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Distúrbios afetivos Grupo de condições mentais caracterizadas fundamentalmente por alterações de humor. Podem ser distúrbios depressivos e distúrbios bipolares. Distúrbios bipolares Intercala fases de depressão profunda e mania. • Mania ➢ Grandiosidade; ➢ Pouca necessidade de sono; ➢ Compulsão para falar demais e mentir; ➢ Fuga de ideias e pouca concentração; ➢ Agitação psicomotora; ➢ Envolvimento excessivo em atividades prazerosas. Distúrbios depressivos Podem ser classificados em episódios depressivos, depressão sazonal, depressão pós-parto, depressão psicótica, depressão maior e distimia (depressão leve). • Sintomas gerais: ➢ Anedonia – Desprazer na atividade cotidiana; ➢ Problemas psicomotores; ➢ Fadiga excessiva; ➢ Culpa excessiva; ➢ Baixa estima e alteração da libido; ➢ Alteração de peso; ➢ Distúrbios do sono; ➢ Estado deprimido. • Depressão maior É o quadro depressivo mais grave, com sintomas intensos e duração maior do que 6 meses, comprometendo todas as atividades do indivíduo. Atinge cerca de 6% da população, com maior incidência em mulheres após os 30 anos. A depressão maior é desencadeada por mudanças químicas no funcionamento do cérebro. Os sintomas são intensos e com alto grau de recorrência, comumente há tentativa de suicídio. Tratamento farmacológico da depressão ➢ Surgimento Doença psiquiátrica – Distúrbio neuroquímico; Alterações endócrinas – Hipercortisolismo (aumento do cortisol); Acidente vascular encefálico (AVE), doenças neurodegenerativas (principalmente o Parkinson), estresse crônico, drogas de abuso, alcoolismo; Abuso de fármacos – Corticoides, benzodiazepínicos, barbitúricos. ➢ Critérios de diagnóstico: Sintomas fundamentais: ❖ Humor deprimido; ❖ Perda de interesse; ❖ Fatigabilidade; Sintomas acessórios: ❖ Concentração e atenção reduzidas; ❖ Autoestima e confiança reduzidos; ❖ Ideias de culpa e inutilidade; ❖ Visões desoladas e pessimistas do futuro; ❖ Sono perturbado; ❖ Apetite alterado; Episódio leve – 2 fundamentais e 2 acessórios; Episódio moderado – 2 fundamentais e 3 a 4 sintomas acessórios; Episódio grave – 3 fundamentais e mais de 4 acessórios. • Distimia Normalmente são considerados pessimistas, negativos, mal-humorados e irritados, pode se estender por anos. Substrato neural da depressão Ocorre alterações no sistema de neurotransmissores, dentre eles a serotonina, noradrenalina e dopamina, e algumas alterações bioquímicas. Neurônio pré-sináptico Pode ocorrer uma baixa de oferta de aminoácidos provenientes da dieta, como triptofano e tirosina, que atuam como matéria prima na produção de neurotransmissores, como a serotonina e noradrenalina, respectivamente. Podem existir mutações nas enzimas chaves do sistema de síntese de neurotransmissores. Essas enzimas podem ser: tirosina hidroxilase e triptofano hidroxilase, que participam de etapas de conversão do triptofano em serotonina e da tirosina em noradrenalina. Se houver uma queda na atividade enzimática, há uma queda na produção dos neurotransmissores. Além disso, pode ocorrer aumento da atividade de enzimas que metabolizam os neurotransmissores. Tais enzimas fazem parte do grupo das monoaminoxidases, que podem sofrer uma autoativação que leva à uma degradação excessiva dos neurotransmissores. Pode ocorrer também aumento da taxa de recaptação dos neurotransmissores, o que acelera a sua remoção da fenda sináptica, levando a uma diminuição do tempo de sua oferta e ativação dos receptores. Podem ocorrer alterações na funcionalidade de autoreceptores, são eles: 5- HT1B, 5-HT1A e α2-adrenérgico. Neurônio pós-sináptico Alteração dos receptores pós-sinápticos e nas vias de transdução do sinal também influem no quadro depressivo, ao levar a redução da concentração do fator de transcrição CREB. O CREB tem importante atuação na produção