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Ambiental_Aula 5

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UNIDADE 3 – PODER DE POLÍCIA NA QUESTÃO AMBIENTAL
AULA 5: O PODER DE POLÍCIA E O LICENCIAMENTO AMBIENTAL
1. INTRODUÇÃO
Você sabe o que é Poder de Polícia? Leia o texto a seguir e compreenda!
A Ciência Política desde sua criação por Nicolau Maquiavel, no final da idade média, sempre destacou o papel do Estado como ente definidor das relações sociais. Tamanha é sua importância que, na filosofia do racionalismo liberal revolucionário, notadamente por Jean-Jacques Rousseau, John Locke e, anteriormente, Thomas Hobbes, destaca a criação do Estado como ente necessário objeto de um pacto da sociedade, de um Contrato Social. Assim o capitalismo liberal criou doutrinariamente a figura de um Estado separado, sob o ponto de vista filosófico, da sociedade civil, espaço este onde seriam desenvolvidas as relações quotidianas da vida humana. Cabia ao Estado, zelar pela tranqüilidade destas relações.
Na medida em que o modelo Liberal e Capitalista de Estado avança, se orientando para um pleno e harmônico desenvolvimento de todas as capacidades do homem, a atividade de polícia surge como um componente imprescindível. 
Embora o termo poder de polícia seja considerado por vários autores como um “designativo infeliz”, no Estado Liberal-capitalista, a polícia é uma tarefa única, quando não única do Estado. O poder de polícia administrativo é a atividade da Administração Pública, expressa em atos normativos ou concretos, de condicionar, com fundamento em sua supremacia geral e na forma da lei, a liberdade e a propriedade dos indivíduos, mediante ação ora fiscalizadora, ora preventiva, ora repressiva, impondo coercitivamente aos particulares um dever de abstenção a fim de conformar-lhes os comportamentos aos interesses sociais consagrados no sistema normativo.
Já sob o ponto de vista legal, o único conceito encontrado no ordenamento jurídico brasileiro é o expresso no art. 78 do Código Tributário Nacional, da Lei Federal 5.172/66:
Artigo 78 – Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a abstenção de fato, em razão do interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
§ único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
Ou seja, tanto o conceito doutrinário como o conceito legal apontam para o fato de o poder de polícia ser um atributo da administração pública, limitador da liberdade e da propriedade, exercido com base no interesse público, expresso de diversas formas, sejam normativas ou executivas, auto-executório e, finalmente, limitado pela lei.
Em suma, o poder de polícia é a faculdade que tem a administração pública de limitar e disciplinar direito, interesse e liberdade, procurando regular condutas no seio da sociedade para evitar abuso por parte do poder do Estado. Ele é amplo e abrange a proteção moral e aos bons costumes, a preservação da saúde, o controle de publicações, a segurança das construções e dos transportes, a segurança nacional e especialmente a proteção do meio ambiente, através de seus órgãos competentes, limitado pelos interesses sociais e individuais assegurados pela Constituição Federal.
No campo do direito ambiental o poder de polícia é a atividade da Administração Pública que:
Limita ou disciplina direito, interesse ou liberdade
Regula a prática de ato ou a abstenção de fato 
em razão de interesse público concernente à:
SAÚDE da população
Conservação dos ECOSSISTEMAS
Disciplina da PRODUÇÃO E DO MERCADO
EXERCÍCIO DE ATIVIDADES dependentes de concessão, autorização/permissão ou licença do Poder Público de cujas agressões possam decorrer poluição ou agressão à natureza.
Concernente a LICENÇA AMBIENTAL o poder de polícia inicia através do procedimento administrativo denominado LICENCIAMENTO AMBIENTAL.
 PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO = É uma sucessão de operações que propiciam a formação de um ato final objetivado pela Administração. É o caminho a ser percorrido pelos agentes públicos para a obtenção dos efeitos regulares de um ato administrativo principal.
QUEM PODE EXERCER O PODER DE POLÍCIA EM DIREITO AMBIENTAL? 
E CONTRA QUEM ESSE PODER DE POLÍCIA EM DIREITO AMBIENTAL PODE SER EXERCIDO?
QUEM PODE EXERCER O PODER DE POLÍCIA AMBIENTAL
O Estado Moderno em sua administração, abre espaço para outras entidades, atuarem de maneira que também possua esse poder de polícia, são chamadas de entidades paraestatais, que não deve se confundir com uma espécie de órgão ou de serviço público.
