Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Andressa – P2B – 2020.2 OBSERVAÇÕES Artigos de até 5 anos Não precisa de mil referências qualidade melhor que quantidade Local onde foi publicado teses de mestrado podem estar incorretas Livros: Harrison Medicina Interna ou Cecil Medicina Interna Saber definição, epidemiologia, quadro típico, diagnóstico, exames de imagem, exame físico, tratamento, sequelas e complicações Anotar e numerar referência, título, capítulo, local onde foi publicado, data C.S, 60 anos, etilista, sedentário, tabagista, disfagia há alguns meses Dor crônica no joelho pela manhã há 3 anos; Dificuldade de se locomover Dificuldade na ingestão de alimentos; Perda de peso, fraqueza, rouquidão, tosse; Osteoartrite desde os 50 anos; Uso de anti-inflamatórios e analgésicos; Disfunção erétil; Hábitos alimentares: bebe muito café quente; Endoscopia digestiva alta e bióspsia foram solicitados; Radiografia do joelho e tratamento com condroprotetores; Disfunção erétil: acompanhamento psicoterápico e possível uso de citrato de sidelnafila ou injeção intracavernosa após avaliação bioquímica, hormonal e urológica Laudo da EDA: presença de lesão exofílica de 5 cm localizada no esôfago médio, oclui 50% do lúmen; Histopatológico: Carcinoma espinocelular (CEC) Médico encaminhou para especialista; Andressa – P2B – 2020.2 H1: Hábitos de vida tem relação com o câncer esôfago. P1: Qual a relação do tabagismo, do etilismo e do sedentarismo com o câncer de esôfago? *Tratado Gastroentestinal e doenças do Fígado, 9º edição, Feldman. Câncer de esôfago dois tipos: Adenocarcinoma e CEC (Carcinoma espino-celular) Tabagismo e etilismo estão mais relacionados ao CEC fumaça do cigarro tem várias substância carcerígenas Sedentarismo isoladamento não tem relação esôfago de Barret Adenocarcinoma FATORES DE RISCO: CEC: Vários fatores causais são associados ao câncer de células escamosas do esôfago. consumo excessivo de álcool e/ou de cigarro → O risco relativo aumenta de acordo com a quantidade de cigarro ou álcool consumido. O consumo de uísque está associado a uma maior incidência do que o de vinho ou cerveja. CEC também está associado a deficiências dietéticas de molibdênio, zinco, selênio e vitamina A. CEC ocorre na porção medial e/ou superior: próximo as constrições maior contato com agentes carcinôgenos ADENOCARCINOMA: tumores surgem no terço distal do esôfago associados ao refluxo gástrico crônico, com frequência na presença de esôfago de Barret (substituição do epitélio escamoso (pavimentoso) normal do esôfago distal por epitélio colunar), que ocorre mais frequentemente em indivíduos obesos. **a incidência de carcinoma epidermoide do esôfago vem diminuindo em populações brancas e negras nos EUA nos últimos 40 anos, enquanto as taxas de adenocarcinoma aumentaram sete vezes, principalmente em homens brancos (relação homem-mulher de 6:1). Ocorre na porção distal: maior contato com o refluxo ácido agressão da mucosa. Megaesôfago: alimentos se acumulam antes do esfíncter pode desenvolver câncer P2: Qual a relação entre tomar café quente e o câncer de esôfago? *Tratado Gastroentestinal e doenças do Fígado, 9º edição, Feldman. O hábito de consumo de bebidas muito quentes em áreas endêmicas para câncer epidermoide escamoso no mundo tem-se mostrado como atributo carcinogênico, provavelmente por causar danos crônicos ao esôfago relacionados com repetidas injúrias geradas pela exposição à bebida quente. temperatura é que prejudica, não a bebida Bebida quente relaxa esfíncter esofágico H2: Dificuldade na ingestão de alimentos, perda de peso, fraqueza, rouquidão e tosse são sintomas do câncer de esôfago. P3: Quais os sintomas típicos e atípicos? *Tratado de Gastroenterologia: da graduação à pós-graduação, 2º edição, 2016 *HARRISON - Medicina Interna, Mc Graw Hill, 19ª ed, 2017. A disfagia é o sintoma mais frequente e, geralmente, é no mesmo nível da localização do tumor. Decorre habitualmente do caráter obstrutivo da lesão, surgindo quando já há comprometimento de mais de 50% da luz esofágica. É caracterizada por rápida progressão, perda rápida de peso, odinofagia (dor ao engolir) e regurgitação. A hematêmese (vômito de sangue), melena ou anemia decorrentes do sangramento da lesão são raras no CEC e mais comuns no adenocarcinoma. Fases mais avançadas da doença podem propiciar manifestações decorrentes do comprometimento de estrutura adjacentes, como tosse com expectoração produtiva (fístula esôfago-brônquica e/ou aspiração), dor torácica e rouquidão (invasão do nervo laríngeo recorrente com paralisia de pregas vocais). *fístula → conexão anormal entre os órgãos; Cialorreia acúmulo de saliva Caquexia: aparência de fraqueza extrema Melena: sangue digerido nas fezes sangrando na parte superior, deu tempo ser digerido; hematoquezia: sangue vivo nas fezes, sangrando na parte inferior, não passou pela digestão. P4: Como se inicia e evolui o câncer de esôfago? (etiologia) *Genética Médica, Thompson & Thompson. *Tratado Gastroentestinal e doenças do Fígado, 9º