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DESCRIÇÃO Projeto e funcionamento dos principais tipos de latches e flip-flops. PROPÓSITO Compreender o funcionamento de latches e flip-flops que são as células básicas utilizadas nos circuitos sequenciais, sendo amplamente empregados em sistemas digitais, tal qual computadores, celulares, entre outros. OBJETIVOS MÓDULO 1 Descrever o funcionamento dos Latches SR e D MÓDULO 2 Descrever o funcionamento dos flip-flops D, SR, JK e T INTRODUÇÃO Os circuitos em Eletrônica Digital são divididos em dois grupos principais: circuitos combinacionais As saídas dependem apenas do estado atual das entradas. circuitos sequenciais As saídas são determinadas pelos estados atual e passados das entradas. Por isso, dizemos que os circuitos sequenciais possuem memória, são capazes de guardar informação. EXEMPLO Na TV, quando você seleciona o botão “Ch +” para mudar de canal, a resposta (canal de destino) depende do estado atual (canal atual). Assim, ela precisa saber o canal atual (estado corrente) para saber para qual canal deve ir (estado futuro). Neste tema, vamos estudar os principais tipos latches e flip-flops, as células básicas para a construção de circuitos sequenciais — como contadores e registradores — que são amplamente empregados em sistemas digitais, como os microcontroladores e computadores. FLIP FLOPS MÓDULO 1 Descrever o funcionamento dos Latches SR e D LATCH SR Memória é a característica que define os circuitos sequenciais, mas, como vimos, as portas lógicas são circuitos combinacionais, isto é, suas saídas dependem apenas do estado atual das suas entradas. Logo, para criar um circuito sequencial, precisamos de que as saídas sejam realimentadas de forma que atuem também como entradas. A seguir, temos o esquema de um latch SR em que foi destacado a realimentação: Figura 1 - Latch SR com a realimentação destacada em verde | Fonte: autor Para analisar o funcionamento do Latch SR, vamos verificar a sua resposta à seguinte sequência de entradas: Tempo S R t1 0 1 t2 0 0 t3 1 0 t4 0 0 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Tabela 1 - Sequência de entradas | Fonte: autor No instante t1 temos: A = R + B = 1 + B = 1 = 0. Note que isso independe do estado de B. B = S + A = 0 + A. Como vimos que A = 0, então B = 1 Assim, em t1 : No instante t2 temos: A=R+B=0+B¯, como B=1 ao final de t1: A=0+1=0: B=S+A=0+A, como A=0 ao final de t1: B=0+0¯=1: Assim, em t2: A=0 e B=1 No instante t3 temos: A=R+B=0+B, como B=1 ao final de t1: A=0+1¯=0: B=S+A¯=1+A¯=1¯, logo B=0 DICA Repare que utilizamos B = 1 e, em seguida, concluímos que B = 0! Isso indica que o estado de A calculado no 1º passo pode ser um estado instável, ou seja, que mesmo sem alterações na entrada, esse estado mudará espontaneamente. Recalculando o estado de A, como o novo estado de B: A=R+B¯=0+0¯, A=1 ATENÇÃO Note que, como o cálculo de B no instante t3 independe de A, esse estado é estável. Assim, no instante t3 temos: A = 1 e B = 0. No instante t4 temos: A=R+B¯=0+B¯, como B=0 ao final de t1: A=0+0¯=1: B=S+A¯=0+A¯, como A=1 ao final de t1: B=0+1¯=0: Essa sequência de sinais no latch pode ser observada na figura abaixo: Figura 2 - Resposta do Latch SR à sequência de entradas | Fonte: autor E a tabela da resposta do circuito a essa sequência de entradas é: Tempo S R A B t1 0 1 0 1 t2 0 0 0 1 t3 1 0 1 0 t4 0 0 1 0 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Tabela 2 – Resposta do latch SR à sequência de entradas | Fonte: autor ATENÇÃO Note que, nos tempos t2 e t4, o mesmo sinal de entrada produz diferentes saídas. Essa é a manifestação da memória do circuito. Observe também que nos casos testados, temos A=B¯, o que deu origem à denominação clássica das saídas do Latch SR:Q e Q.