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Seminário Interdisciplinar VII

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1 
 
 
Seminário Interdisciplinar VII 
SOCIEDADE DE RISCO: UMA REFLEXÃO SOBRE A MODERNIDADE E A 
TECNOLOGIA 
 
Polo: Alenquer 
Curso: Licenciatura 
Disciplina: Seminário Interdisciplinar VII 
 
 
 
 
 
Curuá-Pará 
2021 
 
2 
Subtítulo: PANDEMIA 
 A Sociedade De Risco Hoje – Ulrich Beck 
 
 
 
 
 
Acadêmicos: 
CLEUMA PICANÇO, ERIANNY CARVALHO E MÁRIO MAGALHÃES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado ao curso de Licenciatura 
Plena em Pedagogia no Centro Universitário Inta-
UNINTA, Polo Alenquer-Pá, como requisito de 
obtenção de nota no Seminário Interdisciplinar VII, 
tendo como orientador o Profº Geovani Oliveira. 
 
 
 
 
 
 
Curuá-Pará 
2021 
 
3 
OBJETIVO GERAL 
 
Pesquisar e analisar os efeitos dos impactos causados pela pandemia do 
covid-19 na sociedade em torno da área da saúde e da Educação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
SUMÁRIO 
 
1- INTRODUÇÃO.............................................................................................05 
 
2- PANDEMIA: A Sociedade De Risco Hoje – Ulrich Beck............................06 
2.1 – A Distribuição Desigual dos Riscos e as Incertezas nos Tempos da 
Covid-19..................................................................................................06 
3- IMPACTOS DO CORONAVÍRUS NO SISTEMA DE SAÚDE........................09 
3.1- O Início – As Características do Covid-19.........................................09 
3.2- A Emergência de Saúde Pública Global...........................................11 
3.3- A Recessão Econômica da Saúde....................................................11 
3.4- As Operadoras de Saúde.................................................................11 
3.5- O SUS...............................................................................................12 
3.6- Os Hospitais.....................................................................................12 
3.7- Os Médicos.......................................................................................13 
3.8- Os Pacientes....................................................................................13 
4- EFEITOS POSITIVOS DA CRISE DO CORONAVÍRUS................................14 
4.1- Mundo Conectado............................................................................14 
4.2- Adoção de Novas Tecnologias.........................................................15 
43- Surgimento de Inovações..................................................................16 
5- D DO CORONAVÍRUS NA ÁREA DA EDUCAÇÃO......................17 
5.1- Quais os Impactos da Pandemia?....................................................17 
5.2- Despreparo da Escola, Professor e Alunos.......................................17 
5.3- As Famílias Distantes da Escola.......................................................18 
5.4- Inacessibilidade a Tecnologia Educacional......................................19 
5.5- Ressignificação da Educação com Novas Habilidades.....................20 
5.6- Aplicação do Uso da Tecnologia como Aliado da Aprendizagem.....21 
5.7- A Inovação Acelerada......................................................................22 
5.8- Autonomia e Protagonismo dos Estudantes....................................23 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
REFERÊNCIAS: 
 
 
 
5 
INTRODUÇÃO 
 
O presente trabalho é referente ao Seminário Interdisciplinar VII, com o 
subtítulo: PANDEMIA – Sociedade de Risco Hoje – Ulrich Beck, elaborados 
pelos acadêmicos: Cleuma Picanço, Erianny Carvalho e Mário Magalhães. 
O trabalho abordará no seu desenvolvimento sobre a Pandemia do Covid-
19, Impactos do Coronavírus no Sistema de Saúde e os Impactos do 
Coronavírus na Área da Educação. 
 
 
 
 
INTRODUCTION 
 
 
The present work refers to the Interdisciplinary Seminar VII, with the 
subtitle: PANDEMIA – Society of Risk Today – Ulrich Beck, elaborated by the 
academics: Cleuma Picanço, Erianny Carvalho and Mário Magalhães. 
The work will address in its development about the Covid-19 Pandemic, 
Impacts of the Coronavirus in the Health System and the Impacts of the 
Coronavirus in the Education Area. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
PANDEMIA 
A Sociedade De Risco Hoje – Ulrich Beck 
 
A distribuição desigual dos riscos e as incertezas nos tempos de 
Covid-19 
 
Se a obra Sociedade de Risco fosse escrita 
hoje, Ulrich Beck teria catástrofes a mais e indagações 
a menos quanto às possíveis consequências da 
distribuição de riscos em proporções globais. À época 
de sua primeira edição, Beck escrevia o prefácio de 
sua obra a partir das preocupações com o risco da 
produção industrial na sociedade pós-moderna, em 
uma espécie de prenúncio às consequências do 
desastre nuclear de Chernobyl, ocorrido em 1986, 
pouco depois da publicação do livro. 
Hoje, a pandemia causada pela Covid-19 nos apresenta uma nova face 
dos desastres e da desconstrução da categoria do outro no que se refere às 
fronteiras do perigo e ao impacto social e político de uma crise global. Isso nos 
faz pensar que Beck é ainda mais pertinente em nossos dias do que nos dele. 
A passagem da Sociedade de Classes para a Sociedade de Risco 
apresentada na obra é fundamentada pela percepção de que os riscos da 
modernidade seriam globais, porém, distribuídos com intensidade diferenciada 
a partir das estruturas sociais. Nesse aspecto, a incerteza e a magnitude dos 
riscos originados do desenvolvimento científico e industrial não poderiam ser 
contidas espacialmente. Com a pandemia instaurada pela Covid-19, o risco 
abstrato retratado pelo sociólogo alemão se tornou um exemplo de ameaça 
concreta para o mundo. 
Ainda que as fronteiras reais e simbólicas entre as sociedades tenham 
ruído pela difusão global do coronavírus, não poderíamos afirmar que isso tenha 
ocorrido em relação à segregação da miséria. Embora o vírus não apresente 
diferenciação quanto à possibilidade de contágio nas diferentes classes sociais, 
 
