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Controle Mecânico do Biofilme

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Jemerson Santos do Monte 
Controle Mecânico do Biofilme 
Clínica I
BIOFILME / PLACA BACTERIANA 
Resíduos de alimento junto as bactérias da 
boca aderem-se a estrutura do dente 
formando a placa/biofilme, que auxiliam na 
adesão de novas bactérias, como fator 
retentivo. 
O biofilme permite que bactérias anaeróbicas 
sobrevivam em regiões diferentes da bolsa 
periodontal, pois sua conformação impede 
que o oxigênio chegue até tais bactérias. 
Uma vez que esse biofilme se estabelece por 
muito tempo, ele adquire conformação pétrea 
e se torna um cálculo (tártaro). 
O excesso de biofilme pode induzir: 
⮩ Cárie bacteriana 
⮩ Gengivite: Inflamação, 7 dias sem higiene 
⮩ Periodontite: perda de fibras colágenas, 
osso alveolar, ligamento periodontal, 
resultando em perda de inserção) 
⮩ Doenças peri-implantares 
A realização adequada de métodos de higiene 
oral caseiros por parte do paciente é fator 
fundamental no sucesso a longo prazo da 
terapia periodontal. 
A acuidade do paciente na realização da 
higiene oral vai depender do nível de 
informação recebido, da motivação alcançada 
e do treinamento monitorado realizado. 
 
TRATAMENTO PERIODONTAL 
► Educação em saúde 
Um método direto, centrado no paciente, 
usado para aflorar a motivação intrínseca 
para mudança pela exploração e resolução da 
ambivalência. 
Informações aos pacientes. 
► Motivação 
⮩ Preciso estar motivado. 
⮩ Criar vínculo com o paciente (confiança). 
⮩ Diálogo entre profissional e paciente. 
⮩ Demonstrar empatia pelo dilema de 
mudança de comportamento do 
paciente. 
⮩ O que você quer X o que fazer para 
conseguir? 
 
►Treinamento monitorado (IHO - instrução de 
higiene oral) 
⮩ Eliminação e controle da placa 
bacteriana pelo paciente 
⮩ Redução do número de microrganismos 
na cavidade oral 
⮩ Prevenção da formação do cálculo 
 
 
► IHO - Instrução de Higiene Oral 
A instrução de higiene oral se trata da 
atividade de educação em saúde que consiste 
na introdução ou complementação de 
medidas para controle da placa bacteriana 
pelo paciente. 
 
► Procedimentos clínicos 
Na profilaxia utilizamos a taça de borracha, 
escova de Robson, pasta profilática/pedra 
pomes e caneta de baixa rotação, em ambiente 
clínico para remoção do biofilme nas faces 
oclusais e livres dos dentes do paciente. 
O bom controle da placa bacteriana 
supragengival afeta o crescimento e a 
composição da placa subgengival, visto que 
favorece a saúde da microbiota e reduz a 
quantidade de formação de cálculo. 
 
COMO REALIZAR O CONTROLE DE PLACA ? 
Controle mecânico: 
⮩ Escovação 
⮩ Fio dental 
⮩ Palito dental 
⮩ Escova unitufo 
 
Controle químico: 
⮩ Enxaguantes bucais 
 
HIGIENE ORAL EM BEBÊS 
• Gaze ou fralda úmida: higienização da 
cavidade oral após alimentação com água 
filtrada 
• Dedeira: após erupção dos primeiros dentes 
• Escovas extra macias 
 
 
 
 
 
 
 
 
HIGIENE ORAL 
Instruçõe s ao paciente 
• Orientação sobre tipo de escova e técnica 
de escovação 
• Frequência e duração da escovação 
• Escovação da língua e região interdental 
• Troca de escova (atentar para troca 
imediata após qualquer doença 
infectocontagiosa das vias aéreas) 
• Escova como fonte de microrganismos 
 
Recomendação ADA (American Dental 
Association) 
• Escovação 2x ao dia + fio dental / Escova 
interdental 1x ao dia 
• Substituição da escova a cada 3 a 4 meses 
Instruímos nosso paciente a escovação 3 vezes 
ao dia, pois nem todos os pacientes 
conseguem ter um bom controle do biofilme. 
 
Escova denta 
• Altura e largura da cabeça reduzida 
• Tamanho do cabo 
• Cerdas de poliéster finas 
 
Escova ortodônti ca 
Cerdas em formato de “V” 
Maior higienização da superfície 
dos dentes e do aparelho 
ortodôntico. 
 
Escovas elétricas 
Movimentos oscilatórios e rotatórios. 
Escovas elétricas são superiores 
quando usadas por indivíduos 
debilitados. 
 
Qual é a melhor escova para o controle 
mecânico de biofilme bucal? 
A que o paciente tem acesso, a que está mais 
acostumado e esteja sendo eficaz no controle 
do biofilme. Caso não esteja sendo eficaz 
podemos sugerir uma substituição, lembrando 
das condições sociais do paciente. 
 
