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LEP (Leis de execuções penais) Estudo a LEP (Leis de Execuções Penais) – Lei 7210/84 Das Finalidades da LEP Art. 1º A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado. Como percebemos este artigo está em consonância com o que há de mais moderno na doutrina, temos aqui uma dupla finalidade ou também conhecida como eclética ou mista. Como percebemos temos um duplo objetivo, na primeira parte o legislador tem como objetivo propiciar meios para que a sentença seja integralmente cumprida e na parte final o legislador tem como objetivo a reintegração do sentenciado ao convívio social (ressocialização). Como outroramente comentado há a concordância entre o que está previsto no artigo primeiro da LEP e com a finalidade da pena, conforme prevê a doutrina moderna, vejamos, então, esta teoria: Pena em Abstrato – Prevenção Geral Pena na sentença – Prevenção Especial Pena na Execução Atuação Temporal • Atua antes do crime • Atua depois do Crime – O juiz já está sentenciado o fato Alcance • Visa à sociedade • Visa o delinqüente Finalidades • Busca evitar a prática do delito • Busca evitar a reincidência • Retribuição – Retribuir com o mal o mal causado. • Efetivar a prevenção especial + retribuição; • Ressocialização. 1. (SEJUS-ES/09) O objetivo da execução penal é efetivar as disposições de decisão criminal condenatória, ainda que não definitiva, de forma a proporcionar condições para a integração social do condenado, do internado e do menor infrator. Errado, pois não abrange o menor infrator. Princípios Norteadores da Sentença 1) Legalidade – Art. 3º LEP. “Art. 3º Ao condenado e ao internado serão assegurados todos os direitos não atingidos pela sentença ou pela lei.” Obs.: Cuidado o princípio da legalidade da execução penal está na própria LEP e não àquele que você provavelmente está pensando, previsto no artigo primeiro do Código Penal. Professor Ronaldo Bandeira Página 1 A doutrina moderna admite a tríplice finalidade, porém diferencia os momentos: LEP (Leis de execuções penais) A LEP se aplica ao preso em definitivo, ao preso provisório no que couber e ao internado, sujeito a medida de segurança de internação 2) Princípio da igualdade “Parágrafo único. Não haverá qualquer distinção de natureza racial, social, religiosa ou política.” OBS.: Este princípio está previsto no § único, do artigo 3º. Uma possível questão de prova pode envolver este princípio da legalidade, perguntando, por exemplo, se pode existir algum tipo de desigualdade, o candidato deve estar atento, pois pode haver uma desigualdade material, por exemplo, no que tange a idade (aos maiores de 60 anos) e ao sexo (Mulheres cumprindo pena). 3) Princípio da Personalização da Pena “Art. 5º Os condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e personalidade, para orientar a individualização da execução penal.” É amoldado a pena a cada condenado. O candidato deve ter cuidado com os tempos da individualização, existem dois momentos na pena, realizado pelo juiz da sentença e outro feito na execução penal, realizado pelo juiz da execução. Percebemos ainda que os condenados serão classificados, mas a pergunta que paira é, quem classifica? Esta classificação cabe a Comissão Técnica de Classificação (CTC), temos que ter cuidado, pois as suas atribuições, foram diminuídas, vejamos como eram e como ficou agora: Art. 6º A classificação será feita por Comissão Técnica de Classificação que elaborará o programa individualizador e acompanhará a execução das penas privativas de liberdade e restritivas de direitos, devendo propor, à autoridade competente, as progressões e regressões dos regimes, bem como as conversões. Art. 6o A classificação será feita por Comissão Técnica de Classificação que elaborará o programa individualizador da pena privativa de liberdade adequada ao condenado ou preso provisório. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003). Lei 10792/03 Antes Depois Acompanhava as Penas a) Privativa de Liberdade b) Restritiva de Direitos Intervinha a) Progressões/Regressões b) Conversão da Pena Somente individualiza e acompanha pena privativa de liberdade Comentários Como percebemos o exame criminológico, ao contrário de algumas correntes, ainda é previsto na LEP, apenas sofreu uma redução em seu rol com o advento da lei 10792/03, como vimos na tabela acima. A corrente que defende a extinção do exame criminológico, só leve em consideração a destinação do exame criminológico a tão somente à aferição do mérito que se exigia expressamente para a progressão do regime prisional e outros benefícios. Porém, e com maior relevância esta classificação se mostra imprescindível para a individualização executória, que por um acaso nada mudou. Percebemos que somente será submetido ao exame criminológico obrigatoriamente o preso que cumpre a pena em regime fechado, ficando, então, o preso em regime semiaberto a faculdade do juiz da execução penal caso ache necessário, como prevê o art. 8º. Art. 8º O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime fechado, será submetido a exame criminológico para a obtenção dos elementos necessários a uma adequada classificação e com vistas à individualização da execução. Professor Ronaldo Bandeira Página 2 LEP (Leis de execuções penais) Parágrafo único. Ao exame de que trata este artigo poderá ser submetido o condenado ao cumprimento da pena privativa de liberdade em regime semi-aberto. Questões Relacionadas 2. O exame criminológico para a obtenção dos elementos necessários a uma adequada classificação e com vistas à individualização da execução é obrigatório para: a) Os condenados somente às penas privativas de liberdade em regime fechado. b) Os condenados somente às penas privativas de liberdade em regime semi-aberto. c) Os condenados às penas privativas de liberdade em regime fechado e para os condenados às penas privativas de liberdade em regime semi-aberto. d) Os condenados às penas privativas de liberdade em regime aberto ou à pena restritiva de direitos. e) Os condenados somente à pena restritiva de direitos. Resposta: Letra A, Como já comentado somente aqueles que cumprem pena privativa de liberdade em regime fechado será submetido a exame criminológico, como prevê o artigo 8º acima. 3. (SEJUS-ES/09) O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade e restritiva de direitos deve ser submetido a exame criminológico a fim de que sejam obtidos os elementos necessários à adequada classificação e individualização da execução. Errada, só será submetido a exame criminológico os presos cuja a pena seja privativa de liberdade. 4) Jurisdicionalidade Os incidentes da LEP serão decididos pelo poder judiciário. A autoridade administrativa somente pode definir pontos secundários da execução penal (ex: Dia de visitas, horário do banho de sol, imposição de sanções disciplinares previamente previstos em lei, etc.). Mesmo nos pontos secundários pode haver intervenção judicial. Por Exemplo, o delegado ou o diretor do presídio, proíbe o dia de visitas, caso o condenado discorde pode recorrer ao juiz. 5) Devido Processo Legal Temos aqui um gênero com várias espécies, por exemplo, ampla defesa, contraditório, publicidade, imparcialidade... 6) Reeducativo Durante a execução penal deve-se buscar a ressocialização dos presos, coincidindo com as finalidades da LEP. Nós temos para isso os instrumentos que buscam a ressocialização, que desdobraremos futuramente. Art. 11. A assistência será: I - material; II - à saúde; III -jurídica; IV - educacional; V - social; VI - religiosa. 7) Humanização Aqui se visa apenas o que já a própriaConstituição federal já previa, proibindo penas cruéis, desumanas ou degradantes. Questões Relacionadas 4. Henrique, condenado definitivamente pela prática de latrocínio, praticou, no curso do regime fechado, fato definido como crime, isto é, matou seu companheiro de cela no interior do presídio. Nessa situação, independentemente da sanção penal, Henrique poderá ser sujeitado, pelo diretor do estabelecimento prisional, à sanção disciplinar de clausula em cela escura, até o limite de seis horas por dia. Professor Ronaldo Bandeira Página 3 LEP (Leis de execuções penais) Errada, é proibida qualquer tipo de tratamento desumano ou degradante, conforme prevê o artigo 5º, inciso III da CF, bem como garantido a integridade física e moral do preso. Art. 5º ... III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; ... XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral. Direitos e deveres do Preso Os direitos e deveres do preso estão previstos do artigo 38 ao artigo 43. Denominamos de estatuto jurídico do preso. Dos Deveres Art. 38. Cumpre ao condenado, além das obrigações legais inerentes ao seu estado, submeter-se às normas de execução da pena. Art. 39. Constituem deveres do condenado: I - comportamento disciplinado e cumprimento fiel da sentença; II - obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se; III - urbanidade e respeito no trato com os demais condenados; IV - conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de fuga ou de subversão à ordem ou à disciplina; V - execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas; VI - submissão à sanção disciplinar imposta; VII - indenização à vitima ou aos seus sucessores; VIII - indenização ao Estado, quando possível, das despesas realizadas com a sua manutenção, mediante desconto proporcional da remuneração