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Degenerações Celulares - Patologia Geral Veterinária

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● Conceito 
➤ Processos patológicos reversíveis (se 
eliminado a causa, há retorno ao estado normal) 
caracterizados por alterações bioquímicas que 
levam ao acúmulo de substâncias 
intracitoplasmáticas 
● Classificação (de acordo com a substância 
acumulada) 
➤ Tumefação celular: Acúmulo de água e/ou 
eletrólitos originados a partir de distúrbios na 
membrana citoplasmática, que alteram o 
funcionamento da bomba de sódio-potássio. 
 ☞ Sinonímia: Degeneração hidrópica, 
degeneração balonosa, tumefação turva. 
 ☞ Classificação (temporal) 
 Tumefação Turva: fase inicial, onde o material 
líquido se distribui homogeneamente. Dura poucos 
minutos. 
 Degeneração Hidrópica: segunda etapa, onde o 
material líquido se distribui em compartimentos 
(vacúolos) no citoplasma. 
 ☞ Macroscopia: órgão aumentado, coloração 
pálida ou acinzentada. 
 ☞ Microscopia: vários vacúolos brancos no 
citoplasma. 
 ☞ Causas 
 Hipóxia: a falta de oxigênio torna a membrana 
mais permeável. 
Infecções: alguns vírus lesam a membrana. 
Intoxicações: toxinas lesam a membrana. 
 
 
 
 
 
➤ Degeneração glicogênica: acúmulo de 
glicogênio, secundário a alterações na síntese ou 
metabolismo desse carboidrato. 
 ☞ Macroscopia: raramente acontece, porém, 
pode ficar aumentado e pálido. 
 ☞ Microscopia: várias células aumentadas com 
vacúolos no citoplasma. É corado com PAS. 
 ☞ Causas: 
 Hiperglicemia: o excesso de açúcar leva ao 
acúmulo. 
 Glicogenoses: doenças de caráter genético, 
onde não há enzimas que metabolizem o glicogênio. 
 Corticosteroides: drogas cujo uso prolongado 
interfere no metabolismo dos carboidratos. 
 
 
➤ Degeneração gordurosa: Acúmulo de 
lipídeos, resultante da alteração da síntese, do 
metabolismo ou mobilização das gorduras. 
 ☞ Sinonímia: Metamorfose gordurosa, lipidose, 
esteatose (fígado) 
 ☞ Macroscopia: Acontece em maior facilidade 
no fígado. O órgão fica aumentado, com coloração 
mais amarela/laranja, de textura macia e friável 
(fácil rompimento). O rim do gato é amarelo 
naturalmente, porque acumula gordura. 
 ☞ Microscopia: Célula aumentada com 
vacúolos de tamanhos variáveis. É comum o 
deslocamento do núcleo para a periferia da célula. 
É corado com SUDAN. 
 ☞ Causas: 
Aumento da síntese de lipídeos. Alimentação 
extremamente gordurosa ou escassez. Provoca a 
mobilização excessiva da gordura estocada para o 
fígado. 
Deficiência de proteínas. A falta de proteínas 
impede a ligação dos lipídeos em apoproteínas. Sendo 
assim os lipídeos são acumulados sem função. 
Intoxicações. Algumas toxinas comprometem 
as funções dos hepatócitos, impedindo a 
metabolização da gordura. 
Bloqueio apoproteína-lipideo. Baixa capacidade 
de exportar a proteína e o lipídeo para a formação de 
lipoproteínas. 
Deficiência de substâncias lipotrópicas: Baixa 
capacidade de metabolização por deficiência de 
auxiliares do processo. São alguns exemplos a 
metionina e colina. 
 
 
Metabolismo Normal da gordura: os triglicerídeos (na 
forma de alimento) sofre digestão no intestino 
delgado, sendo quebrado em ácidos graxos e 
glicerol. O ácido graxo é envolvido por uma 
molécula chamada quilomícrons e absorvido pelos 
vasos linfáticos do intestino delgado. Parte dessa 
gordura vai para o fígado a partir da veia porta, 
onde será metabolizado. Outra parte se torna 
estoque ao redor de órgãos e tecido subcutâneo. A 
gordura que chegou ao fígado é recebida pelos 
hepatócitos, que realizará possíveis 5 distribuições: 
o estoque; a esterificação até triglicerídeos; a 
conversão em colesterol e fosfolipídio; a oxidação 
em corpos cetônicos; e a ligação em apoproteínas 
para formar as lipoproteínas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➤ Degeneração Hialina: Acúmulo de 
proteínas. Ocorre com frequência menor. 
 ☞ Causas: 
 Endocitose: A célula capta a proteína para o 
citoplasma 
 Hiperprodução: A célula produz excesso de 
proteína 
 Infecções: Alguns vírus provocam lesões e 
depositam proteína. 
 Intoxicações: Algumas toxinas depositam 
proteína nas lesões 
 ☞ Ocorrências: 
 Tecido conjuntivo: Pode ser impregnado por 
material proteico. Exemplos: Corpo albicans e cápsulas 
de Bowman. 
 Gotas hialinas: Endocitose exagerada de 
material para tentar socorrer órgãos abarrotados de 
proteínas. 
 Produção excessiva: Plasmócitos produzem 
muitas proteínas (imunoglobulinas), acumulando-as no 
seu citoplasma em forma de Corpúsculos de Russel. Os 
plasmócitos recebem o nome de “célula Mott” quando 
acumulam proteína em grande quantidade. 
 Fibras musculares: Podem acumular quando 
lesadas por toxinas, levando ao depósito de proteína. 
 Degeneração vascular: Acontece nas paredes de 
vasos, maioria de pequeno calibre. Quando agentes 
endoteliotrópicos (tropismo em vasos) danificam os 
vasos ao passar por eles, há deposição de proteína. 
Exemplo: vírus da peste suína clássica. 
 
 
 ☞ Outras inclusões proteicas 
 Corpúsculos de inclusão cristalinos: Alteração 
sem significado clínico, é apenas achado. Geralmente 
acontece no fígado de cão idoso. É um cristal 
(“tijolinho”) de formato retangular. 
 
 Corpúsculos de inclusão viral: Alguns vírus 
deixam rastros de sua passagem (material genético), 
formando corpúsculo no citoplasma ou núcleo. 
Exemplos: herpesvírus, rhabdovírus, poxyvírus. 
 
Corpúsculos de inclusão de chumbo: O chumbo é 
extremamente tóxico e acumula nos tecidos, 
principalmente renal. É usado a coloração Ziehl 
Nelsen. 
 
 
➤ Degeneração Mucóide: Acúmulo de muco. 
Produz células em anel de sinete (ver foto). 
 ☞ Ocorrências: 
Órgãos reprodutores ou respiratórios: 
Caracterizado por hiperprodução de muco. 
Adenomas/Adenocarcinomas: Em caso de câncer 
há o crescimento excessivo de células e 
consequentemente hiperprodução de muco. 
 
 
(Fonte: abpv.vet.br/wp-content/uploads/2018/09/Aula-
Respostas-celulares-às-injúrias.pdf)

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