edição, Feldman. *FRADIQUE, Caldeira et al . A oncoproteína mutante p53 como factor de apoio à decisão terapêutica no carcinoma gástrico. Rev. Port. Cir., Lisboa, n.34, p.13-26, set. 2015. Disponível em <http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646- 69182015000300004&lng=pt&nrm=iso>. Andressa – P2B – 2020.2 CÂNCER E AMBIENTE: O câncer é uma doença genética, os quais surgem de mutações somáticas em oncogenes e TSGs. Em alguns casos, os agentes ambientais (alimentos, radiações natural e artificial, agentes químicos e vírus) atuam como mutágenos que causam mutações somáticas; as mutações somáticas, por sua vez, são responsáveis pela carcinogênese até 75% do risco de câncer podem ser de origem ambiental. CEC e Adeno alteração do p53 → TSG controlador == controlam o crescimento celular. Os genes controladores bloqueiam o desenvolvimento do tumor regulando a transição das células nos pontos de checagem (“portões”) no ciclo celular ou promovendo a morte celular programada e, portanto, controlando a divisão celular e a sobrevivência celular - Câncer Epidermoide Escamoso: O câncer epidermoide escamoso se desenvolve tipicamente pela progressão de lesões precursoras pré-malignas (displásicas). A displasia de baixo grau comumente envolve a parte basal do epitélio, e a displasia de alto grau em geral envolve toda a camada epitelial, e, em menor proporção de pacientes, a displasia se estende para os duetos das glândulas esofágicas, simulando invasão estromal ou padrão horizontal pagetoide. A displasia muitas vezes é multifocal, reforçando a hipótese de defeitos de campo na patogênese do câncer epidermoide escamoso. A aparência dos cânceres epidermoides escamosos esofágicos varia de uma lesão plana, relativamente simples, a lesões polipoides, ulceradas, exofíticas e infiltradas. Os cânceres epidermoides escamosos são agressivos, e a metástase aos linfonodos locais ocorre prematuramente, parcialmente relacionada à presença de canais linfáticos na lâmina própria esofágica. A invasão relativamente rápida do tumor para as estruturas mediatinais vizinhas tem sido atribuída à ausência de uma verdadeira camada serosa na parede esofágica. - Adenocarcinoma: A displasia pode ser caracterizada como de baixo ou alto grau e geralmente segue os mesmos padrões de mudanças citológicas ou arquitetônicas descritas anteriormente para displasia de células escamosas a progressão da displasia de baixo para alto grau é um contínuo morfológico e pode, portanto, não seguir aspectos identificáveis de uma progressão ordenada para categorização definitiva. Adenocarcinomas não relacionados ao esôfago de Barrett são extremamente raros e geralmente surgem de focos de heterotopiagástrica no esôfago cervical. **heterotopia→tecido normal num lugar anormal O adenocarcinoma esofágico pode ter uma aparência plana e simples ou pode ser polipoide, ulcerado ou infiltrativo. A maioria é bem ou moderadamente diferenciada, geralmente compreendendo glândulas císticas ou tubulares em nichos sólidos e agrupamentos irregulares, e frequentemente em um padrão cerebriforme (lembra um cérebro) com considerável estratificação. P5: Por que o câncer de esôfago atrapalha a digestão? *HARRISON - Medicina Interna, Mc Graw Hill, 19ª ed, 2017. Câncer avançado gera uma obstrução no esôfago, impedindo passagem do alimento A disfagia inicialmente é para alimentos sólidos e evolui aos poucos para semissólidos e líquidos. Quando surgem esses sintomas, a doença já está avançada, porque a dificuldade de deglutição não ocorre até que > 60% da circunferência do esôfago estejam infiltrados com o câncer. H3: EDA e biópsia são essenciais para o diagnóstico do câncer de esôfago. P6: Quais os exames necessários para diagnosticar o câncer de esôfago? (padrão-ouro) Avaliação dos sintomas (disfagia, odinofagia, regurgitação, tosse com expectoração, dor torácica, rouquidão) EDA + biópsia → padrão ouro Exames de Imagem: Radiografia do Tórax: A radiografia do tórax em pacientes com câncer esofágico pode mostrar pneumonia de aspiração (infecção pulmonar causada pela inalação de secreções da boca e/ou de conteúdo estomacal), metástases no pulmão e efusão pleural (esôfago pode estar preenchido por líquido) Esofagografia com Meio de Contraste: uso no diagnóstico do câncer esofágico tem diminuído ao longo dos anos com o aumento do uso da endoscopia para o diagnóstico primário. A esofagografia deveria ser realizada apenas quando esse teste for afetar o processo de decisão. Radiografias de duplo meio de contraste com bário frequentemente mostram cânceres precoces como pequenas lesões polipoides, lesões do tipo placa ou irregularidades focais da parede. Cânceres avançados comumente aparecem como áreas de estreitamento irregular do lúmen, ulceração e estreitamento, com arestas abruptas. - Tomografia computadorizada: O câncer esofágico aparece tipicamente na tomografia computadorizada [TC) como espessamento irregular da parede esofágica, com um lúmen esofágico dilatado próximo à área do estreitamento maligno e frequentemente como massa