do trabalho; IX - higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento; X - conservação dos objetos de uso pessoal. Parágrafo único. Aplica-se ao preso provisório, no que couber, o disposto neste artigo. Dos Direitos Art. 41 - Constituem direitos do preso: I - alimentação suficiente e vestuário; II - atribuição de trabalho e sua remuneração; III - Previdência Social; IV - constituição de pecúlio; V - proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a recreação; VI - exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e desportivas anteriores, desde que compatíveis com a execução da pena; VII - assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa; VIII - proteção contra qualquer forma de sensacionalismo; IX - entrevista pessoal e reservada com o advogado; X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados; XI - chamamento nominal; XII - igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da individualização da pena; XIII - audiência especial com o diretor do estabelecimento; XIV - representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito; XV - contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes. XVI – atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena da responsabilidade da autoridade judiciária competente. (Incluído pela Lei nº 10.713 , de 13.8.2003) Parágrafo único. Os direitos previstos nos incisos V, X e XV poderão ser suspensos ou restringidos mediante ato motivado do diretor do estabelecimento. Observamos que os incisos V, X e XV são os únicos relativos, sendo necessário ato motivado, enquanto durarem os motivos persistem as restrições acima. Questões relacionadas 5. (SEAP-PR) Constituem deveres do condenado, exceto: a) Higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento. b) Conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de fuga ou de subversão à ordem ou à disciplina. Professor Ronaldo Bandeira Página 4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.713.htm LEP (Leis de execuções penais) c) Conservação dos objetos de uso pessoal. d) Execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas. e) Constituição de pecúlio. Resposta: Letra E, aqui o examinador busca confundir a cabeça do candidato misturando os direitos e deveres, incluindo na letra E um direito e não um dever. Art. 41 - Constituem direitos do preso: ... IV - constituição de pecúlio; 6. (SEJUC-RN) Marque a afirmativa INCORRETA: A) São recompensas que podem ser concedidas aos presos: elogio e concessão de regalias. B) Não é garantida a liberdade de contratar médico de confiança pessoal do internado ou do submetido a tratamento ambulatorial, por seus familiares ou dependente, a fim de orientar e acompanhar o tratamento. C) Constituem direito do preso a alimentação suficiente e vestuário. D) Constitui direito do preso o contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes. E) Constitui direito do preso a previdência social. Resposta: Letra B, como prevê o artigo 43 é garantido como direito do internado a contratação de médico pessoal. Art. 43 - É garantida a liberdade de contratar médico de confiança pessoal do internado ou do submetido a tratamento ambulatorial, por seus familiares ou dependentes, a fim de orientar e acompanhar o tratamento. 7. (SEJUC-RN) Constituem deveres do preso, EXCETO: A) Obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se. B) Submissão à sanção disciplinar imposta. C) Execução do trabalho, das tarefas e das ordens. D) Indenização à vítima e aos seus sucessores. E) Proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a recreação. Resposta: Letra E, Como sempre o examinador procura misturar o rol de direitos e deveres a fim de confundir o candidato, porém observe que a letra “E” está contida no rol dos direitos e não dos deveres do preso, como prevê o inciso V do artigo 41. 8. Constituem direitos do preso I. Alimentação suficiente e vestuário II. Atribuição de trabalho e sua remuneração III.Previdência social IV. Constituição de pecúlio V. Entrevista pessoal e reservada com o advogado Marque a alternativa correta: (a) As alternativas I, II e III estão corretas (b) As alternativas I e IV estão corretas (c) As alternativas I, II, III e V estão corretas (d) Todas estão corretas Resposta: Letra D, todas as alternativas representam direito do preso. Art. 41 - Constituem direitos do preso: Professor Ronaldo Bandeira Página 5 LEP (Leis de execuções penais) I - alimentação suficiente e vestuário; II - atribuição de trabalho e sua remuneração; III - Previdência Social; IV - constituição de pecúlio; IX - entrevista pessoal e reservada com o advogado; Das sanções Disciplinares Visando buscar a harmonização entre àqueles que cumprem penas, seja privativa de liberdade ou até mesmo restritiva de direitos o legislador ordinário, criou para isso recompensas para quem haja com mérito e sanções punidas com faltas para quem haja com demérito, aprofundaremos agora esse assunto. Dos Méritos Dos Deméritos Art. 56. São recompensas: I - o elogio; II - a concessão de regalias. Parágrafo único. A legislação local e os regulamentos estabelecerão a natureza e a forma de concessão de regalias. Art. 53. Constituem sanções disciplinares: I - advertência verbal; II - repreensão; III - suspensão ou restrição de direitos (artigo 41, parágrafo único); IV - isolamento na própria cela, ou em local adequado, nos estabelecimentos que possuam alojamento coletivo, observado o disposto no artigo 88 desta Lei. V - inclusãono regime disciplinar diferenciado. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) Das faltas Art. 49. As faltas disciplinares classificam-se em leves, médias e graves. A legislação local especificará as leves e médias, bem assim as respectivas sanções. Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a sanção correspondente à falta consumada. Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que: I - incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina; II - fugir; III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem; IV - provocar acidente de trabalho; V - descumprir, no regime aberto, as condições impostas; VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei. VII – tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo. (Incluído pela Lei nº 11.466, de 2007) Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se, no que couber, ao preso provisório. Art. 51. Comete falta grave o condenado à pena restritiva de direitos que: I - descumprir, injustificadamente, a restrição imposta; II - retardar, injustificadamente, o cumprimento da obrigação imposta; III - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei. Comentários Casos de faltas Graves Para o condenado à pena privativa de liberdade Para o condenado à pena restritiva de direitos I - incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina; I - descumprir, injustificadamente, a restrição imposta; II - fugir; II - retardar, injustificadamente, o cumprimento da obrigação imposta; III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem; IV - provocar acidente de trabalho; V - descumprir, no regime aberto, as condições impostas; VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei. III - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei. Professor Ronaldo Bandeira Página 6 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11466.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.792.htm LEP (Leis de execuções penais) VII – tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo. (Incluído pela Lei nº 11.466, de 2007) Segundo a tabela acima vale comentar algumas hipóteses de faltas graves àquele que estiver cumprindo pena privativa de liberdade, o inciso primeiro é óbvio uma questão de segurança tanto para quem cumpre e para quem auxilia a manutenção dessa pena (carcereiros, por exemplo), vale ressaltar que o idealizador também será submetido a essa sanção (através da incitação). O inciso II, é bem simples, porém há parte da doutrina que entende que fuga é a exteriorização do sentimento humano pela liberdade, logo, não seria caso nem de sanção. Pode até ser lindo, porém para a sua prova é caso de falta grave. Para o inciso III, vale ressaltar apenas que se incluem objetos impróprios como, por exemplo, uma escova de dente que seu cabo é apontado a ponto de se “criar” uma lança de tal forma que se consiga ofender a integridade física de outrem. Para o IV, o legislador percebeu que por previsão da remição (a cada 3 dias de trabalho há a remição de 1), e em caso de acidente de trabalho não provocado essa remição ainda persiste, logo, o objetivo foi claro, foi evitar a fraude laboral (já vi também estilionato laboral), ou seja, não ceder a remição àquele preso que provocou por dolo sua queda da escada fim de usufruir desse benefício. O inciso V, busca evitar o descumprimento no regime aberto das condições impostas. O VI como pode-se analisar na tabela é caso tanto de falta grave para quem cumpre pena privativa de liberdade como para quem cumpre restritiva de direitos, que são os casos de desobediência com os servidores e desrespeito com todos aqueles com quem deva se relacionar, além da não execução do trabalho, tarefa e ordens recebidas também se insere nesse contexto. Para concluir o VII tornou-se hipótese de falta grave com o advento da lei 11466 de 2007. A elevação a falta grave e, portanto, a proibição de uso de celular, rádios... Que permita a comunicação seja com outro preso ou com o mundo exterior, foi incluída no rol de faltas graves, devido aos reincidentes casos de rebeliões, atentados, etc. Dentre outros cometimentos de atos e crimes controversos a manutenção da ordem pública. Finalizando perceba no artigo 49, que a LEP só regula as faltas GRAVES ficando as leves e médias a cargo da legislação local. Segundo o parágrafo único, a tentativa é punida como a forma consumada. Lembrando que estas faltas ensejam a aplicação de sanções, as quais começaremos a dissertar agora. Questões Relacionadas 9. As faltas disciplinares classificam-se em leves, médias e graves, todas elas previstas na LEP, sendo vedada à legislação local a especificação ou criação de sanções. Errada, pois a LEP apenas prevê a grave, ficando as leves e médias a cargo da legislação local. Art. 49. As faltas disciplinares classificam-se em leves, médias e graves. A legislação local especificará as leves e médias, bem assim as respectivas sanções. 