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JUSTIÇA DO TRABALHO (CC, art. 111 e art. 116) ➢ Instituída na Constituição de 1934. Realmente criada na constituição de 1942, vinculada ao Ministério do Trabalho → Vale lembrar que Getúlio Vargas criou a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) e a vinculação da Justiça do Trabalho ao Poder Executivo era em razão ao controle exercido sobre os trabalhadores, que tinham a impressão de serem assistidos pelo “Pai dos Pobres” ➢ Torna-se órgão do Poder Judiciário na constituição de 1946 (Vargas já não era mais presidente) ➢ Composta por Tribunal Superior do Trabalho; TRTs (Tribunais Regionais do Trabalho – distribuídos em 24 regiões); Juízes do Trabalho (CC, art. 111) ❖ Tribunal Superior do Trabalho (art. 111-A) ➢ Decisões com efeito vinculante ➢ Composto por vinte e sete ministros (brasileiros entre 35 e 65 anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação absoluta do Senado Federal) ➢ 1/5 entre advogados e membros do MP, ambos com mais de 10 anos de exercício da atividade profissional na área do trabalho e, o restante, entre juízes dos Tribunais Regionais, indicados pelo próprio Tribunal Superior ➢ Junto ao Tribunal, funcionam a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cujas funções subentendem-se pelo próprio nome; e o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, que faz supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo grau ➢ Competência originária: processar e julgar reclamação ➢ nas comarcas não abrangidas pela jurisdição da Justiça do Trabalho, lei pode atribuí-la a juízes de direito → recurso para o respectivo TRT (CC, art. 112) ❖ Competências da Justiça do Trabalho para processar e julgar ➢ Causas provindas das relações de trabalho (sob o regime da CLT – trabalhadores celetistas) → OBS – ADI 3395 (teve seu pronunciamento final em 14/04/2020): O STF entendeu que estão fora da alçada de competências da Justiça do Trabalho, aquelas que envolvam direitos estatutários de servidores públicos. Assim, essas causas devem ser processadas e julgadas pela Justiça competente pelo ente federativo cujo servidor público esteja vinculado (Ex: servidor público federal → vinculado à União, cuja competência para julgar e processar casos é da Justiça Federal. Ex2: servidor público estadual/municipal → vinculado ao Estado ou Município, cuja competência para processar e julgar casos é da Justiça Comum Estadual. Explicação: torna- se servidor estatuário por meio de concurso público, que o insere e o vincula ao regime jurídico instituído por meio da lei do respectivo ente federativo ➢ Ações que envolvam o exercício do direito de greve ➢ Ações sobre representação sindical entre sindicatos, sindicatos e trabalhadores e sindicatos e empregadores ➢ Mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria de sua jurisdição ➢ Conflito de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista (TRTs, Juízes do Trabalho e juízes de direito, na hipótese do art. 112), ressalvado o disposto no art. 102, I, o ➢ Ações de dano moral e patrimonial decorrentes da relação trabalhista ➢ Ações que envolvam penalidades impostas pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho aos empregadores ➢ A execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir → figura ativa do juiz, garantida pelo constituinte para assegurar a ordem jurídica vigente, e, assim, o direito dos trabalhadores – historicamente mais vulneráveis ➢ Outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei → abertura de competências atribuída pelo legislador. O caso concreto dirá – não sendo nenhuma das hipóteses taxativamente previstas – se será caso da Justiça do Trabalho ➢ Dissídio coletivo → interferência da Justiça do Trabalho em certos casos nas relações de trabalho → Quando não bem sucedida a negociação coletiva (feita entre empregadores e empregados) escolhe-se árbitro, que terá caráter normativo (§1°, art. 114) → Quando qualquer das partes nega tanto negociação coletiva, como arbitragem. Nesse caso, podem ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica na Justiça do Trabalho, que decidirá o conflito → Quando há greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, MPF pode ajuizar dissídio coletivo na Justiça Federal, que decidirá o conflito ❖ Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs – art. 115) ➢ Minimamente com 7 juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, nomeados pelo Presidente da República ➢ Brasileiros com mais de 35 e menos de 65 anos → 1/5 entre advogados e membros do MP, ambos com mais de 10 anos de exercício da atividade profissional na área do trabalho e, o restante, mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade e merecimento, alternadamente ➢ Justiça itinerante, realizando audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários ➢ Podem funcionar descentralizadamente, constituindo câmaras regionais, com a finalidade de assegurar o pleno acesso à justiça ➢ OBS: nas varas do trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular (CC, art. 116).
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