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Olá! Meu nome é Pedro Moura (@pedroh.sa) e tirei 960 no ENEM 2020 Estou disponibilizando minha redação. Tenho outras redações disponíveis no meu perfil do “Passei Direto”, dá uma olhada! Tema: Os impactos causados pela crise hídrica no Brasil No livro “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos, o clima semiárido nordestino afeta a vida do protagonista Fabiano em diversos âmbitos, intensificando sua miséria. Fora da ficção, é possível identificar que, de forma análoga a obra de Graciliano, a seca gera um entrave complexo. Nesse sentido, observa-se que a desigualdade social bem como o silenciamento do problema são fatores responsáveis por formar novos fabianos no Brasil. Assim, torna-se indispensável rever as alternativas para a seca no país. Vale ressaltar, antes de tudo, que a desigualdade presente na sociedade é a principal causa para a ampliação desse problema. Segundo a Constituição Brasileira de 1988, todo cidadão possui o direito de ter os elementos básicos para sobreviver. Entretanto, na prática, a população – principalmente a nordestina – não é contemplada com tais direitos. Sob esse viés, verifica-se que essa negligência provoca a falta de dignidade humana, uma vez que expande a vulnerabilidade dos indivíduos que já se encontram na linha da pobreza. Dessa maneira, com os direitos essenciais negados, a desigualdade social faz com que a população carente seja mais afetada pela seca. Ademais, o silenciamento dessa problemática fomenta a sua perpetuação na sociedade. De acordo com o pensador Habermas, a linguagem é uma ferramenta de ação capaz de solucionar barreiras. No que tange a esse assunto, evidencia-se que a ausência de debates sobre a seca no Brasil fortalece a inercia governamental, que não atua em relação a essa questão. Em virtude disso, os cidadãos que enfrentam essa situação são invisibilizados pelo Estado. Logo, fica claro que a falta de discussões acerca desse problema promove o apagamento social do povo que sofre com ele. Em face do exposto, medidas são cruciais para contornar esse entrave. Portanto, cabe ao Ministério da Infraestrutura, com auxilio do Ministério dos Direitos Humanos, a criação de programas sociais que atuem sobre as áreas mais carentes no que diz respeito a situação hídrica, oferecendo caminhões pipas regularmente para essa população. Além disso, é necessário que esse programa reconheça os indivíduos mais vulneráveis e os coloquem em outros projetos assistenciais do governo. Dessa maneira, não só as barreiras impostas pela seca seriam amenizadas, como também a formação de novos fabianos.
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