10. Comete falta grave o condenado a pena privativa de liberdade que não cumpre o dever de obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se. Certa, sendo inclusive caso de falta grave tanto para quem cumpre pena privativa de liberdade como para aquele que cumpre restritiva de direitos como prevê o artigo 50, VI da LEP. Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que: ... VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei. 11. A advertência verbal não constitui espécie de sanção disciplinar, mas mero procedimento interno de manutenção da disciplina. Errada, pois se encontra expressa no rol de sanções disciplinares. Art. 53. Constituem sanções disciplinares: I - advertência verbal; 12. É vedado o isolamento do preso provisório ou condenado, na própria cela, como forma de sanção disciplinar. Errada, pois existe a previsão expressa de isolamento na própria cela no rol de sanções disciplinares. Art. 53. Constituem sanções disciplinares: ... IV - isolamento na própria cela, ou em local adequado, nos estabelecimentos que possuam alojamento coletivo, observado o disposto no artigo 88 desta Lei. Professor Ronaldo Bandeira Página 7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11466.htm LEP (Leis de execuções penais) 13. Os condenados podem ser agraciados com recompensas, entre elas a concessão de regalias, tendo em vista o bom comportamento, a colaboração com a disciplina e a dedicação ao trabalho. Certa, é possível a concessão de regalias aos presos, desde que atendam ao requisito subjetivo de disciplina e dedicação ao trabalho. Art. 56. São recompensas: I - o elogio; II - a concessão de regalias. Parágrafo único. A legislação local e os regulamentos estabelecerão a natureza e a forma de concessão de regalias. 14. Como o procedimento para a apuração de falta disciplinar não é um feito judicial, não há necessidade de se assegurar ao faltoso o direito de defesa. Errada, questão busca do candidato apenas o conhecimento em relação ao direito a ampla defesa e contraditório previsto no artigo 59. Art. 59. Praticada a falta disciplinar, deverá ser instaurado o procedimento para sua apuração, conforme regulamento, assegurado o direito de defesa. 15. (SEAP-PR) Comete falta grave o condenado à pena restritiva de direitosque: a) Retardar, injustificadamente, o cumprimento da obrigação imposta. b) Incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina. c) Provocar acidente de trabalho. d) Empreender fuga. e) Possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem. Resposta: Letra A, O candidato aqui deve observar que o examinador procura as faltas graves cometidas por aqueles que estão cumprindo pena restritiva de direitos e nas demais opções para confundir o candidato acrescentou causas de faltas graves para aquele que cumpre pena privativa de liberdade. Art. 51. Comete falta grave o condenado à pena restritiva de direitos que: ... II - retardar, injustificadamente, o cumprimento da obrigação imposta; 16. (SEAP-PR) São consideradas faltas graves cometidas pelo condenado a pena privativa de liberdade, EXCETO: A) Descumprir, injustificadamente, a restrição imposta. B) Fugir. C) Provocar acidente de trabalho. D) Incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina. E) Possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem. Resposta: Letra A, A letra “A” é a única que é causa de falta grave para quem cumpre pena restritiva de direitos o examinador buscou aqui confundir o candidato com os casos que ensejam faltas graves nas penas cumpridas em decorrência de pena privativa de liberdade. Art. 51. Comete falta grave o condenado à pena restritiva de direitos que: I - descumprir, injustificadamente, a restrição imposta; 17. (SEAP-PR) As sanções constantes na Lei de Execuções Penais, em seu título II, cap. IV, seção III, são as abaixo enumeradas, EXCETO: A) Advertência escrita. B) Advertência verbal. C) Suspensão ou restrição de direitos. D) Repreensão. E) Isolamento na própria cela ou em outro local adequado. Resposta: Letra A, pois a advertência é verbal, não há previsão de advertência por escrito. 18. (SEJUC-RN) NÃO comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que: A) Retardar, injustificadamente, o cumprimento da obrigação imposta. B) Fugir. C) Provocar acidente de trabalho. D) Descumprir, no regime aberto, as restrições impostas. Professor Ronaldo Bandeira Página 8 LEP (Leis de execuções penais) E) Incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina. Resposta: Letra A, aqui novamente o examinador tentou confundir o candidato misturando os casos de faltas graves daqueles que cumprem penas privativas de liberdade e daqueles que cumprem pena restritiva de direitos. 19. (SEJUS-ES) Considere que Joaquim, em cumprimento a pena privativa de liberdade, estimulou os demais presos de seu pavilhão à prática de greve de fome e de recusa ao trabalho,reivindicando melhores condições de alojamento e oportunidades de recreação. O movimento durou cinco dias, gerando desordem e indisciplina entre os presos. Nessa situação, independentemente da sanção aplicada aos demais presos, a conduta de Joaquim o sujeitará a sanção disciplinar em razão do cometimento de falta grave. Certa, Joaquim está incitando os demais a participação de movimento para subverter a ordem ou a disciplina. Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que: I - incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina; 20. (SEJUS-ES) No âmbito da execução penal, no que se refere a faltas disciplinares e respectivas sanções, deve ser observado o princípio da reserva legal, segundo o qual somente pode ser considerada infração aquela que estiver anteriormente prevista em lei ou regulamento, bem como somente pode ser aplicada a sanção anteriormente cominada para o fato. Certa, Deverá aqui ser observado o princípio da reserva legal. 21. (SEJUS-ES) O regime disciplinar diferenciado, regime de cumprimento de pena em acréscimo aos regimes fechado, semi-aberto e aberto, caracteriza-se por maior grau de isolamento do preso e por restrições ao contato com o mundo exterior. Errada, RDD não é regime de cumprimento de pena. 22. (SEJUS-ES) Considera-se falta disciplinar grave a fuga praticada com violência ou danos patrimoniais. Classificam-se como falta média a fuga e a tentativa de evasão em que, para deixar a prisão, o preso não pratica violência nem causa danos ao patrimônio. Errada, pois as faltas médias serão reguladas pela legislação local. 23. (SEJUS-ES/09) O poder disciplinar só pode ser exercido pelo juiz da execução penal. Errada, pois poderá ser feita também pelo próprio diretor do estabelecimento, quando por exemplo impor a sanção preventiva de inclusão na cela isolada, para averiguação. 24. (SEJUS-ES/09) A tentativa de fuga do estabelecimento prisional é classificada como falta disciplinar grave, punida com a sanção correspondente à falta consumada. Certa, a fuga é falta disciplinar grave, como prevê o artigo 50, II. 25. (SEJUS-ES/09) A concessão de regalias é modalidade de recompensa e visa reconhecer o bom comportamento do condenado, sua colaboração com a disciplina e sua dedicação ao trabalho. Certa, já comentado anteriormente. Do Regime Disciplinar Diferenciado Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e sujeita o preso, ou condenado, à sanção disciplinar, sem prejuízo da sanção penal. Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasione subversão da ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as seguintes características: (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) I - duração máxima de trezentos e sessenta dias, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta grave de mesma espécie, até o limite de um sexto da pena aplicada; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) II - recolhimento em cela individual; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) Professor Ronaldo Bandeira Página 9 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.792.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.792.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.792.htm LEP (Leis de execuções penais) III - visitas semanais de duas pessoas, sem contar as crianças, com duração de duas horas; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) IV - o preso terá direito à saída da cela por 2 horas diárias para banho de sol. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) § 1o O regime disciplinar diferenciado também poderá abrigar presos provisórios ou condenados, nacionais ou estrangeiros, que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) § 2o Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar diferenciado o preso provisório ou o condenado sob o qual recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organizações criminosas, quadrilha ou bando. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003). 1. Conceito do RDD O RDD não é uma quarta espécie de regime de cumprimento de pena, mas sim a mais severa sanção disciplinar imposta ao preso autor de falta grave. 2. Características 2.1) Temporal I - duração máxima de trezentos e sessenta dias, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta grave de mesma espécie, até o limite de um sexto da pena aplicada; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) * Até 360 dias, quando não há repetição da falta grave. * Havendo repetição da falta grave até 1/6 da pena aplicada. Havendo repetição da falta grave novamente até 1/6 da pena aplicada. OBS.: Não há limite para nova repetição. Então, por exemplo, um condenado que cumpre uma pena de 12 anos na primeira vez poderá ficar até 360 dias, se cometer novamente até dois anos (1/6 de 12 = 2 anos), se cometer novamente dois anos novamente e assim sucessivamentesem limite de inclusão sucessivo. Só para explanar esta é a corrente majoritária. Porém existe uma corrente minoritária que considera no caso de reincidência o prazo máximo de 1/6 da pena, ou seja, as reincidências somadas não poderão ultrapassar dois anos no caso acima. Caso Prático Considerando o mesmo prazo acima de 12 anos o preso que cometer uma hipótese de cabimento para aplicação no RDD ficará no primeiro caso até 360 dias, no segundo até 1/6 da pena aplicada, na próxima reincidência o que sobrar dos 1/6 e assim sucessivamente. Devendo o juiz da execução ponderar de tal forma que nunca chegue ao prazo máximo de 1/6 da pena aplicada, sempre restando um período para sua aplicação. 2.2) Recolhimento em cela Individual II - recolhimento em cela individual; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) Lembrando que na constituição federal existe um dispositivo transcrito ao lado “XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral”, que proíbe qualquer tratamento desumano ou degradante ao preso, ratificado pelo inciso III que é mais geral “III - ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante;”, porém ressalta o mesmo argumento. Portanto não poderá colocar um preso no regime de RDD em cela insalubre, escura, suja, com animais peçonhentos e etc. 2.3) Visita Semanal III - visitas semanais de duas pessoas, sem contar as crianças, com duração de duas horas; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) Professor Ronaldo Bandeira Página 10 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.792.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.792.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.792.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.792.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.792.htm LEP (Leis de execuções penais) Não entrarei em nenhuma discussão doutrinária, até porque sua prova nunca entrará nessa seara, então senhores leve em consideração que são visitas de duas pessoas semanalmente no máximo, e quantas crianças forem sem limite. 2.4) Banho de sol IV - o preso terá direito à saída da cela por 2 horas diárias para banho de sol. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003). 3. Hipóteses de Cabimento Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasione subversão da ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as seguintes características: (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) § 1o O regime disciplinar diferenciado também poderá abrigar presos provisórios ou condenados, nacionais ou estrangeiros, que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) § 2o Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar diferenciado o preso provisório ou o condenado sob o qual recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organizações criminosas, quadrilha ou bando. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) Comentários: Como podemos perceber acima existem três hipóteses de inclusão no RDD, vamos ver na tabela abaixo como funciona esse cabimento em tal sanção: Previsão Legal Hipóteses de cabimento no RDD Observações Exemplo prático Art. 52, “caput” A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasione subversão da ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as seguintes características Percebe-se que somente a prática de crime doloso não enseja inclusão no RDD é necessário que somada a isso haja concomitantemente a subversão da ordem ou da disciplina interna. Lembrando que além da punição administrativa há também a punição penal pelo cometimento do crime. Um preso que mata um colega de cela, pois este era seu desafeto e todos os outros presos “chocados” com o crime começam um tumulto inconformados com o homicídio. Art. 52, § 1º O regime disciplinar diferenciado também poderá abrigar presos provisórios ou condenados, nacionais ou estrangeiros, que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) Apesar de estar expresso na lei que é suficiente que o preso apresente alto risco é necessário que haja um cometimento de um fato posterior ao qual gere essa insegurança na prática. Percebemos que o legislador aqui foi redundamente ao mencionar de forma expressa a submissão do estrangeiro no RDD, pois segundo a própria constituição federal os estrangeiros são iguais em direitos. Um preso que após sua inclusão no sistema apresente uma conduta (direito penal do fato e não do autor, como prevê equivocadamente a LEP), em desacordo com as atitudes preventivas e ordeiras que a LEP prevê. Art. 52, § 2º Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar diferenciado o preso provisório ou o condenado sob o qual recaiam fundadas A doutrina corrige este caso de cabimento, pois na prática é necessário a prova material (interceptações telefônicas, testemunhas). Um promotor de justiça do MP, solicita ao juiz da execução através de provas materiais a inclusão de um preso que Professor Ronaldo Bandeira Página 11 LEP (Leis de execuções penais) suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organizações criminosas, quadrilha ou bando. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) está envolvido em uma quadrilha qualquer. 4. Procedimento de Inclusão no RDD Art. 54. As sanções dos incisos I a IV do art. 53 serão aplicadas por ato motivado do diretor do estabelecimento e a do inciso V, por prévio e fundamentado despacho do juiz competente. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) § 1o A autorização para a inclusão do preso em regime disciplinar dependerá de requerimento circunstanciado elaborado pelo diretor do estabelecimento ou outra autoridade administrativa. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) § 2o A decisão judicial sobre inclusão de preso em regime disciplinar será precedida de manifestação do Ministério Público e da defesa e prolatada no prazo máximo de quinze dias. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) Comentários • O RDD está sob império da judicialização, ou seja, somente o juiz pode incluir um preso no RDD. • O juiz não pode provocar de ofício a inclusão no RDD, é necessário ser provocado através de um requerimento elaborado pelo diretor do estabelecimento ou outra autoridade administrativa (secretário de segurança pública). Lembrar que o MP pode requerer inclusão no RDD, artigo 68, II, a da LEP. Art. 68. Incumbe, ainda, ao Ministério Público, ... II - requerer: a) todas as providências necessárias ao desenvolvimento do processo executivo; • O parágrafo segundo obriga o respeito ao contraditório e a ampla defesa, ou seja, nada mais é que o devido processo legal. Circunstâncias preliminares para aplicação das sanções Da Aplicação das Sanções Art. 57. Na aplicação das sanções disciplinares levar-se-á em conta a pessoa do faltoso, a natureza e as circunstâncias do fato, bem como as suas conseqüências. Parágrafo único. Nas faltas graves, aplicam-se as sanções previstas nos incisos III e IV, do artigo 53, desta Lei. Art. 57. Na aplicação das sanções disciplinares, levar-se-ão em conta a natureza, os motivos, as circunstâncias e as conseqüências do fato, bem como a pessoa do faltoso e seu tempo de prisão. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) Parágrafo único. Nas faltas graves, aplicam-se as sanções previstas nos incisos III a V do art. 53 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) Art. 58. O isolamento, a suspensãoe a restrição de direitos não poderão exceder a 30 (trinta) dias. Professor Ronaldo Bandeira Página 12 Exige do juiz a individualização da sanção disciplinar.Exsurge também aqui a proibição de sanção coletiva, ela tem que ser individual (art. 45, § 3º da LEP) LEP (Leis de execuções penais) Art. 58. O isolamento, a suspensão e a restrição de direitos não poderão exceder a trinta dias, ressalvada a hipótese do regime disciplinar diferenciado. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) Parágrafo único. O isolamento será sempre comunicado ao Juiz da execução. Percebe-se aqui uma restrição temporal acerca do isolamento e da suspensão e a restrição de direitos não podendo estas excederem a 30 dias, ressalvada a hipótese de inclusão no RDD que você já sabe. O parágrafo único torna obrigatório a comunicação ao juiz da execução visando coibir práticas ilegais contra o preso. Questões Relacionadas 26. Se todos os presos de determinada ala do presídio praticarem em conjunto falta grave, poderá haver sanção coletiva. Errada, pois é expressamente proibida qualquer tipo de sanção coletiva, como prevê o artigo 45 parágrafo 3º. Art. 45. Não haverá falta nem sanção disciplinar sem expressa e anterior previsão legal ou regulamentar. ... § 3º São vedadas as sanções coletivas. 27. (SEJUS-ES) Suponha que, em determinado pavilhão de um presídio, tenha início uma rebelião, não se determinando ao certo quem começou o movimento. Nessa situação, pode o diretor da unidade prisional, após a autorização judiciária competente, impor sanção coletiva, de modo a punir todo o grupo de presos do pavilhão. Errada, não existe sanção de caráter coletivo, conforme prevê o artigo 45, parágrafo 3º. RDD Preventivo Art. 60. A autoridade administrativa poderá decretar o isolamento preventivo do faltoso pelo prazo de até dez dias. A inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado, no interesse da disciplina e da averiguação do fato, dependerá de despacho do juiz competente. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) Parágrafo único. O tempo de isolamento ou inclusão preventiva no regime disciplinar diferenciado será computado no período de cumprimento da sanção disciplinar. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) Vislumbram-se aqui duas hipóteses visando à garantia da ordem do faltoso para melhor averiguação do fato. Você provavelmente percebeu lendo o caput do artigo 60, que este prevê duas formas cautelares para garantia da ordem seja através do isolamento preventivo do faltoso, ou através de inclusão do preso no RDD, e este dependerá de despacho do juiz competente (juiz da execução). Procedimento cautelar Competência Prazo Isolamento preventivo A autoridade administrativa De até 10 dias A inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado Despacho do juiz competente De até 10 dias OBS.: Só a fim de tecer o último comentário se após essa fase de investigação preliminar for constatado uma das três hipóteses possíveis de cabimento no RDD, o prazo que o faltoso ficou preventivamente contará, e logo será descontado no prazo definido na sanção do RDD em definitivo. Questões relacionadas 28. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasione subversão da ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado. Certa, questão muito fácil que apenas espera do candidato o conhecimento do “caput” do artigo 52. Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasione subversão da ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao Professor Ronaldo Bandeira Página 13 LEP (Leis de execuções penais) regime disciplinar diferenciado, com as seguintes características: (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) 29. O preso em regime disciplinar diferenciado terá direito a visitas semanais de duas pessoas, incluídas nesse número as visitas de crianças, com duração máxima de três horas. Errada, pois a visitação das crianças é liberada, a restrição é apenas para os outros que se limitará a duas pessoas. Art. 52... III - visitas semanais de duas pessoas, sem contar as crianças, com duração de duas horas; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) 30. Sujeitar-se-á ao regime disciplinar diferenciado o preso provisório sob o qual recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organizações criminosas, quadrilha ou bando. Certa, questão fácil que só busca o conhecimento do parágrafo 2º, do artigo 52, que é a terceira hipótese de cabimento no RDD. Art. 52... § 2o Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar diferenciado o preso provisório ou o condenado sob o qual recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organizações criminosas, quadrilha ou bando. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) 31. Referido regime disciplinar terá a duração máxima de 360 dias, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta grave da mesma espécie, até o limite de um sexto da pena aplicada. Certa, outra questão dada só espera o conhecimento do candidato da temporariedade do RDD que está prevista no inciso I, do artigo 52. I - duração máxima de trezentos e sessenta dias, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta grave de mesma espécie, até o limite de um sexto da pena aplicada; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) 32. A autoridade administrativa poderá decretar o isolamento preventivo do faltoso pelo prazo de até dez dias, independentemente de prévia decisão judicial. Certa, questão boa que trata do isolamento preventivo para averiguação do fato. Art. 60. A autoridade administrativa poderá decretar o isolamento preventivo do faltoso pelo prazo de até dez dias. A inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado, no interesse da disciplina e da averiguação do fato, dependerá de despacho do juiz competente. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) 33. A inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado, no interesse da disciplina e da averiguação do fato, dependerá de despacho do juiz competente. Certa, questão trata do RDD preventivo (também chamado por parte da doutrina de RDD averiguação). Art. 60. A autoridade administrativa poderá decretar o isolamento preventivo do faltoso pelo prazo de até dez dias. A inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado, no interesse da disciplina e da averiguação do fato, dependerá de despacho do juiz competente. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003). 34. (SEAP-PR) Como foi amplamente noticiado nos últimos anos, rebeliões assolaram o sistema penitenciário de vários estados brasileiros. Dentre as respostas dadas pelo poder público como forma de contê-las, observamos a edição da Lei n° 10.792, de 1° de dezembro de 2003, que estabelece em um dos seus artigos: “A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasione subversão da ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar: Professor Ronaldo Bandeira Página 14 http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/2003/L10.792.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/2003/L10.792.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/2003/L10.792.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/2003/L10.792.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/2003/L10.792.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/2003/L10.792.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/2003/L10.792.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/2003/L10.792.htm LEP (Leis de execuções penais) A) diferenciado”. B) especial”. C) fechado”. D) de exceção”. E) extraordinário”. Resposta: Letra A, óbvio que é o Regime disciplinar diferenciado 35. (SEJUS-ES) O regime disciplinar diferenciado aplicadoaos presos que apresentam alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento prisional ou da sociedade alcança aqueles já condenados por sentença penal irrecorrível, não se estendendo aos presos provisórios. Errada, pois se encontra expresso no “caput” do artigo 52 que o RDD se estende também aos presos provisórios. Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasione subversão da ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as seguintes características: (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) 36. (SEJUS-ES/09) A prática de ato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasiona subversão da ordem, sujeita o condenado ao regime disciplinar diferenciado, com direito à saída da cela por duas horas diárias para banho de sol. Certa, é a primeira hipótese de cabimento no RDD mesclada com o direito a saída da cela por 2 horas para o banho de sol, conforme preceitua o artigo 52, IV. 37. (SEJUS-ES/09) O preso provisório ou o condenado, nacional ou estrangeiro, sobre o qual recaia fundada suspeita de envolvimento em quadrilha ou bando organizado para a prática de crime hediondo sujeita-se ao regime disciplinar diferenciado por prazo indeterminado, a critério do juiz da execução. Errada, Encontramos aqui o erro temporal já que existe um limite para a inclusão no RDD. 38. (SEJUS-ES/09) A autoridade administrativa pode decretar o isolamento preventivo do faltoso pelo prazo de até 10 dias, sendo esse tempo computado no período de cumprimento da sanção disciplinar. Certo, O examinador incluiu aqui duas previsões distintas da LEP uma prevista no “caput” do artigo 60 e a outra que prevê o computo do período no parágrafo único. Das Assistências e do Egresso CAPÍTULO II Da Assistência SEÇÃO I Disposições Gerais Art. 10. A assistência ao preso e ao internado é dever do Estado, objetivando prevenir o crime e orientar o retorno à convivência em sociedade. Parágrafo único. A assistência estende-se ao egresso. Comentários Percebemos que o legislador utilizou aqui de forma genérica o conceito preso, logo, nos cabe interpretar que esse conceito se estende para todos aqueles recolhidos em estabelecimento prisional, cautelarmente ou em razão de sentença penal condenatória com trânsito em julgado. Sendo incluindo aqui o preso provisório e o definitivo. Além do preso que cumpre lhe foi imposta a pena, o legislador inclui expressamente o internado, nas palavras de Renato Marcão, internado é “aquele que se encontra submetido a medida de segurança consistente em internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico, em razão de decisão judicial.” E para finalizar no parágrafo único estendeu a assistência ao egresso, a qual seu conceito está definido no artigo 26. Professor Ronaldo Bandeira Página 15 http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/2003/L10.792.