intraluminal. Trata-se do principal método de estadiamento do câncer do esôfago. Deve compreender avaliação das regiões cervical, torácica e abdominal superior, estendendo-se para o abdome total nos adenocarcinomas. Seu principal objetivo é avaliar a lesão e suas correlações com estruturas adjacentes nos três campos estudados. Ademais, a tomografia tem Andressa – P2B – 2020.2 importante papel na detecção das lesões metastáticas nos principais órgãos de disseminação da doença (fígado, pulmões e suprarrenais). Endoscopia e Biópsia: Durante a endoscopia, a localização do tumor esofágico, sua relação com pontos anatômicos como o esfíncter esofágico superior e a junção esofagogástrica, e o grau de obstrução luminal são normalmente vistos. Além disso, a visualização endoscópica combinada com uma biópsia fornece uma informação precisa de lesões malignas (e pré-malignas) do esôfago. Cânceres esofágicos avançados aparecem endoscopicamente como uma massa necrótica e ulcerada frequentemente ocupando toda a circunferência luminal, em geral com margens não distintasUm alto número de biópsias; tipicamente se traduz em uma alta taxa de acurácia. A avaliação do estádio em que se encontra a disseminação da doença é fundamental para o planejamento terapêutico. Os métodos empregados para o estadiamento buscam verificar: a profundidade de invasão do tumor na parede esofágica (T); a disseminação linfonodal (N); a ocorrência de metástases à distância (M). - Ultrassonografia endoscópica: É atualmente o método mais eficaz para definir a profundidade da lesão (T) (tem acurácia de 85%) e é especialmente útil para as lesões restritas à parede do órgão. P7: Quais as alterações histológicas que podem ser encontradas na biópsia do câncer de esôfago? - Câncer Epidermoide Escamoso: O câncer epidermoide escamoso se desenvolve tipicamente pela progressão de lesões precursoras pré-malignas (displásicas). Mudanças citológicas são tipicamente vistas como cromatina desorganizada, aumento da taxa núcleo/ citoplasma, hipercromasia* nuclear, pleomorfismo** nuclear e figuras mitóticas. As mudanças arquitetônicas na displasia incluem desorganização, perda de polaridade, núcleos sobrepostos e perda da maturação de superfície. *mais cromatina que o normal/ **mudança da forma e tamanho das células A aparência dos cânceres epidermoides escamosos esofágicos varia de uma lesão plana, relativamente simples, a lesões polipoides, ulceradas, exofíticas e infiltradas. - Adenocarcinoma: Mudanças displásicas do tipo adenoma mostram distorção mínima das criptas e anormalidades citológicas leves. Quase todos os adenocarcinomas esofágicos surgem do esôfago de Barrett e ocorrem tipicamente no terço distal do esôfago, incluindo a junção esofagogástrica. O adenocarcinoma esofágico pode ter uma aparência plana e simples ou pode ser polipoide, ulcerado ou infiltrativo. A maioria é bem ou moderadamente diferenciada, geralmente compreendendo glândulas císticas ou tubulares em nichos sólidos e agrupamentos irregulares, e frequentemente em um padrão cerebriforme com considerável estratificação. ESÔFAGO. CARCINOMA EPIDERMÓIDE. OBSERVE MASSA DE CÉLULAS EPITELIAIS ESCAMOSAS NEOPLÁSICAS, COM NÚCLEOS PLEOMÓRFICOS, EUCROMÁTICOS, E CITOPLASMA EOSINOFÍLICO. NO CENTRO NOTE PÉROLA CÓRNEA (MASSA DE QUERATINA). P8: Qual a histologia normal do esôfago? Histologia Básica, Junqueira 12ed, 2013. O esôfago é um tubo muscular cuja função é transportar o alimento da boca para o estômago. De modo geral, o esôfago contém as mesmas camadas que o resto do trato digestivo. A mucosa esofágica é revestida por um epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado. Na lâmina própria da região próxima do estômago existem grupos de glândulas, as glândulas esofágicas da cárdia, que secretam muco. Na submucosa também existem grupos de glândulas secretoras de muco, as glândulas esofágicas, cuja secreção facilita o transporte de alimento e protege a mucosa. Na porção proximal do esôfago a camada muscular consiste exclusivamente em fibras estriadas esqueléticas (esfíncter superior, importante para a deglutição); na porção média, há uma mistura de musculatura estriada esquelética e lisa; na porção distal, há células musculares lisas (não se define um esfíncter anatômico, apenas funcional). Somente a porção do esôfago que está na cavidade peritoneal é recoberta por uma membrana serosa. O restante é envolvido por uma camada de tecido conjuntivo, a adventícia, que se mistura com o tecido conjuntivo circundante. Andressa – P2B – 2020.2 T R A T A M E N T O As principais modalidades de tratamento compreendem a ressecção do tumor primário, quimioterapia e radioterapia. Em muitos pacientes com câncer esofágico ainda em estádio primário, a ressecção endoscópica tomou-se uma opção razoável, com bons resultados. Em muitos pacientes que possuem câncer esofágico avançado local, a terapia de modalidades combinadas (quimioterapia com cirurgia ou quimioterapia e radioterapia com cirurgia) tem aumentado em popularidade. Para tumores avançados propensos