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Alterações Post mortem

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Alterações do desenvolvimento: Qualquer
defeito na formação embrionária. 
Alterações metabólicas: Relacionadas ao
depósito de nutrientes, vitaminas e minerais. 
Alterações circulatórias: Muito comum,
relacionadas a causa de hiperemia, congestão,
etc. 
Alterações inflamatórias: Apresenta índice de
maior importância, pois o órgão inflamado
manifesta dor e o seu sinal clínico. 
Alterações neoplásicas: Tumores.
Esta disciplina tem como princípio promover o
conhecimento básico das alterações patológicas no
seu contexto morfo-funcional.
Definição da patologia: 
Estudo morfológico das lesões, suas causas e
consequências para o animal. 
ALTERAÇÕES:
Introdução à Patologia Es.
Sinais clínicos
Diferença entre as patologias
Patologia Geral: São alterações básicas nas
células, tecidos órgãos.
Patologia Especial: Presença, efeitos e causas
das alterações nos órgãos e seus sistemas
sistemas específicos.
Na patologia geral, as alterações básicas são
semelhantes, seja qual for a causa, órgão ou espécie
acometida. Já na patologia especial, o que a 
 diferencia é a intensidade dessa alteração e suas
consequências.
Conceitos
Etiologia: Causa da doença, origem ou agente. 
Patogenia: Como o agente patológico causou a
doença.
Exemplo: Cinomose
Patogenia: O vírus penetra nas narinas, nas tonsilas
e linfonodos submandibulares, lá se multiplicam
em células fagocíticas (linfócitos T e macrófagos),
caem no sistema linfático, vão para o sistema
sanguíneo e atingem sua maior viremia,
multiplicando-se em hemácias e células de defesa.
Nessa primeira viremia, o vírus que está no sangue
migra para todos os órgãos, provocando:
gastrite, pneumonia, hiperqueratose, lesão ocular
em retina ou conjuntiva. 
Maria Carolina Quintino da Silva1. C o n t e ú d o r e a l i z a d o à p a r t i r d a s a u l a s d o p r o f R o m e u d o s s a n t o s 
Respiratória 
Digestiva 
Nervosa
Uma doença pode afetar 3 fases:
Alterações Post Mortem
Imediatas: Notam-se imediatamente quando
o animal morre: Animal deixa de respirar, e
seus batimentos cardíacos sessam. 
Mediatas ou tardias: Sendo essas as alterações
não transformativas: hipóstase cadavérica,
frialdade cadavérica, rigidez cadavérica,
coagulação do sangue, embebição
hemoglobínica e biliar.
Também chamadas de alteração cadavéricas, são
alterações que ocorrem após a morte. Nelas,
ocorrem uma sequência de degenerações nas
células, tecidos à partir do momento que se
encerram as atividades vitais do organismo como
um todo. Essas alterações podem ser confundidas
com ante mortem, que ocorrem quando o animal
ainda está vivo. 
É possível estimar quantos dias/horas o animal
morreu pelas alterações que ele apresenta.
São classificadas em 2 grupos:
1) ALTERAÇÕES NÃO TRANSFORMATIVAS:
 Não alteram o estado geral do cadáver.
2) ALTERAÇÕES TRANSFORMATIVAS:
Alteram o estado geral do cadáver. Ocorre
putrefação, decomposição, enegrecimento da pele. 
Autólise
É a decomposição da célula devido a anóxia total,
ou seja, falta de oxigênio circulante. Quando a
célula morre, ela libera enzimas proteolíticas, ou
seja, elas quebram a proteína da parede das células
ao redor, causando a morte das células ao redor. 
A autólise se diferencia da necrose pois a sua morte
da célula ocorre quando ocorre no cadáver. Além
de não possuir células inflamatórias, diferente da
necrose que possui células inflamatórias ao redor
da lesão. 
Alterações Não transformativas
obs: Quanto mais diferente for o tecido, mais
rápido ele entra em autólise. Exemplo: sistema
nervoso é um dos primeiros a entrar em autólise,
além do pâncreas. 
É o enrijecimento dos músculos , que se inicia nas
primeiras horas após a morte. 
O que ocorre:
Primeiramente há contração muscular pela
diminuição progressiva do pH. Após o pH ficar
ácido, o ATP diminui e consequentemente há
diminuição da morte muscular pela falta do
oxigênio.
No auge do enrijecimento dos músculos, é possível
dizer que o animal teve sua morte em poucas
horas. 
Quando ocorre:
 2 a 3 horas após a morte. Em alguns casos, pode ser
observada em até 12 horas. 
Primeiros músculos:
Músculo liso, depois músculo estriado esquelético
cardíaco.
Quando a rigidez desaparece:
A rigidez se dissipa a medida que a putrefação fica
constante no cadáver.
Coração:
O coração é praticamente formado de musculatura
estriada cardíaca, dessa forma, ele entra em rigidez
cadavérica também. Quando o animal entra em
rigidez completa e o coração já contraiu os
ventrículos, o ventrículo esquerdo possui a
capacidade de eliminar todo seu sangue durante a
rigidez, pois ele possui maior espessura muscular.
