Buscar

SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA MARÍLIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
SEMIOLOGIA 
NEUROLÓGICA 
EXAME FÍSICO GERAL E NERVOS CRANIANOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Marília Gouveia Ferreira Maia – Universidade de Brasília – Medicina 
 
2 
 
NERVOS CRANIANOS 
 
I NERVO OLFATÓRIO 
• Receptores localizados na mucosa nasal superior -> orifícios da lâmina crivosa -> bulbo 
olfatório (base do lobo frontal) -> hipocampo (centros corticais de olfação) 
• Estria olfatória lateral -> córtex olfatório – discriminação, memória e comportamento 
• Estria olfatória medial -> área septal -> cíngulo – prazer, feromônios 
SEMIOTÉCNICA 
• Uso de substâncias com odorantes conhecidos: café, canela, cravo, canela, chocolate 
• Evitar substâncias irritantes: álcool, éter 
• Testar uma narina por vez, com o paciente de olhos fechados – 2 substâncias diferentes 
CAUSAS E ACHADOS ANORMAIS 
• Resfriado comum e atrofia da mucosa podem afetar reconhecimento do odor 
• Distúrbios neurológicos – sífilis nervosa, fratura do andar superior da base do crânio e 
neoplasia da goteira olfatória 
• Parosmia – perversão do olfato 
• Alucinações olfatórias (fantosmia) 
• Cacosmia – sensação olfatória desagradável mesmo na ausência de estímulo 
• Anosmia – perda do olfato – causa condutiva ou sensorial 
• Hiperosmia – sensibilidade aumentada 
II NERVO ÓPTICO 
• Mácula – rica em receptores cone; importante para visão central 
o 60% do córtex visual tem representação macular 
• Cones – receptores sensíveis às cores, acuidade visual 
• Disco óptico – onde fica a cabeça do nervo óptico – ponto cego 
• Bastonetes – visão noturna, movimento – predominam na periferia da retina 
• Quiasma óptico -> tratos ópticos -> fissura calcarina -> tálamo – recebimento das 
informações sensoriais -> corpos geniculados 
• Quiasma óptico – ponto de cruzamento entre os nn. Ópticos 
o Localizado em cima da hipófise 
o Fibras das retinas nasais cruzam para o lado oposto 
o Fibras das retinas temporais cruzam para o mesmo lado 
o Campo visual temporal – captado pela retina nasal 
o Tratos ópticos captam estímulos visuais dos campos visuais contralaterais 
3 
 
 
SEMIOTÉCNICA 
• Acuidade visual 
o Pedir para o paciente dizer o que ver na sala 
o Examinar cada olho separadamente 
o Quadro de Snellen – 6 metros do paciente 
o Cartão de Rosenbaum – beira de leito; 35 cm do paciente 
o Ambliopia – diminuição da acuidade visual 
o Amaurose – abolição da acuidade visual – paciente não consegue ler 
o Causas – neurite óptica, neoplasias e hipertensão intracraniana 
• Campo visual/Campimetria 
o Para avaliar visão periférica 
o Distância entre paciente e examinador = 60 cm, objeto no meio dos dois 
o Comparação entre campo visual do paciente e do examinador 
o Examinar cada olho separadamente 
o Paciente sentado, fixando olhar em algum ponto da face do examinador 
o Examinador desloca objeto na vertical e horizontal, paciente deve informar até 
que ponto observa objeto 
o Causas de alterações campimétricas – neoplasias, infecções e desmielinização 
o Escotomas – manchas no campo visual 
o Hemianopsia homônima – perda da capacidade visual em toda metade visual – 
AVC, trauma, tumor 
o Hemianopsia heterônima – perda da capacidade visual em ambas as retinas nasais 
ou temporais – lesão no quiasma óptico, aneurisma de artéria carótida interna, 
tumor de hipófise 
4 
 
• Fundoscopia – uso do oftalmoscópio 
o Disco óptico deve ser visível 
o Palidez de papila - atrofia do nervo óptico 
o Edema de papila – inflamação do n. óptico ou hipertensão intracraniana 
o Modificações das arteríolas – hipertensão arterial 
• Discriminação de cores 
o Placas de Ishihara – avaliação de cores primárias e identificação de daltonismo 
o Discromotaxia – perda da diferenciação das cores 
III NERVO OCULOMOTOR, IV NERVO TROCLEAR E VI NERVO ABDUCENTE 
• Responsáveis pelo movimento dos olhos 
 
