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Impactos da Inovação na Gestão Financeira Fabril

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FACULDADE DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA DA AMAZÔNIA – FAM 
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO 
 
 
 
ISABELA CARVALHO MONTEIRO 
 
 
 
 
 
 
OS IMPACTOS DA INOVAÇÃO PARA A GESTÃO FINANCEIRA DO AMBIENTE 
FABRIL: UM ESTUDO DE CASO DO PROJETO DO PROTETOR DE TERMOPAR TIPO 
“S” NAS FÁBRICAS DE ANODO COZIDO DA ALBRAS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABAETETUBA – PA 
2020 
ISABELA CARVALHO MONTEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS IMPACTOS DA INOVAÇÃO PARA A GESTÃO FINANCEIRA DO AMBIENTE 
FABRIL: UM ESTUDO DE CASO DO PROJETO DO PROTETOR DE TERMOPAR TIPO 
“S” NAS FÁBRICAS DE ANODO COZIDO DA ALBRAS. 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
como requisito parcial à obtenção do título de 
Bacharel em Administração da Faculdade de 
Educação e Tecnologia da Amazônia – FAM 
orientado pelo Profº. Msc. : Breno Anderson 
Pereira Melo. 
 
 
 
 
ABAETETUBA – PA 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dados Internacional de catalogação na publicação (CIP) 
Faculdade de Educação e Tecnologia da Amazônia, Abaetetuba-PA 
________________________________________________________________________________________ 
 M775i MONTEIRO, Isabela Carvalho. 
 Os impactos da inovação para a gestão financeira do ambiente Fabril: um estudo de caso do 
projeto do Protetor de Temporar tipo “S” nas fábricas de Anoso cozido da Albras. / Isabela Carvalho 
Monteiro. – Abaetetuba, 2020. 
 42f.:il 
 
 Orientador: Breno Anderson Pereira Melo. 
 
 Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Administração) – Faculdade de Educação e 
Tecnologia da Amazônia, Abaetetuba-PA, 2020. 
 
1. Inovação. 2. Gestão financeira. 3. Protetor de temporar tipo S. I. Melo, Breno Anderson 
Pereira, orient. II. Título. 
 
 
CDD: 336 
________________________________________________________________________________________ 
Bibliotecária: Fernanda Alves Monteiro – CRB 2/1432 
 
AGRADECIMENTOS. 
 
Agradeço a Deus por me guiar, iluminar meu caminho e me mostrar sempre a melhor 
maneira de seguir nessa trajetória marcada por alegrias, vitórias, mas também por muitas 
dificuldades. 
Agradeço a minha mãe Odenilde Carvalho Monteiro, por ter me dado a vida e estar 
comigo em diversos momentos da minha vida; as minhas tias Solange, Iranilde, Ivanete e 
Mauricéia, e a minha avó Antônia Carvalho Monteiro que sempre se dedicaram ao máximo 
para me apoiar nessa caminhada, mesmo no meio de dificuldades, e também por compreender 
as decisões que tomei; a minha tia Leonildes Monteiro Nunes, por ter me ajudado dando 
abrigo na sua casa durante dois anos da minha vida acadêmica. Não posso deixar de agradecer 
ao meu avô, que hoje está no céu, por ter me amado tanto e por sempre querer o melhor pra 
mim. 
Agradeço ao meu namorado Pedro Felipe Pereira dos Santos por ter sido meu fiel 
companheiro durante esses anos, por ter acompanhado e me apoiado durante os últimos cinco 
anos da minha vida, e também por ter sempre estar me incentivando a estudar e a buscar um 
futuro promissor. 
A todos os meus amigos, em especial a Diana Rodrigues Pinho Cardoso, Karina Farias 
Barbosa Camila Silva Oliveira, e a Eloísa Vanessa Freitas da Costa, por terem, com sua 
maturidade, me ouvido e me aconselhado quando eu precisei. E também a todos que fica na 
torcida e na expectativa de ver a minha vitória. 
A Faculdade de Educação e Tecnologia da Amazônia (FAM) e aquelas pessoas que 
conheci durante os bons e inesquecíveis anos da minha formação acadêmica que contribuíram 
para enriquecer os meus conhecimentos, em especial ao meu orientador Breno Anderson 
Pereira Melo. 
A ALBRÁS não só por abrir as portas para eu fazer a minha pesquisa de campo, mas 
também por ter me recebido no seu time de funcionários e enriquecer os meus conhecimentos 
sobre o fascinante e maravilhoso processo de produção do alumínio. 
A equipe de profissionais das Fábricas de Anodo Cozido da ALBRÁS, por terem me 
acolhido tão bem na minha primeira experiência com o processo produtivo do alumínio, e 
também por terem me prestado as informações que precisei para essa pesquisa e por terem 
acreditado na relevância dela. 
Meu agradecimento especial aos profissionais das Fábricas de Anodo Cozido da 
ALBRÁS vai para Roberval Aguiar por ter disponibilizado do seu tempo para colaborar com 
a minha pesquisa de campo, a Cláudio Moisés Soares que foi mais que um padrinho de área 
durante a minha passagem como Jovem Aprendiz na Fábrica de Anodo Cozido II, me apoiou, 
acreditou no meu potencial e inclusive me deu ideias para aprimorar meu projeto do protetor 
de termopar tipo S. 
Também agradeço a equipe de profissionais da área da Redução IV, por terem me 
concedido a oportunidade de ser funcionária efetiva da empresa, e também por me dar a 
chance de aprender mais sobre o processo de produção de alumínio primário. 
 
 Isabela Monteiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ISABELA CARVALHO MONTEIRO. 
 
OS IMPACTOS DA INOVAÇÃO PARA A GESTÃO FINANCEIRA DO AMBIENTE 
FABRIL: UM ESTUDO DE CASO DO PROJETO DO PROTETOR DE TERMOPAR TIPO 
“S” NAS FÁBRICAS DE ANODO COZIDO DA ALBRÁS. 
 
Monografia apresentado à Coordenação do 
curso de Bacharelado em Administração da 
Faculdade de Educação e Tecnologia da 
Amazônia – FAM, como requisito parcial para 
a obtenção do título de Graduado em 
Administração. 
Orientador: Prof. Msc.: Breno Anderson 
Pereira Melo. 
 
 
FOLHA DE APROVAÇÃO 
 
Aprovada em _____/__________/______ 
 
________________________________________ 
Prof. Msc.: Breno Anderson Pereira Melo – FAM 
Orientador 
 
________________________________________ 
Prof. (º) Esp.: Andel Denilson Matos Lima – FAM 
Examinador (a) 
 
________________________________________ 
Prof. (º) Esp.: Érica de Moraes Lima – FAM 
Examinador (a) 
 
 
 
RESUMO. 
 
A presente pesquisa tem como objetivo analisar a importância da inovação para a gestão 
financeira do ambiente fabril, trazendo uma análise do estudo de caso do protetor de termopar 
tipo S nas fábricas de anodo cozido da ALBRAS. Para o melhor entendimento do objetivo da 
pesquisa foi feito um referencial teórico que vem a abordar tópicos referentes a inovação, 
melhoria contínua, gestão financeira, ao processo Hall-Hérout e ao processo de cozimento de 
anodo. A metodologia utilizada para a obtenção de dados para a construção do trabalho foi 
pesquisa aplicada quando se trata da natureza da pesquisa; em relação à abordagem do 
problema a pesquisa pode ser classificada como qualitativa; se tratando dos objetivos da 
pesquisa, essa se classifica como exploratória; já quando se refere aos procedimentos técnicos 
foi feito um estudo de caso; para complementar a pesquisa foi feita uma análise bibliográfica 
e uma entrevista estruturada com o gestor da área da empresa lócus da pesquisa. Como 
resultado da pesquisa foi constato que a inovação é essencial para a consolidação de novas 
ideias benéficas ao desenvolvimento das empresas, para a gestão financeira e para manter as 
organizações mais competitivas. 
 