a tratamento paliativo, o foco mudou da intervenção cirúrgica para modalidades não cirúrgicas, com alívio dos sintomas por procedimento endoscópico ou quimiorradioterapia. ♦A esofagectomia com linfadenectomia é a melhor opção de tratamento da neoplasia de esôfago que visa a cura da doença, conforme existam condições clínicas e de estadiamento que permitam um tratamento radical. Esse procedimento varia de acordo com a localização topográficada lesão e, consequentemente, a distribuição das cadeias linfonodais alvo para uma ressecção radical. →Assim, lesões do esôfago cervical demandam a esofagectomia total, mas raramente podem estar acompanhadas de outros órgãos (faringe e/ou laringe) e de cadeias linfonodais cervicais e torácicas. Dessa forma, o acesso torácico (toracotomia ou toracoscopia direita) e o acesso cervical com a dissecção em “colar” para a remoção de cadeias linfonodais até as fossas supraclaviculares bilaterais são os indicados. →Nas lesões do esôfago torácico, aplica-se (com as variações da localização topográfica – torácico alto, médio e inferior) a chamada esofagectomia com linfadenectomia de “3 campos”, em que se pretende a dissecção de linfonodos em nível cervical torácico e abdominal. Portanto, a incisão em “colar” cervical associada a ampla toracotomia (ou videotoracoscopia) direita e laparotomia constituem os acessos cirúrgicos necessários para a realização dos procedimentos propostos. H4: Hábitos de vida tem relação com a osteoartrite. P9: Qual a relação do tabagismo, do etilismo e do sedentarismo com a osteoartrite? (fatores de risco) *Conceitos atuais em osteoartrite. Revista Acta Ortopédica Brasileira. 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- 78522013000200010&lng=en&nrm=iso>. *Ortopedia e Traumatologia, Barros Filho e Tarciso Eloy Pessoa, 1º ed. 2018. *Reumatologia: diagnóstico e tratamento/Marco Antonio P. Carvalho ... [et al.]. - 5. ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. A Osteoartrite (AO) é uma doença articular, está ligada ao envelhecimento: o fator determinante do processo osteoartrítico é o desequilíbrio entre degradação e reparação. Nesse sentido, a OA pode ser entendida como uma insuficiência cartilaginosa decorrente de fatores mecânicos, genéticos, hormonais, ósseos, metabólicos, que acarretam uma degradação do tecido cartilaginoso com a consequente remodelação óssea e algum grau de inflamação sinovial. • Osteoartrite idiopática - doença localizada ou generalizada. A osteoartrite localizada mais comumente afeta as mãos, pés, joelhos, quadril e coluna vertebral. Outras articulações são menos comumente envolvidas e incluem o ombro, a articulação temporomandibular, sacroilíaca, o tornozelo e articulações do punho. Considera-se que há osteoartrite generalizada quando há o envolvimento de três ou mais articulações. • Osteoartrite secundária – Condições específicas → maior risco. São elas: trauma; distúrbios congênitos ou de desenvolvimento; doença de deposição do cálcio pirofosfato (CPPD); outros acometimentos ósseos articulares, incluindo osteonecrose, artrite reumatoide, artrite gotosa, artrite séptica e doença óssea de Paget; outras doenças, como diabetes melito, acromegalia, hipotireoidismo e neuropatia de Charcot. Epidemiologia: mais comum a partir dos 40 anos → no Brasil, perspectiva de 4,2 milhões de pacientes entre 40 e 59 anos, e 4,2 milhões com 60 anos ou mais. Destes, 4,4 milhões são do sexo masculino e 5,5 milhões do sexo feminino. Em ordem de prevalência, as queixas são de dor, crepitação, deformidade, limitação de movimentos, aumento de volume e rigidez após repouso. Sabe-se que os principais fatores de risco para artrite de joelho são, em ordem: sobrepeso, obesidade, lesão prévia de joelho, ser do sexo feminino, apresentar artrite de mãos e ser tabagista. ►Esofagectomia: remoção de parte ou de todo o esôfago; ►Linfadencetomia: remoção de um ou mais grupos de linfonodos Andressa – P2B – 2020.2 Obesidade: níveis aumentados de leptina sérica basal (hormônio produzido pelos adipócitos), criando uma via metabólica inflamatória que aumenta a incidência de osteoartrite P10: Qual a etiologia da osteoartrite? etiologia = causas *Conceitos atuais em osteoartrite. Revista Acta Ortopédica Brasileira. 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-78522013000200010&lng=en&nrm=iso>. *Reumatologia: diagnóstico e tratamento / Marco Antonio P. Carvalho, Capítulo 18, 5ºed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. Fatores de risco como gênero, idade, trauma, uso excessivo, genética e obesidade contribuem para iniciar o processo de lesão nos diferentes componentes da articulação. Já é bem estabelecido que a sinóvia, o osso e a cartilagem são os três principais tecidos atingidos pelos mecanismos patológicos da OA. A cartilagem recebe a maior atenção no estudo da OA devido à destruição encontrada em espécimens patológicos e estudos de imagem, assim como devido a imensa quantidade de processos biológicos nela ativados. Eventos chave que ocorrem na cartilagem incluem o