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17417_Algebra2_Aula_02_Volume_01

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Homomorfismos 2
ob
je
tiv
os
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Meta da aula
Ao final desta aula, você deverá ser capaz de:
• Reconhecer um homomorfismo entre anéis.
• Apresentar e demonstrar as primeiras propriedades 
dos homomorfismos.
Apresentar o conceito de homomorfismo de anel 
e suas propriedades básicas.
Pré-requisitos
 Você vai precisar dos conhecimentos sobre anéis e ideais, 
desenvolvidos nas Aulas 21 a 23 do curso de Álgebra I. 
16 C E D E R J
Álgebra II | Homomorfismos
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2INTRODUÇÃO As funções consideradas naturais entre duas estruturas algébricas do mesmo 
tipo, como os anéis, são aquelas que preservam as operações, ou seja, 
transformam uma soma de elementos no anel domínio na soma de suas 
imagens e transformam um produto de elementos no anel domínio no produto 
de suas imagens. Essas funções, chamadas de homomorfismos, serão o objeto 
do nosso interesse nesta aula.
HOMOMORFISMO DE ANÉIS
Definição 1
Dados dois anéis A e B, uma função ƒ : A → B é chamada de um 
homomorfismo (de anéis) se para todo a, b ∈ A , vale:
H1. ƒ(a + b) = ƒ(a) + ƒ(b);
H2. ƒ(a . b) = ƒ(a) . ƒ(b);
H3. ƒ(1A) = 1B (ou, simplesmente, ƒ(1) = 1).
Definição 2
Um homomorfismo ƒ : A → B é chamado de um isomorfismo se 
for, também, uma bijeção. Nesse caso, dizemos que A e B são isomorfos 
e denotamos A ≈ B.
Lembre que dois conjuntos A e B têm o mesmo número de 
elementos, ou seja, eles têm a mesma cardinalidade, se existe uma bijeção 
entre A e B. Assim, se A e B são isomorfos, então eles têm exatamente o 
mesmo número de elementos. Isso acontece porque se ƒ : A → B é um 
isomorfismo, então, em particular, ƒ é uma bijeção entre A e B.
Definição 3
O núcleo de um homomorfismo de anéis ƒ : A → B é o conjunto 
 N(ƒ) = {x ∈ A ƒ(x) = 0B},
onde 0B é o elemento neutro do anel B.
Apesar de o conceito de 
homomorfismo ser muito 
natural, ele surgiu de forma 
muito gradual. O con-
ceito de homomorfismo 
de grupos surgiu, pela 
primeira vez, em torno de 
1830, o de homomorfismo 
de corpos em torno de 1870 
e o de homomorfismo de 
anel somente em 1920.
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Álgebra II | Homomorfismos
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2Vejamos agora dois dos exemplos mais simples de homomorfismo 
de anéis.
Exemplo 1
O exemplo mais simples de todos é o homomorfismo identidade. 
Dado um anel A, o homomorfismo identidade é definido pela função 
identidade em A, ou seja, id : A → A, id(a) = a. Vamos verificar que a 
identidade é, de fato, um homomorfismo de anéis. Para isso, precisamos 
verificar os três axiomas de homomorfismos. Sejam a, b ∈ A, então
H1. id(a + b) = a + b = id(a) + id(b);
H2. id(a . b) = a . b = id(a) . id(b);
H3. id(1A) = 1A.
 
Assim, id é um homomorfismo. Mais ainda, o homomorfismo 
identidade é bijetor, portanto, ele é também um exemplo de um 
isomorfismo. Vamos calcular seu núcleo. Nesse caso, N(id) = {x ∈ A 
id(x) = 0A}. Ou seja, queremos resolver a equação id(x) = 0A. Como id(x) 
= x, a equação se transforma em x = 0A, ou seja, sua única solução é 
x = 0A, portanto, N(id) = {0A}.