Palavras-chave: Inovação, Gestão Financeira, Protetor de Termopar Tipo S. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT. 
 
This paper aims to analyze the importance of innovation for the financial management of the 
manufacturing environment, bringing an analysis of the case study of the type S thermocouple 
protector in the baked anode factories of ALBRAS. For a better understanding of the research 
objective, a theoretical framework was made that addresses topics related to innovation, 
continuous improvement, financial management, the Hall-Hérout process and the anode 
cooking process. The methodology used to obtain data for the construction of the paperwas 
applied research when it comes to the nature of the research; in relation to the approach to the 
problem, research can be classified as qualitative; when it comes to the research objectives, it 
is classified as exploratory; when referring to technical procedures, a case study was made; to 
complement the research, a bibliographic analysis and a structured interview were conducted 
with the manager of the company area of the research. As a result of the research, it was 
found that innovation is essential for the consolidation of new ideas beneficial to the 
development of companies, for financial management and to keep organizations more 
competitive. 
 
 
KEYWORDS: Innovation, Financial Management, Type S Thermocouple Protector. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS. 
 
Figura 1: Cuba Soderberg. 
Figura 2: Cuba Prebaked. 
Figura 3: Esquema simplificado da fábrica de anodo. 
Figura 4: Anodo e suas dimensões. 
Figura 5: Esquema de seção da fábrica de anodo cozido. 
Figura 6: Termopar tipo S (vista sem o revestimento externo). 
Figura 7: Cabeçote basculante de um termopar tipo S. 
Figura 8: Imagens de satélite da ALBRAS (em destaque as FAC’s 1 e 2). 
Figura 9: Protótipo do protetor de termopar tipo S. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS. 
 
ALBRAS – Alumínio Brasileiro S.A. 
FAC – Fábrica de Anodo Cozido. 
FTM – Ponte Rolante utilizada na FAC da ALBRAS. 
ME – Manifold de Exaustão. 
UC – Unidade de Combustão. 
UT – Unidade de Tiragem. 
VT – Ventilador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS. 
 
Tabela 1 - Custos de reparo ou troca de termopares tipo S da forma tradicional versus o custo 
descrito com projeto proposto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO. 
 
1. INTRODUÇÃO................................................................................................................12 
1.1 JUSTIFICATIVA........................................................................................................13 
1.2 PROBLEMÁTICA.....................................................................................................14 
1.3 OBJETIVOS................................................................................................................15 
1.3.1 OBJETIVO GERAL.............................................................................................15 
1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...............................................................................15 
2. REFERNCIAL TEÓRICO................................................................................................16 
2.1 INOVAÇÃO E MELHORIA CONTÍNUA COMO ALIADAS A GESTÃO 
FINANCEIRA NO AMBIENTE FABRIL........................................................................16 
2.1.1 INOVAÇÃO.............................................................................................................16 
2.1.2 A IMPORTÂNCIA DA INOVAÇÃO PARA A ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA NO AMBIENTE FABRIL........................................................................17 
2.1.3 METODOLOGIA KAIZEN E A AMENIZAÇÃO DE PREJUÍZOS......................19 
2.2 ANODO: PROCESSO HALL-HÉROUT E PROCESSO DE COZIMENTO............20 
2.2.1 O ANODO E O PROCESSO HALL-HÉROUT......................................................20 
2.2.2 FÁBRICA DE ANODO COZIDO...........................................................................22 
2.2.3 PROCESSO DE COZIMENTO DE ANODO..........................................................25 
2.2.4 AVANÇO DE FOGO...............................................................................................25 
3. METODOLOGIA...............................................................................................................28 
3.1 LÓCUS DA PESQUISA.........................................................................................29 
4. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS..................................................................................31 
 4.1 PROTETOR DE TERMOPAR TIPO “S”..............................................................31 
 4.2 SOBRE O GESTOR DA ÁREA.............................................................................34 
 4.3 A QUEBRA DE TERMOPARES...........................................................................34 
CONCLUSÃO.........................................................................................................................37 
REFERÊNCIAS......................................................................................................................38 
APÊNDICE..............................................................................................................................41 
APÊNDICE A – ENTREVISTA ESTRUTURADA COM O GESTOR DA FÁBRICA 
DE ANODO COZIDO..................................................................................................42 
12 
 
1. INTRODUÇÃO. 
 
O presente trabalho tem como proposta analisar os impactos da inovação na gestão 
financeira do ambiente fabril: um estudo de caso do projeto do protetor de termopar tipo “S” 
nas fábricas de anodo cozido da ALBRÁS. Onde será abordada a importância da inovação 
para a diminuição de prejuízos no ambiente fabril, especificamente no lócus da pesquisa 
anteriormente mencionado. 
Diante disso serão abordados conceitos de inovação e de melhoria contínua de 
maneira interligada de modo a mostrar que essas duas ferramentas quando usadas em 
conjunto são importante aliadas para promover a melhoria do processo da empresa, e também 
para evitar prejuízos, desse modo vindo a impactar positivamente na gestão financeira da 
empresa. 
Serão abordados conceitos relevantes sobre o processo de produção de alumínio, como 
conceitos em relação a anodo e seu papel no processo Hall-Hérout, além de ressaltar alguns 
conceitos relevantes sobre o processo de cozimento de anodo. 
O trabalho está estruturado da seguinte maneira: No primeiro capítulo temos a 
introdução onde apresentamos justificativa, problemática, objetivo geral e objetivos 
específicos. 
O segundo capítulo é referente ao referencial teórico que é subdividido em dois 
subcapítulos, o primeiro subcapítulo fala sobre inovação e melhoria contínua como aliadas 
para a gestão financeira no ambiente fabril, o segundo subcapítulo fala do anodo no processo 
Hall-Hérout e o processo de cozimento de anodo. 
O terceiro capítulo fala sobre a metodologia e do lócus da pesquisa, de maneira a 
evidenciar os métodos que foram utilizados para o desenvolvimento da pesquisa; por fim é 
feita a análise dos resultados da pesquisa demonstrando a viabilidade do projeto e a 
importância dele, caso seja implantado na empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
1.1 JUSTIFICATIVA. 
 
