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apostila LEP - completa - atualizada

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LEP (Leis de execuções penais)
Estudo a LEP (Leis de Execuções Penais) – Lei 7210/84
 Das Finalidades da LEP
Art. 1º A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e 
proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado.
 Como percebemos este artigo está em consonância com o que há de mais moderno na doutrina, temos 
aqui uma dupla finalidade ou também conhecida como eclética ou mista. Como percebemos temos um duplo 
objetivo, na primeira parte o legislador tem como objetivo propiciar meios para que a sentença seja 
integralmente cumprida e na parte final o legislador tem como objetivo a reintegração do sentenciado ao 
convívio social (ressocialização).
 Como outroramente comentado há a concordância entre o que está previsto no artigo primeiro da LEP e 
com a finalidade da pena, conforme prevê a doutrina moderna, vejamos, então, esta teoria:
Pena em Abstrato – 
Prevenção Geral
Pena na sentença – Prevenção 
Especial
Pena na Execução
Atuação 
Temporal
• Atua antes do 
crime 
• Atua depois do Crime – 
O juiz já está sentenciado o 
fato
Alcance • Visa à 
sociedade
• Visa o delinqüente
Finalidades
• Busca evitar a 
prática do delito
• Busca evitar a 
reincidência
• Retribuição – Retribuir 
com o mal o mal causado.
• Efetivar a prevenção 
especial + retribuição;
• Ressocialização.
1. (SEJUS-ES/09) O objetivo da execução penal é efetivar as disposições de decisão criminal condenatória, 
ainda que não definitiva, de forma a proporcionar condições para a integração social do condenado, do 
internado e do menor infrator.
 Errado, pois não abrange o menor infrator.
 
 Princípios Norteadores da Sentença
1) Legalidade – Art. 3º LEP.
“Art. 3º Ao condenado e ao internado serão assegurados todos os direitos não atingidos pela 
sentença ou pela lei.”
Obs.: Cuidado o princípio da legalidade da execução penal está na própria LEP e não àquele que você 
provavelmente está pensando, previsto no artigo primeiro do Código Penal. 
Professor Ronaldo Bandeira Página 1
A doutrina moderna admite a tríplice finalidade, porém diferencia os momentos:
LEP (Leis de execuções penais)
A LEP se aplica ao preso em definitivo, ao preso provisório no que couber e ao internado, sujeito a medida de 
segurança de internação
2) Princípio da igualdade
“Parágrafo único. Não haverá qualquer distinção de natureza racial, social, religiosa ou política.”
OBS.: Este princípio está previsto no § único, do artigo 3º. Uma possível questão de prova pode envolver este 
princípio da legalidade, perguntando, por exemplo, se pode existir algum tipo de desigualdade, o candidato 
deve estar atento, pois pode haver uma desigualdade material, por exemplo, no que tange a idade (aos 
maiores de 60 anos) e ao sexo (Mulheres cumprindo pena).
3) Princípio da Personalização da Pena
“Art. 5º Os condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e personalidade, para 
orientar a individualização da execução penal.”
 É amoldado a pena a cada condenado.
 O candidato deve ter cuidado com os tempos da individualização, existem dois momentos na pena, 
realizado pelo juiz da sentença e outro feito na execução penal, realizado pelo juiz da execução.
 Percebemos ainda que os condenados serão classificados, mas a pergunta que paira é, quem classifica?
 Esta classificação cabe a Comissão Técnica de Classificação (CTC), temos que ter cuidado, pois as suas 
atribuições, foram diminuídas, vejamos como eram e como ficou agora:
Art. 6º A classificação será feita por Comissão Técnica de Classificação que elaborará o programa 
individualizador e acompanhará a execução das penas privativas de liberdade e restritivas de direitos, 
devendo propor, à autoridade competente, as progressões e regressões dos regimes, bem como as 
conversões.
Art. 6o A classificação será feita por Comissão Técnica de Classificação que elaborará o programa 
individualizador da pena privativa de liberdade adequada ao condenado ou preso provisório. (Redação dada 
pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003).
Lei 10792/03
Antes Depois
Acompanhava as Penas
a) Privativa de Liberdade
b) Restritiva de Direitos
Intervinha
a) Progressões/Regressões
b) Conversão da Pena
Somente individualiza e acompanha pena 
privativa de liberdade
 Comentários
 Como percebemos o exame criminológico, ao contrário de algumas correntes, ainda é previsto na LEP, 
apenas sofreu uma redução em seu rol com o advento da lei 10792/03, como vimos na tabela acima. 
 A corrente que defende a extinção do exame criminológico, só leve em consideração a destinação do 
exame criminológico a tão somente à aferição do mérito que se exigia expressamente para a progressão do 
regime prisional e outros benefícios. Porém, e com maior relevância esta classificação se mostra 
imprescindível para a individualização executória, que por um acaso nada mudou.
 Percebemos que somente será submetido ao exame criminológico obrigatoriamente o preso que cumpre a 
pena em regime fechado, ficando, então, o preso em regime semiaberto a faculdade do juiz da execução 
penal caso ache necessário, como prevê o art. 8º.
 Art. 8º O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime fechado, será submetido 
a exame criminológico para a obtenção dos elementos necessários a uma adequada classificação e com 
vistas à individualização da execução.
Professor Ronaldo Bandeira Página 2
LEP (Leis de execuções penais)
 Parágrafo único. Ao exame de que trata este artigo poderá ser submetido o condenado ao cumprimento 
da pena privativa de liberdade em regime semi-aberto.
Questões Relacionadas
2. O exame criminológico para a obtenção dos elementos necessários a uma adequada classificação e com 
vistas à individualização da execução é obrigatório para:
a) Os condenados somente às penas privativas de liberdade em regime fechado.
b) Os condenados somente às penas privativas de liberdade em regime semi-aberto.
c) Os condenados às penas privativas de liberdade em regime fechado e para os condenados às penas 
privativas de liberdade em regime semi-aberto.
d) Os condenados às penas privativas de liberdade em regime aberto ou à pena restritiva de direitos.
e) Os condenados somente à pena restritiva de direitos.
Resposta: Letra A, Como já comentado somente aqueles que cumprem pena privativa de liberdade em 
regime fechado será submetido a exame criminológico, como prevê o artigo 8º acima.
3. (SEJUS-ES/09) O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade e restritiva de direitos deve 
ser submetido a exame criminológico a fim de que sejam obtidos os elementos necessários à adequada 
classificação e individualização da execução.
 Errada, só será submetido a exame criminológico os presos cuja a pena seja privativa de liberdade.
4) Jurisdicionalidade
 Os incidentes da LEP serão decididos pelo poder judiciário. A autoridade administrativa somente pode 
definir pontos secundários da execução penal (ex: Dia de visitas, horário do banho de sol, imposição de 
sanções disciplinares previamente previstos em lei, etc.). Mesmo nos pontos secundários pode haver 
intervenção judicial.
 Por Exemplo, o delegado ou o diretor do presídio, proíbe o dia de visitas, caso o condenado discorde pode 
recorrer ao juiz.
5) Devido Processo Legal
 Temos aqui um gênero com várias espécies, por exemplo, ampla defesa, contraditório, publicidade, 
imparcialidade...
6) Reeducativo
 Durante a execução penal deve-se buscar a ressocialização dos presos, coincidindo com as finalidades da 
LEP. Nós temos para isso os instrumentos que buscam a ressocialização, que desdobraremos futuramente.
 
Art. 11. A assistência será:
 I - material;
 II - à saúde;
 III -jurídica;
 IV - educacional;
 V - social;
 VI - religiosa.
7) Humanização
 Aqui se visa apenas o que já a própriaConstituição federal já previa, proibindo penas cruéis, desumanas ou 
degradantes.
Questões Relacionadas
4. Henrique, condenado definitivamente pela prática de latrocínio, praticou, no curso do regime fechado, fato 
definido como crime, isto é, matou seu companheiro de cela no interior do presídio. Nessa situação, 
independentemente da sanção penal, Henrique poderá ser sujeitado, pelo diretor do estabelecimento 
prisional, à sanção disciplinar de clausula em cela escura, até o limite de seis horas por dia.
Professor Ronaldo Bandeira Página 3
LEP (Leis de execuções penais)
 Errada, é proibida qualquer tipo de tratamento desumano ou degradante, conforme prevê o artigo 5º, inciso 
III da CF, bem como garantido a integridade física e moral do preso.
Art. 5º
...
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
...
 XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral.
Direitos e deveres do Preso
 Os direitos e deveres do preso estão previstos do artigo 38 ao artigo 43. Denominamos de estatuto jurídico 
do preso.
Dos Deveres
 Art. 38. Cumpre ao condenado, além das obrigações legais inerentes ao seu estado, submeter-se às normas de 
execução da pena.
 Art. 39. Constituem deveres do condenado:
 I - comportamento disciplinado e cumprimento fiel da sentença;
 II - obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se;
 III - urbanidade e respeito no trato com os demais condenados;
 IV - conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de fuga ou de subversão à ordem ou à disciplina;
 V - execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas;
 VI - submissão à sanção disciplinar imposta;
 VII - indenização à vitima ou aos seus sucessores;
 VIII - indenização ao Estado, quando possível, das despesas realizadas com a sua manutenção, mediante desconto 
proporcional da remuneração do trabalho;
 IX - higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento;
 X - conservação dos objetos de uso pessoal.