Ulrich Beck – 19444-2015 
 
7 
são os menos abastados e não-brancos os mais propensos a morrer em 
decorrência da Covid-19. 
Ao prefaciar a obra, Beck estaria, mais uma vez, certo em suas análises 
de um futuro que se anunciava. A racionalização do risco pela governança 
mascara, e às vezes, fortalece as estruturas de poder que sustentam a 
distribuição desigual do risco e das riquezas originadas do processo de 
produção. Assim como nos lembra o autor, o acúmulo de riquezas é cada vez 
mais ofuscado pela produção de riscos, compreendidos como efeitos colaterais 
latentes da lógica de produção. 
A constatação de Beck a este respeito encontraria alicerce, hoje, nas 
principais causas que acentuam o surgimento de doenças zoonóticas: a 
destruição de florestas e outros ecossistemas naturais para a expansão de 
centros urbanos, terras agrícolas e produção industrial. Soma-se a isso o fato de 
que as mudanças climáticas impulsionam o surgimento de doença zoonóticas, 
na medida em que as emissões de gases de efeito estufa desequilibram a 
temperatura e a umidade planetária, o que acarreta impactos diretos na 
proliferação de micróbios. 
Se a Sociedade de Riscos fosse escrita 
hoje, seria possível oferecer algumas 
respostas às indagações de Beck quanto ao 
que poderia ocorrer diante da ampla 
contaminação por um elemento 
acentuadamente perigoso. Com a experiência 
em curso da pandemia causada por Covid-19, 
os questionamentos ventilados pelo autor quanto à possibilidade de restrições 
oficiais às liberdades individuais, de manutenção de países em quarentena e de 
instauração do caos interno apresentariam respostas positivas. 
Para prevenir a propagação do vírus, a pandemia modificou a organização 
social, cultural, política e econômica por meio de restrições ou proibições 
impostas pelos governantes de todos os Estados afetados. Na China, a liberdadede locomoção foi condicionada à comprovação do estado de saúde. Na Itália, as 
atividades produtivas não essenciais foram suspensas e eventuais 
deslocamentos dos cidadãos passaram a ser inspecionados por meio de drones. 
 
Imagem da internet 
 
8 
Nos Estados Unidos, os cidadãos da Califórnia foram submetidos ao 
confinamento obrigatório. Na Alemanha, a liberdade de reunião foi abolida. No 
Reino Unido, locais de entretenimento como bares e restaurantes foram 
fechados. No Brasil, a privacidade dos dados pessoais foi mitigada 
temporariamente para que o governo pudesse rastrear o contato dos indivíduos, 
assim como houve a suspensão de aulas em escolas e universidades. 
Isso nos lembra que direitos fundamentais foram suspensos ou 
restringidos, ainda que com o consentimento dos cidadãos. O reconhecimento 
social dos riscos e a aceitação das medidas imposta são amparados pela 
necessidade e proporcionalidade das restrições que buscam contribuir para o 
bem-estar da sociedade pelo tempo necessário para o controle da pandemia, 
fator que ressalta o potencial político das catástrofes. 
Não obstante, um traço marcante da Sociedade de Risco de Ulrich Beck 
é a ideia de que o estado de emergência, que legitima a adoção de medidas 
restritivas governamentais, pode se tornar a regra geral. Nesse aspecto, em uma 
sociedade de desastre, existe a possibilidade de uma nova organização de poder 
e responsabilidades públicas a partir do rearranjo dos princípios democráticos 
fundamentais. Essa nova configuração é impulsionada pela gestão do risco, o 
que abre margem ao autoritarismo legitimado pela prevenção. 
Hoje, Ulrich Beck poderia asseverar, assim como o fez em 1986, que 
nesta sociedade tudo se transforma, ao mesmo tempo que nada muda 
essencialmente. A produção de riscos ainda prevalece sobre a produção de 
riquezas e sistematicamente coloca em risco toda a civilização, o que culmina 
com uma sociedade mais moderna e globalizada a partir da gestão do risco e da 
incerteza. Embora a compreensão dos riscos futuros gerados pelas práticas 
atuais de controle da Covid-19 possa oferecer um caminho promissor e 
importante para o enfrentamento de novos desastres, quase 35 anos depois, 
permanece irretocável a afirmação exposta pelo sociólogo de que “os sistemas 
jurídicos não dão conta das situações de fato”. 
Durante a pandemia do Covid-19 o Brasil registra os estragou que está 
causando no atual cenário que a sociedade vive. Os pontos atingido no país são: 
Saúde, Educação, Comércio, etc. Diante das tempestade de problemas que 
 
9 
vivemos no dia a dia, o coronavírus veio para testar de fato, o limite da sociedade 
contemporânea. 
 