 A inovação é um elemento fundamental para melhoria e performance das empresas, 
inclusive, pode ser usada como uma importante ferramenta para a diminuição de prejuízos em 
uma organização quando usado de forma pensada e/ou adequada. 
A presente pesquisa traz uma proposta que vem a ser justificada pela importância da 
inovação e das constantes mudanças que devem ocorrer para que uma organização fabril 
possa melhorar continuamente o desempenho operacional e financeiro. 
O tema do trabalho surge a partir da vivência nas Fábricas de Anodo Cozido (FAC’s) 
da empresa Alumínio Brasileiro S.A. (ALBRAS), sendo que durante essa vivência, observou-
se que a quebra de termopares tipo S durante o transporte da Unidade de Combustão (UC) 
feito pela ponte rolante (FTM) ocorria na referida empresa, a qual traz um custo para a 
mesma, embora a quebra desses termopares não ocorra com frequência, essa impacta 
significativamente nas finanças, pois se trata de um equipamento de alto custo. 
Diante da referida problemática, a pesquisa visa fazer umestudo de caso de um 
projeto de um equipamento que pode contribuir na gestão financeira e/ou redução de gasto 
nas FAC’s. Esse é um projeto que servirá de objeto de pesquisa é inovador que tem como 
objetivo evitar a quebra de termopares tipo S no momento do transporte da UC pela FTM. 
O projeto do protetor de termopar tipo S não foi posto em prática, sendo assim, a 
pesquisa vem a fazer um estudo de caso sobre esse projeto, mostrando os benefícios que o 
mesmo poderá trazer para as finanças da empresa. 
A pesquisa realizada é inovadora e inédita, por isso ressalta-se que a mesma ressaltará 
a significância para a comunidade científica e também para a empresa ALBRAS por se tratar 
de um projeto de baixo custo que traria retorno notável a empresa, isso mostra que a inovação 
é uma importante ferramenta para as empresas. 
A presente pesquisa pode ser considerada um estudo relevante em relação aos 
benefícios do protetor de termopar tipo S levando em consideração o que esse projeto ainda 
não implantado, se viesse a ser posto em prática impactaria nos resultados da empresa. 
Esse estudo pode vir a servir de referência não só para os profissionais da ALBRAS, 
mas também para outros profissionais que buscam inovar em ambientes fabris 
especificamente em fábricas de anodo cozido, além de provar cientificamente os benefícios 
que projeto trará para as gestões de produção e financeira da fábrica e também que a inovação 
é um importante meio de amenizar significativamente os prejuízos de uma empresa. 
 
14 
 
1.2 PROBLEMÁTICA. 
 
 A quebra esporádica de termopares tipo “S” é um grande problema enfrentado pelas 
Fábricas de Anodo Cozido da empresa Alumínio Brasileiro S.A., pois esses são equipamentos 
frágeis, caros e de extrema importância para o controle de processo de cozimento de anodo. 
Diante da situação a pesquisa viu-se a necessidade de fazer um estudo de caso do 
projeto do protetor de termopar tipo “S” ainda não implantado nas Fábricas de Anodo Cozido, 
com a finalidade de mostrar os benefícios deste projeto, mostrando assim argumentos com 
embasamento científico para possibilitar a implantação da ideia no referido lócus. Portanto, a 
questão problema que instiga a pesquisa é: De que maneira a inovação do protetor termopar 
tipo “S” pode contribuir para a gestão financeira e de produção nas FAC’s da ALBRAS? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
1.3 OBJETIVOS. 
 
1.3.1 – OBJETIVO GERAL. 
 
Mostrar que o uso do protetor de termopar tipo “S” traz benefícios para as gestões de 
produção e financeira da empresa ALBRÁS, de modo a colocar em evidência a inovação 
como importante ferramenta de transformação positiva nas fábricas de anodo cozido. 
 
1.3.2 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS. 
 
 Apresentar os benefícios de um meio mais eficaz e inovador de evitar a quebra de 
termopares tipo “S” no transporte do mesmo pela FTM. 
 
 Discriminar a relação custo-benefício do protetor de termopar tipo “S”. 
 
 Provar que a inovação é uma ferramenta eficaz para a prevenção de prejuízos 
materiais e financeiros nas Fábricas de Anodo Cozido da empresa ALBRÁS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
2 – REFENCIAL TEÓRICO. 
 
2.1 INOVAÇÃO E MELHORIA CONTÍNUA COMO ALIADAS A GESTÃO 
FINANCEIRA NO AMBIENTE FABRIL. 
 
2.1.1 INOVAÇÃO. 
 
 A inovação pode ser entendida como “um novo encontro entre uma necessidade e uma 
solução”. (TERWIESCH E ULRICH, 2009) apud (MORGADO, 2012, p. 227). Sendo assim, 
a inovação vem a surgir a partir de uma necessidade, tendo como objetivo atingir melhorias 
necessárias para um determinado contexto. 
A inovação é fundamental para melhorar o desempenho de uma empresa e para 
aumentar a competitividade da mesma. De acordo com o Instituto Inovação (2010) apud 
Morgado (2012, p. 226) “a inovação é a exploração com sucesso de novas ideias”, ou seja, é 
fazer algo inédito para melhorar alguma condição existente. Essa pode ser usada em qualquer 
empresa independente do ramo de atuação, e essa quando bem formulada e aplicada vem a 
promover o sucesso da empresa, aumentando seus lucros, e isso não é diferente nas indústrias. 
 
Diante das peculiaridades dos setores industriais e o seu contexto e mercado 
de atuação é relevante considerar que a inovação engloba várias atividades 
como as etapas científicas, tecnológicas, organizativas etc que levam à 
implementação de produtos e de processos novos ou melhorados. 
(GONÇALVES E SUGAHARA, 2015, p. 3). 
 
[...] “os elementos fundamentais para inovar que precisa coexistir são: conhecimento, 
criatividade e empreendedorismo”. (FREITAS, 2013) apud (MASCARENHAS BISNETO, 
LINS, 2016, p. 94). 
É importante ter conhecimento sobre aquilo que se deseja inovar, seja de um produto 
ou de um processo. A criatividade é um fator essencial para que ocorra a inovação, pois sem 
ela é impossível de criar algo inovador, pois inovação é sinônimo de criar algo novo e sem 
criatividade não se cria coisas diferentes das quais já existem. Empreendedorismo é sinônimo 
de inovação, pois para empreender seja no próprio negócio ou na empresa alheia 
(intraempreendedorismo) é necessário: que tenha ideias novas, agregar valor a produtos e 
serviços, fazer algo diferente para se destacar no meio do que já existe. 
 
17 
 
[...] gestão da inovação é um processo estruturado e contínuo que possibilita 
que uma organização vislumbre novas formas de criar valor e de antever 
demandas e tendências sociais e tecnológicas. O processo de inovação 
articula a identificação de oportunidades tecnológicas com a identificação de 
oportunidades sociais e de mercado. (CHIBÁS; PANTALEON e ROCHA, 
2013, p. 20). 
 
Sendo assim, a gestão da inovação torna possível que a empresa busque novos 
métodos que venham a trazer benefícios para a organização, devendo se pautar nas 
oportunidades tecnológicas, além de olhar também para as oportunidades sociais e de 
mercado. 
Desse modo, para inovar é preciso olhar para dentro e para fora da empresa, de 
maneira a observar se há meios tecnológicos suficientes e viáveis para por em prática a ideia 
inovadora, além disso, se deve fazer um estudo da sociedade e do mercado para entender 
como a ideia inovadora em questão vai afetar ou vai ser aceita pelos mesmos. Algo inovador 
deve ser além de tecnologicamente e economicamente viável, ter uma boa aceitação pela 
sociedade e pelo mercado. 
[...] “a cultura de inovação abrange a arquitetura organizacional e seus principais 
responsáveis; ferramentas gerenciais na prática; seleção e implementação de novas ideias, o 
papel do líder, criatividade dos empregados, entre outros aspectos”. (LE BAS; LAUZIKAS 
2010) apud (BRUNO-FARIA; FONSECA, 2014, 379). 
A cultura da inovação só acontece quando os funcionários dos diversos níveis de 
hierarquia da organização tem na sua mentalidade a inovação, sendo que não adianta apenas 
um grupo disperso de pessoas terem o desejo de inovar, todos ou pelo menos grande maioria 
devem estar engajados em criar coisas inovadoras para ajudar a empresa, pois para que haja a 
inovação é preciso a aprovação da grande maioria das pessoas que fazem parte do processo, 
caso haja resistência da maioria fica inviável implementar a inovação no ambiente 
organizacional. 
 