da substância BDNF (fator neurotrófico derivado do neurônio), com função de proteção e plasticidade. Desequilíbrio entre receptores de serotonina • Deficiência na neurotransmissão mediada por receptores 5HT1A; • Excesso na neurotransmissão mediada por receptores 5HT2A/C. Níveis elevados de cortisol causam diminuição da neurotransmissão mediada por receptores 5HT1A na amígdala e no hipocampo. Essas regiões estão associadas à intensidade de respostas aversivas (reação a situações ruins). O receptor 5HT1A está associado à proteína Gi. Quando ativada, a proteína Gi, diminui a produção de AMPc, causando a abertura dos canais de potássio, o que leva a hiperpolarização do neurônio. Na ausência do receptor 5HT1A, os neurônios ficam extremamente hiperpolarizados e, quando há presença, eles ficam inibidos. Dessa forma, quando o receptor não está presente, a amígdala fica muito sensível e todos os estímulos aversivos recebidos provocam uma super-reação. No hipocampo (região responsável pela memória), as memórias aversivas serão recrutadas. O cortisol promove o aumento dos receptores 5HT2A/C, que é acoplado à proteína Gq, promovendo o aumento de cálcio intracelular. Esse processo leva ao aumento da resposta emocional aos estímulos aversivos e irritabilidade. Além disso, o cortisol também aumenta a quantidade de receptores do tipo 5HT2C no circuito de recompensa, causando sensação de desprazer. • Antagonistas 5HT2A/C possuem ação antidepressiva - Agem como antagonistas bloqueadores de receptores de serotonina: ➢ Risperidona – Antipsicótico; ➢ Clozapina – Antipsicótico; ➢ Trazodona – Antidepressivo; ➢ Nefazodona – Atua principalmente como um potente antagonista 5HT2A. Circuito de recompensa O circuito de recompensa é necessário para a manutenção da espécie, uma vez que o prazer experienciado nas atividades de reprodução, alimentação e convivência em grupo, é repetido. O circuito é composto de diferentes regiões presentes no mesencéfalo: área tegmentar ventral, se conecta por inervações sinápticas com o núcleo accumbens, que também se conecta com a região de palio ventral. Para equilibrar o circuito, uma vez que essa ativação leva o indivíduo à sensação de recompensa, existe o córtex pré-frontal, que inervam o núcleo accumbens e causam o bloqueio da sensação. Quando o indivíduo está realizando uma atividade prazerosa, a região de área tegmentar ventral é estimulada, ficando desporalizada e ocorre secreção de dopamina no núcleo accumbens. A dopamina ativa neurônios do núcleo accumbens, por meio de receptores D2 acoplados a proteína Gi. Dessa forma, a atividade elétrica do neurônio fica de maneira hiperpolarizada, bloqueando a atividade e assim não há secreção de GABA no pálio ventral. Essa inibição da secreção é um estímulo de despolarização dos neurônios do pálio ventral, o que leva então a informação de recompensa. Há um gradiente que varia desde a sensação de bem-estar, chegando à alegria e orgasmo, de acordo com a quantidade de dopamina que está sendo liberada. Quando despolarizado, o núcleo accumbens libera GABA no pálio ventral, bloqueando a sensação de recompensa. O córtex pré-frontal leva à secreção de glutamato nos neurônios do núcleo accumbens, ativando receptores do tipo NMDA na membrana dos neurônios locais, causando sua despolarização e secretando GABA no pálio ventral. A área tegmentar ventral recebe inervações de interneurônios inibitórios, que na presença de cortisol aumentam a presença de receptor 5HT2C. Esses receptores estão acoplados à proteína Gq, que quando ativados aumentam o cálcio intracelular, causando um aumento da liberação de GABA na área tegmentar ventral. Assim, a atividade desses neurônios é bloqueada, como consequência há bloqueio do circuito de recompensa. Cortisol e neurodegeneração – Sintomas depressivos Sabe-se que o cortisol é uma substância