Exemplo 2
Seja n ∈ Z, n > 1. Considere a função ƒ: Z → Zn definida por 
ƒ(a) = a , onde a é classe residual módulo n do inteiro a. Vamos verificar 
que ƒ é um homomorfismo de anéis. De fato, dados a, b ∈ Z, então
H1. ƒ(a + b) = a + b = � + b = ƒ(a) + ƒ(b);
H2. ƒ(a . b) = a . b = � . b = ƒ(a) . ƒ(b);
H3. ƒ(1) = 1 = 1Zn.
Assim, ƒ é um homomorfismo. Mais ainda, o homomorfismo ƒ é 
sobrejetor, pois, dado k ∈ Zn , então ƒ(k) = . No entanto, ƒ não é injetor, 
pois ƒ(0) = 0 e ƒ(n) = n = 0, ou seja, ƒ(0) = ƒ(n) com n ≠ 0. Portanto, 
ƒ não é um isomorfismo. 
Vamos calcular, agora, o núcleo de ƒ. Nesse caso, N(ƒ) = {x ∈ Z 
ƒ(x) = 0}. Ou seja, queremos resolver a equação ƒ(x) = 0. Como ƒ(x) = x , a 
equação se transforma em x = 0, e suas soluções são os inteiros múltiplos 
de n, portanto, N(ƒ) = nZ = {kn k ∈ Z}.
Vamos, agora estudar uma série de propriedades fundamentais 
sobre os homomorfismos.
k
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Álgebra II | Homomorfismos
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2Proposição 1
Seja ƒ : A → B um homomorfismo de anéis. Temos:
1. ƒ (0A) = 0B (ou, simplesmente, ƒ (0) = 0).
2. ƒ(– a) = – ƒ(a) para todo a ∈ A.
3. ƒ(a – b) = ƒ(a) – ƒ(b), para todo a, b ∈ A. 
4. ƒ(A) é um subanel de B, onde o conjunto imagem de A, ƒ(A), 
é definido por ƒ(A) = {ƒ(a) a ∈ A}.
5. Se A' é um subanel de A, então ƒ(A') é um subanel de ƒ(A).
6. Se B' é um subanel de B, então ƒ−1(B') é um subanel de A, 
onde o conjunto imagem inversa de B, ƒ−1(B') é definido por ƒ−1(B') = 
{a ∈ A ƒ(a) ∈ B'} .
7. Se I é um ideal de A, então ƒ(I) é um ideal de ƒ(A).
8. Se J é um ideal de B, então ƒ−1(J) é um ideal de A.
9. N(ƒ) é um ideal de A.
10. Se ƒ é um isomorfismo (ou seja, ƒ é uma função bijetora), 
então ƒ−1 : B → A é um homomorfismo de anéis e, portanto, é também 
um isomorfismo.
Demonstração
 Algumas das demonstrações deixaremos como atividade para 
você. Demonstraremos algumas delas.
1. Temos
 0 + ƒ(0) = ƒ(0)
 = ƒ(0 + 0)
 = ƒ(0) + ƒ(0),
e, cancelando ƒ(0) nos dois lados (lembre da lei do cancelamento), 
segue que
 ƒ(0) = 0.
2. Aplicando, inicialmente, a propriedade anterior, temos
 0 = ƒ(0)
 = ƒ(a)+ (– a))
 = ƒ(a) + ƒ(– a),
para todo a ∈ A. Logo, pela unicidade do elemento simétrico, segue 
que ƒ(– a) = –ƒ(a).
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ATIVIDADE 
3. Temos
ƒ(a – b) = ƒ(a + (– b))
 = ƒ(a)+ ƒ(– b),
 = ƒ(a)+ (–ƒ(b)), pela propriedade 2
 = ƒ(a) – ƒ(b).
 
4. Como A ≠ ∅, segue que ƒ(A) ≠ ∅. Agora, dados ƒ(a), ƒ(b) ∈ 
ƒ(A) e aplicando a propriedade 3, temos que
 ƒ(a) – ƒ(b) = ƒ(a – b) ∈ ƒ(A),
e, também,
 ƒ(a) . ƒ(b) = ƒ(a . b) ∈ ƒ(A).