2.1.2 A IMPORTÂNCIA DA INOVAÇÃO PARA A ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
NO AMBIENTE FABRIL. 
 
O mundo vive em constantes transformações, e com isso, as empresas devem se 
adaptar a essas mudanças para sobreviverem a esse cenário. O departamento financeiro de 
uma empresa é um dos elementos essenciais dentro de uma organização, sendo que uma 
18 
 
empresa que possui suas finanças mal administradas tem grande probabilidade de não 
sobreviver por muito tempo. 
 
Administração financeira pode ser definida como a ferramenta ou técnica 
utilizada para controlar da forma mais eficaz possível, as concessões de 
credito para clientes, planejamento, analise de investimentose, de meios 
viáveis para a obtenção de recursos para financiar operações e atividades da 
empresa, visando sempre o desenvolvimento, evitando gastos desnecessários, 
desperdícios, observando os melhores “caminhos” para a condução financeira 
da empresa. (OLIVEIRA, 2016, p. 2). 
 
A administração financeira é importante para todos os tipos de organização, inclusive 
para as fábricas. Uma boa administração financeira em uma empresa promove um bom 
desempenho da organização. Inclusive, o corte de gastos e a prevenção de prejuízos são 
medidas que ajudam bastante com que a empresa tenha um bom desenvolvimento, isso faz 
com que os lucros da mesma aumentem. 
Inovação e administração financeira possuem relação, pois a primeira auxilia no 
processo de redução de custos, no controle financeiro da empresa, e na redução de gastos de 
manutenção. Podemos tomar como exemplo quando ocorre a implantação de novos 
procedimentos ou sistemas inovadores que podem contribuir para que a empresa reduza o 
consumo de material pelo fato dele não se danificar com tanta frequência ou substitua por um 
material por outro com custo menor, ou até mesmo economize com a manutenção de 
equipamentos. 
 
No caso de análise de projeto de inovação, a decisão deve considerar: 
 
 Critérios econômicos – Rentabilidade/retorno dos investimentos. 
 Critérios financeiros – Disponibilidade de recursos. 
 Critérios imponderáveis – Elementos não conversíveis em dinheiro, 
como segurança, status, localização, fácil manutenção, qualidade, 
etc. (RASOTO, et.al., 2012, p. 86). 
 
Para que uma empresa acate com um projeto de inovação, a mesma adota os critérios 
acima, de maneira que a mesma só vem a adotar o projeto inovador caso o mesmo venha a 
trazer retorno financeiro significativo, mas só isso não basta, pois a empresa precisa ter 
condições financeiras para obter os recursos necessários para a implantação do projeto, e 
também é preciso avaliar se o mesmo é seguro, seus custos de manutenção, se ele vem a 
agregar qualidade ao processo ou ao produto final. Caso um projeto inovador não atenda a um 
desses critérios, é inviável que a organização implemente o projeto. 
19 
 
Uma fábrica não deixa de ser uma empresa. Uma indústria deve está aberta a ideias 
inovadoras, pois os processos industriais estão sofrendo constantes atualizações, sendo assim, 
as indústrias necessitam de mudanças nos seus processos, precisando consequentemente 
inovar em algo. 
Quando se refere a inovação no ambiente fabril, não se diz respeito apenas a mudanças 
no processo produtivo, mas também nos processos que envolvem gestão. As constantes 
mudanças que ocorrem nas indústrias, assim como em qualquer empresa vem com a 
finalidade de aumentar o lucro, sendo que essas também podem vir com o objetivo de 
melhorar: a qualidade dos processos, a qualidade de vida dos trabalhadores, ou também a 
qualidade do produto final. 
 
2.1.3 METODOLOGIA KAIZEN E A AMENIZAÇÃO DE PREJUÍZOS. 
 
A metodologia Kaizen é uma ideia lançada pelos japoneses, sendo introduzida na 
Administração a partir de 1986 por Masaakilmai, sendo que a mesma pode ser adotada 
também nas empresas, de modo que essa se define como: 
 
[...] uma cultura voltada à melhoria contínua com foco na eliminação de 
perdas em todos os sistemas de uma organização, e implica a aplicação de 
dois elementos, ou seja, o aperfeiçoamento entendido como uma mudança 
para melhor, e a continuidade, como ações permanentes de mudança. 
(MARTINS E LAUGENI, 2015, p. 465). 
 
Perante a esse conceito, vê-se que para que uma empresa melhore o seu 
desenvolvimento e evite prejuízos, é preciso com que ela busque melhorar sempre, evitar 
estacionar no tempo, deixando com que as novas e viáveis ideias tenham espaço dentro da 
organização. 
Para que isso aconteça, é importante que a empresa esteja disposta primeiramente a 
aceitar a inovação, investir em inovação, tornado possível que as ideias inovadoras venham a 
se a se desenvolver e a se fixarem no cotidiano da organização, beneficiando a empresa, seus 
colaboradores, e até mesmo quem adquiri os bens e serviços produzidos pela corporação. 
 
Traduz-se Kaizen como Kai = melhoria / Zen = contínua, onde não significa 
somente fazer melhor as coisas, mas procurar também conquistar resultados 
específicos como eliminação de desperdício, de tempo, dinheiro, material e 
esforço; elevando a qualidade de produtos, serviços, relacionamentos, conduta 
pessoal e desenvolvimento de empregados, reduzindo os custos de projeto, 
20 
 
fabricação, estoque e distribuição; transformando o atendimento ao cliente em 
um processo natural e interminável. (FONSECA, et.al, 2016, p. 7). 
 
A implantação da metodologia Kaizen em uma empresa depende do engajamento de 
todos os funcionários de todos os níveis da hierarquia, ou seja, do operário ao gerente. Todos 
devem ter suas ações dentro da empresa em prol da melhoria contínua. 
 
É um desafio na administração incentivar um plano de sugestões de maneira 
dinâmica e ao mesmo tempo fazer com que os funcionários se sintam 
entusiasmados em pensarem, elaborarem novas ideias e trabalharem com mais 
empenho e dedicação. 
Deve partir do funcionário a ideia de melhorar e não da alta administração, 
pois o funcionário tende a trabalhar com mais vontade. 
Os sistemas de sugestões ajudam também a comunicação entre os funcionários 
e a alta administração. É uma oportunidade de conversar e trocar 
conhecimento com os supervisores, gerentes e até mesmo dentro do próprio 
grupo. Com esse incentivo, a administração tem o apoio dos funcionários para 
tratar de problemas e melhorar a comunicação com o chão de fábrica. 
(FONSECA, et. al., 2016, p. 8). 
 
Assim, cabe a administração da empresa incentivar a melhoria contínua e os outros 
funcionários a inovar. Isso possibilita que todos os membros da organização mostrem a sua 
capacidade de pensar em algo inovador que venha a trazer melhorias para a organização. 
Além disso, o sistema de sugestões vem a possibilitar uma melhor comunicação entre todos 
os níveis da hierarquia, ajudando com que haja o melhor entendimento nas necessidades de 
mudança e dos problemas que ocorrem em determinado setor da empresa. 
 