Essas entidades, que possuem regime de Direito Privado, não é totalmente privada. Hely Lopes Meirelles assinala que “o paraestatal não é o estatal, e nem é o particular. Tem personalidade privada, mas realiza atividades de interesse público, e por isso mesmo, os atos de seus dirigentes, revestindo-se de certa autoridade, sujeitam-se a mandado de segurança e a à ação popular”.
Dessa forma a opinião de Charles Debbasch que afirma: “as autoridades de polícia são aquelas que, em virtude da Constituição ou de disposições legislativas, tenham recebido o poder de editar medidas de polícia administrativas”.
Nesse sentido, o poder de polícia ambiental, é concedido, conforme a lei expressa atribui não só a administração direta, como à administração indireta (empresa pública, sociedade de economia mista de fundação).
DA COMPETÊNCIA DA UNIÃO, DOS ESTADOS, MUNICÍPIOS E DISTRITO FEDERAL
A definição das competências é extremamente importante para que se possa saber quais entidades são responsáveis pela fiscalização em matéria ambiental. Sendo certo que, tanto como a União, Estados, Distrito Federal e os Municípios possuem COMPETÊNCIA LEGISLATIVA, com o intuito de descentralizar a proteção ambiental.
A competência estabelecida no artigo 22 da Constituição Federal, classificada como competência privativa, somente pode ser exercida pela União, ao menos que esta, mediante lei complementar, autorize aos Estados-Membros a legislar sobre questões específicas.
Compete privativamente a União legislar sobre: águas, energias, jazidas, minas e outros recursos minerais, populações indígenas e atividades nucleares de qualquer natureza.
Já a competência tratada no artigo 23 da Constituição Federal, denominada como competência comum, trata-se de fato de um cooperação administrativa onde os Estados, Distrito Federal e os Municípios visam proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; preservar as florestas, a flora e a fauna; registrar; acompanhar e fiscalizar a concessão de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios. Portanto, a competência comum visa que todos os integrantes da Federação atuem de maneira cooperativa, embasado em um sistema administrativo recíproco, com a finalidade de resguardar os bens ambientais.
Lembra Hely Lopes Meirelles sobre a titularidade do poder de polícia: “Em princípios, tem competência para policiar a entidade que dispõe do poder de regular a matéria. Assim sendo, os assuntos de interesse nacional ficam sujeitos à regulamentação e policiamento da União, as matérias de interesse regional sujeitam-se às normas e à polícia estadual, os assuntos de interesse local subordinam-se aos regulamentos edilícios e ao policiamento administrativo municipal”.
Assim, tanto União, quanto Estado, Município ou Distrito Federal são titulares do exercício de poder de polícia, já que todos possuem competência para legislar na sua respectiva área de atuação. Celso Antonio Bandeira de Mello expõe “Deve-se entender que a atividade de Polícia Administrativa incumbe a quemlegisla sobre a matéria, fixando, todavia, que o artigo 22 da Constituição Federal, não exclui competência municipal ou estadual e, portanto, não exclui o poder de polícia deste, quanto aos aspectos externos à essência da mesma matéria deferida à União”.
CONTRA QUEM PODE SER EXERCIDO O PODER DE POLÍCIA AMBIENTAL
É usual, os doutrinadores afirmarem de que o poder de polícia destina-se a limitar ou regrar os Direitos Individuais. Mas deve-se questionar sobre o poder de polícia que também deve ser exercido frente à própria pessoa de Direito Público e o ente paraestatal.
Empresas públicas atualmente utilizam-se de recursos ambientais, como, por exemplo: a ELETROBRÁS ou suas subsidiárias constroem e operam, hidrelétricas; a PETROBRÁS faz perfurações de poços petrolíferos no mar, instalando e operando refinarias; a Companhia Siderúrgica Nacional atua em Volta Redonda. Portanto, se constata que não só particulares como estes paraestatais são poluidores em potencial. Seria injusto, tratamento desigual deixando os possíveis poluidores públicos sem qualquer controle administrativo dos órgãos.
A manifestação do poder de polícia, preventivo e sancionário é feito através de: licença, autorização, permissões e concessões, que poderão ser colocadas em prática, desde que, com suporte em lei, decreto, portaria ou resolução do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente). As multas poderão ser cominadas, porque as entidades paraestatais estão sujeitas à execução fiscal e a suspensão de linhas de financiamentos (art. 8º, V, da Lei 6.938 de 27 de abril de 1981). 
Um órgão Estadual pode agir contra um órgão Federal ou este contra aquele, desde que tenha sua ação respaldada na legislação, por exemplo, um órgão ambiental estadual pode multar uma empresa pública federal, dessa forma não haverá quebra de autonomia constitucional.
