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Doenças Pulmonares - Aula 4 Emanuela Hannoff Pilon – medicina 202 1 DPOC - Obstrução do fluxo aéreo, em qualquer nível da arvore brônquica. - Tabagismo leva à bronquite crônica e enfisema - A obstrução é progressiva, parcialmente reversível e acompanhada de hiper-reatividade. - Asma é uma obstrução brônquica reversível associada a inflamação e hiper-reatividade das vias aéreas a diferentes estímulos. BRONQUITE CRÔNICA - Tosse persistente com produção excessiva de muco na maioria dos dias de um período de 3 meses por pelo menos 2 anos consecutivos. - Tabagismo e ambiente poluído - Tosse produtiva sem obstrução: bronquite crônica simples - Bronquite crônica com vias aéreas hiper-reativas, com broncoespasmos e sibilos: bronquite asmática crônica - Tosse produtiva com obstrução: bronquite crônica obstrutiva. Etiopatogênese - Exposição prolongada a agentes irritantes inalado e infecções microbiológicas - Inflamação das vias aéreas e do parênquima pulmonar - Alterações estruturais, clínicas e funcionais. - Metaplasia escamosa: epitélio respiratório vira escamoso. O muco não é retirado e fica acumulado na secreção respiratória. - Obstrução com fibrose, que reduz a luz da via respiratória, impedindo a passagem mecânica do ar. - Hipersecreção de muco: escarro - Alteração nas pequenas vias aéreas - Quando acompanhada de obstrução moderada a grave, o enfisema coexistente é a lesão dominante. - Infecção: manutenção e exacerbações. Morfologia Macroscopia · Espessamento da parede da árvore brônquica · Acúmulo de secreção Microscopia · Grandes vias aéreas · Acúmulo de secreção · Hipertrofia das gland submucosas · Aumento do n° de céls caliciformes · Metaplasia escamosa · Pequenas vias aéreas · Infiltrado inflamatório crônico · Fibrose da parede bronquiolar · Acúmulos de macrófagos pigmentados ENFISEMA - Aumento anormal e permanente dos ácinos pulmonares associados à destruição dos septos alveolares, na ausência de fibrose - Ácino pulmonar: porção de parênquima distal a um bronquíolo terminal. - Lóbulo terminal: conjunto de três a cinco bronquíolos terminais e seus respectivos ácinos. Enfisema centroacinar: - Tabagismo - Parte central do ácino Enfisema panacinar: - Deficiência de alfa-1-antitripsina, acomete todo o ácino Enfisema parasseptal: fibroses, cicatrizes ou atelectasias - Acomete porção distal do ácino, nas regiões junto à pleura Enfisema irregular: em volta da cicatriz, pq distorce parênquima e abre enfisemas nos alvéolos. - Acometimento irregular do ácino - O cigarro estimula as proteases e inibe as antiproteases (alfa-1-antitripsina), gerando uma destruição das fibras elásticas. Morfologia · Macroscopia · Aumento do volume pulmonar · Órgão pálido e inelástico · Bolhas de ar · Microscopia · Destruição da parede dos bronquíolos e alvéolos (dilatação e perda da elasticidade) · Obstrução dos bronquíolos (estenose, deformidades e tortuosidades, aumento do muco) - A perda da elasticidade provoca a obstrução, pq quando infla não expulsa o ar. Ar fica represado e não consegue cair. ASMA - Doença inflamatória das vias aéreas que cursa com hiper-reatividade em respostas a diferentes estímulos. - Episódios recorrentes de tosse, sibilo e dispneia. - Obstrução brônquica reversível espontaneamente ou pelo tratamento. - Atópica, extrínseca ou alérgica - Não-atópica, não alérgica ou intrínseca Asma Alérgica - Inflamação das vias aéreas é o principal fator para reatividade brônquica e cronicidade - Está presente mesmo entre as crises - Envolve vários tipos celulares e mediadores químicos. - Reação de hipersensibilidade do tipo I mediada por Ig E. - Apresentação ao antígeno → Resposta inflamatória → Mastócitos destroem antígenos → Sinalizam para o T helper → Libera IgE → Afluxo de células - Liberação de histamina provoca resposta inflamatória aguda, com edema, vasodilatação, possibilita chegada de células inflamatórias (eosinófilos) - Via vagal estimula musculatura lisa envolta das vias aéreas, que faz broncoconstrição. Dispneia e sibilo, pq o ar que passa, passa turbilhonado. Etiopatogênese Remodelamento Brônquico · Alterações estruturais irreversíveis · Inflamação crônica com dano tecidual, reparo inadequado e espessamento das vias aéreas · Modificações no remodelamento: · Espessamento da membrana