2.2 ANODO: PROCESSO HALL-HÉROUT E PROCESSO DE COZIMENTO. 
 
2.2.1 O ANODO E O PROCESSO HALL-HÉROUT. 
 
O anodo é um insumo indispensável para a produção do alumínio, de modo que sem 
esse não é possível que ocorra redução eletrolítica através do processo Hall-Héroult (processo 
de transformação da Alumina (Al2O3) em Alumínio (Al2) em forma de metal primário). 
 Em síntese, o processo Hall-Hérout [...] “ocorre num recipiente de carbono que age 
como catodo e que contém a solução eletrolítica. O anodo de carbono é parcialmente 
submerso na solução e consumido ao longo do processo”. (XAVIER, 2012, p. 10). Por fim, o 
alumínio primário se deposita no fundo do catodo e o anodo reage com o oxigênio durante o 
processo se desgastando e se transformando em CO2. 
21 
 
Há duas tecnologias de fabricação de anodo: tecnologia Soderberg e a tecnologia 
Prebaked. A primeira consiste em produzir anodo dentro da própria cuba eletrolítica, 
enquanto a segunda consiste em produzir anodos fora da cuba eletrolítica. Abaixo, o esquema 
simplificado das cubas que utilizam as duas tecnologias anteriormente mencionadas: 
 
 
 
Figura 1: Cuba Soderberg. 
Fonte: (TIBA, 2010, p. 10). 
 
 
Figura 2: Cuba Prebaked. 
Fonte: (TIBA, 2010, p. 10). 
22 
 
 
A produção mundial de alumínio desagregada por tecnologia foi 63% para a 
tecnologia Prebaked (em 1990) e 37% para a tecnologia Soderberg. Em 
2009, a tecnologia Prebaked aumentou sua participação na produção 
mundial para 89% e a tecnologia Soderberg encolheu para apenas 11% 
(BAYLISS, 2012) apud (XAVIER, 2012, p. 11). 
 
Isso ocorreu porque a tecnologia Prebaked é mais vantajosa de ser utilizada e uma de 
sua grandes vantagens é o seu menor impacto ambientalem relação a tecnologia Soderberg, 
pois a primeira emite menos CO2. De acordo com o MCT (2006) apud Xavier (2012), o fator 
de emissão de CO2 no consumo do anodo produzido pela tecnologia Soderberg era de 1,8 t 
CO2/t Al2 enquanto o anodo produzido pela tecnologia Prebaked emite 1,5 t CO2/t Al2. 
 
2.2.2 FÁBRICA DE ANODO COZIDO. 
 
 
 
Figura 3: Esquema simplificado da fábrica de anodo. 
Fonte: Carneiro (2011, adaptado). 
 
A figura acima representa o esquema de fábrica de anodo cozido que utiliza a 
tecnologia Prebacked para o cozimento de anodo. Esse esquema também mostra os 
componentes do fogo e as regiões que compõem as diferentes fases do processo de cozimento 
de anodo. 
O Manifold de exaustão (ME) também bastante chamado apenas de Manifold é 
responsável pela exaustão dos gases produzidos durante o processo de cozimento de anodos, 
23 
 
sendo que esses gases são levados diretamente para a chaminé em caso de fornos que não 
tenham planta de tratamento de gases (PTG) ou são levados primeiramente para a PTG e por 
fim para a chaminé em caso de fornos que tem PTG. 
O cavalete de tiragem também chamado de Unidade de Tiragem (UT) é responsável 
por controlar pressão e temperatura durante a fase de pré-aquecimento do processo de 
cozimento de anodo. 
As unidades de combustão (UC) servem para ejetar óleo BPF nas câmaras de 
combustão para que ocorra a queima do mesmo possibilitando assim a fase do fogo forçado 
onde ocorre o cozimento do anodo propriamente dito, sendo que o processo atinge a sua 
temperatura mais alta na terceira UC. 
O ventilador (VT) é um equipamento que serve para insuflar gás oxigênio para dentro 
das câmaras de combustão com a finalidade de proporcionar um resfriamento forçado nos 
anodos que já foram cozidos. 
A figura acima também mostra as áreas que se dividem o processo de cozimento de 
anodo, que no caso são: área de pré-aquecimento, área de fogo forçado e área de resfriamento. 
A área de pré-aquecimento é onde ocorre a primeira fase do processo de cozimento do 
anodo, sendo que aí ocorre o pré-aquecimento dos anodos. O pré-aquecimento dos anodos os 
tornam mais resistentes para aguentar o resto do processo. 
A área de fogo forçado compreende a segunda fase do processo, sendo que nessa o 
mesmo chega a atingir a maior temperatura de todas as fases do processo. Nessa área ocorre a 
parte mais importante do cozimento de anodo, pois nessa ocorre o cozimento do anodo 
propriamente dito. 
A área de resfriamento é onde ocorre o resfriamento dos anodos já cozidos, sendo que 
nessa área ocorre o resfriamento forçado e o resfriamento natural. O primeiro ocorre em 
consequência da ação do VT e o segundo ocorre naturalmente, somente com a ação do ar. 
O anodo tem como principais matérias-primas coque, piche e butt, pesando 1040 kg, 
de acordo com Carneiro (2011). Sendo que nas fábricas de anodo cozido, os anodos verdes 
vão passar pelo processo de cozimento que atinge em média 1200
o
C, para ganharem 
resistência ao ar e a choques físicos, além de ganhar condutibilidade elétrica, tornando-se 
assim ideal para resistir ao processo que ocorre nas cubas eletrolíticas. 
 
24 
 
 
Figura 4: Anodo e suas dimensões. 
Fonte: (CARNEIRO, 2011). 
 . 
Para o melhor entendimento da estrutura de uma fábrica de anodo cozido é preciso que 
se tenha o conhecimento de como são divididas as seções que compõem um forno de 
cozimento de anodo. Cada seção é dividida conforme a figura abaixo: 
 
 
 
Figura 5: Esquema de seção da fábrica de anodo cozido. 
Fonte: (CARNEIRO, 2011). 
 
Uma seção compreende seis poços de anodo localizados lado a lado, sendo que esses 
são divididos por câmaras de combustão, conforme a figura acima. Cada poço de anodo tem a 
25 
 
capacidade para doze anodos, de modo que esses são distribuídos em quatro camadas de três 
anodos cada. 
 
2.2.3 PROCESSO DE COZIMENTO DE ANODO. 
 
O anodo é um bloco de grafite que passa quinze dias em processo de 
cozimento para adquirir propriedades físicas e químicas, ele chega na fábrica 
de cozimento por transportadores que posteriormente são colocados dentro 
do forno por um equipamento chamado ponte rolante, para cozinhar os 
anodos utilizamos um equipamento chamado unidade de combustão. 
(NASCIMENTO, 2020). 
 
 O processo de cozimento de anodo ocorre dentro de um forno revestido com tijolo 
refratário a uma temperatura média de 1200 ºC. A unidade de combustão durante o processo 
de cozimento joga o combustível, que no caso é o óleo BPF, para a queima. 
 O manifold de exaustão é responsável por retirar os gases gerados durante o processo 
de cozimento de anodo para uma planta de tratamento de gases no caso dos fornos que dispõe 
da mesma e mandar direto para chaminé lançar para o meio ambiente. No caso, de fábricas de 
anodo cozido que não possuem planta de tratamento de gases os gases vão direto para a 
chaminé e posteriormente liberados para o meio ambiente, porém essas fábricas que 
trabalham sem PTG elas buscam sempre controlar a opacidade dos gases produzidos durante 
o processo. 
 
