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ARTIGO-CIENTÍFICO-PARA-PÓS-GRADUAÇÃO-DOM-ALBERTO ALAN FARINA

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FACULDADE DOM ALBERTO
 ALAN APARECIDO FARINA BAMBOLIM
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA NOS NORMATIVOS LEGAIS BRASILEIROS
UMUARAMA - PR
2019
FACULDADE DOM ALBERTO
ALAN APARECIDO FARINA BAMBOLIM
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA NOS NORMATIVOS LEGAIS BRASILEIROS
UMUARAMA - PR
2019
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA NOS NORMATIVOS LEGAIS BRASILEIROS
Alan Aparecido Farina Bambolim[footnoteRef:2], [2: alanfarinab@gmail.com] 
Declaro que sou autor¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).
RESUMO- As discussões em relação à probidade na administração pública é tema recorrente no Brasil. A compreensão da Lei n.º 8.429/92, importante instrumento legal do ordenamento jurídico, seus conceitos, condutas tipificados como Improbidade Administrativa e punições são importantes e merecem destaque nos trabalhos sobre o setor público. As condutas classificadas como improbidade são apresentadas de maneira a facilitar seu entendimento. A pesquisa bibliográfica foi utilizada para o desenvolvimento do presente trabalho, através da legislação e de livros sobre o tema. Conclui-se pela necessidade de ampliação dos trabalhos a respeito do tema, tendo em vista que sua implicação sobre os envolvidos gera grandes conseqüências.
PALAVRAS-CHAVE: Probidade, Improbidade, Agentes Públicos, Condutas e Punições.
1 INTRODUÇÃO
O Brasil marcado por incansáveis escândalos de corrupção envolvendo o setor público, na edição da Constituição Federal de 1988 deu grande destaque a criar mecanismos e adotar princípios a serem observados por toda administração, no intuito de se minorar os prejuízos causados por condutas prejudiciais ao interesse comum e ao desenvolvimento nacional.
Um dos normativos editados, com base nas disposições constitucionais, foi a Lei n.º 8.429 de 02 de junho de 1992. Editada no governo do então Presidente Fernando Collor de Mello, a presente lei dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências.
No presente trabalho buscou-se expor os ditames da Lei n.º 8.429/92, de maneira a facilitar a compreensão das condutas tipificadas como improbidade administrativa e as conseqüências legais, como as penas de multa, perda a função pública dentre outras. 
O objetivo principal do trabalho a apresentado foi analisar os normativos legais, com base em renomados administrativistas e posicionamentos dos tribunais e descrever, demonstrar e especificar forma os objetivos específicos.
A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, sendo realizada na legislação pátria correlata e em livros de autores que abordam o tema em questão. Sendo realizada de maneira objetiva as informações selecionadas foram ordenadas de maneira a expor sua pertinência.
O trabalho apresentado é relevante, pois o conhecimento do tema analisado é importante para os servidores e gestores públicos, bem como para a sociedade principal interessada na prestação de serviços públicos de maneira legal e o mais eficiente possível. Sendo um tema em constante mutação, se fazem necessários novos trabalhos no intuito de atualização e revisão de abordagens ultrapassadas.
2 DESENVOLVIMENTO 
O objetivo principal do presente trabalho foi analisar os normativos legais a respeito da Improbidade Administrativa no ordenamento jurídico brasileiro e descrever, demonstrar e especificar o tema em questão, foram os objetivos específicos.
A pesquisa se deu por meio de consultas bibliográficas na legislação, doutrina e jurisprudência. Segundo Lakatos e Marconi (2008, p. 183):
A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico etc., até meios de comunicações orais: rádio, gravações em fita magnética e audiovisuais filmes e televisão. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto, inclusive conferências seguidas de debates que tenham sido transcritos de alguma forma, quer publicadas, quer gravadas.
Sendo assim as informações levantadas por meio da pesquisa bibliográfica foram utilizadas para o desenvolvimento deste trabalho. Tal levantamento se deu por meio de autores que escreveram ou abordaram o tema da Improbidade Administrativa e assuntos conexos, bem como em sites governamentais que disponibilizam os normativos legais brasileiros. 
A seleção dos materiais se deu por meio da leitura analítica, segundo GIL (2002) é feita com base nos textos selecionados, onde as informações são ordenadas, afim de que se obtenha as respostas necessárias. Possui natureza crítica, mas deve ser realizada de forma objetiva. Tais matérias foram compilados de acordo com sua relevância, buscando uma forma de compreensão dos conceitos necessários.
