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A importância do psicólogo contra vítimas de violência

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A IMPORTÂNCIA DO PSICÓLOGO CONTRA VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA
A violência, há muito tempo enraizada na formação sociocultural de diversos países,
é praticada com base na desigualdade histórica entre os gêneros, ferindo os direitos humanos
e o bem-estar, principalmente de mulheres e pessoas trans. Frente a isso, atualmente muito se
tem debatido a respeito da violência física e psicológica vivenciadas no século XXI. Apesar
de muito ter sido conquistado até aqui, como a Lei Maria da Penha (11.340/2006), atualmente
os números de casos no Brasil têm crescido alarmantemente, não apenas de violência contra a
mulher, mas contra os demais gêneros vulneráveis. No entanto, é importante ressaltar que, de
acordo com a presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Ana Sandra Fernandes,
esta área é tomada majoritariamente por mulheres; desse modo, se faz importante evidenciar
quais as possíveis contribuições e desafios referentes ao papel dos profissionais de psicologia,
atuantes nas políticas públicas.
A violência sofrida pelas vítimas envolve agressões físicas, abusos sexuais, coerção
emocional e psicológica, privação de liberdade e direitos, humilhações, entre outros. Não
obstante, uma estimativa global publicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), no
ano de 2017, trouxe o dado de que uma a cada três mulheres, já foi vítima de violência física
ou sexual na vida. O impacto psicológico dessas agressões faz com que a pessoa tenha baixa
autoestima, insegurança, desenvolva ansiedade ou crises de pânico. Viver cotidianamente sob
opressão, pode levar a pensamentos ou tentativas de suicídio, o que a presença de um
profissional de psicologia poderia eficientemente evitar. No entanto, mesmo que a vítima
tenha apoio emocional e psicológico para a libertação dessas violências, estas podem
influenciar negativamente durante muito tempo sua vida e suas relações; um dos impasses do
profissional de psicologia é reverter essa situação, a depender do quanto o indivíduo estiver
disposto a enfrentar o processo.
Pelo fato do Brasil ser uma sociedade patriarcal e machista, que impulsiona
desigualdade de gênero e perpetua a violência no dia a dia, as contribuições do profissional
de psicologia nesse contexto, se fazem extremamente necessárias. O psicólogo atuante nas
políticas públicas intervém com campanhas socioeducativas, em equipe multisetorial, e
enquanto profissional, independente de sua abordagem ou tipo de atendimento, deve criar um
vínculo terapêutico com a vítima, transmitindo um ambiente seguro e confiável, pois dessa
maneira ela conseguirá dividir suas experiências que lhe causaram tanto sofrimento, e
aprender a lidar com os traumas e ressignificá-los; como em outros casos, conseguir
denunciar o agressor e se ver livre de opressões.

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