¯ A representação clássica do latch SR é: Figura 3 - Latch SR | Fonte: autor Porém, note que, se SR = 11: Q=R+Q¯¯=1+Q¯¯=1¯, logo Q=0 Q¯=S+Q¯=1+Q¯=1¯, logo Q¯=0 Apesar de denominarmos as saídas de Q e Q¯, elas não são sempre complementares. Todavia, a entrada SR=11 é “proibida” para o latch SR, e o comportamento a essa entrada não é especificado, dependendo da implementação do latch SR. EXEMPLO O latch SR pode ser implementado utilizando portas NOT e NAND, conforme a Figura 4. Nesse caso, se SR=11, temos Q=Q¯=1. Figura 4 - Latch SR implementado com portas NOT e NAND | Fonte: autor Com essas informações, podemos montar a tabela característica, que é a tabela que resume a operação do dispositivo. A tabela característica pode ser escrita de diferentes formas, como em função da transição entre o estado atual (Qn) e o próximo estado (Qn+1): S R Qn→Qn+1 Ação 0 0 0→01→1 hold 0 1 0→01→0 reset 1 0 0→11→1 set 1 1 0→X1→X proibido Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Tabela 3 - Tabela característica do latch SR em função da transição de estados | Fonte: autor A tabela característica pode ser reescrita introduzindo a variável do estado atual (Qn) na tabela: S R Qn+1 Ação 0 0 Qn hold 0 1 0 reset 1 0 1 set 1 1 X proibido Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Tabela 4 - Tabela característica do latch SR em função do estado atual | Fonte: autor ATENÇÃO A designação desse latch “SR” é originada das funções dos seus pinos de entrada: Set (S) e Reset (R). Esse dispositivo também é chamado de célula binária e flip-flop RS básico. Podemos incluir uma entrada habilitadora (Enable) no latch SR. Quando o Enable estiver ativo, o circuito deve se comportar como um latch normalmente. Caso contrário, ele deve manter o estado atual (hold) independente das entradas. Para implementar a entrada habilitadora, podemos utilizar portas NAND de forma que caso o Enable seja 0 (En = 0), as entradas SR são “anuladas” (circuito deve-se comportar da mesma forma que quando SR = 00), e assim efetuar o hold. A seguir, temos o esquema do latch SR com entrada habilitadora baseado no circuito da Figura 4. Figura 5 - Latch SR com Enable | Fonte: autor DICA Note que, se En = 0, então o circuito se comportará como se as entradas R e S fossem 0 independente dos seus estados reais. A tabela característica do latch SR com entrada habilitadora é: En S R Qn+1 Ação 0 X X Qn hold 1 0 0 Qn hold 1 0 1 0 reset 1 1 0 1 set 1 1 1 X proibido Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Tabela 5 - Tabela característica do latch SR com Enable | Fonte: autor E a representação do latch SR com e sem a entrada habilitadora são: Figura 6 - Representação do latch SR sem e com entrada de habilitação | Fonte: autor O FUNCIONAMENTO DO LATCH SR Entenda melhor como funciona o Latch SR no vídeo a seguir: LATCH D O latch D é utilizado para armazenar variáveis booleanas. SAIBA MAIS O nome desse dispositivo se origina de data (dados, em inglês), já que armazenar informação (dados) é a sua principal aplicação. O latch D tem apenas uma entrada de dados, D, e uma entrada habilitadora, (En), quando a entrada habilitadora está ativa, a saída copia a entrada (load). Caso contrário, a saída se mantém com o estado atual (hold). DICA Para implementar o latch D, podemos utilizar o latch RS como base, basta unir as entradas com um inversor O esquema do latch D, a simbologia e sua tabela característica são: Figura 7- Latch D | Fonte: autor Figura 8 - Representação do latch D | Fonte: autor En Qn+1 Ação 0 Qn hold 1 D load Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Tabela 6 - Tabela característica latch D | Fonte: autor EXEMPLO: Determine a saída Q quando aplicado o seguinte sinal a um latch D, com Enable ativado em nível alto. RESOLUÇÃO Quando En = 0 a saída não se altera, quando En = 1, Q = D. Na figura abaixo, primeiro identificamos as regiões em que a saída não pode ser alterada (regiões sombreadas), a seguir, bastacopiar a entrada D nos demais momentos: Formação de uma treliça simples a partir do elemento básico ABC / Fonte: Autor VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. DADO QUE O ESTADO ATUAL DE UM LATCH SR É 0, QUAL DEVE SER A ENTRADA PARA QUE QN→QN+1 SEJA 0→0: A) SR=11 B) SR=10 C) SR=1X D) SR=X1 E) SR=0X 2. UM LATCH SR POSSUI ENTRADA HABILITADORA QUE FICA ATIVA EM NÍVEL ALTO. QUAL