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resumo cardio embrio

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Desenvolvimento pré-natal final do coração
O primórdio do coração torna-se primeiro evidente aos 18 dias e começa a pulsar aos 22 ou 23 dias.Na área cardiogenica,células mesenquimais esplâncnicas ventrais ao celoma pericárdio se agregam e se dispõem de ambos os lados,formando dois primórdios cardíacos celulares longitudinais--os cordões angioblasticos.Estes cordões se canalizam,formando dois tubos cardíacos endocárdicos de paredes delgadas.Quando ocorre o dobramento lateral de embrião,os tubos endocárdicos se aproximam um do outro e se fundem,formando um único tubo emdocardico.A fusão dos tubos endocárdicos começa na extremidade cefálica do coração em desenvolvimento e estende-se caudalmente .
Com a fusão dos tubos cardíacos,uma camada externa do coração embrionário – o miocárdio primitivo – forma-se do mesoderma esplâncnico, que circunda o celoma pericárdico.Neste estágio,o coração em desenvolvimento é composto por um delgado tubo endotelial,separado de um tubo muscular espesso, o miocárdio primitivo, por tecido conjuntivo gelatinoso – a geléia cardíaca. O tubo endotelial torna-se o revestimento endotelial interno do coração, ou endocárdio, e o miocárdio primitivo torna-se a parede muscular do coração, ou miocárdio. O pericárdio visceral ou epicardio deriva de células mesoteliais,originarias da superfície externa do seio venoso, que se espalham sobre o miocárdio.
Com o pregueamento da região da cabeça,o coração e a cavidade pericárdica passam a se situar ventralmente ao intestino anterior e caudalmente à membrana bucofaríngea. Concomitante, o coração tubular se alonga e forma dilatações e constrições alternadas.Tronca arterioso,bulbo cardíaco,ventrículo,átrio e seio venoso.
O tronco arterioso tubular é contínuo, cefalicamente, com o saco aórtico, do qual surgem os arcos aórticos.O seio venoso recebe as veias umbilical, vitelinas e cardinais comuns originarias do córion, do saco vitelineo e do embrião, respectivamente.
As extremidades arterial e venosa do coração são fixadas pelos arcos faríngeos e septo transverso,respectivamente.Como o bulbo cardíaco e o ventrículo crescem mais rapidamente que as outras regiões, o coração se dobra sobre si mesmo, formando uma alça bulboventricular em forma de U.Quando o coração primitivo se dobra, o átrio e o seio venoso passam a situar-se dorsalmente ao tronco arterioso, ao bulbo cardíaco e ao ventrículo. Neste estagio, o sei venoso já formou expansões laterais, os cornos do seio venoso direito e esquerdo.
Ao alongar-se e dobrar-se gradativamente, o coração se invagina na cavidade pericárdica.Inicialmente, o coração está suspenso da parede dorsal por um mesentério, o mesocardio dorsal, mas a parte central deste mesentério logo degenera, formando uma comunicação , o seio pericárdico transversal, entre os lados direito e esquerdo da cavidade pericárdica. O coração agora fica preso apenas por suas extremidades cefálica e caudal.
Circulação pelo coração primitivo
As contrações iniciasi do coração originam-se no músculo, isto é, são de origem miogênica. As camadas musculares do átrio e do ventrículo são continuas, e as contrações ocorrem como ondas peristálticas, que se iniciam no seio venoso. No começo, a circulação pelo coração é do tipo enchentevazante; ao final da quarta semana, contrações coordenadas do coração resultam em um fluxo unidirecional. O sangue entra no seio venoso vindo do embrião, pelas veias cardinais comuns, da placenta em desenvolvimento, pelas veias umbilicais e do saco vitelineo, pelas veias vitelinas.
O sangue do seio venoso entra no átrio primitivo; o fluxo do seio é controlado pelas válvulas sinoatriais. O sangue então passa pelo canal atrioventricular para o ventrículo primitivo. Quando o ventrículo se contrai, o sangue é bombeado através do bulbo cardíaco e do tronco arterioso para o saco aórtico, do qual é distribuído para os arcos aórticos nos arcos faríngeos. O sangue passa, em seguida, para as aortas dorsais, sendo distribuído para o embrião, vesícula vitelina e placenta.
Septação do coração primitivo
A septação do canal atrioventricular, o átrio e do ventrículo primitivos começa em torno do meio da quarta semana e está essencialmente completada ao final da quinta semana. Apesar de serem descritos separadamente, estes processos ocorrem concomitantemente.
Septação do canal atrioventricular
Ao final da quarta semana. Formam-se coxins endocárdicos nas paredes dorsal e ventral do canal atrioventricular. À medida que estas massas de tecido são invadidas por células mesenquimais durante a quinta semana, os coxins endocárdicos AV se aproximam entre si e se fundem, dividindo o canal AV em canais AV direito e esquerdo. Estes canais separam, parcialmente, o átrio primitivo do ventrículo, e os coxins endocárdicos funcionam como válvulas AV.
Septação do átrio primitivo
Começando ao final da quarta semana, o átrio primitivo é dividido em átrio direito e esquerdo pela formação e subseqüente modificação e fusão de dois septos, o septum primum e o septum secundum.