 
Assim, pela Proposição 1 da Aula 5, segue que ƒ(A) é um 
subanel de B.
Tente você, agora, provar a próxima propriedade.
1. Demonstre a propriedade 5, ou seja, prove que se A' é um subanel de A, 
então ƒ(A') é um subanel de ƒ(A).
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2
ATIVIDADE 
6. Como ƒ (0A) = 0B e 0B ∈ B', então 0A ∈ ƒ−1 (B') e, portanto, 
ƒ−1 (B') ≠ ∅. Agora, dados a, b ∈ ƒ−1 (B'), então ƒ(a), ƒ(b) ∈ B' 
e segue que
 ƒ(a – b) = ƒ(a) – ƒ(b) ∈ B',
pois B' é subanel de B. Portanto, a – b ∈ ƒ−1 (B'). Também temos
 ƒ(a . b) = ƒ(a) . ƒ(b) ∈ B',
pois B' é subanel de B. Portanto, a . b ∈ ƒ−1 (B'). Assim, provamos que 
ƒ−1 (B') é um subanel de A.
É sua vez de praticar novamente.
2. Demonstre a propriedade 7, ou seja, prove que se I é um ideal de A, então 
ƒ(I) é um ideal de ƒ(A).
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8. Como 0B ∈ J e ƒ(0A) = 0B , então 0A ∈ ƒ−1 (J), e, portanto, 
ƒ−1 (J) ≠ ∅. Agora, dados a, b ∈ ƒ−1 (J) , então ƒ(a), ƒ(b) ∈ J e, assim, 
segue que
ƒ(a + b) = ƒ(a) + ƒ(b) ∈ J,
pois J é um ideal de B. Portanto, a + b ∈ ƒ−1 (J). Por outro lado, sejam 
a ∈ A e b ∈ ƒ−1 (J), então vale que ƒ(a) ∈ ƒ(A) e ƒ(b) ∈ J, e, como J é 
ideal de B e ƒ(A) ⊂ B, temos ƒ(a) . ƒ(b) ∈ J. Portanto,
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2ƒ(a . b) = ƒ(a) . ƒ(b) ∈ J,
 
ou seja, a . b ∈ ƒ−1 (J). Assim, concluímos que ƒ−1 (J) é um ideal de A.
9. Para mostrar que o núcleo é um ideal, usamos a propriedade 
anterior. De fato,
 N(ƒ) = {x ∈ A ƒ(x) = 0B} 
 = ƒ−1 ({0B }),
 
e, como {0B } é um ideal de B, segue, pela propriedade 8, que N(ƒ) é um 
ideal de A. 
 Assim, concluímos a demonstração da Proposição 1. Veja que 
deixamos as propriedades 5, 7 e 10 como atividades a serem desenvolvidas 
por você.
ATIVIDADE 
3. Demonstre a propriedade 10 da Proposição 1, ou seja, prove que se ƒ é um 
isomorfismo (ou seja, ƒ é um homomorfismo bijetor), então ƒ−1 : B → A é um 
homomorfismo de anéis.
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2Os homomorfismos são ricos em propriedades, e agora vamos 
ver algumas dessas propriedades relacionadas ao núcleo. As primeiras 
duas propriedades que seguem devem trazer à lembrança as proprieda-
des equivalentes para o núcleo de uma transformação linear e para um 
homomorfismo de grupos.
Proposição 2
Seja ƒ : A → B um homomorfismo de anéis e N(ƒ) o núcleo de ƒ. 
Então,
1. ƒ(a) = ƒ(b) se e somente se b – a ∈ N(ƒ).
2. ƒ é injetora se e somente se N(ƒ) = {0}.
3. Se A é um corpo, então ƒ é injetora.
Demonstração
1. (⇒) Suponhamos que ƒ(b) = ƒ(a) e vamos mostrar que b – a 
∈ N(ƒ).