2.2.4 AVANÇO DE FOGO. 
 
O fogo compreende a área do forno que está ocorrendo o processo de cozimento dos 
anodos. O avanço de fogo é uma tarefa indispensável para o processo de cozimento de anodo, 
esse é feito em um ciclo definido de acordo com a necessidade do processo. Essa atividade 
ocorre com a finalidade de dar a continuidade ao processo de cozimento, a mesma consiste 
em retirar e avançar todos os equipamentos que compõe o fogo conforme a ordem que será 
mostrada posteriormente. 
Durante a atividade do avanço de fogo usa-se a ponte rolante que é um equipamento 
móvel responsável pelo transporte dos equipamentos que compõem o fogo. O avanço de fogo 
segue a seguinte ordem: 
 
26 
 
 Ventilador: Esse é o primeiro equipamento que compõe o fogo a ser 
avançado, sendo que esse é colocado uma seção a frente da qual estava. 
 
 Unidade de Combustão: a primeira unidade de combustão é avançada três 
seções a frente da qual estava. 
 
 Manifold de exaustão: É avançado uma seção a frente da qual estava. 
 
 Unidade de Tiragem: É o último equipamento do fogo a ser avançado, e esse 
é avançado uma seção a frente da qual estava. 
 
Durante os avanços desses equipamentos os mesmos balançam durante seu transporte, 
havendo possibilidade de se chocarem contra a FTM, podendo assim causar danos materiais 
de pequenas ou até de grandes proporções, causando consequentemente prejuízos para a 
empresa. 
O termopar é um elemento de medida de temperatura constituído por dois materiais 
diferentes ligados um ao outro. (SILVA, 2019). Há diversos tipos de termopar, sendo que o 
termopar tipo “S” é um dos quais são utilizados nas FAC’s. 
O termopar tipo “S” também chamado de termopar de câmara (TC) nas FAC’s é um 
equipamento utilizado para medir a temperatura das câmaras de combustão durante o 
processo de cozimento de anodo. A platina é o material principal que constitui esse 
equipamento, o que explica o alto custo do mesmo. 
 
 
 
Figura 6: Termopar tipo S (vista sem o revestimento externo). 
Fonte: Alutal (2020). 
 
27 
 
 
Figura 7: Cabeçote basculante de um termopar tipo “S”. 
Fonte: Alutal (2020). 
 
Esse tipo de termopar é bastante vulnerável a quebra. Assim, o objeto de estudo é um 
protetor de termopar tipo “S” que foi desenvolvido com a finalidade de proteger esse tipo de 
termopar contra impactos durante o transporte da UC pela FTM. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
3. METODOLOGIA. 
 
A metodologia utilizada para a pesquisa presente em relação a sua natureza pode ser 
classificada como pesquisa aplicada porque a mesma vem “gera conhecimentos para 
aplicação prática, dirigidos à solução de problemas específicos”. (SILVA; URBNESKI, 2009, 
p. 49). No caso da referido estudo, esse vem a demonstrar que o protetor de termopar tipo “S” 
foi criado com a finalidade de ser aplicado na prática eque esse trará benefícios financeiros 
para a empresa ALBRAS, consequentemente para as fábricas de anodo cozido não só da 
empresa em questão, mas também para as fábricas de anodo cozido de outras empresas que 
dispõe de um processo semelhante. 
Em relação à abordagem do problema, a pesquisa pode ser considerada qualitativa. Em 
relação a esse tipo de pesquisa, “[...] não há fórmulas ou receitas predefinidas para orientar os 
pesquisadores. Assim, a análise dos dados na pesquisa qualitativa passa a depender muito da 
capacidade e do estilo do pesquisador”. (GIL, 2008, p. 175). Para a coleta de dados, a 
pesquisa vem a utilizar de instrumentos como a observação participante e entrevista. 
Do ponto de vista dos objetivos da pesquisa essa pode ser classificada como 
exploratória, sendo que “Esse tipo de pesquisa é voltado para pesquisadores que possuem 
pouco conhecimento sobre o assunto pesquisado, pois geralmente, há pouco ou nenhum 
estudo publicado sobre o tema”. (SILVA; URBNESKI, 2009 p. 50), por se tratar de uma 
temática inédita e que até o presente momento não tem estudo publicado que fale 
especificamente dos benefícios trazidos pela implementação do protetor de termopar tipo S na 
fábrica de anodo cozido da ALBRAS. 
Sobre a ótica dos procedimentos técnicos será feito um estudo de caso que é 
considerado como “Pesquisa que se concentra no estudo de um caso particular, considerado 
representativo de um conjunto de casos análogos, por ele significativamente representativo.” 
(SEVERINO, 2010, p. 121). O estudo de caso em questão visa estudar especificamente o 
projeto do protetor de termopar tipo S mostrando que se o mesmo for implantado, trará um 
significativo retorno financeiro. 
Para complementar o estudo de caso, foi feita uma abordagem bibliográfica, sendo que 
os dados retirados para que essa venha se consolidar são de livros e produções científicas, 
sendo que os dados daí retirados servirão de fundamentos teóricos para a confirmação de 
alguns fatores pesquisados. 
O tipo de entrevista a ser utilizado é a entrevista estruturada, sendo que essa “[...] 
desenvolve-se a partir de uma relação fixa de perguntas, cuja ordem e redação permanece 
29 
 
invariável para todos os entrevistados [...]”.(GIL, 2008, p. 113). Justifica-se a escolha desse 
tipo de entrevista para coletar dados para a pesquisa pelo fato da mesma seguir um roteiro de 
perguntas fixo construído pela autora do trabalho. 
 
3.1 LÓCUS DA PESQUISA. 
 
 
 
Figura 8: Imagens de satélite da ALBRAS (em destaque as FAC’s 1 e 2). 
Fonte: GOOGLE MAPS (2009) apud CARNEIRO (2011). 
 
 A ALBRAS (Alumínio Brasileiro S. A) foi fundada em 1985, atua no ramo da 
metalurgia, é localizada no município de Barcarena. Atualmente, a ALBRAS pertence 51% a 
empresa norueguesa Norsk Hydro e 49% ao consórcio japonês NAAC – Nippon Amazon 
Aluminium Co. Ltd.. 
 
A metalúrgica integra um processo produtivo que permite a transformação 
de uma riqueza natural abundante na Amazônia (bauxita) em produto de 
larga aceitação internacional (alumínio), gerando trabalho, renda e mais 
qualidade de vida para a população da região, por meio de empregos, 
30 
 
impostos, iniciativas de apoio às comunidades vizinhas e circulação de 
riquezas. (AMORIM, 2016, p. 2). 
 