IMPACTOS DO CORONAVÍRUS NO SISTEMA DE SAÚDE 
 
A pandemia ocorrida em 2020 desencadeou um período de incertezas e 
enormes desafios nos sistemas de saúde, econômicos e sociais. Os impactos 
do coronavírus afetam praticamente o mundo todo, com efeitos gravíssimos em 
todos os países, inclusive o Brasil. 
As implicações a curto prazo derivadas desse desafio global são 
evidentes em todos os lugares, mas as consequências a longo prazo da 
pandemia — ou seja, como ela vai remodelar as instituições, as ocupações e as 
prioridades em saúde e seu desenvolvimento — ainda são difíceis de imaginar. 
 
O INÍCIO DE TUDO - CARACTERÍSTICAS DA COVID-19 
 
Os primeiros casos confirmados 
do novo coronavírus surgiram na cidade 
de Wuhan — capital da província de 
Hubei, na China —, no final de 2019. 
Depois disso, a COVID-19 se espalhou 
com rapidez e se disseminou por mais de 
200 países. Com isso a Organização 
Mundial de Saúde (OMS) decretou 
estado de pandemia em março de 2020. 
A tendência é de aumento sustentado do número de pessoas acometidas 
pela doença. As autoridades ainda não têm certeza sobre o tempo de duração 
da pandemia. Ainda assim, um estudo da Universidade de Minnesota, nos 
Estados Unidos, ressalta os seguintes aspectos: 
 
➢ O período de incubação mais longo, a propagação assintomática e 
o potencial de transmissão alto parecem ajudar na propagação da 
COVID-19, inclusive com mais facilidade do que a gripe; 
 
Wuhan – China 
 
10 
 
➢ As mais recentes pandemias de gripe indicam que esse surto tem 
uma tendência de durar de 18 a 24 meses; 
 
➢ Sua interrupção não deve ocorrer até que 60% a 70% da população 
esteja imune; 
 
➢ As medidas de controle e outros fatores interferem na ocorrência 
de casos. Eles podem surgir em ondas de diferentes alturas, com 
algumas altas sinalizando grande impacto. Ainda devem ocorrer 
em diferentes intervalos; 
 
➢ Os governos devem desenvolver planos concretos, inclusive 
gatilhos para o restabelecimento das medidas de mitigação dos 
impactos do coronavírus . Assim, é possível lidar com os picos da 
doença quando eles ocorrerem; a pandemia não terminará em 
breve e as Pessoas precisam estar preparadas para possíveis 
ressurgimentos periódicos da doença nos próximos dois anos. 
 
A EMERGÊNCIA DE SAÚDE PÚBLICA GLOBAL 
 
A OMS definiu o surto dessa doença 
como Emergência de Saúde Pública de 
Importância Internacional. Entre os impactos 
do coronavírus, uma série de medidas foi 
lançada para conter a elevada disseminação 
do microrganismo, por exemplo: 
 
❖ Aplicação da quarentena e proibição de viagens nacionais e 
internacionais; 
❖ Restrições à circulação de pessoas, mercadorias e serviços; 
❖ Interrupção das atividades de trabalho e lazer; 
 
Presidente da OMS – imagem da internet 
 
11 
❖ Suspensão das atividades escolares, comerciais e de empresas 
com serviços 
❖ Considerados como não essenciais, como lanchonetes, centros de 
estética, bares etc. 
 
A RECESSÃO ECONÔMICA E OS IMPACTOS DO CORONAVÍRUS 
O isolamento social, embora absolutamente correto para a contenção da 
disseminação da doença, afeta a saúde econômica global. Há expressivos 
resultados negativos na indústria, no comércio e no sistema financeiro mundial 
Todas as áreas são diretamente afetadas pela interrupção das atividades 
em âmbito mundial. A recessão econômica global é estimada em 3%, segundo 
o Fundo Monetário Internacional (FMI). 
Os reflexos, obviamente, são gigantescos na sociedade brasileira. Isso 
acontece especialmente pela enorme desigualdade do País, já que os mais 
necessitados são ainda mais afetados nessa situação. Além da inevitável 
recessão, a desorganização administrativa pode acarretar um longo período de 
recuperação devido aos impactos do coronavírus. 
AS OPERADORAS DE SAÚDE 
No segmento da saúde suplementar, mais 
de 80% dos planos de saúde são empresariais. 
Com a recessão, pessoas estão perdendo seus 
empregos. A estimativa da taxa de desemprego é 
de 17,8% 
Quanto maior a taxa de desemprego, menor o número de pessoas com 
planos empresariais. É pouco provável que essas pessoas migrem para planos 
individuais, que são praticamente inacessíveis no Brasil. 
Em outras palavras, a saúde suplementar deve vivenciar longo período 
com maior nível de inadimplência, além da redução do número de usuários e da 
receita. Ainda é possível observar o encolhimento no número de operadoras 
ativas devido a fusões e aquisições por grandes empresas já verticalizadas. 
 