Caso haja dificuldade para realizar o exercício do poder de polícia, devido aos níveis hierárquicos de órgãos, sejam eles administrativos ou jurídicos, a questão deve ser passada a Chefia do Poder Executivo ou o órgão interessado, deve buscar apoio do Poder Judiciário, através de ação judicial própria.
Portanto, concluímos que a efetivação do poder de polícia em Direito Ambiental é primordial para a prevenção e preservação o meio ambiente. Onde a política de educação ambiental é algo que se deve trabalhar para obtermos resultados à curto prazo, e que ao papel do Estado cabe realizar a punição correta dos poluidores, seja eles pessoas físicas ou jurídicas, pois, dessa forma, ela possa a ser um estimulante negativo contra a prática de agressões ao meio ambiente.
Conforme prescreve o artigo 225: Parágrafo 3º, CF: “As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente, sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados”. Faz-se dizer, responsabilidade objetiva por danos ambientais.
Devido à relevância do bem jurídico tutelado, o interesse difuso é a priori, e o Direito Ambiental Brasileiro está estruturado legalmente e politicamente de maneira a fazer esse direito subjetivo “buscando um meio ambiente ecologicamente equilibrado” prevalecer e de um direito objetivo cujos passos, ainda titubeantes, urge afirmar e acelerar.
Observa Miguel Reale, em Memórias , que, se antes o legislador recorria à natureza para dar base ao direito (daí o Direito Natural) hoje, “numa trágica inversão, o homem é obrigado a recorrer ao Direito para salvar a natureza que morre”.
2. LICENCIAMENTO AMBIENTAL
2.1. CONCEITO
- É um dos instrumentos da PNMA, previsto no art. 9º, IV da Lei nº 6.938/81. 
- Trata-se de um procedimento administrativo complexo
- Trâmite: se dá perante o ÓRGÃO PÚBLICO ESTADUAL ou, SUPLETIVAMENTE, perante o ÓRGÃO PÚBLICO FEDERAL (IBAMA), com competência para licenciar a localização, a instalação, a ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas efetivas ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qq forma, possam causar degradação ambiental.
2.2. REQUISITO
- A licença ambiental será expedida quando o empreendedor atender a todos os REQUISITOS BÁSICOS exigidos pelo órgão responsável. 
- O empreendedor deverá publicar o recebimento da licença no (1) Diário Oficial do Estado e em um (2) periódico de grande circulação, no prazo de 30 dias, sob pena de invalidação da licença recebida.
2.3. DA COMPETÊNCIA
- A competência para a outorga das licenças caberá aos órgãos ambientais pertencentes à União, aos Estados ou ao DF e também aos Municípios, dependendo da natureza de cada atividade. 
 No entanto, se a atividade for EFETIVA OU POTENCIALMENTE DEGRADADORA DA QUALIDADE AMBIENTAL, a licença será concedida por ÓRGÃO PÚBLICO ESTADUAL, cabendo, em caráter supletivo, ao IBAMA (órgão público federal). 
 Entretanto, A LICENÇA CONCEDIDA pelo órgão público estadual NÃO DISPENSA A POSSIBILIDADE DA CONCESSÃO OU A AQUIESCÊNCIA DE OUTROS ÓRGÃOS (federal ou municipal).
- LICENÇA AMBIENTAL: Segundo a Resolução CONAMA 237/97, que regulamenta “os aspectos de licenciamento ambiental estabelecidos na Política nacional de Meio Ambiente” (art.1º,II),  Licença Ambiental é o “ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetivas ou potencialmente poluidoras; ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental”.
COMPETÊNCIA PARA O LICENCIAMENTO AMBIENTAL (art. 4º, 5º e 6º da Resolução Conama n. 237/97) 
I - O IBAMA é competente para licenciar os empreendimentos e atividades com significativo impacto ambiental de ÂMBITO NACIONAL OU REGIONAL: 
    1. localizadas ou desenvolvidas conjuntamente no Brasil e em país limítrofe; no mar territorial; na plataforma continental; na zona econômica exclusiva; em terras indígenas ou em unidades de conservação do domínio da União; 
    2. localizadas ou desenvolvidas em dois ou mais Estados; 
    3. cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais do País ou de um ou mais Estados; 
    4. destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN; 
    5. bases ou empreendimentos militares, quando couber, observada a legislação específica. 