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/2003/L10.792.htm LEP (Leis de execuções penais) Art. 26. Considera-se egresso para os efeitos desta Lei: I - o liberado definitivo, pelo prazo de 1 (um) ano a contar da saída do estabelecimento; II - o liberado condicional, durante o período de prova. * Inimputável - É a pessoa que cometeu uma infração penal, porém, no momento do crime, era inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determina-se de acordo com esse entendimento. São considerados inimputáveis os doentes mentais ou a pessoa que possua desenvolvimento mental incompleto ou retardado, e os menores de dezoito anos. Os inimputáveis são isentos de pena, mas, se doente mental, fica sujeito a medida de segurança e, se menor de 18 anos, fica sujeito às normas estabelecidas na legislação especial. Ver art. 26 e 27 do Código Penal e art.228 da Constituição Federal. Art. 11. A assistência será I - material; II - à saúde; III -jurídica; IV - educacional; V - social; VI - religiosa. SEÇÃO II Da Assistência Material Art. 12. A assistência material ao preso e ao internado consistirá no fornecimento de alimentação, vestuário e instalações higiênicas. Art. 13. O estabelecimento disporá de instalações e serviços que atendam aos presos nas suas necessidades pessoais, além de locais destinados à venda de produtos e objetos permitidos e não fornecidos pela Administração. SEÇÃO III Da Assistência à Saúde Art. 14. A assistência à saúde do preso e do internado de caráter preventivo e curativo, compreenderá atendimento médico, farmacêutico e odontológico. § 1º (Vetado). § 2º Quando o estabelecimento penal não estiver aparelhado para prover a assistência médica necessária, esta será prestada em outro local, mediante autorização da direção do estabelecimento. § 3o Será assegurado acompanhamento médico à mulher, principalmente no pré-natal e no pós-parto, extensivo ao recém-nascido. (Incluído pela Lei nº 11.942, de 2009) SEÇÃO IV Da Assistência Jurídica Art. 15. A assistência jurídica é destinada aos presos e aos internados sem recursos financeiros para constituir advogado. Art. 16. As Unidades da Federação deverão ter serviços de assistência jurídica nos estabelecimentos penais. Art. 16. As Unidades da Federação deverão ter serviços de assistência jurídica, integral e gratuita, pela Defensoria Pública, dentro e fora dos estabelecimentos penais. (Redação dada pela Lei nº 12.313, de 2010). § 1o As Unidades da Federação deverão prestar auxílio estrutural, pessoal e material à Defensoria Pública, no exercício de suas funções, dentro e fora dos estabelecimentos penais. (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010). § 2o Em todos os estabelecimentos penais, haverá local apropriado destinado ao atendimento pelo Defensor Público. (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010). § 3o Fora dos estabelecimentos penais, serão implementados Núcleos Especializados da Defensoria Pública para a prestação de assistência jurídica integral e gratuita aos réus, sentenciados em liberdade, egressos e seus familiares, sem recursos financeiros para constituir advogado. (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010). SEÇÃO V Da Assistência Educacional Art. 17. A assistência educacional compreenderá a instrução escolar e a formação profissional do preso e do internado. Art. 18. O ensino de 1º grau será obrigatório, integrando-se no sistema escolar da Unidade Federativa. Art. 19. O ensino profissional será ministrado em nível de iniciação ou de aperfeiçoamento técnico. Parágrafo único. A mulher condenada terá ensino profissional adequado à sua condição. Art. 20. As atividades educacionais podem ser objeto de convênio com entidades públicas ou particulares, que instalem escolas ou ofereçam cursos especializados. Art. 21. Em atendimento às condições locais, dotar-se-á cada estabelecimento de uma biblioteca, para uso de todas as categorias de reclusos, provida de livros instrutivos, recreativos e didáticos. SEÇÃO VI Da Assistência Social Art. 22. A assistência social tem por finalidade amparar o preso e o internado e prepará-los para o retorno à liberdade. Art. 23. Incumbe ao serviço de assistência social: I - conhecer os resultados dos diagnósticos ou exames; II - relatar, por escrito, ao Diretor do estabelecimento, os problemas e as dificuldades enfrentadas pelo assistido; III - acompanhar o resultado das permissões de saídas e das saídas temporárias; Professor Ronaldo Bandeira Página 16 http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12313.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12313.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12313.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12313.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11942.htm LEP (Leis de execuções penais) IV - promover, no estabelecimento, pelos meios disponíveis, a recreação; V - promover a orientação do assistido, na fase final do cumprimento da pena, e do liberando, de modo a facilitar o seu retorno à liberdade; VI - providenciar a obtenção de documentos, dos benefícios da Previdência Social e do seguro por acidente no trabalho; VII - orientar e amparar, quando necessário, a família do preso, do internado e da vítima. SEÇÃO VII Da Assistência Religiosa Art. 24. A assistência religiosa, com liberdade de culto, será prestada aos presos e aos internados, permitindo-se- lhes a participação nos serviços organizados no estabelecimento penal, bem como a posse de livros de instrução religiosa. § 1º No estabelecimento haverá local apropriado para os cultos religiosos. § 2º Nenhum preso ou internado poderá ser obrigado a participar de atividade religiosa. Comentários Assistência Objetividade Observações Material Fornecimento de alimentação, vestuário e instalações higiênicas. Percebemos que além da assistência material fornecida pelo próprio poder público, o estabelecimento prisional contará com uma instalação que disponibilizará objetos e produtos não fornecidos pela administração. Saúde Visa o tratamento físico do executado, seja em caráter preventivo como em caráter curativo. É importante o candidato ter muito cuidado com a prestação da assistência a saúde em outro estabelecimento, pois esta só se dará quando o estabelecimento penal não estiver aparelhado para prover a assistência médica necessária. Vale ressaltar que é permitida a contratação de médico de confiança pessoal ao internado e ao submetido a tratamento ambulatorial. Jurídica É destinada ao preso e ao internado sem recursos financeiros para garantir seus direitos Vale ressaltar aqui a mudança trazida pela lei 12.313/10, que incube exclusivamente a defensoria pública a assistência jurídica, tanto dentro como fora dos estabelecimentos penais. O que outrora era prestado por outros órgãos, como OAB com intermédio da Procuradoria Geral do Estado hoje é exclusivo da defensoria pública. Educaciona l Visa instruir o preso buscando a ressocialização bem como a formação profissional do mesmo. Deverás importante salientar a obrigatoriedade do 1° grau. Já o ensino profissional será ministrado em nível de iniciação ou de aperfeiçoamento técnico. Lembre-se é obrigatório a presença de uma biblioteca, provida de livros instrutivos, recreativos e didáticos. Social Visa principalmente a ressocialização do preso e reinserção ao convívio social. Não há muito que se falar, tendo em vista já todas as declarações feitas por esta apostila. Só queria ressaltar que esta assistência é a única que pensa na vítima, o que foi inclusive questão de prova. Religiosa Objetiva a prática livre da religião daquele que se encontra no sistema prisional. É válido lembrar que ninguém será obrigado a participar de atividade religiosa como preceitua o parágrafo segundo do artigo 24, bem como, deverá existir local apropriado para os cultos religiosos e que nenhum deles poderá sofrer proibição de sua prática, como prevê o artigo 5º, inciso VI da constituição federal. Questões Relacionadas 39. Otávio, condenado definitivamente pela prática de roubo qualificado pelo emprego de arma de fogo, no curso do regime fechado, ficou gravemente doente, não estando o estabelecimento prisional suficientemente aparelhado para prover a assistência médica necessária a ele. Nessa situação, Otávio poderá ser transferido para unidade hospitalar apropriada. Certa, é importante observar que a transferido no caso de inexistência de aparelhagem suficiente para atendimento como prevê o artigo 14, parágrafo 2º. Art. 14 ... Professor Ronaldo Bandeira Página 17 LEP (Leis de execuções penais) § 2º Quando o estabelecimento penal não estiver aparelhado para prover a assistência médica necessária, esta será prestada em outro local, mediante autorização da direção do estabelecimento. 40. (SEAP-PR) Em relação à assistência ao preso e ao internado “objetivando prevenir o crime e orientar o retorno à convivência em sociedade”, enumere os itens da segunda relação com base nas informações da primeira. 