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Manobras Especiais em MMII

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Yanes Lara – Ortopedia. 
Manobras Especiais 
MEMBROS INFERIORES 
Teste Para Contratura do Trato 
Iliotibial (Teste de Ober) 
- Com o paciente em decúbito lateral, o joelho e 
o quadril estendidos, o quadril é abduzido. 
- Tenta-se aduzir o quadril e verifica-se a 
presença de contratura da musculatura 
abdutora, caso o membro permaneça abduzido. 
 
Teste de Thomas 
- Avalia o grau de contratura em flexão do 
quadril. 
- Com o paciente em decúbito dorsal e ambos 
os quadris fletidos até ao tronco, pede-se para 
ele abraçar os membros inferiores, mantendo-os 
junto ao tronco. Segura-se pelo tornozelo um 
dos membros tentando estendê-lo ao máximo 
em direção à mesa de exame, até que a pelve 
comece a se movimentar. 
- Mede-se o ângulo formado entre o membro e 
a mesa de exame, determinando-se assim o 
grau de contratura em flexão do quadril. 
 
Teste de Steinmann 
- Com o paciente sentado sobre a mesa, com os 
joelhos fletidos a 90° e pendentes, faz-se rotação 
externa e interna da perna, segurando pelo pé. 
- A presença de dor ou estalido junto à interlinha 
articular é sinal de lesão do menisco 
correspondente. 
 
Teste de Lachman 
- Com o paciente posicionado em decúbito 
dorsal horizontal e com o joelho fletido a 30°, o 
examinador segura com uma das mãos a região 
supracondilar do fêmur e, com a outra, a região 
superior da tíbia e provoca movimento 
antagônico com cada uma das mãos, uma para a 
frente e a outra para atrás, a fim de fazer o 
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deslizamento de uma superfície articular sobre a 
outra. 
- Quando a tíbia se desloca para a frente, o sinal 
é positivo para lesão do ligamento cruzado 
anterior (LCA), e quando se desloca para trás, 
para lesão do ligamento cruzado posterior (LCP). 
 
Teste da Gaveta Anterior 
- Usado para detectar uma lesão do ligamento 
cruzado anterior e, eventualmente, a associação 
com um eventual componente periférico. 
- Ele é pesquisado com o paciente na mesa de 
exame em decúbito dorsal, com o joelho em 80° 
de flexão. O examinador apoia o pé do paciente 
e, com ambas as mãos colocadas na região 
posterior do terço superior da tíbia do paciente, 
traciona-a para a frente provocando um 
deslizamento anterior da perna sobre a coxa. 
 
Teste da Gaveta Posterior 
- Verifica a integridade do ligamento cruzado 
posterior, sendo pesquisado em rotação neutra 
da perna com o paciente posicionado da mesma 
forma que para o teste da gaveta anterior, com o 
joelho em 80° ou 90° de flexão, e o examinador 
apoiando o pé do paciente. 
- Nessa posição, o examinador empurra para trás 
a perna e, com ambas as polpas digitais 
colocadas sobre o rebordo anterior dos 
planaltos tibiais, sente os movimentos 
posteriores dos dois lados, medial e lateral. 
- Se o lado lateral da perna se posterioriza 
isoladamente, trata-se de instabilidade póstero-
lateral, mas, se o faz de ambos os lados, o teste é 
positivo para lesão do ligamento cruzado 
posterior. 
 
Teste da Abdução (Valgo) 
- É muito importante nesse teste que o paciente 
esteja totalmente relaxado, com o quadril em 0º 
de extensão. A coxa, totalmente apoiada sobre a 
mesa de exame. 
- Quando se faz a manobra de abdução da 
perna provocando valgo do joelho, a abertura 
da interlinha articular, patológica, poderá ser 
detectada pela palpação digital. 
- A positividade desse teste em hiperextensão 
pode significar lesão do ligamento cruzado 
posterior, e em 0° e em 30°, lesão periférica 
medial. 
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Teste de Adução (Varo) 
- Pesquisado em hiperextensão, em 0º e em 30º 
de flexão do joelho. O examinador, segurando 
com uma das mãos o pé ou o tornozelo e com a 
outra apoiada na face mediai do joelho sobre o 
côndilo femoral mediai, força a adução da perna 
e do pé e avalia a abertura da interlinha articular. 
- Deve-se notar que, na maioria das vezes, esse 
teste, quando pesquisado em 30º, aparece com 
+ de positividade, fisiológica para o joelho valgo 
normal do homem. 
 
Teste de Thompson 
- Usado para a avaliação da integridade do 
tendão tricipital (Aquiles). 
- Com o paciente em decúbito ventral e com os 
joelhos fletidos a 90°, aplica-se compressão 
manual vigorosa na massa muscular da 
panturrilha onde se situam os ventres dos 
gêmeos e o músculo solear. Essa compressão 
produz encurtamento da massa muscular que se 
transmite pelo tendão calcâneo até o pé, o qual 
sofre flexão plantar quando todas as estruturas 
estão íntegras- teste de Thompson positivo. 
- Quando, em função da rotura completa do 
tendão calcâneo, a mobilização da massa 
muscular tricipital não pode ser transmitida até o 
pé, não sendo observado nenhum movimento 
daquele segmento apesar da força exercida 
sobre a panturrilha- teste de Thompson 
negativo. 
 
Teste da Compressão Lateral da Perna 
(Teste de Pillings) 
- Aponta para o envolvimento traumático ou 
inflamatório dos ligamentos e da articulação 
tibiofibular distal. 
- O teste é realizado comprimindo-se 
firmemente, no terço médio da perna, a fíbula 
contra a tíbia. Como a fíbula é elástica e por 
estar sendo pressionada em seu ponto médio, 
possivelmente o mais móvel, ocorre 
arqueamento desse osso em função da força 
exercida. 
- Esse arqueamento acaba por solicitar a ação 
dos ligamentos e da articulação tibiofibular 
distai, desencadeando dor aguda na face 
ântero-lateral do tornozelo quando houver 
processo inflamatório local.

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