II - O ÓRGÃO AMBIENTAL ESTADUAL é competente para licenciar empreendimentos e atividades: 
    1. localizados ou desenvolvidos em mais de um Município ou em unidades de conservação de domínio estadual ou do DF; 
    2. localizados ou desenvolvidos nas florestas e demais formas de vegetação natural de preservação permanente relacionadas no artigo 2º da Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, e em todas as que assim forem consideradas por normas federais, estaduais ou municipais; 
    3. cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais de um ou mais Municípios; 
    4. delegados pela União aos Estados ou ao Distrito Federal, por instrumento legal ou convênio. 
III - O ÓRGÃO AMBIENTAL MUNICIPAL é competente para licenciar empreendimentos e atividades de IMPACTO AMBIENTAL LOCAL e daquelas que lhe forem DELEGADAS PELO ESTADO por instrumento legal ou convênio. 
O IBAMA deverá levar em consideração, no processo de licenciamento, o exame técnico procedido pelos órgãos ambientais dos Estados e Municípios em que se localizar a atividade ou empreendimento e os Estados deverão considerar o exame técnico procedido pelos órgãos ambientais dos Municípios em que se localizar a atividade ou empreendimento. 
Independente da esfera administrativa licenciadora (U-E-M), quando couber, é necessário ainda levar em consideração o parecer dos demais órgãos competentes daUnião, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, envolvidos no procedimento de licenciamento. 
2.4. TIPOS DE LICENÇA AMBIENTAL
a) LICENÇA PRÉVIA (LP)
- É concedida na FASE PRELIMINAR DO PLANEJAMENTO DA ATIVIDADE contendo requisitos básicos a serem atendidos nas fases de localização, instalação e operação, observados os planos municipais, estaduais ou federais de usos do solo. (Resolução Conama nº 237/97, art. 8º, I) 
– PRAZO: não pode ultrapassar 5 anos.
- Alguns dos documentos necessários para a formalização do processo de Licença Prévia são:
Relatório de Controle Ambiental (RCA)
Estudos de Impacto Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), no caso de empreendimentos de elevado impacto ambiental 
- Durante a análise da Licença Prévia pode ocorrer a audiência pública 
- A Licença Prévia não concede qualquer direito de intervenção no meio ambiente, correspondendo à etapa de estudo e planejamento do futuro empreendimento.
b) LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)
- Será concedida para AUTORIZAR O INÍCIO DA IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO, de acordo com as especificações constantes do projeto executivo aprovado. Resolução Conama nº 237/97, art. 8º, II) 
– PRAZO: até 6 anos.
- Nesta fase são analisados e aprovados os projetos executivos de controle de poluição e as medidas compensatórias, que compõem o documento denominado PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL.
- A LI gera o DIREITO À INSTALAÇÃO DO EMPREENDIMENTO OU SUA AMPLIAÇÃO, ou seja, a implantação do canteiro de obras, movimentos de terra, abertura de vias, construção de galpões, edificações e montagens de equipamentos. 
c) LICENÇA DE OPERAÇÃO (LO)
- Será AUTORIZADA PARA O INÍCIO DA ATIVIDADE, bem como o FUNCIONAMENTO DOS EQUIPAMENTOS DE CONTRATO REQUERIDOS, após as verificações, pelo órgão responsável do cumprimento dos condicionamentos da LI. Resolução Conama nº 237/97, art. 8º, III) 
- PRAZO: mínimo de 4 e máximo de 10 anos.
*A licença concedida poderá ser revogada segundo o disposto no art. 19 da Resolução Conama 237/97.
 
* Para melhor entender o acima exposto, leia o Manual de Licenciamento: guia passo a passo. Disponível em: http://www.firjan.org.br/notas/media/licenciamento.pdf 
3. LICENÇA AMBIENTAL
As licenças não são exigidas para todo e qq empreendimento. A Lei 6.938 determina a necessidade de licenciamento para as atividades utilizadoras de recursos ambientais (art. 3º, V da Lei 6.938 lista o que são recursos ambientais), consideradas efetiva e potencialmente poluidoras, bem como as capazes, sob qq forma, de causar degradação ambiental.
A Resolução Conama 237/97 traz, em seu Anexo I, um rol de atividades sujeitas ao licenciamento ambiental8. Para as atividades lá listadas, o licenciamento é essencial. No entanto, essa relação é exemplificativa e não pretende esgotar todas as possibilidades, o que seria impossível, mas funciona como norteador para os empreendedores.
Muitas vezes, o empreendedor acaba também procurando o órgão ambiental por exigência de outros órgãos da administração pública responsáveis por autorizações de atividades em geral, tais como:
∙ Prefeituras, para loteamentos urbanos e construção civil em geral;
∙ Incra, para atividades rurais;
∙ DNER e DER, para construção de rodovias;
∙ DNPM, para atividade de lavra e/ou beneficiamento mineral;
∙ Ibama ou órgão ambiental estadual, para desmatamento.