A SAÍDA Q DESSE LATCH NOS INSTANTES T2, T5 E T8, RESPECTIVAMENTE: TEMPO S R EN T1 0 1 0 T2 0 1 1 T3 1 0 1 T4 1 0 0 T5 0 1 0 T6 0 0 0 T7 0 1 1 T8 0 0 1 ATENÇÃO! PARA VISUALIZAÇÃO COMPLETA DA TABELA UTILIZE A ROLAGEM HORIZONTAL A) 0, 0 e 0 B) 0, 1 e 0 C) 0, 1 e 1 D) 1, 0 e 0 E) 1, 1 e 1 GABARITO 1. Dado que o estado atual de um latch SR é 0, qual deve ser a entrada para que Qn→Qn+1 seja 0→0: A alternativa "E " está correta. Para que Qn→Qn+1 seja 0→0, podemos realizar uma operação de hold ou reset, assim: Qn→Qn+1 S R Ação 0→0 0 0 hold 0 1 reset Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Logo, a entrada SR deve ter S = 0 e R pode ser tanto 0 quanto 1. Portanto, para que Qn→Qn+1 seja 0→0 devemos ter SR = 0X. 2. Um latch SR possui entrada habilitadora que fica ativa em nível alto. Qual a saída Q desse latch nos instantes t2, t5 e t8, respectivamente: Tempo S R En t1 0 1 0 t2 0 1 1 t3 1 0 1 t4 1 0 0 t5 0 1 0 t6 0 0 0 t7 0 1 1 t8 0 0 1 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal A alternativa "B " está correta. Em t2, a entrada habilitadora está ativada e SR = 01 (reset), logo Q = 0. Em t5, a entrada habilitadora está desativada, a última vez que ela esteve ativa antes de t5 foi em t3. Em t3, SR = 10 (set), assim, Q = 1. Como de t3 a t5 a saída não pode mudar (En = 0), em t5 temos Q = 1. Em t8, a entrada habilitadora está ativada e SR = 00 (hold), olhamos para t7 (En = 1, SR = 01), logo Q = 0. Assim, a sequência pedida é 0, 1 e 0. MÓDULO 2 Descrever o funcionamento dos flip-flops D, SR, JK e T RELEMBRANDO No módulo anterior, vimos que os latches podem mudar de estado a qualquer momento, desde que a entrada habilitadora (se houver) esteja ativada, o que dependendo do dispositivo pode ser em nível alto ou baixo. Chamamos esse tipo de circuito de acionado por nível. Neles, desde que a entrada habilitadora esteja ativada, a saída pode mudar a qualquer momento de acordo com as entradas. Agora estudaremos circuitos em que a saída só pode mudar em momentos bastante específicos. Nos flip-flops, a saída só pode ser alterada quando o sinal de relógio (clock) faz uma transição, podendo ser de subida (do nível baixo para nível alto, 0→1) ou descida (1→0) dependendo do flip-flop. FLIP-FLOP D O flip-flop D pode ser construído com dois latches D ligados na configuração Mestre-Escravo, conforme o esquema a seguir: Figura 9 – Flip-flop D | Fonte: autor Nessa configuração, o latch D à esquerda é dito mestre, pois ele controla a entrada do latch escravo (à direita). Agora vamos analisar o funcionamento desse circuito em um ciclo do sinal , conhecido como relógio (clock): clock em nível baixo Quando o clock está em nível baixo, o latch mestre está ativo e QM é igual à entrada D do circuito. Nessa situação, o latch escravo está desativado e a saída do circuito não é modificada. clock em nível alto Quando o clock realiza a transição para o nível alto, o latch mestre é desativado e QM fica em hold. Por sua vez, o latch escravo é habilitado e sua saída copia o estado de QM. Dessa forma, a cada ciclo do clock o estado da saída só pode ser modificado uma vez, quando ocorre a transição do sinal do clock do nível baixo para o nível alto (bordo de subida). Observe o diagrama de sinais do flip-flop D abaixo: Figura 10 - Diagrama de sinais de um flip-flop D | Fonte: autor A área hachurada, no início, indica que não temos como saber o estado inicial do flip-flop. DICA Observe que a cada bordo de subida do relógio copia o sinal D, ou seja, o que interessa ao flip- flop é o estado da entrada no momento do bordo de subida do relógio. É muito comum adicionar aos flip-flops as entradas de preset e clear, que são sinais assíncronos, o que significa que eles podem modificar a saída independentemente do sinal do relógio. clear Quando a entrada de clear é ativada, ela faz o sinal da saída ir para o nível lógico baixo, Q = 0. preset O preset faz justamente o oposto, ao ser ativada, força a saída a ir para o nível lógico alto, Q = 1. Os sinais de Clear e Preset podem ser utilizados em todos