Caso haja grande acúmulo de coágulo ou sangue no 
ventrículo esquerdo, quer dizer que o coração não
estava contraindo corretamente, o que pode
indicar insuficiência cardíaca do lado esquerdo. 
1) Rigor Mortis
O coágulo é liso, brilhante e elástico, é encontrado
sempre solto, não aderido. Já o trombo é friável,
quebra fácil, seco, opaco, e está sempre aderido a
parede dos vasos e no endocárdio.
Coágulos e Trombos
CRUÓRICO: É o coágulo vermelho quem
contém hemácias e presença de fibrinas e
plaquetas.
LARDÁCEO: Apresenta coloração amarela ou
branca. Possui grande quantidade de células
de defesa, fibrina e plaquetas. Pode indicar
inflamação e choques antes da morte. O
coágulo lardáceo em equinos pode ser
considerado normal pois é formado facilmente
pelo tecido de granulação, que nada mais é
que um acúmulo de células de defesa que vão
até o processo de inflamação. 
MISTO: Há tanto cruórico quanto lardáceo.
O coágulo sempre é avaliado pois pode revelar 
 algumas alterações.
Nome correto dos coágulos:
Trombo
Formação do coágulo:
Os coágulos sanguíneos são uma resposta
fisiológica natural do organismo, que auxilia no
controle de um sangramento ou hemorragia.
Quando o corpo sofre um corte ou uma lesão, as
células sanguíneas se agrupam, recobertas por
uma proteína chamada fibrina, de forma a
interromper o sangramento.
Formação do trombo:
A formação do trombo ocorre em razão de uma
agregação plaquetária no local que sofreu injúria.
Em algumas ocasiões, o trombo também pode
surgir graças às alterações no fluxo sanguíneo,
geralmente quando sua velocidade está diminuída.
C
ru
ór
ic
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2.Maria Carolina Quintino da Silva C o n t e ú d o r e a l i z a d o à p a r t i r d a s a u l a s d o p r o f R o m e u d o s s a n t o s Maria Carolina Quintino da Silva1. C o n t e ú d o r e a l i z a d o à p a r t i r d a s a u l a s d o p r o f R o m e u d o s s a n t o s 
2) Hipostase Cadavérica
É o acúmulo de sangue nas partes baixas dos
órgãos/tecidos, devido ação da gravidade. Nessa
alteração, há presença de manchas que se iniciam
rosadas e ficam roxas. 
O sangue se desloca para o lado que o animal está
deitado, dessa forma, é preciso avaliar os 2 lados do
animal para não confundir o diagnóstico com
congestão. 
Quando ocorre:
Após 2 a 4 horas, até 12 horas.
Acúmulo de sangue do
lado direito do animal
2.1 Lividez cadavérica
Também chamada de livor mortis, é o oposto da
hipostase. Ocorre palidez do tecido ou órgão
devido a falta do sangue que migrou para o lado em
que o cadáver está deitado.
A lividez cadavérica e a hipostáse ocorrem ao
mesmo tempo. 
3) Embebição hemoglobínica
Embebição sanguínea ou hemoglobínica, é uma
alteração de coloração de tecido causada pela
hemoglobina. 
Como ocorre:
Quando o animal morre, e possui muito coágulo no
tecido, é liberado o pigmento da hemoglobina pois
as hemácias se rompem, o que resulta na
impregnação dos órgãos ao redor. 
Obs: é preciso avaliar se houve embebição
sanguínea ou se houve hemorragia.
Quando ocorre:
8 horas ou mais após a formação do coágulo. 
3.Maria Carolina Quintino da Silva C o n t e ú d o r e a l i z a d o à p a r t i r d a s a u l a s d o p r o f R o m e u d o s s a n t o s 
Costelas hiperpigmentadas pela lise das
hemácias.
4) Embebição biliar
É causada pela autólise da vesícula biliar. 
Possui coloração verde, corando fígado, estômago e
alça intestinais
Quando ocorre:
8 horas ou mais após a formaçãodo coágulo. 
Mesentério pigmentado pela lise da vesícula
biliar. 
5) Frialdade cadavérica
Também chamada de algor mortis, é nada mais
que ''corpo frio''. 
O que ocorre:
Corpo perde temperatura, e a velocidade da perda
varia de acordo com o peso. 
A frialdade cadavérica ocorre pois há parada do
fluxo sanguíneo, processos metabólicos e fim da 
 fonte de energia .
Quando ocorre:
Em 3 a 4 horas. 
Alterações transformativas
1) Putrefação
No estado de putrefação, o animal se encontra em
decomposição, devido a bactérias saprófitas
(decompositoras) que transformam o cadáver.
Perda de pelo.
Coloração da pele enegrecida.
O que ocorre:
Como evitar a putrefação:
Congelar o animal ou mantê-lo no formol.
2) Pseudo melanose
São manchas de putrefação esverdeadas. 
O que ocorre:
São a formação do sulfureto + ferro nos órgãos. 
O primeiro órgão a ser apresentado é o intestino. 