O septum primum, uma membrana delgada em forma de crescente, cresce em direção aos coxins endocárdicos, que estão se fundindo a partir do teto do átrio primitivo, dividindo parcialmente o átrio comum em metades direita e esquerda. Com o crescimento deste septo, em forma de cortina, uma grande abertura – o forâmen primum, forma-se entre o seu bordo livre, em forma de crescente, e os coxins endocárdicos. O forâmen primum serve como uma derivação, permitindo que o sangue oxigenado passe do átrio direito para o esquerdo.O foramen primum torna-se progressivamente menor e desaparece quando o septum primum se funde aos coxins endocárdicos, já fundidos, formando o septo AV primitivo.Antes do forâmen primum desaparecer, perfurações – produzidas por morte celular programada—aparecem na parte central do septum primum. Com a fusão do septo com os coxins endocárdicos , já fundidos, as perfurações coalescem formando outra abertura, o forâmen secundum. Ao mesmo tempo, a borda livre do septum primum se funde com o lado esquerdo dos coxins endocárdicos fundidos, obliterando o forâmen primum. O forâmen secundum garante um fluxo continuo de sangue oxigenado do átrio direito para o esquerdo.
O septum secundum, uma membrana muscular em forma de crescente. Cresce da parede ventrocefalica do átrio, imediatamente à direita do septum primum. Com o crescimento deste septo espesso, durante a quinta e sexta semanas, gradativamente ele se superpõe ao forâmen secundum no septum primum. O septo secundum separa, de modo incompleto, os átrios; conseqüentemente, uma perfuração ovalada—o forâmen oval—se forma. A parte cefálica do septum primum, inicialmente presa ao teto do átrio esquerdo , desaparece gradualmente. A parte restante do septum primum, presa aos coxins endcardicos fundidos, forma a válvula do forâmen oval. Antes do nascimento, forâmen oval permite que a maior parte do sangue oxigenado, que entra no átrio direito vindo da VCI, passa para o átrio esquerdo, e impede a passagem do sangue na direção oposta porque o septum primum se fecha contra o septum secundum relativamente rígido. Após o nascimento, forâmen oval normalmente se fecha, e a válvula do forâmen oval se funde com o septum primum. Em conseqüência, o septo interatrial torna-se uma parede completa entre os átrios.
Alterações do seio venoso
Inicialmente o seio venoso se abre no centro da parede dorsal do átrio primitivo,e seus cornos direito e esquerdo são aproximadamente do mesmo tamanho.O aumento progressivo do corno direito do seio venoso resulta de dois shunts do sangue da esquerda para a direita. O primeiro shunt do sangue resulta da transformação das veias vitelinas e umbilicais.O segundo shunt do sangue ocorre quando as veias cardinais anteriores são unidas por uma anastomose obliqua . Esta comunicação desvia o sangue da veia cardinal anterior direita para a esquerda.Finalmente o shunt se torna a veia braquiocefalica esquerda. A veia cardinal anterior direita e a veia cardinal comum direita se transformam na VCS.
Ao final da quartasemana , o corno direito é visivelmente maios que o esquerdo. Quando isto ocorre, o orifício sinoatrial se desloca para a direita e abre-se na parte do átrio primitivo, que se tornará o átrio adulto direito. Os resultados dos dois shunts venosos da esquerda para a direita são: o corno esquerdo do seio venoso, diminui de tamanho e importância, o corno direito aumenta e recebe todo o sangue da cabeça e do pescoço pela VCS, bem como da placenta e das regiões caudais pelo corpo da VCI. 
Sistema de condução do Coração
Inicialmente, as camadas musculares do átrio e do ventrículo são continuas.O átrio primitivo atua como o marcapasso provisório do coração,mas o seio venoso logo assume esta função.O nódulo sinoatrial se forma durante a quinta semana.O nódulo sinoatrial fica localizado no alto do átrio direito , junto a entrada da VCS.Após a incorporação do seio venoso,células da sua parede esquerda são encontradas na base do septo interatrial imediatamente anteriores à abertura do seio coronário.Juntamente com cels da região AV,elas formam o nódulo e o feixe AV,que ficam localizados acima dos coxins enocárdicos.As fibras que saem do feixe AV vão do átrio para o ventrículo e dividem-se em ramos do feixe,direito e esquerdo, que se distribuem por todo o miocárdio ventricular.O nódulo AS, nódulo AV e o feixe AV são ricamente supridos por nervos;no entanto o sistema de condução já está bem desenvolvido antes de esses nervos entrarem no coração.Este tecido especializado é, normalmente, a única via dos átrios para os ventrículos porque,à medida que as quatro camaras do coração se desenvolvem, uma faixa de tecido conjuntivo , vinda do epicardio,cresce entre eles. Subsequentemente,este tecido separa o músculo dos átrios do músculo dos ventrículos e forma parte do esqueleto cardíaco.
 Formação do sistema linfático
Há seis sacos linfáticos primários ao final do período embrionário, dois sacos linfáticos jugulares situados próximos a junção das veias subclavicas com as veias cardinais anteriores, futuras veias jugulares internas, dois sacos linfáticos ilíacos próximos a junção das veias ilíacas com as veias cardinais posteriores, um saco linfático retroperitonial na raiz do mesentério na parede abdominal posterior, uma cisterna do quilo localizada dorsalmente ao saco linfático retroperitoneal, vasos linfáticos logo se unem aos sacos linfáticos e saindo dos sacos linfatyicos jugulares correm ao longo das veias principais da cabeça, pescoço e membros superiores; para a parte inferior do tronco e para os membros inferiores. Eles saem dos sacos linfáticos ilíacos e Para o intestino primitivo, saem do saco linfático retroperitoneal e da cisterna do quilo. Dois grandes canais unem os sacos linfáticos jugulares com a cisterna do quilo, logo se forma uma grande anastomose entre esses canais.

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