os flip-flops que veremos neste módulo. Usualmente, as entradas de preset e clear são ativadas com o nível lógico baixo, conforme indicado na representação do flip-flop D: Figura 11 - Representação do flip-flop D com e sem preset e clear | Fonte: autor Na representação de flip-flops, utilizamos esse triângulo na entrada do relógio, tal marcação indica que essa porta do dispositivo é sensível a bordo e não ao nível do sinal. DICA Buscar esse sinal é uma maneira efetiva de identificar se o dispositivo é um latch ou um flip-flop. Os flip-flops podem ser atualizados no bordo subida ou no de descida. Para representar uma entrada de relógio sensível ao bordo de descida, utilizamos similar à de quando o sinal é ativado em nível baixo: Figura 12 - Sinal ativado a) no bordo de subida b) no bordo de descida | Fonte: autor Podemos montar a seguinte tabela característica para um flip-flop D com a entrada de clock ativada no bordo de subida: Tabela 7 - Tabela característica do flip-flop D | Fonte: autor Como a atuação das entradas de preset, clear e clock são independentes do tipo do flip-flop utilizado, é comum que elas sejam omitidas da tabela característica. ATENÇÃO Sempre que a tabela se refere a um flip-flop, é subentendido que a transição para o estado previsto na coluna Qn+1 só ocorre no bordo apropriado do sinal do relógio. FLIP-FLOP SR O flip-flop SR pode ser montado utilizando dois latches SR na configuração Mestre-Escravo de forma similar ao que foi feito para o latch D (figura 13). Figura 13 - Flip-flop SR | Fonte: autor Note que, se a entrada no latch SR mestre no momento do bordo de subida for SR = 10 ou 01, então QMQM¯ reproduzirá o sinal de entrada para o latch escravo, fazendo o set ou o clear. Caso SR = 00, então QMQM¯ manterá o último comando realizado, seja ele de set ou clear. O circuito manterá o último estado realizado, ou seja, o flip-flop realizará o hold. Como o caso SR = 11 é uma indeterminação para o latch SR, essa entrada continua sendo “proibida” para o flip-flop SR. O símbolo do flip-flop SR e a sua tabela característica resumida são: Figura 14 - Representação do flip-flop SR | Fonte: autor S R Qn+1 Ação 0 0 Qn hold 0 1 0 reset 1 0 1 set 1 1 X proibido Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Tabela 8 - Tabela característica resumida do flip-flop SR | Fonte: autor FLIP-FLOP JK RELEMBRANDO O flip-flop SR possui uma combinação de entrada não utilizada (SR = 11). O flip-flop JK é baseado no flip-flop SR, tendo a mesma resposta para todas as combinações válidas para o flip-flop SR e, quando as duas entradas estão em nível alto, ele inverte a saída, o que é chamado de toggle. O flip-flop JK pode ser obtido a partir do flip-flop SR da seguinte forma: Figura 15 - Flip-flop JK | Fonte: autor Para analisar o comportamento do circuito proposto na Figura 15, montaremos a tabela verdade. Por clareza, vamos omitir o sinal do relógio; lembre-se de que as transições na saída do flip-flop da figura só ocorrem no bordo de subida do relógio. Também consideraremos que Q e Q¯ são sempre opostos, como em todos os casos válidos do flip-flop SR. J K Qn Qn S=J . Qn R=K . Qn Qn→Qn+1 0 0 0 1 0 0 0→0 0 0 1 0 0 0 1→1 0 1 0 1 0 0 0→0 0 1 1 0 0 1 1→0 1 0 0 1 1 0 0→1 1 0 1 0 0 0 1→1 1 1 0 1 1 0 0→1 1 1 1 0 0 1 1→0 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Tabela 9 - Tabela verdade flip-flop JK | Fonte: autor Escrevendo a tabela verdade em função do estado atual (Qn): J K Qn+1 Ação 0 0 Qn hold 0 1 0 clear 1 0 1 set 1 1 Qn toggle Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Tabela 10 - Tabela verdade flip-flop JK em função do estado atual | Fonte: autor A simbologia utilizada para representar o flip-flop JK é: Figura 16 - Simbologia do flip-flop JK com e sem preset e clear | Fonte: autor EXEMPLO Determine quais devem ser as entradas para que o flip-flop JK execute as seguintes transições: Qn→Qn+1 0→0 0→1 1→0 1→1 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal RESOLUÇÃO 0→0: ações possíveis hold (JK = 00) ou clear (JK = 01), logo JK = 0X 0→1: ações