desbalanço metabólico e o surgimento de sinalizadores de degradação, estimulados por cascatas de citocinas, e a produção de mediadores inflamatórios. Ruptura expõe cartilagem e gera resposta inflamatória atacam a cartilagem. Começa como uma agressão mecânica e termina com uma inflamação. Em pacientes com OA, os condrócitos, assim como as células sinoviais, produzem níveis aumentados de citocinas inflamatórias, como a interleucina 1β (IL-1β) e o fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), que, por sua vez, diminuem a síntese de colágeno e aumentam mediadores catabólicos, como metaloproteinases (MMPs) e outras substâncias inflamatórias como interleucina 8 (IL-8), interleucina 6 (IL-6), prostaglandina E2 (PGE2) e óxido nítrico (NO). Além disso, estresse mecânico, tanto por compressão estática quanto por dinâmica, aumenta a produção de NO pelos condrócitos, assim como a expressão de óxido nítrico sintetase (NOS). Os agentes oxidantes, entre eles o NO, promovem apoptose de condrócitos, processos catabólicos e degeneração da matriz. Sendo assim, são causadores de dois importantes eventos patogênicos característicos dos condrócitos osteoartríticos - senescência prematura e apoptose. Estes eventos ajudam a formar o conceito de que a OA é uma doença do envelhecimento prematuro da articulação. Quando a OA se inicia na própria cartilagem, a alteração básica pode estar na matriz colágena e de proteglicanos ou nos condrócitos. O desarranjo da rede colágena repercute nos proteoglicanos e vice-versa em virtude da íntima correlação funcional entre esses componentes da matriz extracelular. Os condrócitos são a maior fonte de enzimas degradadoras na OA, liberando metaloproteinases (colagenase, estromelisina, gelatinase), serinoproteases e tiolproteases, substâncias muito atuantes no catabolismo da cartilagem. A homeostase da cartilagem se estabelece pelo equilíbrio entre agentes que atuam no seu anabolismo e catabolismo. Um desequilíbrio entre eles, com predominância dos agentes catabólicos, precipita a degeneração cartilaginosa. H5: Dor crônica é um sintoma característico de osteoartrite. P11: Quais são os sintomas da osteoartrite? dor crônica *Revista Portuguesa de Farmacoterapia, Diagnóstico e abordagem terapêutica de osteoartrite 2012. *Ortopedia e Traumatologia, Barros Filho e Tarciso Eloy Pessoa, 1º ed. 2018. Os sinais mais importantes que caracterizam a OA são: • Rigidez matinal de curta duração da articulação (30 min) • Pontos dolorosos nas margens da articulação; • Sensibilidade exagerada na articulação; • Tumefação articular inchaço; • Crepitações (atritos); • Derrame intra-articular; • Movimentos restritos e dolorosos; • Atrofia muscular periarticular; • Instabilidade articular H6: O diagnóstico da osteoartrite é feito por radiografia. P12: Quais os métodos para o diagnóstico de osteoartrite? *Reumatologia diagnóstico e tratamento, Carvalho, 4º edição, 2014. Radiografias convencionais continuam sendo o método mais simples e adequado para se estabelecer o diagnóstico de OA, determinar sua extensão e gravidade, monitorizar sua progressão e escolher os candidatos à cirurgia reconstrutora. P13: Quais os achados no diagnóstico de osteoartrite? (alterações no exame de imagem)*Harrison – Medicina Interna, 2017. *Ortopedia e Traumatologia, Barros Filho e Tarciso Eloy Pessoa, 1º ed. 2018. De acordo com estudos de necropsia, as alterações estruturais da OA são quase universais. Consistem em perda da cartilagem (visualizada como perda do espaço articular nas radiografias) e osteófitos (formação óssea em forma de gancho: “bico de papagaio”). Andressa – P2B – 2020.2 Esclerose subcondral é uma doença que afeta os ossos e as articulações das pessoas com osteoartrite. Causa dor articular e imobilidade decorrente de aumento de massa e densidade ósseas em uma camada fina embaixo da cartilagem das articulações. HIPÓTESE ERRADA o diagnóstico é clínico, radiografia vai apenas analisar o grau H7: Condroprotetores tratam a osteoartrite. P14: Quais as formas de tratamento indicados para osteoartrite? (controle da dor e evolução da doença) *Ortopedia e Traumatologia, Barros Filho e Tarciso Eloy Pessoa, 1º ed. 2018. Não medicamentoso: exercícios/fisioterapia/fortalecimento muscular/ redução de peso Tratamento farmacológico: • Fármacos sintomáticos de curta duração: analgésicos, anti- inflamatórios não hormonais [AINHs] e opioides. • Fármacos de ação lenta na AO: nesse grupo incluem-se os fármacos sintomáticos de ação lenta e aqueles com potencial modificador do curso de doença Condroprotetores a associação de sulfato de glucosamina e sulfato de condroitina reduziu a perda de espaço articular medida por radiografia em pacientes com OA de joelhos e teria preservado a cartilagem avaliada por ressonância magnética, comparada ao uso de placebo. Farmacoterapia O paracetamol é o analgésico não opioide mais utilizado, seguro contra eventos gastrointestinais e cardiológicos quando comparados aos anti-inflamatórios convencionais e COX-2 seletivos. Os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) são