neurodegenerativa.Entende-se que o estresse reduz a capacidade de comunicação celular, causando falhas de memória, atenção e aprendizagem. Além disso, a quantidade de BDNF nos neurônios sob condição de estresse é reduzida. O estresse, pelo aumento do cortisol, acaba favorecendo a apoptose celular pela redução do BDNF, deixando o neurônio mais vulnerável e suscetível a morte celular. Isso ocorre principalmente no hipocampo e no córtex pré-frontal. Tratamento farmacológico da depressão Por tratar-se de uma síndrome complexa de gravidade variável, o tratamento da depressão baseia-se num grupo diverso de agentes terapêuticos antidepressivos. • Antidepressivos tricíclicos e IMAO – Foram os primeiros agentes antidepressivos a serem utilizado na prática clínica; • Inibidores seletivos da recaptação da 5HT – Dominam o mercado atual para o tratamento da depressão e ansiedade (síndrome do pânico, TOC, agorafobia); • Antidepressivos atípicos. Antidepressivos tricíclicos (ADTs) Estruturalmente relacionados com as fenotiazinas, foram inicialmente produzidas em 1949 como substâncias antipsicóticas em potencial. São divididos em duas categorias: aminas secundárias e aminas terciárias. Aminas secundárias São eles: amoxapina, desipramina, maprotilina (ludiomil), nortriptilina (pamelor) e protriptilina. São seletivos para o transporte de noradrenalina, bloqueando a recaptação do neurotransmissor, aumentando a oferta no espaço extracelular. Aminas terciárias São eles: amitriptilina (amytril), clomipramina (anafranil), doxepina, imipramina (tofranil) e trimipramina. São inibidores da recaptação de noradrenalina e serotonina, aumentando a concentração desses neurotransmissores na fenda sináptica. Efeitos farmacoterapêuticos • Distúrbios do sono são regulados primeiro; • Aspectos do humor e da cognição são restaurados em momento mais tardio; • Efeito antidepressivo aparece de 3 a 8 semanas após o início do tratamento – Devido à dessensibilização dos neurônios pré-sinápticos e a transcrição de genes de BDNF; • Alguns pacientes relatam piora dos sintomas. Como ocorre o fenômeno farmacológico (Também ocorre para IMAO E IRSR – Entra como mecanismo) Toda vez que esses receptores aumentam na fenda sináptica eles podem ativar tanto receptores pós-sinápticos quanto pré-sinápticos. O receptor pré-sináptico causa o bloqueio da liberação de neurotransmissores, funcionando como uma alça de retroalimentação negativa. Estão, geralmente, acoplados com a proteína Gi e aumentam a evasão de potássio, causando hiperpolarização, o que promove fechamento dos canais de cálcio voltagem dependentes. Assim não há secreção por exocitose do neurotransmissor, causando uma diminuição dele. No início do tratamento, a ativação dos autoreceptores inibitórios leva a uma redução na liberação de serotonina e noradrenalina. Entretanto, após alguns dias ou semanas, os autoreceptores sofrem dessensibilização. No início há ativação do receptor acoplado a proteína Gi, que estimula a proteína GRK que fosforila a alça carboxi-terminal dos receptores acoplados a proteína G. Isso promove o aumento da ligação das proteínas arrestinas, que trazem a ligação de proteínas clastrinas. As clastrinas formam uma vesícula que retira o receptor da membrana. Isso causa internalização, dessensibilização e degradação dos receptores. Aumento da transcrição de genes para BDNF (Também ocorre para IMAO e IRSR – Entra como mecanismo) Os receptores pós-sinápticos disparam uma via de sinalização pela proteína Gs ou Gq, ativando o fator de transcrição CREB. O CREB quando ativado por uma das duas vias de sinalização, promove a transcrição de RNA mensageiro que vai promover o aumento da síntese de BDNF. O BDNF promove o aumento da arborização dendrítica e o aumento da inserção de espículas. Isso restaura a conexão com o sistema nervoso central. Reações