Imagem da internet 
 
12 
 
O SUS 
Por sua vez, o segmento de saúde pública — SUS — é cronicamente 
subfinanciado e deverá sofrer os impactos do coronavírus a partir de dois 
fenômenos: 
❖ dificuldade de acesso a 
recursos, determinado pelas 
restrições orçamentárias que o 
governo federal deverá impor 
devido à contração da 
economia; 
❖ necessidade de acolher um número maior de usuários, que 
migrarão da saúde suplementar. Sendo assim, o SUS, com menos 
recursos, terá mais pessoas para atender. 
OS HOSPITAIS 
Os hospitais passam por um período 
especialmente difícil e sofrem os impactos do 
coronavírus. Com taxas de ocupação acima de 
60%, devido ao adiamento e/ou o 
cancelamento de procedimentos eletivos, 
enfrentam o desafiodo alto custo fixo de uma 
organização hospitalar. 
Há a necessidade de contratar mais profissionais e gerenciar recursos 
críticos, como leitos de UTI, equipamentos de proteção individual, insumos e 
ventiladores mecânicos. Desse modo, é possível atender os pacientes 
acometidos pela COVID-19 com segurança. No entanto, esse cenário faz com 
que o aumento das despesas seja somado à redução das receitas. 
OS MÉDICOS 
 
Imagem da internet 
 
Imagem da internet 
 
13 
Muitos médicos e demais profissionais 
de saúde têm sua renda principal derivada da 
sua atuação na atenção primária, como 
profissionais autônomos. Aqui, estão incluídos 
os atendimentos em ambulatórios, consultórios 
e clínicas. 
Esses profissionais já sofrem os impactos do coronavírus no quesito 
financeiro, com perdas significativas de investimentos realizados devido ao 
cancelamento de consultas e procedimentos. 
Por sua vez, os profissionais na linha de frente dos hospitais estão sujeitos 
ao risco direto de exposição ao novo coronavírus e ao alto índice de adoecimento 
físico e psicológico. 
OS PACIENTES 
O componente mais sensível desse Ecossistema é o paciente. Entre 20% 
e 30% das pessoas evoluem e apresentam a manifestação mais grave da 
COVID-19. Com isso, precisam de tratamento em regime de internação 
hospitalar — muitos em unidades de terapia intensiva. 
Embora qualquer pessoa esteja sob risco de adquirir a COVID-19, 
tipicamente, os pacientes com manifestação 
grave da doença são: 
➢ Os mais idosos; 
➢ Os portadores de doenças crônicas, 
com destaque para as cardiovasculares, 
pulmonares, hipertensão e diabetes, qualquer 
que seja a idade. 
Um dos impactos do coronavírus é, portanto, o medo que se instalou entre 
a população. Isso faz com que muitos pacientes com doenças crônicas 
suspendam o controle regular da doença e evitem comparecer aos ambulatórios 
com o temor de se expor ao vírus. 
 
Imagem da internet 
 
Imagem da internet 
 
14 
O movimento nas unidades de pronto atendimento também reduziu de 
maneira significativa. Um dos fatores foi o direcionamento aos hospitais dos 
pacientes com infarto agudo do miocárdio ou acidente vascular cerebral (AVC) 
agudo em fase avançada. Com isso, perde-se a oportunidade para intervenção 
precoce. 
Esse fenômeno, provavelmente, está levando ao aumento da morbidade 
e da mortalidade nesses casos. De forma perversa, o aumento da morbidade em 
doenças crônicas impõe maior sobrecarga em todo o sistema de saúde, com 
elevação de custos e da letalidade, além de graves consequências sociais. 
Esses são os principais impactos do coronavírus, que afetam todos os 
envolvidos no sistema de saúde. 
PONTOS POSITIVOS QUE PODEMOS TIRAR DA CRISE DO 
CORONAVÍRUS 
Estamos vivendo um momento sem precedentes na história recente da 
humanidade. Nenhum de nós viveu algo parecido. Quarentenas no mundo 
inteiro, governos tendo escolher quem vive e quem morre, mercados se 
dissolvendo em dias. Os impactos dessa crise ainda vão durar meses e anos. 
Mas será que conseguimos já ver alguns pontos positivos que sairão dessa 
crise? 
 
MUNDO CONECTADO 
A transformação digital é algo que todas as empresas buscam. Mas como 
nem sempre é prioridade, acaba sendo um processo lento para muitas delas. O 
que vemos nas últimas semanas é uma necessidade instantânea de boa parte 
das empresas a se adequarem ao trabalho e processos remotos. Como a 
conexão presencial, pelo menos, por enquanto, não é possível, o mundo está se 
preocupando em estabelecer, da melhor forma possível, conexões online. 
 