recomendados para pacientes com quadro de artrite e devem ser utilizados pelo menor período de tempo possível. Os anti-inflamatórios são preferidos pelos pacientes quando comparados ao paracetamol se questionados quanto à redução da dor e melhora do status geral de suas articulações. ibuprofeno, diclofenaco A injeção intra-articular de corticosteroides está indicada especialmente nos pacientes com eixo do joelho neutro, sem sintomas mecânicos em que um período curto de alívio sintomático é necessário benzetacil Condroproteção: O sulfato de glucosamina, 1.500 mg diários, reduz a dor e diminui a progressão do estreitamento articular quando comparado ao placebo. Seu mecanismo de ação parece reduzir a síntese de metaloproteinases pela cartilagem hialina, além de promover down regulation nos receptores para a interleucina-1 e óxido nítrico, além de aumento da síntese de proteoglicanas, glicosaminoglicanas e ácido hialurônico. Viscossuplementação: A injeção de ácido hialurônico é uma opção que proporciona não só mudança nas propriedades físicas do líquido articular, mas também tem efeitos analgésicos. É fundamental realizar a aspiração do líquido articular antes de injetar a solução. No quadril, deve ser feita com auxílio do intensificador de imagens. OBS: Suplemento alimentar colágeno hidrolisado: estimula a produção de glicosaminoglicanos Anti-inflamatório de longa duração: Colágenos não hidrolisado: Imunomodulador: quando passa pelo intestino impede que o sistema imune reconheça o colágeno e diminui a inflamação. Tratamento envolve várias coisas... PRIMEIRA LINHA: fisioterapia fortalecimento muscular SEGUNDA FASE: Se tiver dor fisioterapia + analgésico analgésico sempre, anti-inflamatório apenas em crises Em crise fisioterapia + analgésico + anti-inflamatório Joelho com derrame injeção de triancinolona e volta para a primeira linha: fisio+analgésico Joelho sem derrame: ácido hialuronico lubrificante TERCEIRA FASE: Cirurgia H8: Hábitos de vida tem relação com a disfunção erétil. P15: Qual a relação do tabagismo, do etilismo e do sedentarismo com a disfunção erétil? (causas) *Urologia Fundamental, Cap. 9. Disfunções sexuais, 2010. *Fisiopatologia, avaliação e tratamento da disfunção erétil: artigo de revisão. Revista de Medicina (São Paulo), 2016. Disponível em: <http://www.periodicos.usp.br/revistadc/article/download/98277/115607/>. Durante a análise clínica deve-se obter dados sobre fatores de riscos, como hipertensão arterial, tabagismo, drogas recreacionais, medicamentos, diabetes, hiperlipidemia, doença arterial coronariana, distúrbios vasculares periféricos, bem como antecedentes de radioterapia, cirurgias e traumas perineais ou pélvicos. Sedentarismo gera HAS, DM e problemas vasculares e esses podem acarretar em DE. http://www.periodicos.usp.br/revistadc/article/download/98277/115607/ Andressa – P2B – 2020.2 Etiologia vascular: A doença traumática arterial, a aterosclerose e a hipertensão arterial sistêmica (HAS) estão entre as principais causas de DE vasculogênica. A HAS pode estar diretamente relacionada à diminuição da quantidade de óxido nítrico (NO), substância essencial para a ereção peniana. A associação entre DE e HAS é muito complexa e pode envolver outros aspectos, como alterações hemodinâmicas (circulação sanguínea) determinadas por obstruções arteriais crônicas ou traumáticas diminuem aporte sanguíneo aos sinusoides dos corpos cavernosos, podendo reduzir de forma significativa a qualidade da ereção. Etiologia endócrina: Entre as causas endócrinas, estão o diabetes mellitus (DM), a síndrome metabólica e as alterações dos hormônios sexuais. Entre 35% e 75% dos diabéticos apresentam algum grau de DE. A fisiopatologia da DE em diabéticos pode ser resultante de suas complicações, como doenças vasculares, hipertensão arterial sistêmica, obesidade e neuropatia. No DM, a exposição prolongada à glicose leva à glicação não-enzimática de proteínas plasmáticas e das membranas celulares, que podem se depositar na camada subendotelial → isso pode, de maneira direta, inativar o NO endotelial impedindo a vasodilatação endotélio-dependente. Além disso, ocorre uma grande liberação de radicais livres que reagem com o NO gerando um potente oxidante (peroxinitrito). Etiologia tecidual: aumento de fibras colágenas e diminuição de fibras elásticas e do percentual de fibras musculares lisas dos corpos cavernosos, que podem ocorrer com o processo de envelhecimento e em doenças degenerativas, explicam a fisiopatologia da DE, denominada disfunção venoclusiva. Etiologia neurológica: como ereção peniana é um evento neurovascular, qualquer doença ou disfunção que afete o cérebro, a medula espinhal ou a inervação periférica do pênis pode induzir DE. Etiologia relacionada a drogas: dados epidemiológicos indicam que fumantes podem ter uma prevalência de DE duas vezes maior quando comparados a não-fumantes devido a alterações morfológicas do endotélio e ao estresse oxidativo produzido sobre as células. O uso prolongado da