3) Enfisema Cadavérico
Corresponde à presença de bolhas no tecido
subcutâneo no parênquima dos órgãos.
É causada pelo acúmulo de ar principalmente na
superfície da pele e dos órgãos, originada pela
eliminação de gases pelas bactérias saprófitas. 
Essa alteração possui cheiro forte. 
4) Meteorismo
Também chamada de timpanismo post mortem, é
o acúmulo dos gases produzidos pela fermentação
das bactérias saprófitas dentro do tubo digestivo. 
Um dos primeiros órgãos a serem dilatados é o
rumem.
Quando ocorre:
 24 horas após a morte. 
Diferença entre timpanismo post mortem e
timpanismo ante mortem:
No timpanismo pós mortem, não há congestão de
vasos, não há presença de células inflamatórias.
Se houver rúmem dilatado, vasos sanguíneos
dilatados e congestos, aspecto vermelho e grande
quantidade de gases, a alteração é ante mortem.
Obs: A principal diferença é a presença inflamação
e congestão, que ocorrem apenas em vida. 
Coloração esverdeada no intestino.
4.Maria Carolina Quintino da Silva C o n t e ú d o r e a l i z a d o à p a r t i r d a s a u l a s d o p r o f R o m e u d o s s a n t o s 
5) Prolapso retal
É a projeção do reto para o ânus. 
Quando ocorre:
24 hora após.
O que ocorre: 
O estômago e o intestino acumulam grande
quantidade de gás que pressionam parte do
intestino para fora.
Diferença de ante mortem e pós mortem:
O prolapso retal ante mortem possui células de
inflamação, congestão e vasos dilatados. 
6) Maceração
É uma alteração restrita a mucosas, principalmente
de órgãos ocos. 
A maceração é o desprendimento da mucosa do
órgão. 
7) Coliquação
Ocorre ao final da putrefação. 
Coliquação é a liquefação (decomposição grave) das
vísceras.
O que ocorre:
As vísceras entram em decomposição, perdem sua
rigidez, sua composição celular e ficam com
aspecto gelatinoso.
Quando ocorre:
7 dias. 
Essa alteração é utilizada na perícia humana. 
Interferentes
Existem alguns fatores que interferem nas
alterações cadavéricas, na qual influenciam o
aparecimento precoce ou tardio das alterações. 
TAXA METABÓLICA:
Animal que possui maior taxa metabólica (grande
quantidade de energia) as alterações aparecerão de
forma tardia, pois o corpo utiliza toda a reserva de
energia. Por conseguinte, animais com baixa taxa
têm o desenvolvimento das alterações mais
rapidamente. 
TEMPERATURA CORPORAL:
Animais com alta temperatura, favorecem o
aparecimento mais rápido de bactérias saprófitas,
além de interferir em outras alterações, como a
frialdade cadavérica (demora para aparecer).
TEMPERATURA AMBIENTE:
A temperatura mais quente favorece o processo de
putrefação, acelerando a proliferação de bactérias
saprófitas. 
TAMANHO DO ANIMAL:
Animais menores entram em estado de putrefação
mais rapidamente devido a sua massa.7
ISOLANTE TÉRMICO:
A quantidade de tecido adiposo é um isolante
térmico. Ex: porco consegue conservar sua
temperatura, dessa forma, a putrefação ocorre
mais rápido que de um animal com menor taxa de
tecido adiposo, como gato. 
ESTADO DE NUTRIÇÃO:
Animais com condições corporais adequadas
demoram mais para entrar no estado de
putrefação. 
CAUSA MORTIS
A causa da morte pode interferir no aparecimento
da putrefação.
Roteiro de Necropsia
Antes da necropsia, é preciso fazer uma análise de todo o corpo do animal, avaliando:
1) Se o animal possui lesões externamente.
1.1 Se houver lesão, é preciso anotar a sua medida. 
2) Pesar o animal, lesões e órgãos retirados.
3) Presença de ectoparasitas.
4) Presença de fezes ao redor do anus. 
5) Observar dentro da orelha, se há otite e presença de ectoparasitas. 
6) Analisar a pele. 
7) Avaliar se há alterações cadavéricas. 
8) Coloração da mucosa.
Passos da necropsia
1) Fazer a incisão mento pubiana: incisão na mandíbula até o púbis. 
2) Desmembramento: cortar os membros para que o animal fique equilibrado na mesa
durante a necropsia. 
3) Desarticular a cabeça do fêmur do acetábulo. 
4) Rebater a pele nas laterais desde a mandíbula até os membros pélvicos. 
5) Abrir a cavidade abdominal no mediastino do animal. 
6) Realizar o teste de pressão negativa.
 7) Corte em ''V'' para retrair a língua. 
8) Na laringe, é preciso romper os ossos hidóides para ser possível tirar a língua. 
9) Retirar as costelas com o costótomo.
10) ''ordenhar'' o reto e amarrar 2 fios com aproximadamente 4 dedos de distância um do
outro. 
11) Fazer o corte entre os 2 fios no reto. 
12) Retirar todos os blocos de órgãos

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