 “A ALBRAS é a maior produtora de alumínio primário no Brasil e desde 1985 
alimenta os mercados interno e externo com lingotes de alta pureza”. (HYDRO, 2020). A 
ALBRAS produz alumínio primário líquido e em formas de lingotes de alumínio em liga 
P1020, sendo que mais recente a empresa passou a produzir lingotes P0610, P1015 e PFA. Os 
lingotes P0610 e P1015 são mais puros que o P1020, enquanto o PFA é uma liga 
desenvolvida a partir da adição de silício, magnésio, estrôncio e titânio juntamente com o 
metal P0610 tendo utilidade para a indústria automobilística. 
 “A Albras tem capacidade anual para produzir 460.000 toneladas de alumínio 
primário”. (HYDRO, 2019). Atualmente, 60 mil toneladas da produção anual de alumínio 
líquido vai para a empresa vizinha que é fabricante de cabos condutores de energia. (HYDRO, 
2019). A outra parte da produção é destinada a exportação. Assim, percebe-se que a grande 
parte da produção da empresa é designada ao mercado externo. 
 “A Albras possui 1.200 empregados” (HYDRO, 2019). A geração de empregos na 
região ajuda a movimentar a economia local, além de contribuir positivamente para a balança 
comercial e para o PIB paraense. Além disso, a empresa é um fator essencial para atrair novos 
investimentos para a região, pois a mesma produz uma matéria-prima essencial para a 
fabricação de vários produtos. 
O presente trabalho foi feito nas Fábricas de Anodo Cozido I e II. Essa área é 
responsável por cozer os anodos recebidos pela Fábrica de Anodo Verde (FAV), para 
finalmente mandar para a Oficina de Chumbamento de Hastes (OCH), onde termina o 
processo de fabricação do anodo. 
A ALBRÁS possui duas fábricas de anodo cozido denominadas de FAC 1 e FAC 2. A 
FAC 1 possui três fornos (A, B, E), enquanto a FAC 2 possui dois fornos (C e D). As duas 
FAC’s possuem 10 fogos no total. 
 
 
 
 
 
 
31 
 
4. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS. 
 
Para o melhor entendimento dos resultados precisa-se conhecer sobre o projeto do 
protetor de termopar tipo “S”, assim fez-se um estudo de caso desse projeto, buscando 
entender a viabilidade do mesmo caso esse seja implementado nas fábricas de anodo cozido. 
A entrevista estruturada possui nove perguntas e essa foi realizada com o Gerente de 
Área de Operação e Manutenção das Fábricas de Anodo Cozido Roberval Aguiar Nascimento 
por entender que este é um dos principais gestores da área em questão e tem uma experiência 
ampla no processo de cozimento de anodo. 
 
4.1 PROTETOR DE TERMOPAR TIPO “S”. 
 
O protetor de termopar tipo S é um projeto que ainda não foi colocado em prática nas 
FAC's da ALBRAS, esse é criação de Isabela Carvalho Monteiro, ex jovem aprendiz da FAC 
II. 
As causas mais comuns da quebra de termopares é a colisão do termopar com a FTM e 
falha da FTM. Essa colisão se dá geralmente por causa da não retirada do balanço da carga no 
momento do transporte da U.C. 
Quando isso acontece, a U.C gira, de maneira que o primeiro ou sétimo termopar que 
se entram nas extremidades batem primeiramente sua parte superior em uma plataforma que 
se encontra em um nível um pouco acima da altura da cabine da FTM, após isso ocorre a 
quebra da parte constituída de platina dos termopares das extremidades, sendo esses mais 
vulneráveis a quebra. Isso não vem a quebrar somente a parte de platina do termopar, mas 
também vem a causar danos na parte elétrica do termopar, de modo que o que causa mais 
prejuízo à empresa em termos financeiros é a quebra da estrutura de platina do termopar. 
 Diante dessa problemática, viu-se a necessidade de uma estrutura que fosse capaz de 
proteger a estrutura do termopar em caso de uma colisão contra a FTM. A estrutura é oca, 
sendo que ela possui abertura completa atrás para possibilitar a entrada do termopar, e 
embaixo, para melhor dispersão de calor, pois o termopar sai com temperatura alta das 
câmaras de combustão. Abaixo, segue o desenho da estrutura pensada para evitar danos ao 
termopar durante o transporte da U.C. 
 
 
32 
 
 
Figura 9: Protótipo do protetor de termopar tipo S. 
Fonte: Próprio autor. 
 
O referido protetor de termopar será de ferro fundido nodular, instalado apenas para 
proteger os termopares das extremidades da U.C, pois esses são os vulneráveis a impacto e a 
quebra durante o transporte da Unidade de Combustão. 
O ferro fundido nodular é ideal para a confecção do protetor de termopar porque “é 
utilizado na indústria para a confecção de peças que necessitem de maior resistência ao 
impacto em relação aos ferros fundidos cinzentos, além de maior resistência à tração, 
alongamento e escoamento”. (PASIFER, 2016). 
O Protetor de Termopar tem uma áreade 0,88 m
2
, pesará aproximadamente 19,54 kg 
sem levar em consideração as chapas de ferro fundido nodular, trincos e dobradiças que irão 
sustentar o protetor de termopar da U.C. 
Para calcular o peso, foi aplicada a fórmula: 
Peso do objeto = P . E. A 
Peso do objeto = 7,40. 3 . 0,88 
Peso do objeto = 19,54 kg 
Para calcular a área foi feito os seguintes cálculos: 
Área base = b.h 
Área base = 48.20 
Área base = 960 cm
2 
 
33 
 
Área lateral = 3. Área da base 
Área lateral = 3.20.130 
Área lateral = 7800 cm
2 
 
Área total = Área da base + Área lateral 
Área total = 960 + 7800 
Área total = 8670 cm
2 
 Para calcular o peso das duas chapas que vão sustentar o protetor de termopar na U.C 
foi feito os seguintes cálculos: 
Área das chapas = 2. b. h 
Área das chapas = 2.10.130 
Área das chapas = 2600 cm
2
 = 0,26 m
2
 
 
Peso de uma chapa = P . E. A 
Peso de uma chapa = 7,40.3.0,13 
Peso de uma chapa = 2,89 kg 
 
Legenda: b: base; h: Altura; P: Peso específico do ferro fundido (kg/dcm
3
) de acordo com 
(FRAGA, 2014); A: Área. 
Cada unidade terá um custo por unidade de R$ 175,86, de modo que levou em 
consideração que o ferro fundido nodular custa 9 reais/kg, de acordo com (SANTA FÉ 
INDÚSTRA E COM. LTDA, 2019). 
Quando as FAC I e FAC II estão operando 100% há 10 fogos funcionando, sendo que 
cada fogo tem 3 U.C’s, totalizando 30 U.C’s nas duas FAC’s , cada U.C terá dois protetores 
de termopares. Diante dessa conjuntura, será preciso confeccionar 60 unidades do protetor de 
termopar. Cada chapa que vai sustentar o protetor de termopar terá o custo de R$ 26,01. 
Sendo que o custo total dos protetores de termopar e chapas, sem levar em consideração a 
mão de obra, insumos como energia elétrica, questão logística será de R$ 22 194,00. 
O protetor de termopar tipo S será instalado apenas para proteger os termopares das 
extremidades da U.C, pois esses são os vulneráveis a impacto e a quebra durante o transporte 
da Unidade de Combustão. 
O ferro fundido nodular é ideal para a confecção do protetor de termopar porque “é 
utilizado na indústria para a confecção de peças que necessitem de maior resistência ao 
impacto em relação aos ferros fundidos cinzentos, além de maior resistência à tração, 
34 
 
alongamento e escoamento”. (PASIFER, 2016). Esse material é de longa duração, sendo 
assim, um protetor de termopar constituído por esse não teria a necessidade de ser trocado 
constantemente, somente seria trocado em caso que estivesse com dano significativo, além 
disso, esse material pode ser reaproveitado e facilmente sofrer manutenções. 
 
4.2 SOBRE O GESTOR DA ÁREA. 
 
 Roberval Aguiar Nascimento é supervisor de manutenção das FAC’s, sua principal 
função é cuidar do planejamento e do controle da manutenção. O gestor é técnico em 
mecânica e MBA em gestão empresarial. 
 