nicotina também induz uma diminuição crônica da síntese e da disponibilidade de óxido nítrico (NO). Em relação ao álcool, doses pequenas inicialmente promovem um aumento da ereção e do desejo sexual devido ao seu efeito vasodilatador. No entanto, grandes quantidades dessa substância podem causar sedação, diminuir a libido e causar uma disfunção sexual transitória. O alcoolismo crônico pode resultar em disfunção hepática, um decréscimo dos níveis de testosterona e um aumento dos níveis de estrogênio, podendo apresentar também casos de polineuropatia alcoólica que afeta diretamente a inervação peniana. Etiologia relacionada à intervenção urológica: A DE é muito comum em intervenções e afecções urológicas, sendo o câncer de próstata um importante fator de predisposição a esse evento. A principal causa de DE em pacientes com câncer de próstata é a prostatectomia, que pode reduzir a função sexual em até 60% dos pacientes submetidos a cirurgia dentro de 2 anos. P16: Quais as outras causas da disfunçãoerétil? (fatores psicológicos) DE de causa psicogênica pode ser primária ou secundária e estar relacionada a estresse emocional, coerção sexual, coerção pré-puberal, problemas de relacionamento (conflitos conjugais e separações), problemas com emprego (desemprego e diminuição de renda), depressão, insatisfação com a vida e atitude pessimista. H9: Disfunção erétil está relacionada com a má vascularização do corpo cavernoso. P17: Como se dá o processo de ereção? *Urologia Fundamental, Cap. 9. Disfunções sexuais, 2010. *Anatomia Orientada para a Clínica, Moore, 7°edição, 2014. Fisiologia e fisiopatologia da ereção: O processo de ereção tem por base o relaxamento das fibras musculares lisas dos corpos cavernosos, o que permite maior fluxo sanguíneo arterial aos espaços lacunares, simultâneo à vasodilatação das artérias cavernosas. Distensão dos espaços lacunares, promovida pelo aumento de fluxo arterial, comprime o plexo venoso* subalbuginial contra a túnica albugínea, com consequente diminuição do fluxo venoso (mecanismo venoclusivo). Pressão intracavernosa eleva-se como resultante desse mecanismo, promovendo a rigidez peniana. Óxido nítrico é o principal neurotransmissor periférico que promove o relaxamento da musculatura lisa dos corpos cavernosos, sintetizado pela enzima óxido nítrico sintetase. Ele atua sobre a célula muscular lisa, promovendo aumento da concentração intracelular de GMP ** cíclico, segundo mensageiro que induz dissociação do complexo actina-miosina *** , com diminuição da concentração intracelular de cálcio e consequente relaxamento das fibras musculares lisas. A transmissão de informações entre as células musculares lisas por meio de conexões intercelulares conhecidas como gap junctions (junções comunicantes), que permitem troca de íons cálcio e também de GMP cíclico é uma parte importante no processo de ereção peniana, o que explica a sincronização do relaxamento da musculatura lisa dos corpos cavernosos no processo de ereção. Existem diversas áreas do sistema nervoso central associadas à sexualidade: Andressa – P2B – 2020.2 Neurotransmissores excitatórios: dopamina, acetilcolina, prostanoides oxitocina e peptídeo vasointestinal (VIP). Neurotransmissores inibidores mais importantes, peptídeos opioides e endotelinas são relacionados à noradrenalina. Detumescência peniana, que se segue ao estado de ereção, pode resultar da parada ou da diminuição da liberação de óxido nítrico pelas fibras não adrenérgicas/ não colinérgicas, pela inativação do segundo mensageiro (GMP cíclico) pela fosfodiesterase ou por atividade do sistema nervoso simpático durante a ejaculação. Durante o estado de flacidez do pênis, o fluxo sanguíneo das artérias cavernosas e seus ramos helicinais para os espaços cavernosos é minimizado, permitindo a fácil passagem de sangue venoso pelo plexo subalbuginial e pelas veias emissárias. Independentemente do mecanismo etiológico envolvido, sugere-se que o problema básico em pacientes com disfunção erétil (DE) é um desequilíbrio entre contração e relaxamento da musculatura lisa do corpo cavernoso e pode ser classificada em três grandes grupos: psicogênico, orgânico e misto (orgânico e psicogênico). *Plexo venoso == rede de veias **GMP == monofosfato de guanosina *** actina-miosina == contração muscular P18: O que é disfunção erétil? *Fisiopatologia, avaliação e tratamento da disfunção erétil: artigo de revisão. Revista de Medicina (São Paulo), 2016. Disponível em: <http://www.periodicos.usp.br/revistadc/article/download/98277/115607/>. A disfunção erétil (DE) é a “incapacidade recorrente de obter e manter uma ereção que permita atividade sexual satisfatória”, segundo definição proposta pelo National Institutes of Health Consensus Development Panel, no ano de 1993. A DE não constitui uma doença, mas sim, uma manifestação sintomatológica de patologias isoladas ou associadas. H10: Acompanhamento psicoterápico, uso de citrato de sildenafila e injeção intracavernosa auxiliam no tratamento da disfunção erétil. P19: Quais as formas de