adversas Estão relacionadas com a estrutura tricíclica do fármaco, o que causa sua menor seletividade e capacidade de se ligar a outros receptores. • Antagonismo adrenérgico (α1) – Queda na pressão sanguínea, tontura e sonolência; • Antagonismo dos receptores de histamina (H1) – Ganho de peso e sonolência; • Ação muscarínica (M1) – Constipação, visão turva, boca seca, sonolência, delírios e alucinações; • Taquicardia e arritmia. Inibidores da MAO (IMAO) São eles: phenelzine (nardil), tranylcypromine, selegilina (niar). Agem na enzima mitocondrial monoaminoxidase, impedindo a degradação de neurotransmissores, como a serotonina, e seus metabólitos, isso faz com que a concentração do neurotransmissor aumente, de forma a aumentar a oferta. Reações adversas • Tremores, excitação, insônio e hiperidrose; • Agitação e comportamento hipomaníaco; • Alucinações, confusão e convulsões (raras); • Neuropatia periférica; • Ganho de peso – Associado com apetite aumentado; • Edema periférico • Ortostase • Lesão hepática – IMAO do tipo hidrazina; • Tontura, vertigem, cefaleia, inibição da ejaculação (disfunção sexual), fraqueza, fadiga, boca seca, visão turva, retenção urinária, rashes cutâneos e constipação. Interações • Alimentos – Tiramina; ➢ A tiramina é uma amina pressora, composto nitrogenado da tirosina, presente em vários alimentos e provoca aumento súbito da pressão arterial, pelo receptor TAAR1. É metabolizada pela enzima MAO. Quando a tiramina não é metabolizada pela MAO, pode causar transporte reverso de noradrenalina e bloquear mais ainda a MAO, gerando um acesso de neurotransmissão adrenérgica. ➢ A tiramina está presente em embutidos e defumados, derivados da fermentação do leite, bebidas alcoólicas fermentadas, chocolate, banana, abacate, berinjela, figo e castanhas. • Fármacos do grupo de inibidores de recaptação de serotonina – Síndrome serotoninérgica. ➢ Causa um aumento exacerbado de receptor na fenda sináptica; ➢ Manejo: Prescrever IMAO somente após passar 5 meias vidas do ISRS. Para iniciar uma prescrição com IMAO • Certifique-se que o paciente entende e segue as restrições alimentares; • Aumento da dose de acordo com a tolerância ortostática; • Não aumenta a dose rapidamente. Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) São eles: citalopram (celexa), escitalopram (lexapro), fluoxetina (prozac), paroxetina (paxil), sertralina (zoloft). Atuam inibindo seletivamente o transportador de serotonina (SERT), impedindo a recaptação do neurotransmissor e aumentando a oferta na fenda sináptica. O melhor receptor a ser ativado é o 5HT1A, que atua no núcleo Rafe e promove os efeitos antidepressivos. Já os 5HT2 promovem sono, disfunção sexual, ansiedade e irritação, enquanto o 5HT3 ativa o centro do vômito. Grau de seletividade • Citalopram – 72,7%; • Paroxetina – 70,7%; • Venlafaxina – 67,3%; • Sertralina – 62,9%; • Fluvoxamina – 62,3%; • Fluoxetina – 57,7%. ISRSs e tricíclicos • Vantagens dos ISRS ➢ Ausência de reações adversas anticolinérgicas; ➢ Menor ou nenhum ganho de peso; ➢ Menor hipotensão ortostática e nenhum efeito sobre a condução cardíaca; ➢ São relativamente seguros na superdosagem. • Desvantagens dos ISRS ➢ Induzir a ansiedade, indisposição gastrointestinal, hipomania, dor de cabeça, disfunção sexual e insônia. Antidepressivos atípicos Bupropiona Usado para bipolaridade e TDAH. Inibe seletivamente a recaptação de dopamina, tendo importante ação no circuito de recompensa. Reduz a síndrome de abstinência relacionada ao tabagismo. Duloxetina Está indicado no tratamento de transtorno depressivo maior, dor neuropática diabética, fibromialgia, estados de dor crônica e transtorno de ansiedade generalizada. Mirtazapina Está indicado no tratamento de estados depressivos, bipolaridade, depressão associada com ansiedade e melancolia. São antagonistasdos receptores