De fato, ƒ(a) = ƒ(b) implica que ƒ(b) – ƒ(a) = 0. Assim, ƒ(b – a) 
= ƒ(b) – ƒ(a) = 0, ou seja, b – a ∈ N(ƒ).
(⇐) Reciprocamente, suponhamos que b – a ∈ N(ƒ) e vamos 
mostrar que ƒ(a) = ƒ(b).
De fato, se b – a ∈ N(ƒ), então ƒ(b – a) = 0. Assim, ƒ(b) – ƒ(a) = 
ƒ(b – a) = 0, ou seja, ƒ(a) = ƒ(b).
2. (⇒) Suponhamos, primeiramente, que ƒ é injetora. Vamos 
mostrar que N(ƒ) = {0}.
De fato, se ƒ é injetora, considere a ∈ N(ƒ). Então ƒ(a) = 0, e 
como ƒ(0) = 0, segue que ƒ(a) = ƒ(0). Como ƒ é injetora, temos a = 0. 
Assim, N(ƒ) = {0}.
(⇐) Reciprocamente, suponha que N(ƒ) = {0}. Vamos mostrar 
que ƒ é injetora.
Se ƒ(a) = ƒ(b), então, pela propriedade anterior, temos que 
b – a ∈ N(ƒ). Como estamos supondo que N(ƒ) = {0}, segue que 
b – a = 0, ou seja, a = b , o que prova que ƒ é injetora.
3. Suponhamos que A é corpo e seja a ∈ A com a ≠ 0. Então 
existe a−1, o inverso multiplicativo de a, que satisfaz a . a−1 = 1A. Assim,
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Portanto, concluímos que ƒ(a) é invertível e, em particular, ƒ(a) ≠ 0. 
Logo, a ∉ N(ƒ) para todo a ∈ A com (a) ≠ 0, o que nos leva a concluir que 
N(ƒ) = {0}. Pela propriedade anterior, segue que ƒ é injetora. 
Exemplo 3
Vamos descrever um homomorfismo muito importante, chamado 
homomorfismo canônico (ou homomorfismo projetor). Seja A um anel 
e I um ideal de A. Seja π : A → A/I, definida por π(a) = � , onde � = a 
+ I ∈ A/I é a classe residual de a ∈ A módulo I. Vamos verificar, agora, 
que π é um homomorfismo de anéis. De fato, sejam a, b ∈ A, então
H1. π(a + b) = a + b = � + b = π(a) + π(b);
H2. π(a . b) = a . b = � . b = π(a) . π(b);
H3. π(1A) = 1A = 1A/I .
Assim, π é um homomorfismo. Mais ainda, o homomorfismo π é 
sobrejetor, pois para qualquer � ∈ A/I temos que π(a) = � . Chamamos 
π : A → A/I de homomorfismo canônico.
Vejamos, agora, como se comportam os homomorfismos sob a 
operação de composição de funções.
Proposição 3
Sejam g : A → B e ƒ : B → C dois homomorfismos de anéis. 
Então:
a) A composição ƒ ° g : A → C é um homomorfismo de anéis;
b) Se A ≈ B e B ≈ C, então A ≈ C , isto é, se A é isomorfo a B e B 
é isomorfo a C, então A é isomorfo a C.
A demonstração desta proposição faz parte das Atividades 
Finais da aula.
ƒ(a) . ƒ(a–1) = ƒ(a . a –1), pois ƒ é homomorfismo
 = ƒ(1A)
 = 1B , pois ƒ é homomorfismo.
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2Para terminar esta aula, queremos enfatizar para você que os 
anéis isomorfos têm propriedades idênticas, e eles diferem apenas na 
apresentação de seus elementos. O que importa é que o isomorfismo 
preserva todas as propriedades entre tais anéis.