 Parágrafo único. Aplica-se ao preso provisório, no que couber, o disposto neste artigo.
Dos Direitos
Art. 41 - Constituem direitos do preso:
 I - alimentação suficiente e vestuário;
 II - atribuição de trabalho e sua remuneração;
 III - Previdência Social;
 IV - constituição de pecúlio;
 V - proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a recreação;
 VI - exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e desportivas anteriores, desde que compatíveis 
com a execução da pena;
 VII - assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa;
 VIII - proteção contra qualquer forma de sensacionalismo;
 IX - entrevista pessoal e reservada com o advogado;
 X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados;
 XI - chamamento nominal;
 XII - igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da individualização da pena;
 XIII - audiência especial com o diretor do estabelecimento;
 XIV - representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito;
 XV - contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de outros meios de 
informação que não comprometam a moral e os bons costumes.
 XVI – atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena da responsabilidade da autoridade judiciária 
competente. (Incluído pela Lei nº 10.713 , de 13.8.2003) 
 Parágrafo único. Os direitos previstos nos incisos V, X e XV poderão ser suspensos ou restringidos 
mediante ato motivado do diretor do estabelecimento.
 Observamos que os incisos V, X e XV são os únicos relativos, sendo necessário ato motivado, enquanto durarem os 
motivos persistem as restrições acima.
Questões relacionadas
5. (SEAP-PR) Constituem deveres do condenado, exceto:
a) Higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento.
b) Conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de fuga ou de subversão à ordem ou à disciplina.
Professor Ronaldo Bandeira Página 4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.713.htm
LEP (Leis de execuções penais)
c) Conservação dos objetos de uso pessoal.
d) Execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas.
e) Constituição de pecúlio.
 Resposta: Letra E, aqui o examinador busca confundir a cabeça do candidato misturando os direitos e 
deveres, incluindo na letra E um direito e não um dever.
Art. 41 - Constituem direitos do preso:
...
IV - constituição de pecúlio;
6. (SEJUC-RN) Marque a afirmativa INCORRETA:
A) São recompensas que podem ser concedidas aos presos: elogio e concessão de regalias.
B) Não é garantida a liberdade de contratar médico de confiança pessoal do internado ou do submetido a 
tratamento ambulatorial, por seus familiares ou dependente, a fim de orientar e acompanhar o tratamento.
C) Constituem direito do preso a alimentação suficiente e vestuário.
D) Constitui direito do preso o contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e 
de outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes.
E) Constitui direito do preso a previdência social.
Resposta: Letra B, como prevê o artigo 43 é garantido como direito do internado a contratação de médico 
pessoal.
Art. 43 - É garantida a liberdade de contratar médico de confiança pessoal do internado ou do submetido a 
tratamento ambulatorial, por seus familiares ou dependentes, a fim de orientar e acompanhar o tratamento.
7. (SEJUC-RN) Constituem deveres do preso, EXCETO:
A) Obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se.
B) Submissão à sanção disciplinar imposta.
C) Execução do trabalho, das tarefas e das ordens.
D) Indenização à vítima e aos seus sucessores.
E) Proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a recreação.
Resposta: Letra E, Como sempre o examinador procura misturar o rol de direitos e deveres a fim de confundir 
o candidato, porém observe que a letra “E” está contida no rol dos direitos e não dos deveres do preso, como 
prevê o inciso V do artigo 41.
8. Constituem direitos do preso
I. Alimentação suficiente e vestuário
II. Atribuição de trabalho e sua remuneração
III.Previdência social
IV. Constituição de pecúlio
V. Entrevista pessoal e reservada com o advogado
Marque a alternativa correta:
(a) As alternativas I, II e III estão corretas
(b) As alternativas I e IV estão corretas
(c) As alternativas I, II, III e V estão corretas
(d) Todas estão corretas
Resposta: Letra D, todas as alternativas representam direito do preso.
 Art. 41 - Constituem direitos do preso:
Professor Ronaldo Bandeira Página 5
LEP (Leis de execuções penais)
I - alimentação suficiente e vestuário;
II - atribuição de trabalho e sua remuneração;
III - Previdência Social;
IV - constituição de pecúlio;
IX - entrevista pessoal e reservada com o advogado;
Das sanções Disciplinares
 Visando buscar a harmonização entre àqueles que cumprem penas, seja privativa de liberdade ou até 
mesmo restritiva de direitos o legislador ordinário, criou para isso recompensas para quem haja com mérito e 
sanções punidas com faltas para quem haja com demérito, aprofundaremos agora esse assunto.
Dos Méritos Dos Deméritos
Art. 56. São recompensas:
 I - o elogio;
 II - a concessão de regalias.
 Parágrafo único. A legislação local e os 
regulamentos estabelecerão a natureza e a forma 
de concessão de regalias.
 Art. 53. Constituem sanções disciplinares:
 I - advertência verbal;
 II - repreensão;
 III - suspensão ou restrição de direitos (artigo 
41, parágrafo único);
 IV - isolamento na própria cela, ou em local 
adequado, nos estabelecimentos que possuam 
alojamento coletivo, observado o disposto no artigo 
88 desta Lei.
 V - inclusãono regime disciplinar diferenciado. 
(Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
 Das faltas
 Art. 49. As faltas disciplinares classificam-se em leves, médias e graves. A legislação local especificará as leves e 
médias, bem assim as respectivas sanções.
 Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a sanção correspondente à falta consumada.
 Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que:
 I - incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina;
 II - fugir;
 III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem;
 IV - provocar acidente de trabalho;
 V - descumprir, no regime aberto, as condições impostas;
 VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei.
 VII – tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação 
com outros presos ou com o ambiente externo. (Incluído pela Lei nº 11.466, de 2007)
 Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se, no que couber, ao preso provisório.
 Art. 51. Comete falta grave o condenado à pena restritiva de direitos que:
 I - descumprir, injustificadamente, a restrição imposta;
 II - retardar, injustificadamente, o cumprimento da obrigação imposta;
 III - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei.
Comentários
Casos de faltas Graves
Para o condenado à pena privativa de liberdade Para o condenado à pena restritiva de direitos
I - incitar ou participar de movimento para subverter a 
ordem ou a disciplina;
I - descumprir, injustificadamente, a restrição imposta;
II - fugir; II - retardar, injustificadamente, o cumprimento da 
obrigação imposta;
III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de 
ofender a integridade física de outrem;
IV - provocar acidente de trabalho;
V - descumprir, no regime aberto, as condições impostas;
VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do 
artigo 39, desta Lei.
III - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, 
do artigo 39, desta Lei.
Professor Ronaldo Bandeira Página 6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11466.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.792.htm
LEP (Leis de execuções penais)
VII – tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho 
telefônico, de rádio ou similar, que permita a 
comunicação com outros presos ou com o ambiente 
externo. (Incluído pela Lei nº 11.466, de 2007)
 Segundo a tabela acima vale comentar algumas hipóteses de faltas graves àquele que estiver cumprindo 
pena privativa de liberdade, o inciso primeiro é óbvio uma questão de segurança tanto para quem cumpre e 
para quem auxilia a manutenção dessa pena (carcereiros, por exemplo), vale ressaltar que o idealizador 
também será submetido a essa sanção (através da incitação).
 O inciso II, é bem simples, porém há parte da doutrina que entende que fuga é a exteriorização do 
sentimento humano pela liberdade, logo, não seria caso nem de sanção. Pode até ser lindo, porém para a 
sua prova é caso de falta grave.
 Para o inciso III, vale ressaltar apenas que se incluem objetos impróprios como, por exemplo, uma escova 
de dente que seu cabo é apontado a ponto de se “criar” uma lança de tal forma que se consiga ofender a 
integridade física de outrem.
 Para o IV, o legislador percebeu que por previsão da remição (a cada 3 dias de trabalho há a remição de 1), 
e em caso de acidente de trabalho não provocado essa remição ainda persiste, logo, o objetivo foi claro, foi 
evitar a fraude laboral (já vi também estilionato laboral), ou seja, não ceder a remição àquele preso que 
provocou por dolo sua queda da escada fim de usufruir desse benefício.
 O inciso V, busca evitar o descumprimento no regime aberto das condições impostas.
 O VI como pode-se analisar na tabela é caso tanto de falta grave para quem cumpre pena privativa de 
liberdade como para quem cumpre restritiva de direitos, que são os casos de desobediência com os 
servidores e desrespeito com todos aqueles com quem deva se relacionar, além da não execução do 
trabalho, tarefa e ordens recebidas também se insere nesse contexto.
 Para concluir o VII tornou-se hipótese de falta grave com o advento da lei 11466 de 2007. A elevação a falta 
grave e, portanto, a proibição de uso de celular, rádios... Que permita a comunicação seja com outro preso ou 
com o mundo exterior, foi incluída no rol de faltas graves, devido aos reincidentes casos de rebeliões, 
atentados, etc. Dentre outros cometimentos de atos e crimes controversos a manutenção da ordem pública. 