 
15 
Claro que ao menos parte disso será diminuída quando a quarentena 
acabar, mas com certeza as pessoas estarão mais preparadas para interagir 
virtualmente. 
ADOÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS 
Se estamos vivendo um momento de crise, isso não é a realidade de 
ferramentas e plataformas online de 
maneira geral. Várias empresas de 
diversos setores, do dia para a noite, se 
viram obrigadas a adotar tecnologias 
que por anos ignoraram ou relutaram em 
utilizar. Vamos ver alguns exemplos 
claros de onde isso está acontecendo e porque este é um dos pontos positivos 
que destacamos aqui: 
Escolas e universidades tem adotado o modelo de EAD como um formato 
paliativo. Agora no começo existem mais dificuldades do que acertos, mas à 
medida que as semanas passam esse processo fica mais fluido e com certeza 
será uma ferramenta mais utilizada após a crise 
Telemedicina – Aqueles que não estão cuidando diretamente do 
Coronavírus muitas vezes estão vendo seus escritórios esvaziados e, por isso, 
tem pensado novos formatos de continuar atendendo os seus pacientes. Muitas 
vezes já passamos por situações de atendimentos médicos de poucos minutos, 
para os quais passamos horas na fila de espera. Muitos desses atendimentos 
podem e estão sendo feitos à distância como, por exemplo, atendimentos 
psicológicos. Essa é uma prática que exige principalmente mudança cultural e 
essa mudança está sendo acelerada pela crise. 
Eventos online – um grande problema dos eventos online é que a 
experiência ainda não consegue ser tão interativa e rica quanto momentos 
presenciais. A abrupta necessidade de mudar todos os eventos para o online 
tem feito várias pessoas do mundo inteiro se juntarem para pensar nesse 
formato. Com certeza este aprendizado continuará depois. 
 
Imagem da internet 
 
16 
Gestão à distância – já existem várias ferramentas de gestão de times a 
distância. Nos últimos dias e nas próximas semanas, times do mundo inteiro 
estiveram e estarão aprendendo na marra a utilizar essas ferramentas. Quando 
sairmos da crise, muitos deles continuarão com essas práticas ou ao menos 
parte delas. 
SURGIMENTO DE INOVAÇÕES 
De uma hora para outra milhares de 
novos problemas surgiram nas organizações. 
Problemas de produção, logística, RH, 
Marketing, vendas, etc. Esses vários problemas 
podem quebrar muitas empresas no processo. 
No entanto aquelas que estão desenvolvendo 
inovações irão se manter ativas e 
possivelmente mais fortes. Estamos vendo 
esse ponto positivo atuar em diferentes setores: 
Academias viram seus clientes sumirem do dia para a noite. Como 
resposta alguma migraram para aulas online, estão lançando aplicativos próprios 
e ampliaram a sua forma de atuação. Hoje elas estão testando isso muitas vezes 
de formas gratuitas, mas vários negócios surgirão dessas inovações 
Tudo foi para o delivery – em curto prazo a única saída para o comércio é 
o delivery, então estamos experimentando o delivery de tudo. Da grande rede de 
varejo a lojinha do bairro, todos estão inovando nos seus formatos de entrega. 
Alguns até criando modelos de pagamento recorrente para garantir o fluxo de 
clientes. 
Colaboração intensa entre empresas – Como os problemas enfrentados 
pela queda de vendas, dificuldades de logística, gestão de pessoas e vários 
outros pontos são comuns entre os vários tipos de empresas, várias parcerias 
para resolver os mesmos problemas tem surgido. Isso é a essência do open 
inovation sendo praticada por milhares de empresas ao mesmo tempo 
É claro que a crise do Coronavírus é algo terrível do ponto de vista médico, 
financeiro e social, mas até da pior das soluções é possível enxergar pontos 
 
Imagem da internet 
 
17 
positivos. Os empreendedores devem se atentar a ver esses pontos o quanto 
antes para aproveitar as oportunidades que surgem deles 
 
IMPACTOS DO CORONAVÍRUS NA ÁREA DA EDUCAÇÃO 
 
QUAIS SÃO OS IMPACTOS DA PANDEMIA? 
 
Portões fechados e alunos distantes das 
salas de aulas. Esse cenário com milhares de 
escolas fechadas em diversos países não se 
repetia desde a Segunda Guerra Mundial, 
evidenciando novamente todo o zelo que 
devemos ter com o ensino, que desta vez foi 
escancarado pela relação indireta entre 
Educação e Coronavírus. 
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a 
Ciência e a Cultura (UNESCO), agênciada ONU responsável por acompanhar 
e apoiar a educação, comunicação e cultura no mundo, a pandemia da COVID-
19 já impactou os estudos de mais de 1,5 bilhão de estudantes em 188 países – 
o que representa cerca de 91% do total de estudantes no planeta. 
Em meio a esse panorama assustador e conturbado, não apenas na 
questão de saúde mas também do aprendizado das crianças e dos jovens, os 
impactos no ensino são vários. Enquanto alguns escancaram alguns problemas 
na área da Educação, outros podem ter oportunidades de crescimento e 
evolução, basta que saibamos trabalhar de maneira coordenada, colaborativa e 
inovadora. 
 