A atividade final é um desafio para você. Lembre-se de consultar 
os resultados apresentados. Leia várias vezes as demonstrações das 
propriedades e tente imitá-las. Tenha sempre papel e lápis à mão e, se 
for preciso, apague e reescreva quantas vezes for necessário. Achamos 
que se você entendeu bem esta aula, então terá capacidade de sobra para 
resolver essas atividades. Vamos lá!
ATIVIDADES FINAIS
1. Sejam A um anel e a ∈ A – {0}. Defina a função ƒa : A → A por ƒa (x) = a . x.
a. Mostre que ƒa é sobrejetora se e somente se a é invertível.
___________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
b. Mostre que se A é um domínio de integridade, então ƒa é injetora.
____________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
c. ƒa é um homomorfismo?
____________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
2. Prove a Proposição 3.
____________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
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Atividade 1
 Como A' ≠ ∅, segue que ƒ(A') ≠ ∅. Agora, dados ƒ(a), ƒ(b) ∈ ƒ(A'), temos, 
aplicando a propriedade 3,
 ƒ(a) – ƒ(b) = ƒ(a – b) ∈ ƒ(A'),
e, também,
 ƒ(a) . ƒ(b) = ƒ(a . b) ∈ ƒ(A').
Assim, pela Proposição 1 da Aula 5, segue que ƒ(A') é um subanel de ƒ(A).
R E S U M O
Nesta aula, foram apresentados os seguintes resultados:
i. O conceito de homomorfismo entre dois anéis A e B, ou seja, uma função ƒ : A 
→ B que para todo a, b ∈ A, 
satisfaz:
H1. ƒ(a + b) = ƒ(a) + ƒ(b);
H2. ƒ(a . b) = ƒ(a) . ƒ(b);
H3. ƒ(1A) = 1B (ou, simplesmente, ƒ(1) = 1).
ii. O conceito de isomorfismo, ou seja, um homomorfismo quetambém é uma 
bijeção.
iii. As propriedades apresentadas e demonstradas servem para verificar que os 
homomorfismos preservam algumas estruturas dos anéis.
iv. O conceito de núcleo de um homomorfismo, ou seja, o núcleo do homomorfismo 
ƒ : A → B é o conjunto N(ƒ) = {x ∈ A ƒ(x) = 0B} . Algumas propriedades importantes 
dos homomorfismos são verificadas pelo comportamento do seu núcleo.
v. O homomorfismo projetor, ou seja, dado o anel A e I um ideal de A, é definido 
por π : A → A/I, π(a) = � (lembre que � = a + I ∈ A/I). 
RESPOSTAS
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2Atividade 2
Como 0A ∈ I e 0B = ƒ(0A), então 0B ∈ ƒ(I), e, portanto, ƒ(I) ≠ ∅ . Agora, dados 
ƒ(a), ƒ(b) ∈ ƒ(I) então segue que
 ƒ(a) + (b) = ƒ(a + b) ∈ ƒ(I),
ou seja, ƒ(a) + (b) ∈ ƒ(I) . Vamos considerar, agora, ƒ(a) ∈ ƒ(A) e ƒ(b) ∈ ƒ(I), 
então, como a ∈ A, b ∈ I I é ideal, temos a . b ∈ I. Portanto,
 ƒ(a) . (b) = ƒ(a . b) ∈ ƒ(I),
ou seja, ƒ(a) . (b) ∈ ƒ(I). Assim, concluímos que ƒ(I) é um ideal de ƒ(A).
Atividade 3
Dados x, y ∈ B, sejam a = ƒ–1 (x) e b = ƒ–1 (y), ou seja, ƒ(a) = x e ƒ(b) = y. Como ƒ 
é um homomorfismo, sabemos que 
 ƒ(a + b) = ƒ(a) + ƒ(b) e ƒ(a . b) = ƒ(a) . ƒ(b).
Temos, então, que
 ƒ–1 (x + y) = ƒ–1 (ƒ(a) + ƒ(b)), pela escolha de x e y
 = ƒ–1 (ƒ(a + b)), pois ƒ é homomorfismo
 = a + b, pois ƒ–1 ° ƒ = id
 = ƒ–1 (x) + ƒ–1 (y).