Um fator que aumentou o interesse dos empreendedores em verificar a necessidade de licenciamento foi a possibilidade de incorrer nas penalidades previstas na Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98).
Art. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do território nacional, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente
Características das licenças ambientais 
- As licenças ambientais se distinguem das licenças administrativas: 
1) A licença administrativa é um ato vinculado e licença ambiental é um ato discricionário. 
2) A licença ambiental se divide em três subespécies: Licença prévia, licença de instalação e licença de operação, destinadas a detectar, mitigar, monitorar ou eliminar a danosidade ambiental. 
3) A 3ª diferença se encontra na elaboração do EIA/RIMA como PRESSUPOSTO DA OUTORGA DA LICENÇA AMBIENTAL quando a atividade puder causar significativo impacto ambiental. 
4) A licença ambiental possui uma estabilidade temporal, ou seja, ela está sujeita a um prazo de validade e ao cumprimento das obrigações nela impostas, que se descumpridas podem causar sua modificação, suspensão ou cancelamento. 
* OBSERVAÇÃO DA PROFESSORA:
Lembrando, Edis Milaré, conceitua o licenciamento ambiental como uma ação típica e indelegável do Poder Executivo, na gestão do meio ambiente, por meio da qual a Administração Pública procurar exercer o devido controle sobre as atividades humanas que possam causar impactos ao meio ambiente. 
Pachêco Fiorillodefine o licenciamento ambiental como o conjunto de etapas que integra o procedimento administrativo que tem como objetivo a concessão de licença ambiental. Lúcia Henkes e Antônio Kohl defendem que  o licenciamento é um procedimento, um conjunto de atos, que almeja ao final a concessão das licenças ambientais, quais sejam: licença ambiental prévia, licença ambiental de instalação e licença ambiental de operação.
O conceito legal de licenciamento ambiental está expresso no inciso I do art. 1º da Resolução CONAMA 237/97, como o “procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras dos recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso”. 
De fato, o licenciamento ambiental deve ser compreendido como o procedimento administrativo no decorrer ou ao final do qual a licença ambiental poderá ser concedida. Cada etapa do licenciamento ambiental termina com a concessão da licença ambiental correspondente, de maneira que as licenças ambientais servem para formalizar que até aquela etapa o proponente da atividade está cumprindo o que a legislação ambiental e o que a Administração Pública determinam no âmbito do procedimento de licenciamento ambiental.
1. A tutela administrativa do meio ambiente decorre do poder de polícia. Sendo assim, quanto a definição de poder de polícia, marque a opção INCORRETA.
Parte superior do formulário
a) faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado; 
b) faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos coletivos, em detrimento de diretos individuais de que cuida a polícia;
c) atividade da Administração Pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais e coletivos; 
d) consiste na prerrogativa da administração pública de impor limites e condições aos particulares, com fundamento em lei, em benefício de toda a coletividade. Pode ensejar tanto em uma atuação preventiva quanto repressiva. 
R: b
Parte inferior do formulário
2. Considerando a importância do licenciamento ambiental, qual a competência para licenciar uma atividade poluidora desenvolvida em 2 municípios de um mesmo estado?
Parte superior do formulário
a) Federal;
b) Estadual;
c)Municipal; 
d) Estadual e Municipal. 
R: b
Parte inferior do formulário
3. Considerando a importância do licenciamento ambiental, qual a competência para licenciar uma plataforma de petróleo na bacia do Município de Campos?
Parte superior do formulário
a) Federal; 
b) Estadual;
c) Municipal
d) Estadual e Municipal.
R: a
Parte inferior do formulário
4. A realização da audiência pública é uma importante etapa do processo de licenciamento das atividades ou empreendimentos potencialmente poluidores do meio ambiente, estando os procedimentos e critérios para sua realização definidos na Resolução CONAMA no 9, de 03 de dezembro de 1987. De acordo com essa Resolução, é INCORRETO afirmar que:
Parte superior do formulário
a) no caso de haver solicitação de audiência pública e na hipótese de o Órgão Estadual não a realizar, a licença ambiental não terá validade; 
b) a audiência pública deverá ser realizada se, por exemplo, for solicitada por 10 cidadãos;
c) o órgão do meio ambiente fixará em edital e anunciará pela imprensa local a abertura e o prazo que será no mínimo de 45 dias para solicitação de audiência pública; 
d) a audiência pública deverá ocorrer em local acessível aos interessados.
R: bParte inferior do formulário
Parte inferior do formulário

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