 Finalizando perceba no artigo 49, que a LEP só regula as faltas GRAVES ficando as leves e médias a cargo 
da legislação local. Segundo o parágrafo único, a tentativa é punida como a forma consumada.
 Lembrando que estas faltas ensejam a aplicação de sanções, as quais começaremos a dissertar agora.
Questões Relacionadas
9. As faltas disciplinares classificam-se em leves, médias e graves, todas elas previstas na LEP, sendo 
vedada à legislação local a especificação ou criação de sanções.
 Errada, pois a LEP apenas prevê a grave, ficando as leves e médias a cargo da legislação local.
Art. 49. As faltas disciplinares classificam-se em leves, médias e graves. A legislação local especificará as leves 
e médias, bem assim as respectivas sanções.
10. Comete falta grave o condenado a pena privativa de liberdade que não cumpre o dever de obediência ao 
servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se.
 Certa, sendo inclusive caso de falta grave tanto para quem cumpre pena privativa de liberdade como para 
aquele que cumpre restritiva de direitos como prevê o artigo 50, VI da LEP.
 Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que:
 ...
 VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei.
11. A advertência verbal não constitui espécie de sanção disciplinar, mas mero procedimento interno de 
manutenção da disciplina.
 Errada, pois se encontra expressa no rol de sanções disciplinares.
 Art. 53. Constituem sanções disciplinares:
 I - advertência verbal;
12. É vedado o isolamento do preso provisório ou condenado, na própria cela, como forma de sanção 
disciplinar.
 Errada, pois existe a previsão expressa de isolamento na própria cela no rol de sanções disciplinares.
 Art. 53. Constituem sanções disciplinares:
 ...
 IV - isolamento na própria cela, ou em local adequado, nos estabelecimentos que possuam alojamento 
coletivo, observado o disposto no artigo 88 desta Lei.
Professor Ronaldo Bandeira Página 7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11466.htm
LEP (Leis de execuções penais)
13. Os condenados podem ser agraciados com recompensas, entre elas a concessão de regalias, tendo em 
vista o bom comportamento, a colaboração com a disciplina e a dedicação ao trabalho.
 Certa, é possível a concessão de regalias aos presos, desde que atendam ao requisito subjetivo de 
disciplina e dedicação ao trabalho.
Art. 56. São recompensas:
 I - o elogio;
 II - a concessão de regalias.
 Parágrafo único. A legislação local e os regulamentos estabelecerão a natureza e a forma de concessão 
de regalias.
14. Como o procedimento para a apuração de falta disciplinar não é um feito judicial, não há necessidade de 
se assegurar ao faltoso o direito de defesa.
 Errada, questão busca do candidato apenas o conhecimento em relação ao direito a ampla defesa e 
contraditório previsto no artigo 59.
Art. 59. Praticada a falta disciplinar, deverá ser instaurado o procedimento para sua apuração, conforme 
regulamento, assegurado o direito de defesa.
15. (SEAP-PR) Comete falta grave o condenado à pena restritiva de direitosque:
a) Retardar, injustificadamente, o cumprimento da obrigação imposta.
b) Incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina.
c) Provocar acidente de trabalho.
d) Empreender fuga.
e) Possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem.
Resposta: Letra A, O candidato aqui deve observar que o examinador procura as faltas graves cometidas por 
aqueles que estão cumprindo pena restritiva de direitos e nas demais opções para confundir o candidato 
acrescentou causas de faltas graves para aquele que cumpre pena privativa de liberdade.
Art. 51. Comete falta grave o condenado à pena restritiva de direitos que:
...
II - retardar, injustificadamente, o cumprimento da obrigação imposta;
16. (SEAP-PR) São consideradas faltas graves cometidas pelo condenado a pena privativa de liberdade, 
EXCETO:
A) Descumprir, injustificadamente, a restrição imposta.
B) Fugir.
C) Provocar acidente de trabalho.
D) Incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina.
E) Possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem.
Resposta: Letra A, A letra “A” é a única que é causa de falta grave para quem cumpre pena restritiva de 
direitos o examinador buscou aqui confundir o candidato com os casos que ensejam faltas graves nas penas 
cumpridas em decorrência de pena privativa de liberdade.
Art. 51. Comete falta grave o condenado à pena restritiva de direitos que:
 I - descumprir, injustificadamente, a restrição imposta;
17. (SEAP-PR) As sanções constantes na Lei de Execuções Penais, em seu título II, cap. IV, seção III, são as 
abaixo enumeradas, EXCETO:
A) Advertência escrita.
B) Advertência verbal.
C) Suspensão ou restrição de direitos.
D) Repreensão.
E) Isolamento na própria cela ou em outro local adequado.
Resposta: Letra A, pois a advertência é verbal, não há previsão de advertência por escrito.
18. (SEJUC-RN) NÃO comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que:
A) Retardar, injustificadamente, o cumprimento da obrigação imposta.
B) Fugir.
C) Provocar acidente de trabalho.
D) Descumprir, no regime aberto, as restrições impostas.
Professor Ronaldo Bandeira Página 8
LEP (Leis de execuções penais)
E) Incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina.
Resposta: Letra A, aqui novamente o examinador tentou confundir o candidato misturando os casos de faltas 
graves daqueles que cumprem penas privativas de liberdade e daqueles que cumprem pena restritiva de 
direitos.
19. (SEJUS-ES) Considere que Joaquim, em cumprimento a pena privativa de liberdade, estimulou os demais 
presos de seu pavilhão à prática de greve de fome e de recusa ao trabalho,reivindicando melhores condições 
de alojamento e oportunidades de recreação. O movimento durou cinco dias, gerando desordem e indisciplina 
entre os presos. Nessa situação, independentemente da sanção aplicada aos demais presos, a conduta de 
Joaquim o sujeitará a sanção disciplinar em razão do cometimento de falta grave.
 Certa, Joaquim está incitando os demais a participação de movimento para subverter a ordem ou a 
disciplina.
Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que:
 I - incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina;
20. (SEJUS-ES) No âmbito da execução penal, no que se refere a faltas disciplinares e respectivas sanções, 
deve ser observado o princípio da reserva legal, segundo o qual somente pode ser considerada infração 
aquela que estiver anteriormente prevista em lei ou regulamento, bem como somente pode ser aplicada a 
sanção anteriormente cominada para o fato.
 Certa, Deverá aqui ser observado o princípio da reserva legal.
21. (SEJUS-ES) O regime disciplinar diferenciado, regime de cumprimento de pena em acréscimo aos 
regimes fechado, semi-aberto e aberto, caracteriza-se por maior grau de isolamento do preso e por restrições 
ao contato com o mundo exterior.
 Errada, RDD não é regime de cumprimento de pena.
22. (SEJUS-ES) Considera-se falta disciplinar grave a fuga praticada com violência ou danos patrimoniais. 
Classificam-se como falta média a fuga e a tentativa de evasão em que, para deixar a prisão, o preso não 
pratica violência nem causa danos ao patrimônio.
 Errada, pois as faltas médias serão reguladas pela legislação local.
23. (SEJUS-ES/09) O poder disciplinar só pode ser exercido pelo juiz da execução penal.
 Errada, pois poderá ser feita também pelo próprio diretor do estabelecimento, quando por exemplo impor a 
sanção preventiva de inclusão na cela isolada, para averiguação.
24. (SEJUS-ES/09) A tentativa de fuga do estabelecimento prisional é classificada como falta disciplinar 
grave, punida com a sanção correspondente à falta consumada.
 Certa, a fuga é falta disciplinar grave, como prevê o artigo 50, II.
25. (SEJUS-ES/09) A concessão de regalias é modalidade de recompensa e visa reconhecer o bom 
comportamento do condenado, sua colaboração com a disciplina e sua dedicação ao trabalho.
 Certa, já comentado anteriormente.
Do Regime Disciplinar Diferenciado
 Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e sujeita o preso, ou condenado, à sanção 
disciplinar, sem prejuízo da sanção penal.
 Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasione subversão da ordem 
ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar 
diferenciado, com as seguintes características: (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
 I - duração máxima de trezentos e sessenta dias, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta grave de 
mesma espécie, até o limite de um sexto da pena aplicada; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
 II - recolhimento em cela individual; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.792.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.792.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.792.htm
LEP (Leis de execuções penais)
 III - visitas semanais de duas pessoas, sem contar as crianças, com duração de duas horas; (Incluído pela Lei nº 
10.792, de 1º.12.2003)
 IV - o preso terá direito à saída da cela por 2 horas diárias para banho de sol. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 
1º.12.2003)
 § 1o O regime disciplinar diferenciado também poderá abrigar presos provisórios ou condenados, nacionais ou 
estrangeiros, que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade. 
(Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
 § 2o Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar diferenciado o preso provisório ou o condenado sob o qual 
recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organizações criminosas, quadrilha 
ou bando. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003).
1. Conceito do RDD 
 O RDD não é uma quarta espécie de regime de cumprimento de pena, mas sim a mais severa sanção disciplinar 
imposta ao preso autor de falta grave.
