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9-2 PERMISSOES

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PREPARATÓRIO PARA OAB
Professora: Dra. Renata Aguiar
DISCIPLINA: DIREITO ADMINISTRATIVO
Capítulo 9 Aula 2 
SERVIÇOS PÚBLICOS
Coordenação: Dr. Carlos Toledo
01
Parte I Serviços Públicos: 
Regime Jurídico das Concessões e Permissões
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
www.r2direito.com.br
O tema a ser enfocado é aquele referente às concessões e permissões de serviços, disciplinado pela lei 
federal nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, em parte alterada pela lei nº 9.648/98. 
Pode o Estado, diretamente, realizar a prestação de serviços públicos. No entanto, pode transferir a 
execução de tais serviços aos particulares.
Nesse caso, o poder concedente é o Estado, ou seja, é aquele que transfere a terceiros a execução de um 
serviço público. Por outro lado, a empresa que realiza o serviço ou a obra pública é denominada 
concessionária. 
O Estado delega ao particular a execução do serviço público, para que este o execute por sua conta e risco, 
mas mantém total disponibilidade sobre o serviço, podendo alterar as cláusulas contratuais, retomar a 
execução do serviço, fiscalizar e punir, no âmbito administrativo, o concessionário em caso de 
inadimplemento. Ele não delega a titularidade deste serviço, e nem poderia, já que esta lhe foi conferida porlei. 
Em consonância com o ensinamento de Maria Sylvia Zanella Di Pietro, concessão de serviço público "é o 
contrato administrativo pelo qual a Administração Pública delega a outrem a execução de um serviço 
público, para que o execute em seu próprio nome, por sua conta e risco, assegurando-lhe a remuneração 
mediante tarifa paga pelo usuário ou outra forma de remuneração decorrente da exploração do serviço.”
Di Pietro, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 18ª edição. São Paulo, Atlas, 2005, pág. 279.
Como bem ressalta a autora, a concessão tem natureza de contrato, além de apresentar certas 
peculiaridades, como a seguir se expõe: 
1) A lei é que define determinadas atividades como sendo serviços públicos, e é esta que define também se 
esse serviço será prestado diretamente pelo Estado ou se este poderá delegá-lo aos particulares, através de 
concessão ou de permissão de serviço público.
2) O Estado, que é o concedente, só transfere ao concessionário a execução do serviço público, e não a sua 
titularidade.
3) Conforme dispõe o art. 175 da Constituição Federal, a concessão terá que ser feita sempre através de 
licitação, sob a modalidade concorrência.
4) O concessionário, quando executa o serviço público, o faz em seu próprio nome, e por sua conta e risco. 
Em compensação, recebe a remuneração, que é paga pelo usuário, e tem direito ao equilíbrio econômico-
financeiro do contrato.
Aula 2
02
5) A remuneração ao concessionário pode se dar através de tarifa ou de outras fontes de receitalternativas. 
6) O usuário pode até mesmo se valer das vias judiciais para exigir o cumprimento da obrigação pelo 
concessionário.
7) Pode haver a rescisão unilateral da concessão ou através da encampação, ou da caducidade.
8) Sempre que houver a extinção da concessão, é possível a reversão dos bens e do maquinário empregados 
pelo concessionário ao concedente, pois estão assim afetados ao serviço público.
9) O concessionário tem responsabilidade objetiva por danos causados a terceiros.
10) O Estado tem o poder de decretar a intervenção na empresa concessionária, conforme autorizam os arts. 
32 a 34 da lei 8.987/95, para fins de investigação de irregularidades e para assegurar a continuidade do 
serviço público.
No que tange à questão da fixação do prazo na concessão, é de grande importância, porque através deste 
pode-se prever um dos elementos que asseguram o equilíbrio econômico-financeiro do contrato. 
Este prazo, contudo, pode ser modificado pelo concedente, como uma de suas prerrogativas, dentre as quais 
se encontra até mesmo a possibilidade de extinção da concessão antes do término da duração inicialmente 
fixada, assegurando-se ao concessionário apenas o direito ao equilíbrio econômico do contrato. 
Questiona-se: É possível haver prorrogação do contrato de concessão? Conforme dispõe o art. 23, Inciso 
XII, é admitida a prorrogação, devendo esta ser previamente incluída no edital, já que este é o instrumento 
que vincula as partes e que rege todo o ajuste, como se fizesse lei entre o concedente e o concessionário. Por 
isso é que, se o edital nada disser a respeito, tem-se que é impossível a dilatação do prazo.
Quanto aos poderes do concedente, pode-se mencionar que em sua maioria estão dispostos no Capítulo VII 
da Lei 8.987/95, denominado "Dos encargos do poder concedente", e expressos no art. 29 e incisos da 
norma legal. A lei assim os confere ao concedente para que possa atingir seu objetivo maior, qual seja, a 
satisfação do interesse público. 
Celso Antonio Bandeira de Mello, que os reuniu da seguinte maneira:
1) Poder de inspeção e de fiscalização. 
2) Poder de aplicar sanções ao concessionário inadimplente. 
3) Poder de intervenção. 
4) Poder de extinguir a concessão antes do término do prazo estipulado. 
5) Poder de alteração unilateral das cláusulas regulamentares. 
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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03
Bibliografia
. Meirelles, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 22ª edição. Editora RT, São Paulo, 1997.
. Mello, Celso Antonio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 17ª edição. São Paulo, Malheiros, 
2004.
. Pietro, Maria Sylvia Zanella di. Direito Administrativo. 18ª edição. São Paulo, Atlas, 2005.
 
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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