1. Assistência material 2. Assistência à saúde 3. Assistência jurídica 4. Assistência social 5. Assistência educacional ( ) Tem por fim amparar o preso e o internado e prepará-los para o retorno à liberdade. ( ) É destinada aos presos e internados sem recursos financeiros para constituir advogado. ( ) Compreenderá instrução escolar e a formação profissional do preso e do internado. ( ) De caráter preventivo e curativo, compreenderá atendimento médico, farmacêutico e odontológico. ( ) Consistirá no fornecimento de alimentação, vestuário e instalações higiênicas. Assinale a alternativa que apresenta a seqüência correta, de cima para baixo. A) 4, 3, 5, 2, 1 B) 4, 3, 2, 5, 1 C) 2, 5, 1, 4, 3 D) 5, 3, 2, 4, 1 E) 5, 4, 3, 1, 2 Resposta: Letra A, questão muito fácil. Basta o candidato ter apenas bom senso. Dispensa comentários. 41. (AGPEN-06) A assistência ao preso será: A) formal; à saúde; jurídica; educacional; social; religiosa. B) material; à saúde; jurídica; educacional; social; religiosa. C) material; à saúde; jurídica; educacional; vocacional; religiosa. D) à saúde; jurídica; educacional; social; religiosa. Resposta: Letra B, aqui a questão busca a alternativa mais completa, que se mostra na letra B. Art. 11. A assistência será: I - material; II - à saúde; III - jurídica; IV - educacional; V - social; VI - religiosa. 42. (SEJUS-ES/09) A assistência ao preso e ao egresso é dever do Estado, e visa prevenir o crime e orientar o retorno do indivíduo à convivência em sociedade. Certo, A assistência tem esse caráter ressocializador. SEÇÃO VIII Da Assistência ao Egresso Art. 25. A assistência ao egresso consiste: I - na orientação e apoio para reintegrá-lo à vida em liberdade; II - na concessão, se necessário, de alojamento e alimentação, em estabelecimento adequado, pelo prazo de 2 (dois) meses. Parágrafo único. O prazo estabelecido no inciso II poderá ser prorrogado uma única vez, comprovado, por declaração do assistente social, o empenho na obtenção de emprego. Art. 26. Considera-se egresso para os efeitos desta Lei: I - o liberado definitivo, pelo prazo de 1 (um) ano a contar da saída do estabelecimento; II - o liberado condicional, durante o período de prova. Art. 27.O serviço de assistência social colaborará com o egresso para a obtenção de trabalho. Comentários O que vale comentar aqui é o conceito de egresso que já foi citado anteriormente previsto no artigo 26, bem como a assistência direcionada ao egresso que consistirá: Professor Ronaldo Bandeira Página 18 LEP (Leis de execuções penais) I - na orientação e apoio para reintegrá-lo à vida em liberdade; II - na concessão, se necessário, de alojamento e alimentação, em estabelecimento adequado, pelo prazo de 2 (dois) meses. Parágrafo único. O prazo estabelecido no inciso II poderá ser prorrogado uma única vez, comprovado, por declaração do assistente social, o empenho na obtenção de emprego. Do Trabalho CAPÍTULO III Do Trabalho SEÇÃO I Disposições Gerais Art. 28. O trabalho do condenado, como dever social e condição de dignidade humana, terá finalidade educativa e produtiva. § 1º Aplicam-se à organização e aos métodos de trabalho as precauções relativas à segurança e à higiene. § 2º O trabalho do preso não está sujeito ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho. Art. 29. O trabalho do preso será remunerado,mediante prévia tabela, não podendo ser inferior a 3/4 (três quartos) do salário mínimo. § 1° O produto da remuneração pelo trabalho deverá atender: a) à indenização dos danos causados pelo crime, desde que determinados judicialmente e não reparados por outros meios; b) à assistência à família; c) a pequenas despesas pessoais; d) ao ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com a manutenção do condenado, em proporção a ser fixada e sem prejuízo da destinação prevista nas letras anteriores. § 2º Ressalvadas outras aplicações legais, será depositada a parte restante para constituição do pecúlio, em Caderneta de Poupança, que será entregue ao condenado quando posto em liberdade. Art. 30. As tarefas executadas como prestação de serviço à comunidade não serão remuneradas. SEÇÃO II Do Trabalho Interno Art. 31. O condenado à pena privativa de liberdade está obrigado ao trabalho na medida de suas aptidões e capacidade. Parágrafo único. Para o preso provisório, o trabalho não é obrigatório e só poderá ser executado no interior do estabelecimento. Art. 32. Na atribuição do trabalho deverão ser levadas em conta a habilitação, a condição pessoal e as necessidades futuras do preso, bem como as oportunidades oferecidas pelo mercado. § 1º Deverá ser limitado, tanto quanto possível, o artesanato sem expressão econômica, salvo nas regiões de turismo. § 2º Os maiores de 60 (sessenta) anos poderão solicitar ocupação adequada à sua idade. § 3º Os doentes ou deficientes físicos somente exercerão atividades apropriadas ao seu estado. Art. 33. A jornada normal de trabalho não será inferior a 6 (seis) nem superior a 8 (oito) horas, com descanso nos domingos e feriados. Parágrafo único. Poderá ser atribuído horário especial de trabalho aos presos designados para os serviços de conservação e manutenção do estabelecimento penal. Art. 34. O trabalho poderá ser gerenciado por fundação, ou empresa pública, com autonomia administrativa, e terá por objetivo a formação profissional do condenado. § 1o. Nessa hipótese, incumbirá à entidade gerenciadora promover e supervisionar a produção, com critérios e métodos empresariais, encarregar-se de sua comercialização, bem como suportar despesas, inclusive pagamento de remuneração adequada. (Renumerado pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) § 2o Os governos federal, estadual e municipal poderão celebrar convênio com a iniciativa privada, para implantação de oficinas de trabalho referentes a setores de apoio dos presídios. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) Art. 35. Os órgãos da Administração Direta ou Indireta da União, Estados, Territórios, Distrito Federal e dos Municípios adquirirão, com dispensa de concorrência pública, os bens ou produtos do trabalho prisional, sempre que não for possível ou recomendável realizar-se a venda a particulares. Parágrafo único. Todas as importâncias arrecadadas com as vendas reverterão em favor da fundação ou empresa pública a que alude o artigo anterior ou, na sua falta, do estabelecimento penal. SEÇÃO III Do Trabalho Externo Art. 36. O trabalho externo será admissível para os presos em regime fechado somente em serviço ou obras públicas realizadas por órgãos da Administração Direta ou Indireta, ou entidades privadas, desde que tomadas as cautelas contra a fuga e em favor da disciplina. § 1º O limite máximo do número de presos será de 10% (dez por cento) do total de empregados na obra. § 2º Caberá ao órgão da administração, à entidade ou à empresa empreiteira a remuneração desse trabalho. § 3º A prestação de trabalho à entidade privada depende do consentimento expresso do preso. Professor Ronaldo Bandeira Página 19 http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/2003/L10.792.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/2003/L10.792.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/2003/L10.792.htm LEP (Leis de execuções penais) Art. 37. A prestação de trabalho externo, a ser autorizada pela direção do estabelecimento, dependerá de aptidão, disciplina e responsabilidade, além do cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena. Parágrafo único. Revogar-se-á a autorização de trabalho externo ao preso que vier a praticar fato definido como crime, for punido por falta grave, ou tiver comportamento contrário aos requisitos estabelecidos neste artigo. Comentários 1. Finalidade do Trabalho Possui dupla finalidade: produtiva e educativa. Nunca lucrativa como vocês verão em algumas questões. 2. Da Remuneração 2.1 Da quantificação da Remuneração Não poderá ser inferior a ¾ do salário mínimo. 2.2 Da destinação da remuneração a) à indenização dos danos causados pelo crime, desde que determinados judicialmente e não reparados por outros meios; b) à assistência à família; c) a pequenas despesas pessoais; d) ao ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com a manutenção do condenado, em proporção a ser fixada e sem prejuízo da destinação prevista nas letras anteriores. § 2º Ressalvadas outras aplicações legais, será depositada a parte restante para constituição do pecúlio, em Caderneta de Poupança, que será entregue ao condenado quando posto em liberdade. 2.3 Observações Lembre-se que o preso não está regido pela CLT, porém terá direito a previdência social. As tarefas executadas como prestação de serviço a comunidade não será remunerada. Vale lembrar também que em caso de acidente de trabalho não provocado o preso terá direito a remição, porém quando for provocado será motivo para ensejar falta grave. 3. Do Trabalho Interno Torna-se indispensável comentar a obrigatoriedade do trabalho somente para o preso sujeito a pena privativa de liberdade, sendo facultativo para o preso provisório, e se caso aconteça será executado no interior do estabelecimento. 3.1 Da classificação Será levado em consideração a condição pessoal e as necessidades futuras do preso, bem como as oportunidade oferecidas pelo mercado de trabalho. Sendo óbvio que aqueles que necessitam de uma condição especial individualizada, como os maiores de 60 anos e os doentes ou deficientes físicos exercerão atividades compatíveis com o seu estado. 