DESPREPARO DAS ESCOLAS, PROFESSORES E ALUNOS 
 
A verdade é que, para não dizer ninguém, pouquíssimas pessoas 
imaginavam uma pandemia com as proporções que a COVID-19 alcançou. 
Como consequência disso, praticamente organização nenhuma estava 
 
Imagem da internet 
 
18 
preparada para lidar com as consequências naturais impostas pelo 
distanciamento e isolamento social. 
Inúmeros setores estão sofrendo para se adaptar e encontrar formas de 
superar essa situação atribulada. A área da Educação não teria como escapar 
desses enormes desafios, os quais mostram o despreparo de toda a comunidade 
escolar para um cenário em que a tecnologia pode ser um instrumento facilitador 
do processo de aprendizagem. 
A maioria das escolas não conta com o suporte necessário para o 
oferecimento do ensino remoto ou a distância. 
Apesar de até estarem mais presentes em 
instituições do Ensino Superior, as plataformas 
digitais eram aproveitadas pela minoria dos 
estudantes da Educação Básica. E do dia para 
a noite as escolas precisaram encontrar 
maneiras de se adaptar a essas “novas 
tecnologias” – que não são tão novas assim. 
Além disso, são poucos os professores que tiveram a formação adequada 
para lecionar a distância. Preparar uma aula remota é bem diferente da prática 
presencial de sala de aula, a dinâmica de interação com os alunos é outra, as 
formas de comunicação com familiares muda e o conhecimento das tecnologias 
educacionais é imprescindível. 
As crianças e os jovens também não estavam acostumados a rotinas mais 
pesadas de estudos em casa, ambiente no qual normalmente priorizavam 
atividades de descanso e entretenimento. De maneira geral, os estudantes não 
possuíam a maturidade para lidar com a autonomia implícita no ensino a 
distância, em especial os alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental. 
As dificuldades são várias, mas são normais. Não devemos nos assustar, 
esse cenário de educação e Coronavírus é novo para todos. O importante é que 
saibamos, com humildade, identificar essas falhas e dediquemos esforços para 
corrigi-las. 
 
AS FAMÍLIAS DISTANTES DA ESCOLA 
 
Imagem da internet 
 
19 
O afastamento das escolas, levando as crianças e os jovens a estudarem 
em casa, mostrou em muitos casos o quanto as 
famílias estavam até então afastadas da escola 
e do aprendizado de seus filhos. Ao terem que 
acompanhar mais de perto a rotina de estudos 
deles, pais e mães perceberam a necessidade 
de estarem mais próximos e inteirados do 
material didático, das metodologias adotadas e 
dos professores. 
Esse processo tem seus desgastes para ambos os lados. Os familiares e 
responsáveis se vêem sobrecarregados com essa nova demanda combinada ao 
trabalho no formato home office e afazeres do lar, mas passam a valorizar mais 
os professores e a escola. Do outro lado, as instituições de ensino passam a ser 
mais cobradas por pais e mães agora com melhor entendimento da 
aprendizagem dos estudantes. 
Apesar de alguns entraves, o balanço dessa quarentena pode e deve ser 
positivo. No fim, todos querem e estão buscando o melhor ensino para as 
crianças e os jovens, portanto precisamos estabelecer relacionamentos 
respeitosos, transparentes e objetivos. 
 
INACESSIBILIDADE A TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS 
 
Outro problema que 
no fundo todos temos 
ciência, mas que foi 
escancarado pela pandemia 
do Coronavírus na 
Educação, é a desigualdade 
social e de acesso a 
tecnologias, o que na área 
da Educação causa um 
abismo entre aqueles que podem dar continuidade ao seu processo de 
 
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aprendizagem e outros que sequer possuem um dispositivo eletrônico com 
conexão à internet dentro de casa. 
As tecnologias educacionais são a principal solução para a situação que 
vivemos e de maior potencial de inovação na maneira como ensinamos crianças 
e jovens. Contudo, a realidade brasileira está bem longe de ser igualitária, 
infelizmente. 
Segundo pesquisa do IBGE, apenas 57% da população do nosso país 
possui um computador em condições de executar softwares mais recentes. 
Outro estudo realizado em 2018, a Pesquisa TIC Domicílio, aponta que mais de 
30% dos lares no Brasil não possuem acesso à internet, que é praticamente 
indispensável para o serviço de ensino remoto. 
O resultado disso é uma inevitável acentuação da desigualdade de 
acesso não só ao ensino de qualidade, mas do ensino básico, causando um 
deficit de aprendizagem ainda maior do que já temos entre alunos do sistema 
público e da rede particular. 
 