2. Características 
 2.1) Temporal
 I - duração máxima de trezentos e sessenta dias, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta 
grave de mesma espécie, até o limite de um sexto da pena aplicada; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 
1º.12.2003)
 * Até 360 dias, quando não há repetição da falta grave.
 
 * Havendo repetição da falta grave  até 1/6 da pena aplicada.
 Havendo repetição da falta grave novamente  até 1/6 da pena aplicada.
OBS.: Não há limite para nova repetição.
 Então, por exemplo, um condenado que cumpre uma pena de 12 anos na primeira vez poderá ficar até 360 
dias, se cometer novamente até dois anos (1/6 de 12 = 2 anos), se cometer novamente dois anos novamente 
e assim sucessivamentesem limite de inclusão sucessivo. 
 Só para explanar esta é a corrente majoritária. Porém existe uma corrente minoritária que considera no caso 
de reincidência o prazo máximo de 1/6 da pena, ou seja, as reincidências somadas não poderão ultrapassar 
dois anos no caso acima. 
 
 Caso Prático  Considerando o mesmo prazo acima de 12 anos o preso que cometer uma hipótese de 
cabimento para aplicação no RDD ficará no primeiro caso até 360 dias, no segundo até 1/6 da pena aplicada, 
na próxima reincidência o que sobrar dos 1/6 e assim sucessivamente. Devendo o juiz da execução ponderar 
de tal forma que nunca chegue ao prazo máximo de 1/6 da pena aplicada, sempre restando um período para 
sua aplicação. 
2.2) Recolhimento em cela Individual
II - recolhimento em cela individual; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
Lembrando que na constituição federal existe um dispositivo transcrito ao lado “XLIX - é assegurado aos 
presos o respeito à integridade física e moral”, que proíbe qualquer tratamento desumano ou degradante ao 
preso, ratificado pelo inciso III que é mais geral “III - ninguém será submetido à tortura nem a tratamento 
desumano ou degradante;”, porém ressalta o mesmo argumento. Portanto não poderá colocar um preso no 
regime de RDD em cela insalubre, escura, suja, com animais peçonhentos e etc.
2.3) Visita Semanal 
III - visitas semanais de duas pessoas, sem contar as crianças, com duração de duas horas; (Incluído 
pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.792.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.792.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.792.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.792.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.792.htm
LEP (Leis de execuções penais)
 Não entrarei em nenhuma discussão doutrinária, até porque sua prova nunca entrará nessa seara, então 
senhores leve em consideração que são visitas de duas pessoas semanalmente no máximo, e quantas 
crianças forem sem limite.
2.4) Banho de sol
IV - o preso terá direito à saída da cela por 2 horas diárias para banho de sol. (Incluído pela Lei nº 
10.792, de 1º.12.2003).
3. Hipóteses de Cabimento 
Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasione subversão da 
ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao 
regime disciplinar diferenciado, com as seguintes características: (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 
1º.12.2003)
§ 1o O regime disciplinar diferenciado também poderá abrigar presos provisórios ou condenados, nacionais ou 
estrangeiros, que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade. 
(Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
§ 2o Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar diferenciado o preso provisório ou o condenado sob o qual 
recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organizações criminosas, 
quadrilha ou bando. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
Comentários: 
 Como podemos perceber acima existem três hipóteses de inclusão no RDD, vamos ver na tabela abaixo 
como funciona esse cabimento em tal sanção:
Previsão 
Legal
Hipóteses de cabimento no 
RDD
Observações Exemplo prático
Art. 52, 
“caput”
A prática de fato previsto 
como crime doloso constitui 
falta grave e, quando 
ocasione subversão da 
ordem ou disciplina internas, 
sujeita o preso provisório, ou 
condenado, sem prejuízo da 
sanção penal, ao regime 
disciplinar diferenciado, com 
as seguintes características
Percebe-se que somente a prática 
de crime doloso não enseja 
inclusão no RDD é necessário que 
somada a isso haja 
concomitantemente a subversão 
da ordem ou da disciplina interna.
Lembrando que além da punição 
administrativa há também a 
punição penal pelo cometimento 
do crime.
Um preso que mata um 
colega de cela, pois este 
era seu desafeto e todos 
os outros presos 
“chocados” com o crime 
começam um tumulto 
inconformados com o 
homicídio.
Art. 52, § 
1º
O regime disciplinar 
diferenciado também poderá 
abrigar presos provisórios ou 
condenados, nacionais ou 
estrangeiros, que apresentem 
alto risco para a ordem e a 
segurança do 
estabelecimento penal ou da 
sociedade. (Incluído pela Lei 
nº 10.792, de 1º.12.2003)
Apesar de estar expresso na lei 
que é suficiente que o preso 
apresente alto risco é necessário 
que haja um cometimento de um 
fato posterior ao qual gere essa 
insegurança na prática.
Percebemos que o legislador aqui 
foi redundamente ao mencionar de 
forma expressa a submissão do 
estrangeiro no RDD, pois segundo 
a própria constituição federal os 
estrangeiros são iguais em 
direitos.
Um preso que após sua 
inclusão no sistema 
apresente uma conduta 
(direito penal do fato e 
não do autor, como prevê 
equivocadamente a LEP), 
em desacordo com as 
atitudes preventivas e 
ordeiras que a LEP prevê.
Art. 52, § 
2º
Estará igualmente sujeito ao 
regime disciplinar 
diferenciado o preso 
provisório ou o condenado 
sob o qual recaiam fundadas 
A doutrina corrige este caso de 
cabimento, pois na prática é 
necessário a prova material 
(interceptações telefônicas, 
testemunhas).
Um promotor de justiça do 
MP, solicita ao juiz da 
execução através de 
provas materiais a 
inclusão de um preso que 
Professor Ronaldo Bandeira Página 11
LEP (Leis de execuções penais)
suspeitas de envolvimento ou 
participação, a qualquer título, 
em organizações criminosas, 
quadrilha ou bando. (Incluído 
pela Lei nº 10.792, de 
1º.12.2003)
está envolvido em uma 
quadrilha qualquer.
4. Procedimento de Inclusão no RDD 
Art. 54. As sanções dos incisos I a IV do art. 53 serão aplicadas por ato motivado do diretor do 
estabelecimento e a do inciso V, por prévio e fundamentado despacho do juiz competente. (Redação dada 
pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
§ 1o A autorização para a inclusão do preso em regime disciplinar dependerá de requerimento 
circunstanciado elaborado pelo diretor do estabelecimento ou outra autoridade administrativa. (Incluído pela 
Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
§ 2o A decisão judicial sobre inclusão de preso em regime disciplinar será precedida de manifestação do 
Ministério Público e da defesa e prolatada no prazo máximo de quinze dias. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 
1º.12.2003)
Comentários
• O RDD está sob império da judicialização, ou seja, somente o juiz pode incluir um preso no RDD.
• O juiz não pode provocar de ofício a inclusão no RDD, é necessário ser provocado através de um 
requerimento elaborado pelo diretor do estabelecimento ou outra autoridade administrativa (secretário 
de segurança pública).
Lembrar que o MP pode requerer inclusão no RDD, artigo 68, II, a da LEP.
 Art. 68. Incumbe, ainda, ao Ministério Público, 
...
II - requerer:
a) todas as providências necessárias ao desenvolvimento do processo executivo;
• O parágrafo segundo obriga o respeito ao contraditório e a ampla defesa, ou seja, nada mais é que o 
devido processo legal.
Circunstâncias preliminares para aplicação das sanções
Da Aplicação das Sanções
Art. 57. Na aplicação das sanções disciplinares levar-se-á em conta a pessoa do faltoso, a natureza e as circunstâncias 
do fato, bem como as suas conseqüências.
Parágrafo único. Nas faltas graves, aplicam-se as sanções previstas nos incisos III e IV, do artigo 53, desta Lei.
Art. 57. Na aplicação das sanções disciplinares, levar-se-ão em conta a natureza, os motivos, as circunstâncias e as 
conseqüências do fato, bem como a pessoa do faltoso e seu tempo de prisão. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 
1º.12.2003)
Parágrafo único. Nas faltas graves, aplicam-se as sanções previstas nos incisos III a V do art. 53 desta Lei. (Redação 
dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
Art. 58. O isolamento, a suspensãoe a restrição de direitos não poderão exceder a 30 (trinta) dias.
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Exige do juiz a individualização da sanção disciplinar.Exsurge também aqui a proibição de sanção coletiva, ela tem que ser individual (art. 45, § 3º da LEP)
LEP (Leis de execuções penais)
Art. 58. O isolamento, a suspensão e a restrição de direitos não poderão exceder a trinta dias, ressalvada a hipótese do 
regime disciplinar diferenciado. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
Parágrafo único. O isolamento será sempre comunicado ao Juiz da execução.
 Percebe-se aqui uma restrição temporal acerca do isolamento e da suspensão e a restrição de direitos não podendo 
estas excederem a 30 dias, ressalvada a hipótese de inclusão no RDD que você já sabe.
 O parágrafo único torna obrigatório a comunicação ao juiz da execução visando coibir práticas ilegais contra o preso.
Questões Relacionadas
26. Se todos os presos de determinada ala do presídio praticarem em conjunto falta grave, poderá haver 
sanção coletiva.