basal · Espessamento da submucosa · Hipertrofia da camada muscular Comment by Emanuela Hannoff Pilon: Aumento do volume da célula e da estrutura · Hipertrofia glandular · Destruição das fibras elásticas Asma não-atópica - Desencadeada por infecções respiratórias - Geralmente infecção viral com níveis normais de Ig E - Não há alergias associadas - Diminuição do limiar dos receptores vagais - Outros fatores etiológicos: · Dióxido de enxofre · Ozônio · Dióxido de nitrogênio Asma induzida por fármacos - Associada a aspirina, mais comum - Sensibilidade a pequenas doses de aspirina - Crises asmáticas e urticárias - Inibição da COX disponibiliza maior quantidade de ácido aracdônico para formação de leucotrienos Morfologia Macroscopia · Hiperinsuflação · Tampões de secreção obstruindo vias aéreas Microscopia · Espessamento da membrana basal · Edema da submucosa · Infiltrado de mononucleares e de eosinófilos · Hipertrofia de músculo liso · Grande quantidade de muco na luz ALTERAÇÕES VASCULARES E CIRCULATÓRIAS EMBOLIA PULMONAR - Impactação de partícula sólida, líquida ou gasosa no leito vascular pulmonar - Evento bastante frequente e pouco diagnosticado - Obstrução pulmonar geralmente é embólica - Origem dos êmbolos pulmonares: · Doença venosa crônica dos membros inferiores · Cateteres venosos centrais · Hipercoagulabilidade do sangue · Imobilização prolongada no leito (cadeira de rodas, acamados) · Vegetações em valvas cardíacas (endocardites) - Outras origens: · Bolhas de gás · Corpos estranhos · Gordura (poli-traumatismo) · Líquido amniótico - Repercussões fisiopatológicas: · Morte súbita por hipóxia aguda · Morte súbita por falência do ventrículo direito (VD ñ consegue desobstruir) · Infarto pulmonar · Hipertensão pulmonar INFARTO PULMONAR - Embolia pode resultar em consequências danosas ao território pulmonar irrigado - Dupla circulação (pulmonar e brônquica) confere proteção ao órgão - Apenas uma pequena porcentagem de embolias (10%) resulta em infarto pulmonar - Infartos pulmonares são quase sempre hemorrágicos Macroscopia: · Forma de cunha · Base voltada para a pleura e ápice voltado para vaso obstruído · Coloração avermelhada Microscopia: · Necrose do parênquima pulmonar · Periferia com intensa hemorragia alveolar e congestão capilar · Infarto é substituído por cicatriz fibrosa HIPERTENSÃO PULMONAR - Pressão arterial pulmonar é um sexto da sistêmica (10 a 14 mmHg) - Valores acima de 25 mmHg no repouso e 30 mmHg em exercício são diagnósticos - Vasos pulmonares têm parede mais fina e luz mais ampla - Vasos pulmonares respondem a hipóxia com vasoconstrição. Desvia para área com mais disponibilidade de oxigênio. Hipertensão pulmonar arterial: · Hipertensão arterial pulmonar idiopática · Hipertensão arterial pulmonar familiar · Hipertensão portal · Infecção pelo HIV · Drogas · Doença venooclusiva pulmonar Hipertensão pulmonar venosa: · Doença cardíaca da câmara esquerda · Valvopatia mitral e aórtica Hipertensão pulmonar associada a hipoxemia: · DPOC · Doenças intersticiais · Distúrbios do sono Hipertensão pulmonar de causa tromboembólica: · TEP das artérias proximais · TEP das artérias distais Etiopatogenia da hipertensão pulmonar relacionada a DPOC - Vasoconstrição dos segmentos pouco arejados. Fica difícil do sangue passar e o coração (VD) tem que fazer mais força para impulsionar o sangue a passar por aquele vaso e fica mais fácil para musculatura hipertrofiar. - Lesão vascular com proliferação endotelial e vascular. - Trombose e obstrução dos vasos afetados. - Desequilíbrio entre fatores vasoconstritores e vasodilatadores. Manifestação clínica - Insuficiência respiratória progressiva - Hipertrofia ventricular direita (Cor pulmonale) EMANUELA HANNOFF PIL ON – MEDICINA 202 1 Doenças Pulmonares - A ula 4 DPOC - O bstruç ão do fluxo a éreo, em qualquer n ível da arvore brônquica . - T abagismo leva à bronquite cr ônica e enfisema - A obstruç ão é progressiva, parcia lmente revers ível e acompanhada de hiper - reatividade. - A sma é uma obstruç ão br ônquica revers ível associada a inflamaç ão e hiper - reatividade das vias a éreas a diferentes est ímulos. BRONQUITE CR ÔNICA - Tosse persistente com produç ão excessiva de muco na maioria dos dias de um per íodo de 3 meses por pelo menos 2 anos consecutivos. - T abagi smo e ambiente polu