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INVESTIGAÇÕES GEOTECNICAS

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Entender sobre as condições do subsolo de um determinado local é crucial para a elaboração de projetos de fundação e obras de contenção seguras e econômicas. Estima-se, que em nosso país o custo para a realização de sondagens de reconhecimento varie entre 0,2% a 0,5% do custo total da obra. (SCHAIND, 2000).  
Em qualquer obra de engenharia civil, é indispensável as investigações geotécnicas, pois somente assim é possível entender os fenômenos geológicos da formação da crosta terrestre e contribuir para a resolução de problemas tecnológicos e de engenharia. A coleta e interpretação dos dados adquiridos pelo ensaio de campo, são importantes para engenheiros geotécnicos e geólogos na concepção e execução de qualquer projeto. 
O principal objetivo da investigação geológica é delimitar as unidades geológicas, determinar as características e propriedades geomecânicas por meio de um conjunto de investigações e métodos direcionados. Leinz e Amaral (1989, p.97), explicam que o plano de investigação, trata-se de um “conjunto de métodos de investigação aplicado num local para o conhecimento das unidades geológicas”. 
O ponto de partida para qualquer tipo de investigação, por meio de qualquer estudo, seja na área da engenharia ou no campo dos estudos ambientais, segue a seguinte ordem: estudo bibliográfico, coleta de mapas, atividades de campo e laboratório. 
Para executar um programa de investigação é realizada sucessivas etapas, intituladas como: reconhecimento, prospecção e acompanhamento. 
Na fase de reconhecimento, é colhido informações que serão importantes em estudos de obras que ocupam grandes áreas, ex: barragens e estradas. Nessa etapa, é necessário coletar dados, como: mapas geológicos, aerofotos, trabalhos já efetuados no local, recolha de dados com moradores da região e vistoria com um engenheiro de solos. Essas informações devem ser suficientes para que seja seguida a segunda etapa. 
Nessa segunda fase, chamada de prospecção, é necessário pegar informações a respeito das características do subsolo, por meio da realização de ensaios in situ e de laboratório, dependendo do estágio da obra ou da necessidade do projeto. Essa etapa, pode ser dividida em preliminar e complementar, esses dois estágios são necessários por conta da sua complexidade. Preliminar: deve-se coletar dados para localizar as principais estruturas do projeto, estimando tantos os custos como a viabilidade técnico-econômica da obra.Complementar: trata-se da realização de investigações adicionais, de modo a finalizar a fase preliminar, e assim preparar o edital de concorrência e criar a especificação da construção. 
Na realidade, a realização do ensaio in situ é bem mais comum e usual do que o de laboratório, sendo o segundo feito apenas restrito a alguns casos especiais em solos coesivos.  Dos ensaios existentes, os que se destacam no cenário mundial são os seguintes: 
· Standard Penetration Test -SPT 
· Standard penetration Test complementados com medidas de torque - SPT-T
· Ensaio de Penetração de cone - CPT 
· Ensaio de Penetração do Cone com medidas de pressões neutras ou piezocone - CPT UT 
· Ensaio de palheta- “Vane Test” 
· Pressiômetros (de Ménard e auto perfurantes) 
· Dilatometro de Marchetti 
· Ensaios de carregamento de placa- provas de Carga 
· Ensaios geofísicos, em particular o ensaio “Cross-Hole” 
O ensaio que mais executado no planeta é o SPT, porém nos últimos anos o SPT-T vem substituindo o primeiro, por ser mais completo e com o mesmo custo. Quando surge a necessidade de uma análise mais detalhada do terreno, costuma-se indicar CPT Ou CPT-U. A utilização de ensaios de carregamento de placa está em desuso por ser bastante antigo, e dos ensaios geofísicos o mais importante é o CROSS- HOLE, pois é por meio dele que se obtém o modulo de cisalhamento. 
A última fase, chamada de Acompanhamento, tem início durante a construção e permanece mesmo após a obra, tendo como proposito comparar a comportamento estudado e o que o solo realmente realiza, além de avaliar as teorias estipuladas do projeto. Nela estão contidos programas de instrumentação, conforme a exigência da obra, para medidas de: pressão neutra, posição do nível d’água, recalque e qualquer outra que for conveniente.
REFERÊNCIAS 
CARDOSO, R. R. “Fundações: Engenharia Aplicada”, Editora Nobel, São Paulo, 1986. LEINZ, V. & AMARAL, S.E. Geologia Geral. 11ª ed. São Paulo: Editora Nacional, 1989. 
OLIVEIRA, A. M. S.; BRITO, S. N. A. Geologia de engenharia. São Paulo: Associação  Brasileira de Geologia de Engenharia, 1998. 
PINTO, C. de S. “Curso Básico de Mecânica dos Solos”, Editora Oficina de Textos, São Paulo, 2002. 
RODRIGUES, J. C. “Geologia para Engenharia Civil”, Editora Mc Graw Hill, São Paulo, 2000. 
SCHNAID, F. Ensaio de campo e suas aplicações à engenharia de fundação. São Paulo:  Oficinas de Textos, 2000. 
SIMONS, N.E.; MENZIES, B. K “Introdução à Engenharia de Fundações”, Editora Interciência, Rio de Janeiro, 1981.

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