 Errada, pois é expressamente proibida qualquer tipo de sanção coletiva, como prevê o artigo 45 parágrafo 
3º.
Art. 45. Não haverá falta nem sanção disciplinar sem expressa e anterior previsão legal ou regulamentar.
...
§ 3º São vedadas as sanções coletivas.
27. (SEJUS-ES) Suponha que, em determinado pavilhão de um presídio, tenha início uma rebelião, não se 
determinando ao certo quem começou o movimento. Nessa situação, pode o diretor da unidade prisional, 
após a autorização judiciária competente, impor sanção coletiva, de modo a punir todo o grupo de presos do 
pavilhão.
 Errada, não existe sanção de caráter coletivo, conforme prevê o artigo 45, parágrafo 3º.
RDD Preventivo
Art. 60. A autoridade administrativa poderá decretar o isolamento preventivo do faltoso pelo prazo de até dez 
dias. A inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado, no interesse da disciplina e da averiguação do 
fato, dependerá de despacho do juiz competente. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
Parágrafo único. O tempo de isolamento ou inclusão preventiva no regime disciplinar diferenciado será 
computado no período de cumprimento da sanção disciplinar. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 
1º.12.2003)
 Vislumbram-se aqui duas hipóteses visando à garantia da ordem do faltoso para melhor averiguação do 
fato. Você provavelmente percebeu lendo o caput do artigo 60, que este prevê duas formas cautelares para 
garantia da ordem seja através do isolamento preventivo do faltoso, ou através de inclusão do preso no RDD, 
e este dependerá de despacho do juiz competente (juiz da execução).
Procedimento cautelar Competência Prazo
Isolamento preventivo A autoridade administrativa De até 10 dias
A inclusão do preso no regime 
disciplinar diferenciado
Despacho do juiz competente De até 10 dias
OBS.: Só a fim de tecer o último comentário se após essa fase de investigação preliminar for constatado uma das três 
hipóteses possíveis de cabimento no RDD, o prazo que o faltoso ficou preventivamente contará, e logo será descontado 
no prazo definido na sanção do RDD em definitivo. 
Questões relacionadas
28. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasione subversão da ordem 
ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao regime 
disciplinar diferenciado.
Certa, questão muito fácil que apenas espera do candidato o conhecimento do “caput” do artigo 52.
 Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasione subversão da 
ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao 
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LEP (Leis de execuções penais)
regime disciplinar diferenciado, com as seguintes características: (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 
1º.12.2003)
29. O preso em regime disciplinar diferenciado terá direito a visitas semanais de duas pessoas, incluídas 
nesse número as visitas de crianças, com duração máxima de três horas.
 Errada, pois a visitação das crianças é liberada, a restrição é apenas para os outros que se limitará a duas 
pessoas.
Art. 52...
III - visitas semanais de duas pessoas, sem contar as crianças, com duração de duas horas; (Incluído pela 
Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
30. Sujeitar-se-á ao regime disciplinar diferenciado o preso provisório sob o qual recaiam fundadas suspeitas 
de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organizações criminosas, quadrilha ou bando.
 Certa, questão fácil que só busca o conhecimento do parágrafo 2º, do artigo 52, que é a terceira hipótese 
de cabimento no RDD.
 
Art. 52...
§ 2o Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar diferenciado o preso provisório ou o condenado sob o 
qual recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organizações 
criminosas, quadrilha ou bando. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
31. Referido regime disciplinar terá a duração máxima de 360 dias, sem prejuízo de repetição da sanção por 
nova falta grave da mesma espécie, até o limite de um sexto da pena aplicada.
 Certa, outra questão dada só espera o conhecimento do candidato da temporariedade do RDD que está 
prevista no inciso I, do artigo 52.
 I - duração máxima de trezentos e sessenta dias, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta grave 
de mesma espécie, até o limite de um sexto da pena aplicada; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
32. A autoridade administrativa poderá decretar o isolamento preventivo do faltoso pelo prazo de até dez dias, 
independentemente de prévia decisão judicial.
 Certa, questão boa que trata do isolamento preventivo para averiguação do fato.
Art. 60. A autoridade administrativa poderá decretar o isolamento preventivo do faltoso pelo prazo de até dez 
dias. A inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado, no interesse da disciplina e da averiguação do 
fato, dependerá de despacho do juiz competente. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
33. A inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado, no interesse da disciplina e da averiguação do fato, 
dependerá de despacho do juiz competente.
 Certa, questão trata do RDD preventivo (também chamado por parte da doutrina de RDD averiguação). 
Art. 60. A autoridade administrativa poderá decretar o isolamento preventivo do faltoso pelo prazo de até dez 
dias. A inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado, no interesse da disciplina e da averiguação do 
fato, dependerá de despacho do juiz competente. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003).
34. (SEAP-PR) Como foi amplamente noticiado nos últimos anos, rebeliões assolaram o sistema penitenciário 
de vários estados brasileiros. Dentre as respostas dadas pelo poder público como forma de contê-las, 
observamos a edição da Lei n° 10.792, de 1° de dezembro de 2003, que estabelece em um dos seus artigos: 
“A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasione subversão da ordem ou 
disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao regime 
disciplinar:
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http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/2003/L10.792.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/2003/L10.792.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/2003/L10.792.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/2003/L10.792.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/2003/L10.792.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/2003/L10.792.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/2003/L10.792.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/2003/L10.792.htm
LEP (Leis de execuções penais)
A) diferenciado”.
B) especial”.
C) fechado”.
D) de exceção”.
E) extraordinário”.
Resposta: Letra A, óbvio que é o Regime disciplinar diferenciado
35. (SEJUS-ES) O regime disciplinar diferenciado aplicadoaos presos que apresentam alto risco para a 
ordem e a segurança do estabelecimento prisional ou da sociedade alcança aqueles já condenados por 
sentença penal irrecorrível, não se estendendo aos presos provisórios.
 Errada, pois se encontra expresso no “caput” do artigo 52 que o RDD se estende também aos presos 
provisórios. 
Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasione subversão da 
ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao 
regime disciplinar diferenciado, com as seguintes características: (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 
1º.12.2003)
36. (SEJUS-ES/09) A prática de ato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasiona 
subversão da ordem, sujeita o condenado ao regime disciplinar diferenciado, com direito à saída da cela por 
duas horas diárias para banho de sol.
 Certa, é a primeira hipótese de cabimento no RDD mesclada com o direito a saída da cela por 2 horas para 
o banho de sol, conforme preceitua o artigo 52, IV.
37. (SEJUS-ES/09) O preso provisório ou o condenado, nacional ou estrangeiro, sobre o qual recaia fundada 
suspeita de envolvimento em quadrilha ou bando organizado para a prática de crime hediondo sujeita-se ao 
regime disciplinar diferenciado por prazo indeterminado, a critério do juiz da execução.
 Errada, Encontramos aqui o erro temporal já que existe um limite para a inclusão no RDD.
38. (SEJUS-ES/09) A autoridade administrativa pode decretar o isolamento preventivo do faltoso pelo prazo 
de até 10 dias, sendo esse tempo computado no período de cumprimento da sanção disciplinar.
 Certo, O examinador incluiu aqui duas previsões distintas da LEP uma prevista no “caput” do artigo 60 e a 
outra que prevê o computo do período no parágrafo único.
Das Assistências e do Egresso
CAPÍTULO II
Da Assistência
SEÇÃO I
Disposições Gerais
 Art. 10. A assistência ao preso e ao internado é dever do Estado, objetivando prevenir o crime e orientar o retorno à 
convivência em sociedade.
 Parágrafo único. A assistência estende-se ao egresso.
Comentários
 Percebemos que o legislador utilizou aqui de forma genérica o conceito preso, logo, nos cabe interpretar 
que esse conceito se estende para todos aqueles recolhidos em estabelecimento prisional, cautelarmente ou 
em razão de sentença penal condenatória com trânsito em julgado. Sendo incluindo aqui o preso provisório e 
o definitivo.
 Além do preso que cumpre lhe foi imposta a pena, o legislador inclui expressamente o internado, nas 
palavras de Renato Marcão, internado é “aquele que se encontra submetido a medida de segurança 
consistente em internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico, em razão de decisão judicial.”
 E para finalizar no parágrafo único estendeu a assistência ao egresso, a qual seu conceito está definido no 
artigo 26.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/2003/L10.792.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/2003/L10.792.htm
LEP (Leis de execuções penais)
 Art. 26. Considera-se egresso para os efeitos desta Lei:
 I - o liberado definitivo, pelo prazo de 1 (um) ano a contar da saída do estabelecimento;
 II - o liberado condicional, durante o período de prova.
* Inimputável - É a pessoa que cometeu uma infração penal, porém, no momento do crime, era inteiramente 
incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determina-se de acordo com esse entendimento. São 
considerados inimputáveis os doentes mentais ou a pessoa que possua desenvolvimento mental incompleto 
ou retardado, e os menores de dezoito anos. Os inimputáveis são isentos de pena, mas, se doente mental, 
fica sujeito a medida de segurança e, se menor de 18 anos, fica sujeito às normas estabelecidas na 
legislação especial. Ver art. 26 e 27 do Código Penal e art.228 da Constituição Federal.