ído - T osse produtiva sem obstruç ão : bronquite crônica simples - B ronquite crônica com vias a éreas hiper - reativas, com broncoespasmos e sibilos : bronquite asm ática cr ônica - T osse produtiva com obstruç ão : bronquite cr ônica obstrutiva. Etiopatogênese - E xposiç ão prolongada a agentes irritantes inalado e infecç ões microbiol ógicas - I nflamaç ão das vias a é reas e do par ênquima pulmonar - A l teraç ões estruturais, cl ínicas e funcionais . - M etaplasia escamosa : epit élio respirat ório vira escamoso. O muco n ão é retirado e fica acumulado na secreç ão respirat ória. - O b struç ão com fibrose, que reduz a luz da via respirat ória, impedindo a passagem mec ânica do ar. - H i persecreç ão de muco : escarro - A lteraç ão nas pequenas vias a éreas - Q uando acompanhada de obstruç ão moderada a grave, o enfisema coexistente é a les ão dominante. - I nfecç ão : manutenç ão e exacerbaç ões. M orfologia M acroscop ia · E spessamento da parede da árvore br ônquica · A c úmulo de secreç ão M icroscopia · G randes vias a éreas o A c úmulo de secre ç ão o H ipert rofia das gland su bmucosas o A umento do n ° de c éls caliciformes o M etapl a sia escamosa · P equenas vias a éreas o I nfiltrado inflamat ório cr ônico o F ibrose da parede bronquiolar o A c úmu l os de macr ófagos pigmentados ENFISEMA - Aumento anormal e permanente dos ácinos pulmonar es associados à destruição dos septos alveolares, na ausência de fibrose - Ácino pulmona r: porção de parênquima distal a um bronquíolo terminal . - Lóbulo term inal: conjunto de três a cinco bronquíolo s terminais e seu s respectivos ácinos . Enfisema centroacinar : - T abagismo - P arte central do ácino E nfisema panacinar : - D efici ência de alfa - 1 - antitripsina , acomete todo o ácino E nfisema parasseptal : fibroses, cicatrizes ou atelectasias - Acomete porção distal do ácino, nas regiões junt o à pleura EMANUELA HANNOFF PILON – MEDICINA 202 1 Doenças Pulmonares - Aula 4 DPOC - Obstrução do fluxo aéreo, em qualquer nível da arvore brônquica. - Tabagismo leva à bronquite crônica e enfisema - A obstrução é progressiva, parcialmente reversível e acompanhada de hiper-reatividade. - Asma é uma obstrução brônquica reversível associada a inflamação e hiper-reatividade das vias aéreas a diferentes estímulos. BRONQUITE CRÔNICA - Tosse persistente com produção excessiva de muco na maioria dos dias de um período de 3 meses por pelo menos 2 anos consecutivos. - Tabagismo e ambiente poluído - Tosse produtiva sem obstrução: bronquite crônica simples - Bronquite crônica com vias aéreas hiper- reativas, com broncoespasmos e sibilos: bronquite asmática crônica - Tosse produtiva com obstrução: bronquite crônica obstrutiva. Etiopatogênese - Exposição prolongada a agentes irritantes inalado e infecções microbiológicas - Inflamação das vias aéreas e do parênquima pulmonar - Alterações estruturais, clínicas e funcionais. - Metaplasia escamosa: epitélio respiratório vira escamoso. O muco não é retirado e fica acumulado na secreção respiratória. - Obstrução com fibrose, que reduz a luz da via respiratória, impedindo a passagem mecânica do ar. - Hipersecreção de muco: escarro - Alteração nas pequenas vias aéreas - Quando acompanhada de obstrução moderada a grave, o enfisema coexistente é a lesão dominante. - Infecção: manutenção e exacerbações. Morfologia Macroscopia Espessamento da parede da árvore brônquica Acúmulo de secreção Microscopia Grandes vias aéreas o Acúmulo de secreção o Hipertrofia das gland submucosas o Aumento do n° de céls caliciformes o Metaplasia escamosa Pequenas vias aéreas o Infiltrado inflamatório crônico o Fibrose da parede bronquiolar o Acúmulos de macrófagos pigmentados ENFISEMA - Aumento anormal e permanente dos ácinos pulmonares associados à destruição dos septos alveolares, na ausência de fibrose - Ácino pulmonar: porção de parênquima distal a um bronquíolo terminal. - Lóbulo terminal: conjunto de três a cinco bronquíolos terminais e seus respectivos ácinos. Enfisema centroacinar: - Tabagismo - Parte central do ácino Enfisema panacinar: - Deficiência de alfa-1-antitripsina, acomete todo o ácino Enfisema parasseptal: fibroses, cicatrizes ou atelectasias - Acomete porção distal do ácino, nas regiões junto à pleura
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