RESSIGNIFICAÇÃO DA EDUCAÇÃO COM NOVAS HABILIDADES 
 
O motivo não foi agradável, é verdade, mas o distanciamento social e a 
suspensão das aulas presenciais impuseram um momento de reflexão para toda 
a comunidade escolar. Com a paralisação forçada, educadores, pesquisadores 
e gestores da área da Educação estão buscando meios de renovar o ensino. 
É a oportunidade de ressignificar a 
Educação e de pensar em maneiras mais 
efetivas de desenvolver novas competências 
nas crianças e nos jovens, as chamadas 
habilidades do futuro. E os números nos provam 
isso. Conforme relatório da Dell Technologies, 
mencionado em reportagem da Época Negócios, aproximadamente 85% das 
profissões em 2030, aquelas que serão ocupadas pelas gerações Z e Alpha, 
sequer existem hoje em dia. 
Em meio a esse dinamismo das forças de trabalho e das incertezas de 
formação, o profissional que possui interesses mais variados e estudos em 
 
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diversos campos do conhecimento obtém muita vantagem. Dentre essas 
capacidades e habilidades do futuro, mas que já se mostram diferenciais, estão: 
 
✓ Pensamento crítico e aprendizagem ativa 
✓ Criatividade e originalidade 
✓ Resolução de problemas complexos 
✓ Flexibilidade cognitiva 
✓ Inteligência emocional 
✓ Trabalho em equipe 
✓ Gestão de pessoas 
✓ Negociação 
✓ Tomada de decisões 
✓ Orientação a serviços 
 
A própria pandemia da COVID-19 ressalta a relevância dessas 
competências. Em um mundo cada vez mais globalizado, todos estão 
interconectados, ou seja, uma ação pode ter impacto e influência no planeta 
inteiro. 
Assim, os profissionais de diferentes segmentos precisam ter esse 
entendimento e saber avaliar as consequências de decisões em diferentes 
contextos. Por sua vez, as escolas precisam ensinar os estudantes a pensarem, 
explorarem sua criatividade para solucionar problemas complexos, e não apenas 
decorarem o conteúdo para acertar as questões cobradas em uma prova ou 
trabalho – premissas que são a base das escolas inovadoras. 
 
AMPLIAÇÃO DO USO DA TECNOLOGIA COMO ALIADA DO 
APRENDIZADO 
 
Há alguns anos, algumas iniciativas procuram levar o ensino para fora dos 
muros da escola, ganhando terreno gradualmente. A pandemia fez com que esse 
processo fosse acelerado, e muito, provando que o processo de aprendizagem 
pode e deve acontecer fora da sala de aula. 
 
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Para isso se concretizar, o 
suporte da tecnologia é 
fundamental, primeiramente 
eliminando qualquer barreira física 
ou geográfica de comunicação e 
interação. Contudo, as 
ferramentas tecnológicas vão 
além, pois proporcionam a adoção de conteúdos variados e mais interativos, 
como videoaulas, infográficos, animações, realidade aumentada, jogoseducacionais, tours virtuais em locais famosos e muito mais, auxiliando na 
Educação em tempos de Coronavírus. 
As tecnologias educacionais promovem ainda meios de colaboração para 
a execução das atividades e de compartilhamento de experiências de maneira 
assíncrona, ou seja, as participações são registradas e acessadas por todos a 
qualquer momento. 
 
Os principais benefícios do uso da tecnologia educacional são: 
 
➢ Desperta o maior interesse e prende a atenção dos alunos. 
➢ Auxilia na percepção e na resolução de problemas reais. 
➢ Insere os jovens no debate social e contribui para a formação do senso 
crítico. 
➢ Trabalha a responsabilidade na utilização da internet e dos recursos 
digitais. 
➢ Contribui para democratizar o acesso ao ensino. 
➢ Oferece feedback imediato e constante a professores, alunos e 
responsáveis. 
➢ Permite traçar um plano de ensino adequado a cada aluno. 
 
INOVAÇÃO ACELERADA 
 
Momentos de crise sempre impulsionaram a inovação da sociedade em 
diversas frentes, e a pandemia do Coronavírus deve ser encarada como uma 
 
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nova oportunidade de acelerarmos não só a 
utilização de tecnologias educacionais, como 
discutimos no tópico anterior, mas também de 
alavancar mudanças nas metodologias de 
ensino amplamente adotadas pelas escolas. 
A suspensão das aulas forçou as 
instituições e órgãos educacionais do mundo 
todo a procurar experiências inovadoras de aprendizado remoto, mais 
dinâmicas, efetivas e condizentes com o ensino a distância. Enquanto isso, os 
educadores estão tendo a iniciativa de testar novas maneiras de ensinar, e a 
combinação dessas movimentações representa uma enorme evolução para a 
Educação. 
Avanço esse que era mais do que esperado e necessário para uma área 
tradicionalmente resistente a mudanças e adoção de novas tecnologias e 
metodologias. Queremos e precisamos construir jornadas de aprendizagem 
mais integradas e cativantes para professores, alunos e familiares. E para que 
isso seja alcançado, o compartilhamento de boas práticas é fundamental! 
 
AUTONOMIA E PROTAGONISMO DOS ESTUDANTES 
 
Se por um lado a imposição do ensino remoto e a distância causa uma 
perturbação geral da rotina de estudos, a perspectiva dessa nova realidade é o 
estímulo ao desenvolvimento de novas habilidades, principalmente da 
autonomia dos alunos, colocando-os como protagonistas do seu próprio 
processo de aprendizagem. 
Vendo-se obrigadas a direta ou 
indiretamente organizar sua rotina de estudos 
em casa, gerenciar seu tempo, planejar a 
realização das atividades, entre outras tarefas, 
as crianças e os jovens estão aprendendo 
sobre si mesmos. Eles estão percebendo qual 
é o seu ritmo de aprendizado, quais são suas aptidões e identificando quais são 
suas dificuldades. 
 