3.2 Da jornada A jornada não será superior a 8 horas nem inferior a 6 horas, com descanso nos domingos e feriados. Podendo ser atribuído horário especial para aquele que trabalha na conservação e manutenção do estabelecimento penal. Como no caso de faxina, por exemplo, na administração, em enfermarias etc. 4. Do trabalho Externo Para a admissão no trabalho externo faz-se necessário 2 fatores: um objetivo e outro subjetivo, o primeiro se refere ao tempo (1/6 no mínimo do cumprimento da pena) e o segundo se refere a disciplina e responsabilidade, que devem ser apuradas, como bem leciona Renato Marcão através de exames criminológicos. Professor Ronaldo Bandeira Página 20 LEP (Leis de execuções penais) 4.1 Limitação e Condição A condição aqui se faz necessária para o trabalho externo sendo obrigatório que o serviço seja realizado por órgão da administração direta ou indireta, ou entidades privadas e ainda tendo que possuir cautelas contra fuga e a favor da disciplina. A limitação de presos será de 10% do total de empregados na obra. 4.2 Condutas posteriores reprovadora para o trabalho externo Revogar-se-á a autorização de trabalho externo ao preso que vier a praticar fato definido como crime, for punido por falta grave, ou tiver comportamento contrário aos requisitos estabelecidos neste artigo. Tabela Resumida Conceitos Pena Privativa de liberdade Preso provisório O condenado por crime político Da obrigatoriedade do Trabalho - É obrigado a trabalhar Não é obrigado a trabalhar (facultativo) Não está obrigado ao trabalho Remuneração No mínimo ¾ do salário mínimo Terá direito possuindouma destinação explicitada acima. Terá direito caso opte em trabalhar. Terá direito caso opte em trabalhar. Remição* A cada 3 dias de trabalho terá direito a 1 dia. Sim terá direito, mesmo que venha sofrer acidente de trabalho, desde que não seja provocado. Faz jus do direito a remição (súmula 716). - Requisito para o trabalho externo Conceito Objetivo Cumprir 1/6 da pena aplicada. Subjetivo Depende da disciplina e da responsabilidade * Art. 127. O condenado que for punido por falta grave perderá o direito ao tempo remido, começando o novo período a partir da data da infração disciplinar. Possibilidade de trabalho externo para o condenado por crime hediondo É possível a autorização do trabalho externo para aquele que cumpre pena em razão da prática de crime hediondo ou assemelhado, lembrando que com os mesmos 1/6 da pena cumprida esse condenado passará a ter o direito de gozar do trabalho externo. Essa questão foi analisada, no julgamento do HC 33.414-0-DF realizado em 18 de maio de 2004, de que foi relator o Min. Hamilton Carvalhido, a 6º turma do Superior Tribunal de Justiça assim se pronunciou: “ A lei de Execução penal, ela mesma, às expressas, admite o trabalho externo para os presos em regime fechado, à falta, por óbvio, de qualquer incompatibilidade, por isso que acolhe o benefício, desde que tomadas às cautelas contra a fuga e em favor da disciplina”. Questões relacionadas • O trabalho do preso será remunerado, mediante prévia tabela, não podendo ser inferior a três quartos do salário mínimo nem se destinar ao ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com a sua manutenção. Professor Ronaldo Bandeira Página 21 LEP (Leis de execuções penais) Errada, na parte que se refere à destinação ao ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com a sua manutenção. § 1° O produto da remuneração pelo trabalho deverá atender: ... c) Ao ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com a manutenção do condenado, em proporção a ser fixada e sem prejuízo da destinação prevista nas letras anteriores. • O preso impossibilitado de prosseguir no trabalho, por acidente, continuará a beneficiar-se com a remição. Certa, porém questão mal elaborada, porque não se refere em momento algum se a causa do acidente foi provocada ou não, pois se for provocada, além de não ter direito a remição também será motivo para ensejar uma falta grave. Art. 126. ... § 2º O preso impossibilitado de prosseguir no trabalho, por acidente, continuará a beneficiar-se com a remição. 43. (SEAP-PR) Segundo os princípios gerais que norteiam o trabalho exercido pelos presos e apenados, como previsto no cap. III, seção I, art. 28 da LEP (Lei de Execução Penal), é correto afirmar: A) É um dever social e condição de dignidade humana, tendo finalidade educativa e produtiva. B) É um dever social, tendo por fim exclusivamente a produção que possa remunerar o preso. C) É uma opção para que o preso possa se ocupar e assim não pensar em coisas que impeçam sua ressocialização. D) É uma opção dos diretores das unidades prisionais, tendo finalidade educativa e produtiva. E) É um dever do sistema prisional, uma vez que, através dela, o preso e o apenado podem obter remição de sua pena. Resposta: Letra A, busca do candidato a finalidade do trabalho que é misto – produtivo e educativo. 44. (SEJUS-ES) Para os presos em regime fechado, o trabalho externo é admissível somente em serviços ou obras públicas realizados por órgãos da administração pública, não podendo haver, todavia, vínculo empregatício entre o condenado e a administração ou a empresa privada que realiza tais obras. Certa, não pode haver esse vínculo empregatício, já que não é garantido como direito as regras da CLT. 45. (SEJUS-ES) Constitui dever do condenado, entre outros, a indenização ao Estado, quando possível, das despesas realizadas com a sua manutenção, mediante desconto proporcional da remuneração do trabalho. Certa, Previsto no artigo 29, parágrafo primeiro, alínea d. 46. (SEJUS-ES) É assegurado ao preso, em regime fechado ou semi-aberto, o desconto do tempo da pena privativa de liberdade pelo trabalho, na proporção de três dias trabalhados por um dia de pena, sendo tal benefício chamado remição. Certo, procura-se do candidato apenas o conhecimento do conceito de remição. 47. (SEJUS-ES) Um dos principais deveres do preso é a obrigação de trabalhar, não se cuidando, porém, de trabalho forçado, o que é constitucionalmente vedado, mas de trabalho obrigatório, cuja recusa constitui falta grave. Certa, Define integralmente o conceito de trabalho e proíbe expressamente o trabalho forçado, que é constitucionalmente vetado. 48. (AGPEN/06) Quanto ao trabalho do preso, assinale a opção FALSA. A) O trabalho do preso será remunerado, mediante prévia tabela, não podendo ser inferior a 3/4 (três quartos) do salário mínimo. B) O produto da remuneração pelo trabalho deverá atender: à indenização dos danos causados pelo crime, desde que determinados judicialmente e não reparados por outros meios; à assistência à família; a pequenas despesas pessoais; ao ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com a manutenção do condenado, em proporção a ser fixada e sem prejuízo da destinação prevista nas letras anteriores. Professor Ronaldo Bandeira Página 22 LEP (Leis de execuções penais) C) As tarefas executadas como prestação de serviço à comunidade não serão remuneradas. D) O trabalho do preso está sujeito ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho. Resposta: Letra D, O trabalho do preso não estará sujeito a CLT. 49. (SEJUS-ES/09) O condenado impossibilitado de prosseguir no trabalho por motivo de acidente não continua a se beneficiar com a remição, mas faz jus ao benefício previdenciário de auxílio acidente Errada, pois o condenado impossibilitado de trabalhar em razão de acidente de trabalho não provocado fará jus a remição. 50. (SEJUS-ES/09) O condenado por crime político está desobrigado ao trabalho. Certo, o preso político não está obrigado a trabalhar, conforme prevê o artigo 200. Art. 200. O condenado por crime político não está obrigado ao trabalho. 51. (SEJUS-ES/09) Ao condenado à pena privativa de liberdade é facultativa a atividade laboral, respeitadas suas aptidões, sua capacidade e sua necessidade. Errada, pois quando a pena é privativa de liberdade torna-se obrigatório o trabalho. Professor Ronaldo Bandeira Página 23 LEP (Leis de execuções penais) Execução de pena privativa de liberdade TÍTULO V Da Execução das Penas em Espécie CAPÍTULO I Das Penas Privativas de Liberdade SEÇÃO I Disposições Gerais Art. 105. Transitando em julgado a sentença que aplicar pena privativa de liberdade, se o réu estiver ou vier a ser preso, o Juiz ordenará a expedição de guia de recolhimento para a execução. Art. 106. A guia de recolhimento, extraída pelo escrivão, que a rubricará em todas as folhas e a assinará com o Juiz, será remetida à autoridade administrativa incumbida da execução e conterá: I - o nome do condenado; II - a sua qualificação civil e o número do registro geral no órgão oficial de identificação; III - o inteiro teor da denúncia e da sentença condenatória, bem como certidão do trânsito em julgado; IV - a informação sobre os antecedentes e o grau de instrução; V - a data da terminação da pena; VI - outras peças do processo reputadas indispensáveis ao adequado tratamento penitenciário. § 1º Ao Ministério Público se dará ciência da guia de recolhimento. § 2º A guia de recolhimento será retificada sempre que sobrevier modificação quanto ao início da execução ou ao tempo de duração da pena. § 3° Se o condenado, ao tempo do fato, era funcionário da Administração da Justiça Criminal, far-se-á, na guia, menção dessa circunstância, para fins do disposto no § 2°, do artigo 84, desta Lei. Art. 107. Ninguém
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