α2 adrenérgicos. Selecionando um antidepressivo Segurança Os medicamentos de 2ª geração são mais seguros que os de 1ª geração. Perfil de efeito secundário A 2ª geração tem menos efeitos colaterais sérios. Alertas • Tabagismo – Bupropiona é útil para a cessação do tabagismo, provavelmente devido ao efeito dopaminérgico; • Epilepsia – Bupropiona aumenta o risco de convulsão nesses pacientes, mais que ISRS ou ISRN; • Dor crônica – ISRN e TCA podem ser eficazes na redução da dor crônica, incluindo fibromialgia e neuropatia periférica diabética; • Hipertensão – ISRN são mais propensos a causar aumentos de pressão arterial e frequência cardíaca; • Ansiedade – ISRS e ISRN são efetivos para o tratamento a longo prazo, porém não há efeito imediato, para isso são usados os benzodiazepínicos; • Disfunção sexual – ISRS e ISRN aumentam a incidência de disfunção sexual. Bupropina não compartilha esse efeito colateral, as vezes pode aliviar se for adicionado à terapia; • Peso – ISRS tendem a diminuir o apetite, importante para pacientes obesos e diabéticos. Caso clínico Um estudante de 27 anos de idade, em seu terceiro ano de pós-graduação, procura atendimento médico, apresentando perda de peso de 11 kg nos últimos três meses. Chorando muito, o estudando explica que sofre de sentimentos de extrema inadequação e tristeza e que não tem boa noite de sono a várias semanas. Ele se sente constantemente para “baixo” e “não se importa mais” com seus passatempos favoritos, também manifesta pensamentos ocasionais de suicídio. Ele diz que já se sentiu assim há cerca de um ano, mas o sentimento durou apenas algumas semanas. O médico pergunta sobre qualidade do sono, apetite, nível de energia e disposição, capacidade de concentração, uso de drogas, humor e tentativas de suicídio. O médico explica ao paciente que ele manifesta sintomas de transtorno depressivo maior, provavelmente causado por um desequilíbrio neuroquímico induzido pelo estresse em seu cérebro. O médico prescreve citalopram. Duas semanas depois, o estudante entra em contato com o médico, queixando- se que a medicação não está funcionando e que ele ainda está deprimido. O médico explica que isso é normal, e que a medicação leva de 3 a 8 semanas para alcançar o efeito terapêutico. Após duas semanas adicionais (6 semanas após o início da terapia), o paciente começa a notar que está se sentindo melhor e que o sono e o apetite voltaram. 1. Qual o mecanismo de ação do citalopram? Escitalopram é um antidepressivo que pertence à família dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS). Portanto, seu mecanismo de ação consiste em inibir o transportador de serotonina (SERT) localizado na membrana pré-sináptica de neurônios. Neste sentido, o neurotransmissor serotonina permanece por mais tempo na fenda sináptica, causando a ativação de receptores pré e pós-sinápticos de serotonina, levando a diminuição dos sintomas da depressão. 2. Por que o médico prescreveu um antidepressivo da classe dos ISRS? Tem uma menor/ausência de reações adversas anticolinérgicas, não promove ganho de peso e causam menor hipotensão ortostática e nenhum efeito na condução cardíaca, sendo relativamente seguros caso ocorra superdosagem. 3. Quais efeitos colaterais comuns o médico deve alertar ao paciente? Antidepressivos ISRS podem causar disfunção sexual, tal como perda de libido, anorgasmia e retardo na ejaculação. No TGI podem causar náuseas, diarreia, anorexia, vômitos, flatulência e dispepsia. Dor de cabeça (cefaléia), ansiedade, distúrbios do sono (insônia ou sedação). 4. Por que demorou mais de um mês para a medicação produzir efeito terapêutico? Devido a demora para alterar a expressão de receptores no neurônio pré- sináptico e alterar a transcrição de genes para favorecer a produção de BDNF.
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