• Defensor; • Curador; • Cônjuge, ascendente, descendente e irmão. O incidente pode também ser instaurado de ofício. Exemplo: Se no interrogatório o juiz percebe a insanidade mental do acusado. CAPÍTULO VIII DA INSANIDADE MENTAL DO ACUSADO Art. 149. Quando houver dúvida sobre a integridade mental do acusado, o juiz ordenará, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, do defensor, do curador, do ascendente, descendente, irmão ou cônjuge do acusado, seja este submetido a exame médico-legal. § 1o O exame poderá ser ordenado ainda na fase do inquérito, mediante representação da autoridade policial ao juiz competente. § 2o O juiz nomeará curador ao acusado, quando determinar o exame, ficando suspenso o processo, se já iniciada a ação penal, salvo quanto às diligências que possam ser prejudicadas pelo adiamento. Art. 150. Para o efeito do exame, o acusado, se estiver preso, será internado em manicômio judiciário, onde houver, ou, se estiver solto, e o requererem os peritos, em estabelecimento adequado que o juiz designar. § 1o O exame não durará mais de quarenta e cinco dias, salvo se os peritos demonstrarem a necessidade de maior prazo. § 2o Se não houver prejuízo para a marcha do processo, o juiz poderá autorizar sejam os autos entregues aos peritos, para facilitar o exame. Art. 151. Se os peritos concluírem que o acusado era, ao tempo da infração, irresponsável nos termos do art. 22 do Código Penal, o processo prosseguirá, com a presença do curador. Art. 152. Se se verificar que a doença mental sobreveio à infração o processo continuará suspenso até que o acusado se restabeleça, observado o § 2o do art. 149. § 1o O juiz poderá, nesse caso, ordenar a internação do acusado em manicômio judiciário ou em outro estabelecimento adequado. § 2o O processo retomará o seu curso, desde que se restabeleça o acusado, ficando-lhe assegurada a faculdade de reinquirir as testemunhas que houverem prestado depoimento sem a sua presença. Art. 153. O incidente da insanidade mental processar-se- á em auto apartado, que só depois da apresentação do laudo, será apenso ao processo principal. Art. 154. Se a insanidade mental sobrevier no curso da execução da pena, observar-se-á o disposto no art. 682. EXERCÍCIO 01. (Analista Judiciário – TRF 4ª Região – FCC – 2010) O Juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes a) se tiver funcionado no processo seu parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como autoridade policial. b) quando seu cônjuge for diretamente interessado no feito. c) se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo. d) quando estiver funcionado no processo como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questão. e) se ele próprio houver servido como testemunha no processo GABARITO: 01 C 12. PROVA. Prova é todo elemento trazido ao processo, pelo juiz ou pelas partes, destinado a comprovar a realidade de um fato, a existência de algo ou a veracidade de uma afirmação. Sua finalidade é fornecer subsídios para a formação da convicção do julgador. São objetos de prova os fatos principais e secundários capazes de influenciar a responsabilidade criminal do réu, a aplicação da pena e a medida de segurança. Alguns fatos, entretanto, não podem ser objetos de prova. São eles: • O direito não pode ser objeto de prova, pois o juiz o conhece; salvo se for direito consuetudinário, estrangeiro, estadual ou municipal; • Os fatos axiomáticos, isto é, aqueles fatos evidentes. O fato axiomático é diferente do fato notório, que é aquele de conhecimento geral, que faz parte da história e refere-se a fatos políticos, sociais ou fenômenos da natureza; • Os fatos irrelevantes, aqueles incapazes de influenciar a responsabilidade criminal do réu, no caso concreto. • Os fatos sobre os quais incida presunção absoluta iuris et de iure. Ex: O inimputável recebe medida de segurança, absolvição imprópria. Tem como pressuposto a periculosidade, pois a medida de segurança é aplicada apenas aos réus perigosos. Não há necessidade de perícia para confirmar sua periculosidade. No Processo Penal, os fatos incontroversos também são objetos de prova; não se aplica a regra do Processo Civil, pois o que se discute no Direito Penal é o direito à liberdade. Classificação das Provas a) Prova Direta: refere-se diretamente ao tema probandu. Ex: testemunha presencial, exame de corpo de delito. b) Prova Indireta: refere-se indiretamente ao tema probandu. Ex: álibi apresentado pelo acusado. c) Prova Pessoal: a prova emana de uma pessoa. Ex: interrogatório, testemunha. d) Prova Documental: a prova é produzida por escrito. Ex: laudo pericial. e) Prova Material: refere-se a objetos. Ex: instrumentos do crime, arma do crime. f) Prova Plena: é a prova que conduz a um juízo de certeza. g) Prova Não Plena: é a prova que conduz a um juízo de probabilidade. Meios de Prova Meios de prova são os métodos por meio dos quais a prova pode ser levada ao processo. Os meios de prova podem ser: • Nominados: São os documentos, acareações, reconhecimento de pessoas e objetos, interceptação telefônica, interrogatório. São todos os meios de prova previstos na legislação; • Inominados: São aqueles meios de prova que não estão previstos expressamente na legislação. Ex: juntar fita de vídeo, com um programa de TV em que o acusado aparece, para mostrar aos jurados. Sujeitos da Prova Os sujeitos da prova são as pessoas incumbidas de levar ao juiz os meios de prova. São as testemunhas, com o depoimento; o réu, com o interrogatório; e o perito, com o laudo. Princípios Relativos à Prova 1) Princípio da Comunhão da Prova: Uma vez trazida aos autos uma prova, ela se incorpora ao processo. Por essa razão, a prova trazida por uma das partes, pode ser usada pela parte contrária. Além disso, uma vez admitida a prova, para que a parte desista dela, deve haver anuência da parte contrária. 2) Princípio da Audiência Contraditória: A parte contrária sempre deve ser dado o direito de impugnar a prova produzida pelo ex adverso. 3) Princípio da Liberdade dos Meios de Prova: No Processo Penal são admitidos todos os meios de prova, nominados ou inominados, salvo as provas ilícitas ou as provas ilegítimas. Prova ilícita é a prova produzida com desrespeito à regra de direito material. Ex: confissão mediante tortura. Prova ilegítima é a prova produzida com desrespeito à regra de Direito Processual. Ex: exibição em plenário de documento do qual não foi dado ciência à parte contrária, com pelo menos três dias de antecedência. Ônus da Prova O ônus da prova é o encargo que recai sobre as partes, impondo-lhes o dever de provar algo, sob pena de suportar uma situação processual adversa. A acusação deve fazer prova da autoria e da materialidade do delito. Deve fazer prova plena desses elementos. Compete, ainda, à acusação fazer prova do elemento subjetivo, isto é, do dolo da ação ou do elemento normativo, ou seja, a culpa: provar que o agente agiu com imprudência, negligência ou imperícia. A defesa deve provar os fatos impeditivos (excludentes de ilicitude), extintivos (causas de extinção da punibilidade) ou modificativos (desclassificação ou causas de diminuição da pena) do direito do autor. A defesa não precisa produzir prova plena, basta o juízo de probabilidade. Provas periciais: A perícia é um exame realizado por quem tem conhecimento técnico, científico ou artístico. Natureza jurídica: É um meio de prova nominado. Seu valor probatório é idêntico ao dos demais meios de prova. A perícia pode ser realizada a qualquer momento, desde o Inquérito Policial até a execução. Interrogatório: Interrogatório é o ato processual por meio do qual o acusado é