2.1 CONCEITO DE IMPROBIDADE
A palavra probidade, segundo o dicionário Aulete, significa qualidade de probo, retidão de caráter, integridade, honestidade, sendo derivada do latim probitas. A improbidade é o contrário de probidade, é sinônimo de desonestidade. No entanto é preciso compreender o que é improbidade administrativa, o Supremo Tribunal Federal [STF] (2018) por meio do Ministro Alexandre de Morais na Ação Ordinária 1.833 definiu da seguinte forma:
Atos de improbidade administrativa são aqueles que, possuindo natureza civil e devidamente tipificados em lei federal, ferem direta ou indiretamente os princípios constitucionais e legais da administração pública, independentemente de importarem enriquecimento ilícito ou de causarem prejuízo material ao erário; podendo ser praticados tanto por servidores públicos (improbidade própria), quanto por particular – pessoa física ou jurídica – que induzir, concorrer ou se beneficiar do ato (improbidade imprópria).[AO 1.833, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 10-4-2018, 1ª T, DJE de 8-5-2018.]
A base legal primária dos atos de improbidade administrativa encontra-se transcrito no § 4.º do art.37 da Constituição Federal brasileira de 1988, com a seguinte redação:
§ 4.º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
O § 4.º do art. 37 da carta magna brasileira por se tratar de norma de aplicação limitada foi regulamentado pela Lei 8.429/1992 de caráter nacional, aplicável a União, os estados, o Distrito Federal e aos municípios. Tal lei dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências. Portanto sua aplicação não está restrita a administração direta, a indireta também está sujeita ao presente diploma legal.
Conforme MEIRELLES (xxxx) a Lei 8.429/92, destina-se à defesa da moralidade e da honestidade, não sendo todas as condutas ilegais ou abusivas tipificadas como improbidade, a conduta pode tipificar abuso de autoridade, falta funcional ou infração penal.
2.2 SUJEITO ATIVO E PASSIVO
	A lei 8.429/92 nos arts. do 1º ao 3º, apresentaquais são as entidades que podem ser vítimas da improbidade e quais são os agentes que podem praticar a improbidade, ou seja, os sujeitos passivos e ativos, a seguir são expostos os citados artigos:
Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei. Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior. Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta. 
2.3 ATOS DE IMPROBIDADE
2.3.1 Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam Enriquecimento Ilícito
	O enriquecimento ilícito está previsto no artigo 9º da Lei 8.429/92, com a seguinte redação “[...] Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade [...]”. No mesmo artigo nos incisos de I a XII são apresentadas por meio de um rol exemplificativo diversas ações classificadas como enriquecimento ilícito, porém por se tratar de exemplos várias outras condutas, não abrangidas em tal rol, podem ser tipificadas em tal propositura.
	As penas para os atos de enriquecimento ilícito estão elencadas no artigo 12, inciso I, consistem em perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos. Dentre os 04 (quatro) tipos de improbidade elencados na lei 8.429/92, o enriquecimento ilícito apresenta as punições mais severas, a suspensão dos diretos políticos pode chegar a 10 (dez) anos. 
2.3.2 Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário
	Os atos de Improbidade que causam prejuízo ao erário estão definidos no artigo 10º da Lei 8.429/92, com a redação exposta da seguinte forma “[...] qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei [...]. O presente artigo nos incisos I a XXI apresenta um serie de exemplos de atos que podem ser enquadrados como improbidade administrativa que causam prejuízo ao erário.
	As penas por sua vez consistem em ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos.
2.3.3 Dos Atos de Improbidade Administrativa Decorrentes de Concessão ou Aplicação Indevida de Benefício Financeiro ou Tributário
Foi inserido na Lei de Improbidade Administrativa pela Lei Complementar n.º157 de 2016, no artigo 10-A com a seguinte transcrição “[...] qualquer ação ou omissão para conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. As penalidades consistem em perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de 5 (cinco) a 8 (oito) anos e multa civil de até 3 (três) vezes o valor do benefício financeiro ou tributário concedido.
2.3.4 Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princípios da Administração Pública
Definido no artigo 11 da lei de Improbidade da seguinte forma “[...] qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições [...]”. Nos incisos de I a X está exposto um rol exemplificativo de condutas taxadas como improbidade, e as penalidades no artigo 12, III, e consistem em ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.
2.3.5 OUTRAS CONSIDERAÇÕES
A LIA (Lei de Improbidade Administrativa) contém um capítulo com algumas normas para que a representação seja instaurada para averiguar os atos ímprobos. Segundo Di Pietro (2018, p. 1123):
O § 1o exige que a representação seja feita por escrito ou reduzida a termo e assinada, devendo conter a qualificação do representante, as informações sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas de que tenha conhecimento. Se essas exigências não forem observadas, a autoridade administrativa rejeitará a
representação, em despacho fundamentado, o que não impede seja feita a representação ao Ministério Público (art. 14, § 2o).O § 3o determina que, atendidos os requisitos da representação, a autoridade determinará a imediata apuração dos fatos que, em se tratando de servidores federais, será processada na forma prevista nos arts. 148 a 182 da Lei no 8.112, de 11-12-90 (que dispõe sobre o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União) e, em se tratando de servidor militar, de acordo com os respectivos regulamentos disciplinares.
	Percebe-se que a representação pode ser feita por qualquer cidadão, porém algumas regras devem ser seguidas para que seja acatada pela autoridade administrativa. 