Art. 11. A assistência será
 I - material;
 II - à saúde;
 III -jurídica;
 IV - educacional;
 V - social;
 VI - religiosa.
SEÇÃO II
Da Assistência Material
 Art. 12. A assistência material ao preso e ao internado consistirá no fornecimento de alimentação, vestuário e 
instalações higiênicas.
 Art. 13. O estabelecimento disporá de instalações e serviços que atendam aos presos nas suas necessidades 
pessoais, além de locais destinados à venda de produtos e objetos permitidos e não fornecidos pela Administração.
SEÇÃO III
Da Assistência à Saúde
 Art. 14. A assistência à saúde do preso e do internado de caráter preventivo e curativo, compreenderá atendimento 
médico, farmacêutico e odontológico.
 § 1º (Vetado).
 § 2º Quando o estabelecimento penal não estiver aparelhado para prover a assistência médica necessária, esta 
será prestada em outro local, mediante autorização da direção do estabelecimento.
 § 3o Será assegurado acompanhamento médico à mulher, principalmente no pré-natal e no pós-parto, extensivo ao 
recém-nascido. (Incluído pela Lei nº 11.942, de 2009)
SEÇÃO IV
Da Assistência Jurídica
 Art. 15. A assistência jurídica é destinada aos presos e aos internados sem recursos financeiros para constituir 
advogado.
 Art. 16. As Unidades da Federação deverão ter serviços de assistência jurídica nos estabelecimentos penais.
 Art. 16. As Unidades da Federação deverão ter serviços de assistência jurídica, integral e gratuita, pela Defensoria 
Pública, dentro e fora dos estabelecimentos penais. (Redação dada pela Lei nº 12.313, de 2010).
 § 1o As Unidades da Federação deverão prestar auxílio estrutural, pessoal e material à Defensoria Pública, no 
exercício de suas funções, dentro e fora dos estabelecimentos penais. (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
 § 2o Em todos os estabelecimentos penais, haverá local apropriado destinado ao atendimento pelo Defensor 
Público. (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
 § 3o Fora dos estabelecimentos penais, serão implementados Núcleos Especializados da Defensoria Pública para 
a prestação de assistência jurídica integral e gratuita aos réus, sentenciados em liberdade, egressos e seus familiares, 
sem recursos financeiros para constituir advogado. (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
SEÇÃO V
Da Assistência Educacional
 Art. 17. A assistência educacional compreenderá a instrução escolar e a formação profissional do preso e do 
internado.
 Art. 18. O ensino de 1º grau será obrigatório, integrando-se no sistema escolar da Unidade Federativa.
 Art. 19. O ensino profissional será ministrado em nível de iniciação ou de aperfeiçoamento técnico.
 Parágrafo único. A mulher condenada terá ensino profissional adequado à sua condição.
 Art. 20. As atividades educacionais podem ser objeto de convênio com entidades públicas ou particulares, que 
instalem escolas ou ofereçam cursos especializados.
 Art. 21. Em atendimento às condições locais, dotar-se-á cada estabelecimento de uma biblioteca, para uso de todas 
as categorias de reclusos, provida de livros instrutivos, recreativos e didáticos.
SEÇÃO VI
Da Assistência Social
 Art. 22. A assistência social tem por finalidade amparar o preso e o internado e prepará-los para o retorno à 
liberdade.
 Art. 23. Incumbe ao serviço de assistência social:
 I - conhecer os resultados dos diagnósticos ou exames;
 II - relatar, por escrito, ao Diretor do estabelecimento, os problemas e as dificuldades enfrentadas pelo assistido;
 III - acompanhar o resultado das permissões de saídas e das saídas temporárias;
Professor Ronaldo Bandeira Página 16
http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12313.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12313.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12313.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12313.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11942.htm
LEP (Leis de execuções penais)
 IV - promover, no estabelecimento, pelos meios disponíveis, a recreação;
 V - promover a orientação do assistido, na fase final do cumprimento da pena, e do liberando, de modo a facilitar o 
seu retorno à liberdade;
 VI - providenciar a obtenção de documentos, dos benefícios da Previdência Social e do seguro por acidente no 
trabalho;
 VII - orientar e amparar, quando necessário, a família do preso, do internado e da vítima.
SEÇÃO VII
Da Assistência Religiosa
 Art. 24. A assistência religiosa, com liberdade de culto, será prestada aos presos e aos internados, permitindo-se-
lhes a participação nos serviços organizados no estabelecimento penal, bem como a posse de livros de instrução 
religiosa.
 § 1º No estabelecimento haverá local apropriado para os cultos religiosos.
 § 2º Nenhum preso ou internado poderá ser obrigado a participar de atividade religiosa.
Comentários
Assistência Objetividade Observações
Material
Fornecimento de 
alimentação, vestuário e 
instalações higiênicas.
Percebemos que além da assistência material fornecida pelo 
próprio poder público, o estabelecimento prisional contará com uma 
instalação que disponibilizará objetos e produtos não fornecidos 
pela administração.
Saúde
Visa o tratamento físico 
do executado, seja em 
caráter preventivo como 
em caráter curativo.
É importante o candidato ter muito cuidado com a prestação da 
assistência a saúde em outro estabelecimento, pois esta só se dará 
quando o estabelecimento penal não estiver aparelhado para 
prover a assistência médica necessária.
Vale ressaltar que é permitida a contratação de médico de 
confiança pessoal ao internado e ao submetido a tratamento 
ambulatorial.
Jurídica
É destinada ao preso e 
ao internado sem 
recursos financeiros 
para garantir seus 
direitos
Vale ressaltar aqui a mudança trazida pela lei 12.313/10, que 
incube exclusivamente a defensoria pública a assistência jurídica, 
tanto dentro como fora dos estabelecimentos penais. O que outrora 
era prestado por outros órgãos, como OAB com intermédio da 
Procuradoria Geral do Estado hoje é exclusivo da defensoria 
pública.
Educaciona
l
Visa instruir o preso 
buscando a 
ressocialização bem 
como a formação 
profissional do mesmo.
Deverás importante salientar a obrigatoriedade do 1° grau. Já o 
ensino profissional será ministrado em nível de iniciação ou de 
aperfeiçoamento técnico.
Lembre-se é obrigatório a presença de uma biblioteca, provida de 
livros instrutivos, recreativos e didáticos.
Social
Visa principalmente a 
ressocialização do preso 
e reinserção ao convívio 
social.
Não há muito que se falar, tendo em vista já todas as declarações 
feitas por esta apostila.
Só queria ressaltar que esta assistência é a única que pensa na 
vítima, o que foi inclusive questão de prova.
Religiosa
Objetiva a prática livre 
da religião daquele que 
se encontra no sistema 
prisional.
É válido lembrar que ninguém será obrigado a participar de 
atividade religiosa como preceitua o parágrafo segundo do artigo 
24, bem como, deverá existir local apropriado para os cultos 
religiosos e que nenhum deles poderá sofrer proibição de sua 
prática, como prevê o artigo 5º, inciso VI da constituição federal.
Questões Relacionadas
39. Otávio, condenado definitivamente pela prática de roubo qualificado pelo emprego de arma de fogo, no 
curso do regime fechado, ficou gravemente doente, não estando o estabelecimento prisional suficientemente 
aparelhado para prover a assistência médica necessária a ele. Nessa situação, Otávio poderá ser transferido 
para unidade hospitalar apropriada.
 Certa, é importante observar que a transferido no caso de inexistência de aparelhagem suficiente para 
atendimento como prevê o artigo 14, parágrafo 2º.
Art. 14
...
Professor Ronaldo Bandeira Página 17
LEP (Leis de execuções penais)
 § 2º Quando o estabelecimento penal não estiver aparelhado para prover a assistência médica necessária, 
esta será prestada em outro local, mediante autorização da direção do estabelecimento.
40. (SEAP-PR) Em relação à assistência ao preso e ao internado “objetivando prevenir o crime e orientar o 
retorno à convivência em sociedade”, enumere os itens da segunda relação com base nas informações da 
primeira.
1. Assistência material
2. Assistência à saúde
3. Assistência jurídica
4. Assistência social
5. Assistência educacional
( ) Tem por fim amparar o preso e o internado e prepará-los para o retorno à liberdade.
( ) É destinada aos presos e internados sem recursos financeiros para constituir advogado.
( ) Compreenderá instrução escolar e a formação profissional do preso e do internado.
( ) De caráter preventivo e curativo, compreenderá atendimento médico, farmacêutico e odontológico.
( ) Consistirá no fornecimento de alimentação, vestuário e instalações higiênicas.
Assinale a alternativa que apresenta a seqüência correta, de cima para baixo.
A) 4, 3, 5, 2, 1
B) 4, 3, 2, 5, 1
C) 2, 5, 1, 4, 3
D) 5, 3, 2, 4, 1
E) 5, 4, 3, 1, 2
Resposta: Letra A, questão muito fácil. Basta o candidato ter apenas bom senso. Dispensa comentários.
41. (AGPEN-06) A assistência ao preso será:
A) formal; à saúde; jurídica; educacional; social; religiosa.
B) material; à saúde; jurídica; educacional; social; religiosa.
C) material; à saúde; jurídica; educacional; vocacional; religiosa.
