → Refere-se ao presente → Convenção bilateral > as partes renunciam à jurisdição estatal e obrigam-se a se submeter à decisão do arbitro → Pode ser de natureza judicial com celebração por termos nos autos. De forma extrajudicial, quando realizado por instrumento particular (desde que assinado por duas testemunhas). Ou por instrumento publico → Art. 9º O compromisso arbitral é a convenção através da qual as partes submetem um litígio à arbitragem de uma ou mais pessoas, podendo ser judicial ou extrajudicial. § 1º O compromisso arbitral judicial celebrar-se-á pôr termo nos autos, perante o juízo ou tribunal, onde tem curso a demanda. § 2º O compromisso arbitral extrajudicial será celebrado por escrito particular, assinado por duas testemunhas, ou por instrumento público. → Art. 10. Constará, obrigatoriamente, do compromisso arbitral: I - O nome, profissão, estado civil e domicílio das partes; II - O nome, profissão e domicílio do árbitro, ou dos árbitros, ou, se for o caso, a identificação da entidade à qual as partes delegaram a indicação de árbitros; III - a matériaque será objeto da arbitragem; e IV - O lugar em que será proferida a sentença arbitral. → Art. 11. Poderá, ainda, o compromisso arbitral conter: I - Local, ou locais, onde se desenvolverá a arbitragem; II - A autorização para que o árbitro ou os árbitros julguem por equidade, se assim for convencionado pelas partes; III - o prazo para apresentação da sentença arbitral; IV - A indicação da lei nacional ou das regras corporativas aplicáveis à arbitragem, quando assim convencionarem as partes; V - A declaração da responsabilidade pelo pagamento dos honorários e das despesas com a arbitragem; e VI - A fixação dos honorários do árbitro, ou dos árbitros. Parágrafo único. Fixando as partes os honorários do árbitro, ou dos árbitros, no compromisso arbitral, este constituirá título executivo extrajudicial; não havendo tal estipulação, o árbitro requererá ao órgão do Poder Judiciário que seria competente para julgar, originariamente, a causa que os fixe por sentença. Art. 12. Extingue-se o compromisso arbitral: I - Escusando-se qualquer dos árbitros, antes de aceitar a nomeação, desde que as partes tenham declarado, expressamente, não aceitar substituto; II - Falecendo ou ficando impossibilitado de dar seu voto algum dos árbitros, desde que as partes declarem, expressamente, não aceitar substituto; e III - tendo expirado o prazo a que se refere o art. 11, inciso III, desde que a parte interessada tenha notificado o árbitro, ou o presidente do tribunal arbitral, concedendo-lhe o prazo de dez dias para a prolação e apresentação da sentença arbitral. ❖ Qualquer pessoa capaz pode ser arbitro > deve gozar da confiança das partes ❖ Partes podem escolher mais de um arbitro, mas sempre em número ímpar evitando a possibilidade de empate ❖ Se as partes escolherem um número par os próprios árbitros podem escolher um terceiro. ❖ Caso os árbitros não cheguem em um consenso o conflito pode ser levado ao judiciário ❖ Rapidez em relação ao processo judicial ❖ Flexibilidade ❖ Especialização dos julgadores ❖ Sigilo ❖ Desnacionalização dos contratos internacionais ❖ Preservação do relacionamento comercial entre as partes ❖ Diminuição dos custos e de longo prazo ❖ Destaca a garantia de autonomia da vontade das partes ❖ Art. 3 º Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito. § 1 º É permitida a arbitragem, na forma da lei ❖ Art. 42 As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz nos limites de sua competência, ressalvado às partes o direito de instituir juízo arbitral, na forma da lei. > interpretação do princípio da inafastabilidade da jurisdição (art. 5, XXXV, CF) ❖ Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: X - Convenção de arbitragem; § 5º Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das matérias enumeradas neste artigo. § 6º A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, implica aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral Quando existe um conflito entre as partes e esse for submetido a arbitragem a convenção de arbitragem pode ser arguida pelo réu em sede de preliminar de contestação > ocasionando a extinção do processo ❖ ato do arbitro ou do tribunal arbitral que coloca fim à discussão ❖ Pode ser de natureza declaratória, constitutiva ou condenatória > é inaceitável o de caráter mandamental ou executivo ❖ Prazo para sentença > prazo estipulado pelas partes na convenção de arbitragem > é de aproximadamente seis meses a um ano
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