tratamento para a disfunção erétil? (mecanismo de ação das drogas, efeitos colaterais; indicações do tratamento psicoterápico e do medicamentoso)*Urologia Fundamental, Cap. 9. Disfunções sexuais, 2010. *Fisiopatologia, avaliação e tratamento da disfunção erétil: artigo de revisão. Revista de Medicina (São Paulo), 2016. Disponível em: <http://www.periodicos.usp.br/revistadc/article/download/98277/115607/>. A DE é primeiramente avaliada pelo método clínico, mas existem instrumentos avaliativos multidimensionais, sendo o Índice Internacional de Função Erétil considerado o padrão-ouro. Tratamento da DE pode ser dividido em: Tratamento não-medicamentoso: o Mudança de hábitos: controle do sedentarismo, estresse, obesidade, uso de drogas ilícitas, tabagismo, alcoolismo, para melhorar a função erétil. o Psicoterapia: Essa prática consiste em diversas intervenções psicológicas com o intuito de eliminar pensamentos ou mitos que afetam a relação conjugal, tendo como objetivo explorar aspectos como experiências sexuais prévias, ansiedade, entre outras Tratamento medicamentoso: o Tratamento oral: Inibidores da PDE5, que são vasodilatadores, agem impedindo que essa enzima, presente no corpo cavernoso, transforme o GMP cíclico em GMP, mantendo o estado de ereção. Mecanismo de ação A estimulação sexual provoca uma estimulação do sistema nervoso parassimpático, que leva à liberação de óxido nítrico (NO), que leva ao aumento da produção de Monofosfato de Guanina Cíclica (GMPc). Este causa o relaxamento do músculo liso do corpo cavernoso através da redução das concentrações intracelulares de cálcio e, por fim, o aumento do fluxo arterial da região, produzindo a ereção. Em condições normais, o GMPc é degradado pela enzima fosfodiesterase do tipo 5 (PDE-5). Os inibidores da fosfoidesterase-5 agem, como o próprio nome diz, como inibidores seletivos da PDE-5. Já que o GMPc não é degradado devido à inibição da PDE-5, ocorre um aumento de sua concentração, permitindo a desfosforilação das cadeias leves miosínicas e consequentemente, relaxamento do músculo liso, levando à ereção. Como a inibição é seletiva e temporária, os inibidores não afetam a ereção em momentos nos quais não se realiza o uso da medicação. - Inibidores da PDE5 são indicados na terapia oral sob demanda em homens portadores de DE de causa orgânica, psicogênica e mista; Ex: Sildenafila, Tadalafila, Vardenafila, Iodenafila http://www.periodicos.usp.br/revistadc/article/download/98277/115607/ http://www.periodicos.usp.br/revistadc/article/download/98277/115607/ Andressa – P2B – 2020.2 Os efeitos colaterais costumam ser transitórios e de leve intensidade. Os mais frequentes são: cefaleia, rubor facial, dispepsia e congestão nasal. A cefaleia e o rubor são provavelmente produzidos pela vasodilatação dos leitos vasculares cerebrais e cutâneos, respectivamente. Outro efeito adverso possível dos inibidores de PDE-5 é uma perda de visão transitória ou até mesmo permanente, devido a uma afecção denominada neuropatia óptica isquêmica não-arterítica. Não há certeza sobre o mecanismo e o papel dos inibidores nessa afecção Injeção intracavernosa: Para os pacientes não responsivos aos tratamentos orais ou que apresentem contraindicação a eles, vale-se do tratamento de segunda linha da DE, a injeção intracavernosa, que gera poucos efeitos adversos mesmo após 8 anos de uso pelo paciente. O mecanismo de combate à DE é a injeção de substâncias vasoativas como a prostaglandina E1 (PGE1), papaverina, fentolamina e clorpromazina no corpo cavernoso do pênis, que resulta em vasodilatação peniana levando à ereção. Como efeitos colaterais, podem-se citar dor ou desconforto local pós-aplicação, hematomas, priaprismo e, tardiamente, fibrose local, sendo a injeção intracavernosa contraindicada para pacientes que tenham história de coagulopatiasseveras, priaprismo de repetição ou doenças cardiovasculares mal controladas. Terapia hormonal: O hormônio testosterona pode ser utilizado como terapia medicamentosa para tratamento da DE, principalmente associado aos inibidores da PDE-5. A associação de testosterona propicia além do efeito vascular da ereção peniana, um aumento da libido e da tumescência noturna em pacientes que tenham comprometimento das células de Leydig; Prótese peniana: Em caso de insucesso das terapias de primeira e segunda linhas, pode-se optar por uma terapia de terceira linha, como a prótese peniana. Na maior parte dos casos, esse tipo de tratamento é tido como a última opção. As próteses penianas são “esqueletos” artificiais que ajudam a manter a ereção do pênis. A prótese semirrígida consiste em um tubo flexível de silicone com uma haste interna de prata ou platina que confere tensão ao pênis. Essa estrutura é introduzida no corpo cavernoso e pode assumir três posições: linha reta para os atos sexuais; para baixo para urinar; posição normal para ficar oculta sob as roupas. OBS: Primeira linha: tratamento oral e/ou psicoterapia; Segunda linha: injeção intracavernosa; Terceira linha: prótese peniana;
Compartilhar