possíveis set (JK = 10) ou toggle (JK = 11), logo JK = 1X 1→0: ações possíveis clear (JK = 01) ou toggle (JK = 11), logo JK = X1 1→1: ações possíveis hold (JK = 00) ou set (JK = 10), logo JK = X0 Logo: Qn→Qn+1 J K 0→0 0 X 0→1 1 X 1→0 X 1 1→1 X 0 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Essa tabela é chamada de tabela de excitação. O FUNCIONAMENTO DO FLIP-FLOP JK Veja a explicação sobre o funcionamento do Latch SR no vídeo a seguir: FLIP-FLOP T O flip-flop T possui apenas uma entrada e, se ela estiver ativa ao ocorrer a transição adequada do relógio, a saída inverte seu estado (toggle, por isso que esse flip-flop é identificado pela letra “T”). ATENÇÃO Se a entrada estiver desativada, o circuito mantém o estado atual (hold). Para implementar o flip-flop T podemos utilizar um flip-flop JK com suas entradas em curto: Figura 17 - Flip-flop T | Fonte: autor Repare que se T = 1, então JK = 11 e o circuito faz um toggle (Qn+1=Qn¯). Se T = 0, JK = 00 e o circuito faz um hold (Qn+1=Qn). A simbologia utilizada para representar o flip-flop T é: Figura 18 - Representação do flip-flop T | Fonte: autor VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. PARA FAZER UM FLIP-FLOP D A PARTIR DE UM FLIP-FLOP JK, QUAL DEVE SER A FUNÇÃO BOOLEANA DAS ENTRADAS J E K: A) J=D .Q e K=0 B) J=D.Q e K=D.Q¯ C) J=D e K=D¯ D) J=D¯ e K=D E) J=D e K=0 2. UM FLIP-FLOP T POSSUI ENTRADAS DE PRESET E CLEAR ATIVADAS EM NÍVEL BAIXO E ENTRADA DE CLOCK SENSÍVEL A BORDO DE SUBIDA. DADO QUE O BORDO DE SUBIDA OCORRE NOS INSTANTES ESPECIFICADOS NA TABELA ABAIXO, QUAL O VALOR DE Q DESSE FLIP- FLOP IMEDIATAMENTE APÓS OS INSTANTES T2, T4 E T5 RESPECTIVAMENTE: TEMPO T PRESET CLEAR T1 1 1 1 T2 0 0 1 T3 1 1 1 T4 1 1 0 T5 1 1 1 ATENÇÃO! PARA VISUALIZAÇÃO COMPLETA DA TABELA UTILIZE A ROLAGEM HORIZONTAL A) 010 B) 111 C) 101 D) 110 E) 001 GABARITO 1. Para fazer um flip-flop D a partir de um flip-flop JK, qual deve ser a função booleana das entradas J e K: A alternativa "C " está correta. Se D=1, a saída deve ser 1 independente do estado atual, ou seja, deve ser feito um set (JK=10). Se D=0, a saída deve ser 0 independente do estado atual, ou seja, deve ser feito um clear (JK=01). Logo, podemos fazer: J=D e K=D¯ 2. Um flip-flop T possui entradas de preset e clear ativadas em nível baixo e entrada de clock sensível a bordo de subida. Dado que o bordo de subida ocorre nos instantes especificados na tabela abaixo, qual o valor de Q desse flip-flop imediatamente após os instantes t2, t4 e t5 respectivamente: Tempo T preset Clear t1 1 1 1 t2 0 0 1 t3 1 1 1 t4 1 1 0 t5 1 1 1 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal A alternativa "C " está correta. No instante t2, o preset está ativado, logo Q = 1; No instante t4, o clear está ativado, logo Q = 0; No instante t5, o preset e o clear estão desativados e T = 1, logo, o Q será invertido em relação a saída após o instante t4, logo Q = 1. Então, a sequência pedida é 101. CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste tema, aprendemos sobre os principais tipos de latches e flip-flops, os blocos fundamentais que serão utilizados para construir os circuitos sequenciais mais complexos. Saber diferenciar dispositivos acionados por nível e por bordo, e as tabelas características de cada um dos tipos de latches e flip-flops é fundamental para avançar nos seus estudos sobre a Eletrônica Digital. Tente associar o nome dos dispositivos às suas funções para facilitar a memorização. AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS CAPUANO, F. G. Sistemas digitais: circuitos combinacionais e sequenciais. 1 ed. Érica, 2014. MENDONÇA, A.; ZELENOVSKY, R. Eletrônica Digital: Curso Prático e Exercícios, 2 ed. MZ Editora, 2007. EXPLORE+ Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, leia: Seção 6.5 do livro Eletrônica Digital 2 ed, Editora: Mz, 2007, de Alexandre Mendonça e Ricardo Zelenovsky. O retardo e suas implicações. CONTEUDISTA Felipe Gonçalves Serrenho CURRÍCULO LATTES javascript:void(0);
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