Técnicas de escovação 
Horizontal 
• Pode provocar recessão 
gengival. 
• Lesão cervical não 
cariosa (abrasão). 
 Não tem indicações. 
 
Vertical (Leonard) 
Movimentos de cima para 
baixo e vice-versa, com as 
arcadas em oclusão. 
 Não tem indicações. 
 
Circular (Fones) 
Movimentos circulares, 
com as arcadas em 
oclusão. 
Movimento de trenzinho, 
ou vai-e-vem, na oclusal. 
Movimento de vassourinha na palatina/lingual. 
 Indicado para crianças. 
 
Sulcular (Bass) 
Movimentos curtos de 
vai-e-vem no sulco 
gengival. 
 
 
Vibratória (Stillman / Charters) 
Movimentos rotatórios 
curtos no sulco gengival. 
 
 
Bass / Stillman modificada 
Escova oblíqua voltada para o ápice, com 
cerdas parcialmente na gengiva e na 
superfície dos dentes. Higienização do sulco 
gengival. 
 
 
 
 
Movimento: escova movimentada em vai-e-vem 
ou rotatório curto na horizontal, com cerdas 
voltadas para a cervical do dente, seguida de 
movimento vertical para incisal/oclusal. 
 Técnica mais recomendada 
 
Técnica de Charters 
 
 
 
 
 
Movimento de vai-e-vem com cerdas voltadas 
para a incisal/oclusal do dente 
 Indicado para casos em que houve perda 
das papilas gengivais ou aparelho 
ortodôntico. 
Irrigadores Orais 
Disparam um jato de água com 
força suficiente para remoção do 
biofilme dentário. 
 
 
 
 
 Pouco utilizado, mas recomendado para 
que tem próteses extensas/protocolo 
 
Tempo de Escovação Recomendado 
• 2 minutos 
Quanto maior for o tempo de escovação maior 
a remoção de placa 
 
Qual técnica devo recomendar para o 
paciente? 
A técnica de escovação ideal é aquela que 
permite uma completa remoção da placa 
dental no menor tempo possível, sem causar 
nenhum dano aos tecidos 
Na maioria dos casos, mudanças no próprio 
método de escovação do paciente já são 
suficientes, sempre levando em consideração 
que mais importante que a técnica de 
escovação utilizada, é a disposição dos 
pacientes em limpar efetivamente os dentes. 
 
Limpeza interdental 
contorno e consistência do tecido gengival 
tamanho do espaço interproximal 
posição e alinhamento dos dentes 
habilidade e motivação do paciente 
 
Escova Unitufo 
• Furca de molares 
• Região de 3° molar 
• Distal de molar 
• Áreas de difícil acesso 
• Recessão gengival 
• Áreas com rizectomia 
• Apinhamento dental 
• Mesial e distal de dentes isolados 
• Aparelhos ortodônticos 
 
Escova interdental 
• Áreas interproximais amplas 
• Perda de papilas 
• Concavidades e sulcos 
radiculares 
• Durante e após tratamento 
periodontal, ortodôntico ou 
protético 
• Atentar para diâmetro das 
cerdas 
 
Fio ou fita interdental 
• Nos casos em que as papilas 
preenchem completamente 
os espaços interdentais. 
• Remoção eficaz do biofilme 
interproximal com a 
introdução do fio dental no 
sulco gengival 
• Puxar o fio raspando a mesial e distal dos 
dentes vizinhos 
• Antes da escovação 
• Passando sempre um trecho do fio limpo 
Limitações: 
• Concavidades, sulcos radiculares 
• destreza do paciente 
• uso de aparelhos ortodônticos fixos e 
prótese parcial fixa 
 
 
 
 
 
 
 
Fio dental com haste / Passa fio 
 
 
 
 
 
 
 
Utilizado por pacientes que tem dificuldade 
para utilizar o fio dental convencional ou para 
pacientes que utilizam aparelho ortodôntico. 
 
Super-floss 
 
 
 
 
 
 
 
Indicado para prótese fixa de 3 elementos 
dentários. 
 
 
 
 
 
Palito dental 
Pode causar perda permanente da papila, 
abertura do espaço interproximal. 
 Não tem indicações. 
 
Raspadores de língua 
Língua: reservatório de bactérias e restos 
alimentares. 
Mais efetivos que as escovas na limpeza da 
língua. 
 
 
É POSSÍVEL CAUSAR DANO ATRAVÉS DO USO 
DE MEDIDAS DE HIGIENE BUCAL? 
Fatores predisponentes:• Técnica de escovação inadequada. 
• Tamanho, textura e forma das escovas. 
• Desgaste acentuado das cerdas. 
• Cerdas irregulares. 
• Frequência, direção e magnitude da 
escovação. 
• Técnica inadequada de uso do fio dental. 
• Uso de dentifrícios altamente abrasivos. 
• Recessão gengival por escovação 
traumática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
É importante considerar que, tão logo os 
danos aos tecidos moles/duros sejam 
identificados, a técnica de higiene bucal deve 
ser modificada, a fim de interromper a 
progressão das lesões.

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