D) à saúde; jurídica; educacional; social; religiosa.
Resposta: Letra B, aqui a questão busca a alternativa mais completa, que se mostra na letra B.
Art. 11. A assistência será:
 I - material;
 II - à saúde;
 III - jurídica;
 IV - educacional;
 V - social;
 VI - religiosa.
42. (SEJUS-ES/09) A assistência ao preso e ao egresso é dever do Estado, e visa prevenir o crime e orientar 
o retorno do indivíduo à convivência em sociedade.
 Certo, A assistência tem esse caráter ressocializador.
SEÇÃO VIII
Da Assistência ao Egresso
 Art. 25. A assistência ao egresso consiste:
 I - na orientação e apoio para reintegrá-lo à vida em liberdade;
 II - na concessão, se necessário, de alojamento e alimentação, em estabelecimento adequado, pelo prazo de 2 
(dois) meses.
 Parágrafo único. O prazo estabelecido no inciso II poderá ser prorrogado uma única vez, comprovado, por 
declaração do assistente social, o empenho na obtenção de emprego.
 Art. 26. Considera-se egresso para os efeitos desta Lei:
 I - o liberado definitivo, pelo prazo de 1 (um) ano a contar da saída do estabelecimento;
 II - o liberado condicional, durante o período de prova.
 Art. 27.O serviço de assistência social colaborará com o egresso para a obtenção de trabalho.
Comentários
 O que vale comentar aqui é o conceito de egresso que já foi citado anteriormente previsto no artigo 26, bem 
como a assistência direcionada ao egresso que consistirá:
Professor Ronaldo Bandeira Página 18
LEP (Leis de execuções penais)
 I - na orientação e apoio para reintegrá-lo à vida em liberdade;
 II - na concessão, se necessário, de alojamento e alimentação, em estabelecimento adequado, pelo prazo de 
2 (dois) meses.
 Parágrafo único. O prazo estabelecido no inciso II poderá ser prorrogado uma única vez, comprovado, por 
declaração do assistente social, o empenho na obtenção de emprego.
Do Trabalho
CAPÍTULO III
Do Trabalho
SEÇÃO I
Disposições Gerais
 Art. 28. O trabalho do condenado, como dever social e condição de dignidade humana, terá finalidade educativa e 
produtiva.
 § 1º Aplicam-se à organização e aos métodos de trabalho as precauções relativas à segurança e à higiene.
 § 2º O trabalho do preso não está sujeito ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho.
 Art. 29. O trabalho do preso será remunerado,mediante prévia tabela, não podendo ser inferior a 3/4 (três quartos) 
do salário mínimo.
 § 1° O produto da remuneração pelo trabalho deverá atender:
 a) à indenização dos danos causados pelo crime, desde que determinados judicialmente e não reparados por 
outros meios;
 b) à assistência à família;
 c) a pequenas despesas pessoais;
 d) ao ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com a manutenção do condenado, em proporção a ser 
fixada e sem prejuízo da destinação prevista nas letras anteriores.
 § 2º Ressalvadas outras aplicações legais, será depositada a parte restante para constituição do pecúlio, em 
Caderneta de Poupança, que será entregue ao condenado quando posto em liberdade.
 Art. 30. As tarefas executadas como prestação de serviço à comunidade não serão remuneradas.
SEÇÃO II
Do Trabalho Interno
 Art. 31. O condenado à pena privativa de liberdade está obrigado ao trabalho na medida de suas aptidões e 
capacidade.
 Parágrafo único. Para o preso provisório, o trabalho não é obrigatório e só poderá ser executado no interior do 
estabelecimento.
 Art. 32. Na atribuição do trabalho deverão ser levadas em conta a habilitação, a condição pessoal e as 
necessidades futuras do preso, bem como as oportunidades oferecidas pelo mercado.
 § 1º Deverá ser limitado, tanto quanto possível, o artesanato sem expressão econômica, salvo nas regiões de 
turismo.
 § 2º Os maiores de 60 (sessenta) anos poderão solicitar ocupação adequada à sua idade.
 § 3º Os doentes ou deficientes físicos somente exercerão atividades apropriadas ao seu estado.
 Art. 33. A jornada normal de trabalho não será inferior a 6 (seis) nem superior a 8 (oito) horas, com descanso nos 
domingos e feriados.
 Parágrafo único. Poderá ser atribuído horário especial de trabalho aos presos designados para os serviços de 
conservação e manutenção do estabelecimento penal.
 Art. 34. O trabalho poderá ser gerenciado por fundação, ou empresa pública, com autonomia administrativa, e terá 
por objetivo a formação profissional do condenado.
 § 1o. Nessa hipótese, incumbirá à entidade gerenciadora promover e supervisionar a produção, com critérios e 
métodos empresariais, encarregar-se de sua comercialização, bem como suportar despesas, inclusive pagamento de 
remuneração adequada. (Renumerado pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
 § 2o Os governos federal, estadual e municipal poderão celebrar convênio com a iniciativa privada, para 
implantação de oficinas de trabalho referentes a setores de apoio dos presídios. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 
1º.12.2003)
 Art. 35. Os órgãos da Administração Direta ou Indireta da União, Estados, Territórios, Distrito Federal e dos 
Municípios adquirirão, com dispensa de concorrência pública, os bens ou produtos do trabalho prisional, sempre que não 
for possível ou recomendável realizar-se a venda a particulares.
 Parágrafo único. Todas as importâncias arrecadadas com as vendas reverterão em favor da fundação ou empresa 
pública a que alude o artigo anterior ou, na sua falta, do estabelecimento penal.
SEÇÃO III
Do Trabalho Externo
 Art. 36. O trabalho externo será admissível para os presos em regime fechado somente em serviço ou obras 
públicas realizadas por órgãos da Administração Direta ou Indireta, ou entidades privadas, desde que tomadas as 
cautelas contra a fuga e em favor da disciplina.
 § 1º O limite máximo do número de presos será de 10% (dez por cento) do total de empregados na obra.
 § 2º Caberá ao órgão da administração, à entidade ou à empresa empreiteira a remuneração desse trabalho.
 § 3º A prestação de trabalho à entidade privada depende do consentimento expresso do preso.
Professor Ronaldo Bandeira Página 19
http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/2003/L10.792.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/2003/L10.792.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/2003/L10.792.htm
LEP (Leis de execuções penais)
 Art. 37. A prestação de trabalho externo, a ser autorizada pela direção do estabelecimento, dependerá de aptidão, 
disciplina e responsabilidade, além do cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena.
 Parágrafo único. Revogar-se-á a autorização de trabalho externo ao preso que vier a praticar fato definido como 
crime, for punido por falta grave, ou tiver comportamento contrário aos requisitos estabelecidos neste artigo.
Comentários
1. Finalidade do Trabalho
 Possui dupla finalidade: produtiva e educativa. Nunca lucrativa como vocês verão em algumas questões.
2. Da Remuneração
2.1 Da quantificação da Remuneração
 Não poderá ser inferior a ¾ do salário mínimo.
2.2 Da destinação da remuneração
a) à indenização dos danos causados pelo crime, desde que determinados judicialmente e não reparados por 
outros meios;
b) à assistência à família;
c) a pequenas despesas pessoais;
d) ao ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com a manutenção do condenado, em proporção a ser 
fixada e sem prejuízo da destinação prevista nas letras anteriores.
§ 2º Ressalvadas outras aplicações legais, será depositada a parte restante para constituição do pecúlio, em 
Caderneta de Poupança, que será entregue ao condenado quando posto em liberdade.
2.3 Observações 
 Lembre-se que o preso não está regido pela CLT, porém terá direito a previdência social. As tarefas 
executadas como prestação de serviço a comunidade não será remunerada.
 Vale lembrar também que em caso de acidente de trabalho não provocado o preso terá direito a remição, 
porém quando for provocado será motivo para ensejar falta grave.
3. Do Trabalho Interno
 Torna-se indispensável comentar a obrigatoriedade do trabalho somente para o preso sujeito a pena 
privativa de liberdade, sendo facultativo para o preso provisório, e se caso aconteça será executado no 
interior do estabelecimento.
 
3.1 Da classificação
 Será levado em consideração a condição pessoal e as necessidades futuras do preso, bem como as 
oportunidade oferecidas pelo mercado de trabalho. 
 Sendo óbvio que aqueles que necessitam de uma condição especial individualizada, como os maiores de 
60 anos e os doentes ou deficientes físicos exercerão atividades compatíveis com o seu estado.
3.2 Da jornada
 A jornada não será superior a 8 horas nem inferior a 6 horas, com descanso nos domingos e feriados. 
Podendo ser atribuído horário especial para aquele que trabalha na conservação e manutenção do 
estabelecimento penal. Como no caso de faxina, por exemplo, na administração, em enfermarias etc.
4. Do trabalho Externo
 Para a admissão no trabalho externo faz-se necessário 2 fatores: um objetivo e outro subjetivo, o primeiro 
se refere ao tempo (1/6 no mínimo do cumprimento da pena) e o segundo se refere a disciplina e 
responsabilidade, que devem ser apuradas, como bem leciona Renato Marcão através de exames 
criminológicos.
