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Marx O CAPITAL Respostas das questões (v2003)

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Marx O CAPITAL
Questões sobre trechos selecionados dos Capítulos I, II e IV.
Aulas de feira 4ª feira 15/09, 2ª feira 20/09 e 2ª feira 22/09 e 2ª feira 27/09
Poderia existir outra coisa comum a todas as mercadorias, além do trabalho? De que maneira a economia marginalista responde a esta pergunta?
   
    A mercadoria apresenta uma natureza dupla, possuindo valor de uso e valor de troca. Para produzir mercadoria, ele não precisa produzir apenas valor de uso, mas valor de uso para outros, valor de uso social. Para tornar-se mercadoria, é preciso que o produto seja transferido a quem vai servir como valor de uso por meio da troca.
    Enquanto valores as mercadorias são medidas determinadas de tempo de trabalho cristalizadas.
    Uma coisa pode ser valor, sem ser valor. Nenhuma coisa pode ser valor, sem ser objeto de uso.
Para economia marginalista o valor da mercadoria é determinada pela sua utilidade marginal, que decresce a medida em que se adicionam mais unidades.
 
   
2.            Existe divisão social do trabalho nas situações históricas onde não se produzem mercadorias? Em que circunstâncias a divisão do trabalho conduz a que os produtos se tornem mercadorias? Marx cita (p. 50), duas situações em que a divisão do trabalho não se apóia sobre a forma mercadoria: quais são estas duas situações?
 
    Sim, a produção de mercadorias não é condição de existência para a divisão social do trabalho.
    Numa sociedade em que os produtos assumem forma de mercadorias, desenvolve-se a diferença qualitativa de trabalhos úteis, executados independentemente uns dos outros numa divisão social de trabalho. Apenas produtos de trabalhos privados autônomos e independentes entre si confrontam-se como mercadorias.
    Numa sociedade hindu o trabalho é socialmente dividido em que os produtos se tornem mercadorias. Em cada fábrica o trabalho é socialmente dividido, mas essa divisão não ocorre mediante a troca, pelos trabalhadores, de seus produtos individuais.
 
3.            Como é possível que o trabalho seja a medida de valor se existem tantas modalidades diferentes de trabalho e tantos graus diferentes de sua especialização? Como Marx responderia (pp. 51 e 52) a esta pergunta?
 
Apesar de existirem atividades produtivas qualitativamente diferentes, todas são formas de despender força humana de trabalho. Abstraindo-se o caráter útil do trabalho, resta apenas que ele é um dispêndio de força humana de trabalho.
 
4.            É correto falar em "força produtiva das máquinas", para Marx? (p. 53).
 
 
5.            O que você entende por "forma mercadoria"? Por que Marx caracteriza a mercadoria como uma forma. Ela é forma do quê? Qual é o conteúdo desta forma?
    O valor de uso realiza-se apenas no uso ou no consumo. Os valores de uso constituem-se o conteúdo material da riqueza.
O valor de troca aparece, de início, como a relação quantitativa, a proporção na qual valores de uso se trocam contra valores de uso de outra espécie. Os valores de troca é a forma de manifestação de um conteúdo dele distinguivel.
 
 
 
 
FETICHISMO
 
6.            Por que razão o fetichismo "adere aos produtos do trabalho tão logo são produzidos como mercadorias.."? Como seria possível existirem produtos do trabalho que não fossem mercadorias?
   
    O fetichismo é inseparável da produção de mercadorias, é a relação social entre próprios homens que assume a forma de uma relação entre coisas. Tão logo o homem trabalha um para o outro de alguma maneira, seu trabalho adquire também uma forma social.
    Para produzir mercadorias, não é preciso produzir somente valor de uso, mas valor de uso para outros, valor de uso social.
    Para tornar-se mercadoria, é preciso que o produto seja transferido a quem vai servir como valor de uso por meio da troca.
 
7.            "Objetos de uso se tornam mercadorias apenas por serem produtos de trabalhos privados...": o que quer dizer trabalhos privados? É o contrário de social?
    Trabalhos privados são exercidos independentes uns dos outros. Os trabalhos privados atuam como membros do trabalho social total por meio das relações que a troca estabelece entre os produtos do trabalho e, por meio dos mesmos, entre os produtores.
 
 
8.            O que é a "cisão do produto de trabalho em coisa útil e coisa de valor"? Em que circunstância histórica esta cisão se realiza?
 
Dentro da sua troca, os produtos recebem uma objetividade de valor socialmente igual, separada da sua objetividade de uso, fisicamente diferenciada.
                Essa cisão do trabalho útil em coisa útil e coisa de valor realiza-se apenas na prática, tão logo a troca tenha adquirido extensão e importância suficientes para que se produzam coisas úteis para serem trocadas.
 
 
9.            Por que razão, no feudalismo, a forma natural do trabalho é sua forma diretamente social? Por que isso não ocorre na sociedade mercantil?
No feudalismo, as relações sociais entre pessoas em seus trabalhos aparecem como suas próprias relações pessoais, e não são disfarçadas em relações sociais das coisas, dos produtos de trabalho.
Para uma sociedade de produtores de mercadorias, as relações entre produtores assumem a forma de uma relação entre produtos de trabalho.
10.      É possível produção social sem o “místico véu nebuloso” da sociedade mercantil? Sob que condições isso é possível (p. 76)? A que modo de produção corresponderia a aplicação desta possibilidade?
A figura do processo social da vida, isto é, do processo da produção material, apenas se desprenderá do seu místico véu nebuloso quando, como produto de homens livremente socializados, ela ficar sob seu controle consciente e planejado. Para tanto, porém, se requer uma base material da sociedade ou uma série de condições materiais de existência, que, por sua vez, são o produto natural de uma evolução histórica longa e penosa.

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