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Esse autoconhecimento não traz benefícios unicamente para os 
estudantes, mas para todos e tudo que os cercam. De maneira geral, a 
autonomia e o protagonismo: 
 
❖ Reforçam o compromisso das escolas com a formação integral dos 
estudantes. 
❖ Promovem o engajamento dos estudantes com o conteúdo e a prática 
pedagógica. 
❖ Desenvolvem a capacidade de tomar decisões e a responsabilidade dos 
jovens alunos. 
❖ Contribuem para o desenho do projeto de vida e a preparação do 
estudante para o futuro. 
❖ Estimulam a participação dos jovens nas esferas política, social, 
econômica e cultural. 
 
Assim, nesse moderno processo educacional, o estudante tem muito mais 
liberdade e flexibilidade de adequar os estudos ao seu perfil de aprendizado, 
enquanto o professor atua muito mais como um mediador entre os conteúdos, 
as tecnologias e os alunos. 
 
POR UMA EDUCAÇÃO MELHOR E MAIS FORTE 
 
Conforme mencionado, é sabido que crises globais ao longo da história 
promoveram grandes invenções e inovações. Este momento de isolamento 
social que vivenciamos é complicado, mas vamos superá-lo. Porém, não 
podemos deixar que esse período seja desperdiçado, precisamos usá-lo como 
propulsor para mudar e melhorar a Educação. 
 
 
 
 
 
 
 
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CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O referente trabalho nos proporciona analisar e refletir sobre a Teoria do 
Filósofo Alemão Ulrich Beck, relacionado a Sociedade de Risco que estamos 
vivendo atualmente, a pandemia do covid-19 no mundo. Podemos analisar os 
impactos causados na área da saúde e educação que está afetando milhões e 
milhões de pessoas. 
Os efeitos negativos na área da saúde são: A emergência na saúde 
pública global, a recessão econômica da Saúde, as operadoras de saúde, o 
SUS, os médicos, hospitais e os pacientes, que estão sendo bastante afetados 
devido à falta de recursos e estruturas, que possa suprir as necessidades diante 
de uma catástrofe instalada no planeta. Dentre essas dificuldades na área da 
saúde, podemos apontar efeitos positivos como: O mundo conectado, adoção 
de novas tecnologias e surgimento de inovações que está ajudando os 
profissionais da Saúde a enfrentar e combater esses grandes desafios. 
Na área de educação não foi diferente quanto os outros setores que foram 
afetados pelo coronavírus. Um dos impactos negativos no sistema educacional 
foi o despreparo da escola, professor e alunos, a inacessibilidade a tecnologias 
educacionais e as famílias distantes das escolas. Mas porém, podemos verificar 
que a educação ganha um novo panorama em relação ao ensino-aprendizagem, 
como por exemplo: A ressignificação da educação com novas habilidades, 
aplicação do uso da tecnologia como aliada da aprendizagem, a Inovação 
acelerada e a autonomia e protagonismo dos estudantes, que está ajudando a 
suprir o ensino-aprendizagem do aluno pela falta das aulas presenciais. 
 
“Podemos estar no começo de um processo histórico de habituação. Pode ser que a 
próxima geração, ou a geração depois da próxima, não se incomode mais com imagens de defeitos 
congênitos, como aquelas dos peixes e pássaros cobertos de tumores que circulam agora ao redor 
do mundo, assim como não estamos mais incomodados hoje com valores violados, com a nova pobreza 
e um permanente alto nível de desemprego em massa” 
 
Ulrich Beck 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
https://www.jota.info/opiniao-e-analise/artigos/a-sociedade-de-risco-hoje-
05092020?amp=1 
https://sae.digital/educacao-e-coronavirus/ 
https://www.gazetadopovo.com.br/economia/retratos-da-economia-comercio-
servicos-coronavirus/ 
https://bizcool.com.br/pontos-positivos-da-crise-do-
coronavirus/?utm_source=Aceleradas+%2B+TakeFive+-
+JUL2019&utm_campaign=623b33c41d-
EMAIL_CAMPAIGN_2019_07_24_02_03_COPY_01&utm_medium=email&utm
_term=0_428fa86566-623b33c41d-593590881 
https://www.drgbrasil.com.br/valoremsaude/impactos-do-
coronavirus/#:~:text=Um%20dos%20impactos%20do%20coronav%C3%ADrus,
de%20se%20expor%20ao%20v%C3%ADrus 
https://blogdolabemus.com/2020/08/31/o-sociologo-que-poderia-nos-salvar-do-
coronavirus-por-adam-tooze/ 
 
 
 
https://www.jota.info/opiniao-e-analise/artigos/a-sociedade-de-risco-hoje-05092020?amp=1
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https://blogdolabemus.com/2020/08/31/o-sociologo-que-poderia-nos-salvar-do-coronavirus-por-adam-tooze/
https://blogdolabemus.com/2020/08/31/o-sociologo-que-poderia-nos-salvar-do-coronavirus-por-adam-tooze/

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