4.3 A QUEBRA DE TERMOPARES. 
 
 De acordo com Nascimento (2020) as principais causas da quebra de termopares tipo 
S, podem ressaltar: a falta de atenção do operador no manuseio do termopar; durante o avanço 
de fogo ao avançar a unidade de combustão; forno com empeno gerando restrição da entrada 
do termopar na câmara; ataque químico do enxofre no material do termopar gerando micro 
trincas, posteriormente, tricas mais severas. 
 Diante desses motivos, pode-se ver que há quebra de termopares que podem ser 
evitadas, no caso da quebra de termopar que ocorre durante o avanço de fogo ao avançar a 
unidade de combustão. Isso ocorre devido a fatores como: falha do operador de ponte rolante 
ao controlar o balanço da carga, e também isso pode ocorrer por falha de equipamento. 
 “O prejuízo anual com termopares tipo S fica em torno de R$ 250.000,000 a R$ 
300.000,00”. (NASCIMENTO, 2020). Parte desse prejuízo ocorre durante o avanço de fogo, 
especificamente no transporte da UC, sendo que a quebra de termopares tipo S causada por 
esse motivo pode ser evitada. 
Em síntese, a tabela abaixo mostra os custos de reparo ou troca de termopares tipo S 
da forma tradicional versus o custo descrito com projeto proposto no presente trabalho. 
 
 
 
 
 
 
35 
 
Custo anual de reparo ou troca de 
termopares tipo S de forma tradicional. 
Custo descrito pelo projeto proposto. 
De R$ 250.000,000 a R$ 300.000,00. Estima-se que custará a empresa R$ 22 
194,00 para produzir um lote de 60 unidades 
de protetores de termopar tipo S, isso será o 
suficiente para evitar em aproximadamente 
100% a quebra de termopares durante o 
avanço de fogo, assim economizando uma 
grande porcentagem do dinheiro gasto com 
os prejuízos relacionados à situação acima. 
 
Tabela 1 - Custos de reparo ou troca de termopares tipo S da forma tradicional versus o custo 
descrito com projeto proposto. 
Fonte: Próprio autor. 
 
 Segundo Nascimento (2020), um equipamento para evitar a quebra de termopares tipo 
S é viável, pela questão do custo dos mesmos, como dito anteriormente, esse custo é muito 
alto. Além do custo vem à questão de manter a estabilidade do processo. Quando quebra 
termopares tipo S que não têm reposição de imediato se trabalha com o processo de 
cozimento sem medir a temperatura naquela câmera onde está faltando o termopar, e isso gera 
um descontrole do processo. 
 Vê-se assim que os termopares tipo S são fundamentais para o andamento estável do 
processo de cozimento de anodo, e esse processo se não for devidamente controlado há sérios 
riscos de haver uma parada na produção e isso causa diversos transtornos para o processo, 
para a produção, podendo até mesmo trazer grandes transtornos financeiros para a empresa. 
 Dentro da ALBRÁS é possível fabricar um equipamento para proteger o termopar, 
mas isso só é possível se haver um projeto desse equipamento, e se a ideia for viável, pois a 
empresa possui uma caldeiraria, uma oficina de usinagem que pode fabricar esse 
equipamento. A manutenção do equipamento para proteger o termopar pode ser feita dentro 
da ALBRÁS e não acarretaria em grandes custos para a empresa. (NASCIMENTO, 2020). 
 Diante da afirmação acima a empresa pode fabricar um equipamento para proteger o 
termopar tipo S e também fazer a manutenção do mesmo, o que acarretaria em redução de 
custos para a empresa quando se refere à logística e ao pagamento a outras empresas para 
fazer esse serviço. 
 Na opinião de Nascimento (2020), o que contribui para diminuir a quebra de 
termopares seria: manter o forno sem o empeno das câmaras, o cuidado dos trabalhadores 
36 
 
durante o manuseio dos termopares tipo “S”, e também desenvolver nova matéria-prima que 
fosse mais resistente ao ataque químico do enxofre. 
 Essa afirmação nos faz entender que há outras maneiras de evitar a quebra de 
termopares tipo S, mas um equipamento para evitar a quebra de termopares é bastante viável, 
pois o termopar pode se quebrar devido à falha humana, e também, atualmente, a superfície 
externa dos termopares ainda não é feita de matéria-prima resistente a impactos físicos e 
ataques químicos, então um equipamento para evitar a quebra de termopares durante o avanço 
de fogo é fundamental para evitar a quebra dos mesmos na ocasião da referida tarefa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
CONCLUSÃO. 
 
 Ao concluir esse trabalho pude verificar que a inovação e a melhoria contínua devem 
fazer parte do cotidiano de organizações que desejam manter-se competitivas no mercado, e 
também das que desejam diminuir prejuízos financeiros. 
Respondendo a questão que norteia a pesquisa: Qual a importância da inovação para 
as gestões financeira e de produção nas FAC’s da ALBRAS? Pode-se dizer que a inovação é 
importante para a gestão financeira e de produção da referida área da empresa porque essa 
vem a possibilitar o desenvolvimento de novos mecanismos que auxiliam na amenização dos 
prejuízos relativos a danos materiais causados por falha humana ou por falha de equipamento, 
que no casoda pesquisa é a quebra de termopares tipo S durante o transporte de UC. 
Diante da análise dessas análises e do objetivo geral da pesquisa apresentado no 
primeiro capítulo do trabalho, fica claro que a implementação do protetor de termopar tipo S 
(uma ideia inovadora) é viável para a gestão de produção e financeira da ALBRAS, pois o 
projeto não exige alto custo de implementação, não exige mudanças na operação da ponte 
rolante, apenas pequenas mudanças na tarefa do avanço de fogo, além de ter um alto potencial 
de redução de custos. 
Através da entrevista estruturada com o gestor da área, pode-se concluir que 
implementação do projeto do protetor de termopar tipo S é viável por: ter um custo baixo; 
baixar significativamente o risco de quebra de termopares durante o transporte da UC; a 
ALBRAS pode fabricar e fazer a manutenção do equipamento, o que vem a cortar 
significativamente o custo com logística e com a contratação de serviços de outras empresas. 
 Diante dos resultados da pesquisa, pôde-se verificar que as fábricas e anodo cozido da 
ALBRAS possuem potencial alto de melhorias que vem a impactar positivamente nos custos 
de produção, na qualidade do processo e das tarefas. Cabe aos gestores da empresa aprovar o 
projeto de desfrutarem de seus benefícios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
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APÊNDICE. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
APÊNDICE A – ENTREVISTA ESTRUTURADA COM O GESTOR DA FÁBRICA DE 
ANODO COZIDO. 
 
1. Qual o seu cargo? Qual as suas principais funções? 
2. Qual sua formação em relação ao cargo que exerce na empresa? 
3. Explique de maneira suscinta como o corre o processo de cozimento de anodo. 
4. Qual as principais causas da quebra de termopares tipo “S”? 
5. Qual o prejuízo anual da empresa com a quebra de termopares tipo “S”? 
6. Na sua opinião, um equipamento para evitar a quebra de termopar tipo “S” é viável 
para a empresa adquirir? Por quê? 
7. O protetor de termopar tipo “S” pode ser fabricado dentro da ALBRAS? 
8. A manutenção do protetor de termopar acarretaria altos custos? Essa pode ser feita 
dentro da ALBRAS? 
9. Na sua opinião, há outras soluções para evitar a quebra de termopares tipo “S”?

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