 Lembre que id representa a função identidade. Temos, também,
 ƒ–1 (x . y) = ƒ–1 (ƒ(a) . ƒ(b)), pela escolha de x e y
 = ƒ–1 (ƒ(a . b)), pois ƒ é homomorfismo
 = a . b, pois ƒ–1 ° ƒ = id
 = ƒ–1 (x) . ƒ–1 (y).
Finalmente, como ƒ(1A) = 1B e ƒ é bijetora, segue que ƒ–1 (1B) = 1A. Concluímos, 
assim, que ƒ–1 : B → A é um homomorfismo.
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2Atividade Final 1
a. (⇒) Suponha que ƒa é sobrejetora. Vamos mostrar que a é invertível.
De fato, como ƒa é sobrejetora, existe a' ∈ A tal que ƒa (a') = 1A, isto é, a . a' = 1A. 
Logo, a' é o elemento inverso de a, isto é, a é invertível.
(⇐) Reciprocamente, suponha que a é invertível. Vamos mostrar que ƒa é 
sobrejetora.
Seja b ∈ A um elemento qualquer. Temos que
 ƒa (a
−1. b) = a . (a−1. b), pela definição de ƒa
 = (a . a−1) . b
 = 1A . b, pois a é invertível 
 = b.
Mostramos, assim, que para qualquer que seja b ∈ A, existe x = a-1 . b tal que 
ƒa (x) = a. Portanto, concluímos que ƒa é sobrejetora.
b. Vamos mostrar que ƒ é injetora. Suponhamos que ƒa (x) = ƒa(y), isto é, 
a . x = a . y. Logo, a . x – a . y = 0 e, portanto, a . (x – y ) = 0. Como A é domínio de 
integridade e a ≠ 0, segue que x – y = 0, isto é, x = y, o que prova que ƒa é injetora.
c. ƒa é homomorfismo somente no caso em que a = 1A , pois
 ƒa (x . y) = a . (x . y )
 e
 ƒa (x) . ƒa (y) = a2 . (x . y ).
Para serem iguais, é necessário que a = a2, isto é, a = 1A.
28 C E D E R J
Álgebra II | Homomorfismos
Atividade Final 2
Vamos verificar os axiomas de homomorfismo para a composição ƒ ° g. Dados 
a, b ∈ A, temos
H1. 
(ƒ °g)( a + b) = ƒ (g ( a + b)), pela definição de composição
 = ƒ (g (a) + g (b)), pois g é homomorfismo;
 = ƒ (g (a)) + ƒ (g (b)), pois ƒ é homomorfismo;
H2. 
(ƒ °g)( a . b) = ƒ (g ( a . b)), pela definição de composição
 = ƒ (g (a) . g (b)), pois g é homomorfismo;
 = ƒ (g (a)) . ƒ (g (b)), pois ƒ é homomorfismo;
 H3. 
(ƒ °g)(1A) = ƒ( g (1A)), pela definição de composição
 = ƒ(1B), pois g é homomorfismo;
 = 1C , pois ƒ é homomorfismo.
 Assim, provamos que a composição ƒ °g é um homomorfismo de anéis.
b) Suponhamos que A é isomorfo a B e B é isomorfo a C. Queremos provar que 
A é isomorfo a C. Como A ≈ B e B ≈ C, então existem isomorfismos g : A → B 
e ƒ : B → C. Como ƒ e g são homomorfismos, então, pelo item a), ƒ °g : A → C 
também é um homomorfismo. Agora, você sabe que se ƒ e g são funções bijetoras, 
então a composição ƒ °g também é bijetora. Portanto, concluímos que ƒ °g : A → 
C é um homomorfismo bijetor, ou seja, ƒ °g : A → C é um isomorfismo de anéis. 
Assim, concluímos que A ≈ C .

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