Professor Ronaldo Bandeira Página 20
LEP (Leis de execuções penais)
4.1 Limitação e Condição 
 A condição aqui se faz necessária para o trabalho externo sendo obrigatório que o serviço seja realizado por 
órgão da administração direta ou indireta, ou entidades privadas e ainda tendo que possuir cautelas contra 
fuga e a favor da disciplina.
 A limitação de presos será de 10% do total de empregados na obra.
4.2 Condutas posteriores reprovadora para o trabalho externo
 Revogar-se-á a autorização de trabalho externo ao preso que vier a praticar fato definido como 
crime, for punido por falta grave, ou tiver comportamento contrário aos requisitos estabelecidos neste 
artigo.
Tabela Resumida
Conceitos
Pena Privativa de 
liberdade
Preso 
provisório
O condenado 
por crime 
político
Da obrigatoriedade 
do Trabalho
-
É obrigado a 
trabalhar
Não é obrigado 
a trabalhar 
(facultativo)
Não está 
obrigado ao 
trabalho
Remuneração
No mínimo ¾ do 
salário mínimo
Terá direito 
possuindouma 
destinação 
explicitada acima.
Terá direito caso 
opte em 
trabalhar.
Terá direito caso 
opte em 
trabalhar.
Remição*
A cada 3 dias de 
trabalho terá direito 
a 1 dia.
Sim terá direito, 
mesmo que venha 
sofrer acidente de 
trabalho, desde que 
não seja provocado.
Faz jus do 
direito a remição 
(súmula 716).
-
Requisito para o trabalho 
externo
Conceito
Objetivo Cumprir 1/6 da pena aplicada.
Subjetivo
Depende da disciplina e da 
responsabilidade
* Art. 127. O condenado que for punido por falta grave perderá o direito ao tempo remido, começando 
o novo período a partir da data da infração disciplinar.
Possibilidade de trabalho externo para o condenado por crime hediondo
 É possível a autorização do trabalho externo para aquele que cumpre pena em razão da prática de crime 
hediondo ou assemelhado, lembrando que com os mesmos 1/6 da pena cumprida esse condenado passará a 
ter o direito de gozar do trabalho externo.
 Essa questão foi analisada, no julgamento do HC 33.414-0-DF realizado em 18 de maio de 2004, de que foi 
relator o Min. Hamilton Carvalhido, a 6º turma do Superior Tribunal de Justiça assim se pronunciou: “ A lei de 
Execução penal, ela mesma, às expressas, admite o trabalho externo para os presos em regime fechado, à 
falta, por óbvio, de qualquer incompatibilidade, por isso que acolhe o benefício, desde que tomadas às 
cautelas contra a fuga e em favor da disciplina”. 
Questões relacionadas
• O trabalho do preso será remunerado, mediante prévia tabela, não podendo ser inferior a três quartos do 
salário mínimo nem se destinar ao ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com a sua manutenção.
Professor Ronaldo Bandeira Página 21
LEP (Leis de execuções penais)
 Errada, na parte que se refere à destinação ao ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com a 
sua manutenção.
 § 1° O produto da remuneração pelo trabalho deverá atender:
 ...
c) Ao ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com a manutenção do condenado, em proporção a 
ser fixada e sem prejuízo da destinação prevista nas letras anteriores.
• O preso impossibilitado de prosseguir no trabalho, por acidente, continuará a beneficiar-se 
com a remição.
 Certa, porém questão mal elaborada, porque não se refere em momento algum se a causa do acidente foi 
provocada ou não, pois se for provocada, além de não ter direito a remição também será motivo para ensejar 
uma falta grave.
Art. 126.
...
 § 2º O preso impossibilitado de prosseguir no trabalho, por acidente, continuará a beneficiar-se com a 
remição.
43. (SEAP-PR) Segundo os princípios gerais que norteiam o trabalho exercido pelos presos e apenados, 
como previsto no cap. III, seção I, art. 28 da LEP (Lei de Execução Penal), é correto afirmar:
A) É um dever social e condição de dignidade humana, tendo finalidade educativa e produtiva.
B) É um dever social, tendo por fim exclusivamente a produção que possa remunerar o preso.
C) É uma opção para que o preso possa se ocupar e assim não pensar em coisas que impeçam sua 
ressocialização.
D) É uma opção dos diretores das unidades prisionais, tendo finalidade educativa e produtiva.
E) É um dever do sistema prisional, uma vez que, através dela, o preso e o apenado podem obter remição de 
sua pena.
Resposta: Letra A, busca do candidato a finalidade do trabalho que é misto – produtivo e educativo.
44. (SEJUS-ES) Para os presos em regime fechado, o trabalho externo é admissível somente em serviços ou 
obras públicas realizados por órgãos da administração pública, não podendo haver, todavia, vínculo 
empregatício entre o condenado e a administração ou a empresa privada que realiza tais obras.
 Certa, não pode haver esse vínculo empregatício, já que não é garantido como direito as regras da CLT.
45. (SEJUS-ES) Constitui dever do condenado, entre outros, a indenização ao Estado, quando possível, das 
despesas realizadas com a sua manutenção, mediante desconto proporcional da remuneração do trabalho.
 Certa, Previsto no artigo 29, parágrafo primeiro, alínea d.
46. (SEJUS-ES) É assegurado ao preso, em regime fechado ou semi-aberto, o desconto do tempo da pena 
privativa de liberdade pelo trabalho, na proporção de três dias trabalhados por um dia de pena, sendo tal 
benefício chamado remição.
 Certo, procura-se do candidato apenas o conhecimento do conceito de remição.
47. (SEJUS-ES) Um dos principais deveres do preso é a obrigação de trabalhar, não se cuidando, porém, de 
trabalho forçado, o que é constitucionalmente vedado, mas de trabalho obrigatório, cuja recusa constitui falta 
grave.
 Certa, Define integralmente o conceito de trabalho e proíbe expressamente o trabalho forçado, que é 
constitucionalmente vetado.
48. (AGPEN/06) Quanto ao trabalho do preso, assinale a opção FALSA.
A) O trabalho do preso será remunerado, mediante prévia tabela, não podendo ser inferior a 3/4 (três quartos) 
do salário mínimo.
B) O produto da remuneração pelo trabalho deverá atender: à indenização dos danos causados pelo crime, 
desde que determinados judicialmente e não reparados por outros meios; à assistência à família; a pequenas 
despesas pessoais; ao ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com a manutenção do condenado, 
em proporção a ser fixada e sem prejuízo da destinação prevista nas letras anteriores.
Professor Ronaldo Bandeira Página 22
LEP (Leis de execuções penais)
C) As tarefas executadas como prestação de serviço à comunidade não serão remuneradas.
D) O trabalho do preso está sujeito ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho.
Resposta: Letra D, O trabalho do preso não estará sujeito a CLT.
49. (SEJUS-ES/09) O condenado impossibilitado de prosseguir no trabalho por motivo de acidente não 
continua a se beneficiar com a remição, mas faz jus ao benefício previdenciário de auxílio acidente
 Errada, pois o condenado impossibilitado de trabalhar em razão de acidente de trabalho não provocado fará 
jus a remição.
50. (SEJUS-ES/09) O condenado por crime político está desobrigado ao trabalho.
 Certo, o preso político não está obrigado a trabalhar, conforme prevê o artigo 200.
Art. 200. O condenado por crime político não está obrigado ao trabalho.
51. (SEJUS-ES/09) Ao condenado à pena privativa de liberdade é facultativa a atividade laboral, respeitadas 
suas aptidões, sua capacidade e sua necessidade.
 Errada, pois quando a pena é privativa de liberdade torna-se obrigatório o trabalho.
Professor Ronaldo Bandeira Página 23
LEP (Leis de execuções penais)
Execução de pena privativa de liberdade
TÍTULO V
Da Execução das Penas em Espécie
CAPÍTULO I
Das Penas Privativas de Liberdade
SEÇÃO I
Disposições Gerais
 Art. 105. Transitando em julgado a sentença que aplicar pena privativa de liberdade, se o réu estiver ou 
vier a ser preso, o Juiz ordenará a expedição de guia de recolhimento para a execução.
 Art. 106. A guia de recolhimento, extraída pelo escrivão, que a rubricará em todas as folhas e a assinará 
com o Juiz, será remetida à autoridade administrativa incumbida da execução e conterá:
 I - o nome do condenado;
 II - a sua qualificação civil e o número do registro geral no órgão oficial de identificação;
 III - o inteiro teor da denúncia e da sentença condenatória, bem como certidão do trânsito em julgado;
 IV - a informação sobre os antecedentes e o grau de instrução;
 V - a data da terminação da pena;
 VI - outras peças do processo reputadas indispensáveis ao adequado tratamento penitenciário.
 § 1º Ao Ministério Público se dará ciência da guia de recolhimento.
 § 2º A guia de recolhimento será retificada sempre que sobrevier modificação quanto ao início da 
execução ou ao tempo de duração da pena.
 § 3° Se o condenado, ao tempo do fato, era funcionário da Administração da Justiça Criminal, far-se-á, 
na guia, menção dessa circunstância, para fins do disposto no § 2°, do artigo 84, desta Lei.
 Art. 107. Ninguém

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