e gerenciamento da cadeia de suprimento (15/03/2012) Introdução: A partir deste texto introdutório, você será capaz de entender melhor os conceitos estudados nesta aula, sendo capaz de relacionar o conteúdo que será aprendido ao contexto em que está inserido. As empresas raramente trabalham sozinhas na criação de valor para os clientes e no desenvolvimento de relacionamentos lucrativos com eles. Em vez disso, a maioria compõe um único elo em uma cadeia de suprimento e um canal de distribuição mais amplos. Dessa forma, o sucesso individual de uma empresa depende não apenas de seu desempenho, mas também da competitividade de todo o seu canal de distribuição com os canais dos concorrentes. Para ser eficaz na gestão de relacionamento com o cliente, uma empresa também precisa ser eficaz na administração de relacionamento de parceria. História: Da produção artesanal aos Pólos Industriais O conceito que hoje aplicamos para indústria, anteriormente representava todo o ciclo de trabalho de um artesão. Nas pequenas cidades o artesão produzia produtos como roupas, utensílios, carroças e tudo o que o homem necessitasse. O artesão era responsável pela aquisição das matérias-primas, que posteriormente sofreriam uma transformação, gerando um produto - 10 - JULIO CESAR DE SOUZA (Continuação do Resumo do Caderno de Tòpicos Emergentes em Marketing................................) -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- final. O que dificilmente garantia uma homogeneidade em seus produtos. À medida que os pedidos cresciam, seus trabalhos já não eram mais suficientes para o abastecimento de sua demanda, o que lhe direcionou a ter sua própria oficina com mais artesãos agora assalariados. Os antigos artesãos, agora donos de oficinas, conquistavam seus fornecedores com pedidos maiores e logo o título de proprietário de oficina transforma-se em empresário. As oficinas e os fornecedores representavam o início das cadeias produtivas. Pires (2004, p. 23) considera que a passagem do modelo de oficinas até a chegada da Revolução Industrial ocorreu devido a um alavancador tecnológico. A máquina a vapor, desenvolvida pelo escocês James Watt, em 1769, foi esse grande alavancador. Com a máquina a vapor maravilhas da época foram criadas, como o tear mecânico movido a vapor, a locomotiva (Maria Fumaça) e os navios a vapor. Com a capacidade dos transportes não mais limitados às carroças e aos veleiros que ficavam literalmente à mercê dos ventos e com pequena penetração em termos de extensão territorial, os mercados expandiram-se, reduzindo custos de transportes, de matérias-primas e produtos acabados. O transporte também permitiu a integração entre as cidades, o que rapidamente promoveu a urbanização, atraindo pessoas para os grandes centros que ofereciam melhores condições de emprego e vida. Com o surgimento das primeiras grandes fábricas, uma grande mudança surgiu na economia, alterando a maneira como eram produzidos e distribuídos os produtos, bem como a forma e o conteúdo do conceito de trabalho. Nascia o sistema de produção em massa que mudaria definitivamente a civilização ocidental A evolução da Cadeia de Suprimento no Século XX No início dos anos 90, o tempo médio exigido para uma empresa processar e entregar mercadorias, do estoque de um armazém até o cliente, variava de 15 a 30 dias, dependendo às vezes até mais tempo. O cenário típico de pedido, para entrega envolvia a solicitação e a transferência do pedido, o que geralmente ocorria atra¬vés de telefone, fax, intercambio Eletrônico de Dados (EDI - Electronic Data Interchange), ou correio público; seguia-se o processamento do pedido (o que exigia o uso de sistemas manuais ou de computador), a autorizarão de crédito e o apontamento do pedido pelo armazém pa¬ra fins (te seleção; e, após, o embargue do produto para o cliente. Quando tudo acontecia de acordo com o planeja¬do, o tempo médio para os pedidos era demorado. Quando algo dava errado (o que acontecia com frequência ), como falta de estoque de inventário, uma ordem de serviço perdida ou fora de lugar, ou uma entrega mal direcionada, o tempo total para o atendi¬mento do cliente aumentava sensivelmente. Para sustentar esse longo e imprevisível tempo ao mercado, tornou-se prática comum estocar mercadorias listadas, Por exemplo, inventario de produtos idênticos eram regularmente estocados por varejistas, atacadistas e fabricantes. Apesar desses inventários extensivos, as situações de falta de estoque e de entregas atrasadas se mantiveram , devido ao grande número de variações de produtos. Tais práticas de negócios, reconhecidas no século XX, bem como a estrutura de canal de - 11 - JULIO CESAR DE SOUZA (Continuação do Resumo do Caderno de Tòpicos Emergentes em Marketing................................) -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- distribuição usada para levar a termo a entrega, desenvolveram-se em função de anos as experiências datadas desde a Revolução industrial. O mundo industrializado não é mais caracterizado pela escassez. O poder de compra dos consumidores e o interesse por uma escolha maior de produtos e serviços aumentam aceleradamente, Na verdade, os consumidores de hoje possuem uma gama vasta de opções que possam ajustar segundo seus desejos. Os desejos dos consumidores mudaram da aceitação passiva para o envolvimento ativo no projeto e na entrega de produtos e servidos específicos. A capacidade de transporte e o desempenho operacional tem se tornado cada vez mais econômico e confiável, já que o transporte de hoje tem como apoio uma tecnologia sofisticada que facilita entregas com mais precisão. Uma mudança significativa ocorreu como resultado da disponibilidade de informações. Durante a década de 90, o mundo do comércio sofreu o impacto irrevogável com o avanço da informática e da internet além das possibilidades acessíveis de transmissão de informação. A informação caracterizada pela alta velocidade, acessibilidade, precisão e, sobretudo, relevância, tornou-se uma norma. A Internet operando em alta velocidade de rede, transformou-se em um meio econômico para conduzir transações, e deslanchou o potencial da distribuição eletrônica direta ao consumidor e entre empresas (B2B - Business to Business, prática de negócios entre empresas). Conduzida por essas forças uma economia globalizada emergiu rapidamente. A evolução da Cadeia de Suprimento no Século XXI O que começou durante a última década do século XX e que continuará a se desdobrar no século XXI é o que historiadores irão caracterizar como o despertar da era digital ou da informação. Na era do comercio eletrônico, a realidade da conectividade B2B tornou possível uma nova ordem de relacionamentos de negócios chamada Gestão da Cadeia Suprimentos. Os administradores estão cada vez mais questionando a distribuição, a produção e as práticas de aquisição tradicionais .Nessa nova ordem das coisas, produtos podem ser manufaturados segundo especificações exatas, e ser entregues rapidamente aos clientes em diferentes locais do globo. O que é Cadeia de Suprimento? “Parte do processo da cadeia de suprimento que planeja, implementa e controla eficiente e eficazmente, os fluxos adiante e reverso, e a estocagem de bens, serviços e informações relacionadas, do ponto de origem ao ponto de consumo, a fim de atender às necessidades dos clientes”. A Cadeia de Suprimentos A gestão da cadeia de suprimentos também conhecida por cadeia de valor ou cadeia de demanda, compreende em empresas que colaboram