A LIA tipifica como crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceiro, quando o autor da denúncia o sabe inocente. Por tal conduta a penalidade estipulada é a detenção de seis a dez meses e multa, além da sujeição de indenizar o denunciado pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado. 
	SANÇÕES PREVISTAS NA LIA
	___
	Enriquecimento Ilícito (art. 9.)
	Prejuízo ao Erário (art. 10)
	Concessão ou Aplicação de Benefício Financeiro ou Tributário (art. 10-A) 
	Violação de Princípios (art. 11)
	Perda dos Bens ou Valores Acrescidos Ilicitamente
	Sim
	Sim, se concorrer esta circunstância.
	Não Previsto
	Não
	Ressarcimento Integral do Dano
	Sim, se houver dano.
	Sim
	Não
	Sim, se houver dano.
	Perda da Função Pública
	Sim
	Sim
	Sim
	Sim
	Suspensão dos Direitos Políticos
	08 - 10 anos
	05 - 08 anos
	05 – 08 anos
	03 - 05 anos
	Multa Civil
	3 vezes o valor do acréscimo patrimonial.
	2 vezes ovalor do dano.
	03 vezes o valor do beneficio
	Até 100 vezes o valor da remuneração percebida pelo agente.
	Proibição de Contratar com o Poder Público ou Receber Incentivos Fiscais ou Creditícios
	10 anos
	05 anos
	Não
	03 anos
(ADAPTADO ANDRADE, 2010. p. 158).
A tabela acima traz uma visão geral das sanções aplicáveis com base na Lei n.º 8.429/92. Dentre as sanções a perda da função pública é comum a qualquer tipo de ato de improbidade administrativa. As demais sanções apresentam nível de gradação como à suspensão dos direitos políticos, mínimo de 03 (três) anos e máximo de 08 (oito) anos. Tal gradação cria certa hierarquia, atos de menor lesão sofrem punição mais branda, atos de maior gravidade a punição é mais severa.
	Segundo Marcelo e Vicente (2016) alguns pontos importantes merecem ser destacados. As sanções previstas na LIA independem da efetiva ocorrência de dano e independem da aprovação ou rejeição das contas. As cominações previstas podem ser aplicadas isoladas ou cumulativamente e na fixação das penas o juiz levará em consideração a extensão dos danos causados e o proveito patrimonial obtido. Importante questão a ser abordada é que as sanções previstas na Lei 8.429/92 só podem ser aplicadas pelo Poder Judiciário.
O artigo 17 da LIA diz respeito aos legitimados ativos para proporem ação de improbidade. São eles o Ministério Público e a pessoa jurídica interessada. Quando o parquet não for parte no processo, atuará obrigatoriamente como fiscal da lei, sob pena de nulidade.
3 CONCLUSÃO
A pesquisa realizada no corrente trabalho representa uma explanação sobre os Atos de Improbidade Administrativa. O tema em questão engloba diversas outras considerações, a importância e os impactos na sociedade justificam a necessidade de novos trabalhos a esse respeito, tendo em vista que a improbidade é uma das maiores causadoras de atrasos na administração pública.
Conclui-se do trabalho apresentado que o tema gera grandes impactos tanto nos órgãos públicos como nos servidores que os integram. As punições elencadas na LIA vão desde a penas de multa até a perda da função pública. Tendo impactos consideráveis na vida dos servidores o conhecimento dos ditames legais da lei 8.429/92 se faz necessário, vários atos elencados podem ser evitados e prejuízos pessoais e ao erário podem ser evitados.
A LIA se transformou em um dos principais mecanismos no combate a corrupção, apesar das incompreensões e divergências quanto à sua aplicação, principalmente em relação aos sujeitos englobados nos chamados crimes de responsabilidade. Contudo sua aplicação não pode ser utilizada de maneira desmedida, gerando medo e retrocessos na busca de uma gestão mais eficiente no setor público.
O cenário conturbado enfrentado pela administração pública torna extremamente necessário que se mantenha a probidade. Condutas que ferem os preceitos constitucionais e morais não podem ser toleradas pela sociedade e as instituições, estas essenciais para a garantia do estado democrático de direito, que devem ser preservadas de condutas prejudiciais a sua imagem perante a população.
4 REFERÊNCIAS
ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito administrativo descomplicado. 24 ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2016.
Constituição Da República Federativa Do Brasil De 1988. Brasília. Recuperado em 10 de julho de 2019. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm.
	DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 29 ed. São Paulo: Saraiva, 2018.
	GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2008.
	Lei n. 8.429, de 2 de junho de 1992. Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências. Recuperado em 02 de maio de 2019. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8429.htm
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia cientifica. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2008.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 42ª ed. São Paulo: Malheiros, 2016.
Supremo Tribunal Federal (2018). Julgados Correlatos. AO 1.833, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 10-4-2018, 1ª T, DJE de 8-5-2018. Recuperado em 01 de agosto de 2019. http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/artigoBd.asp#visualizar

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