5 
 
• III Nervo 
o Musculatura elevadora das pálpebras – m. levantador da pálpebra 
▪ Ptose – fenda palpebral caída 
o Controla constrição pupilar – m. constritor da pupila 
o Mm. Retos superior, medial e inferior 
o M. oblíquo inferior 
• IV Nervo 
o M. oblíquo superior 
• VI Nervo 
o M. reto lateral 
SEMIOTÉCNICA 
• Motilidade extrínseca 
o Exame feito em cada olho separadamente e, depois, com os dois juntos 
o Paciente deve deslocar os olhos nos sentidos horizontal e vertical, com a cabeça 
imóvel 
o Prova da convergência – aproximar objeto (dedo) do olho 
o Estrabismo – desvio do olho de seu eixo normal – pode ser horizontal ou vertical 
▪ Convergente – VI nervo 
▪ Divergente – III nervo 
o Diplopia – III nervo 
o Lesões frequentes – traumatismos, diabetes melito, aneurisma intracraniano, 
hipertensão intracraniana e neoplasias da região selar 
• Motilidade intrínseca 
o Motilidade da pupila 
o Feixe luminoso – avaliação dos reflexos 
o Paciente olhando fixamente para ponto distante, enquanto examinador incide 
feixe de luz em cada olho separadamente 
o Observar contração da pupila em ambos os olhos – reflexos consensual e direto 
o Convergência ocular – aproximação de um objeto – espera-se que as pupilas se 
contraiam normalmente – reflexo da acomodação 
o Discoria – irregularidade do contorno pupilar 
o Midríase – diâmetro aumentado 
▪ Midríase homolateral – lesão unilateral do III nervo 
▪ Midríase paralítica 
▪ Se lesão for bilateral da via aferente, ambos os reflexos direto e 
consensual estarão abolidos 
o Miose – diâmetro diminuído 
o Isocoria – igualdade no diâmetro das pupilas 
o Anisocoria – desigualdade no diâmetro das pupilas 
o Reflexos podem estar normais, diminuídos ou abolidos 
 
6 
 
V NERVO TRIGÊMEO 
• Núcleos no mesencéfalo, ponte e bulbo 
• Emerge no braço da ponte 
• Sensibilidade dos 2/3 anteriores da face – não envolve ângulo mandibular nem região 
occipital 
o Refere dor caso raiz sensitiva esteja comprometida 
• V1 – ramo oftálmico 
• V2 – ramo maxilar 
• V3 – ramo mandibular 
• Função motora – mastigação – mm. Temporal, masseter e pterigóideos 
 
SEMIOTÉCNICA 
• Observar atrofia das regiões temporais e masseterinas 
• Abertura da boca – desvio da mandíbula para o lado da lesão 
• Trincar os dentes – debilidade do lado paralisado 
• Observar movimento de lateralização da mandíbula 
• Reflexo córneo-palpebral – mecha de algodão tocando suavemente entre esclera e córnea, 
com o paciente olhando para o lado oposto 
o Achado normal – contração orbicular das pálpebras 
• Testar tato e dor na topografia do nervo 
VII NERVO FACIAL 
• Ramos temporofacial e cervicofacial 
• Função motora - musculatura da mímica facial e platisma 
• Função sensitiva superficial – pavilhão auditivo, meato acústico externo e tímpano 
7 
 
• Função gustativa – 2/3 anteriores da língua 
• Função vegetativa – glândulas lacrimais, submandibulares e sublinguais 
• Reflexos superficiais – córneo-palpebral, palmo-mentual 
• Reflexos profundos – orbiculares (glabelar e oral) 
SEMIOTÉCNICA 
• Solicita-se ao paciente: enrugar a testa, franzir os supercílios, fechar as pálpebras, mostrar 
os dentes, abrir a boca, assobiar, inflar a boca e contrair o platisma 
• Paralisia da face = prosopoplegia 
o Causas – infecções virais, diabetes melitus, neoplasias, otite média, traumatismos, 
herpes-zóster e hanseníase 
• Paralisia bilateral = diplegia facial 
• Paralisia unilateral 
o Lagoftalmia – olho permanece sempre aberto 
o Ausência do ato de piscar 
o Epífora – lacrimejamento 
o Desvio da boca para o lado normal 
o Incapacidade de contrair o platisma, assobiar e manter a boca inflada 
• Paralisia periférica – toda a hemiface homolateral é comprometida – lesão do n. facial 
o Pode-se verificar alguma alteração na gustação – realizar exame sensitório! 
• Paralisia central – somente a metade inferior da face contralateral está alterada – lesão na 
via corticonuclear (piramidal) ou feixe geniculado 
VIII NERVO VESTIBULOCOCLEAR 
• Raiz coclear – audição• Raiz vestibular – equilíbrio e movimento dos olhos 
SEMIOTÉCNICA 
RAIZ COCLEAR 
• Diminuição gradativa da intensidade da voz natural 
• Voz cochichada 
• Atrito suave das polpas digitais próximo a orelha 
• Prova de Rinne – aplicar diapasão na região da mastoide (condução óssea) e depois ao lado 
do ouvido (condução aérea) do paciente 
o Quando paciente parar de ouvir na mastoide, aplicar ao lado do ouvido 
o Comparar tempos! Tempo da condução aérea deve ser 2x superior ao tempo da 
condução óssea 
o Rinne positivo - resultado normal – paciente acusa percepção do som nos tempos 
esperados 
o Rine negativo - deficiência auditiva 
• Prova de Weber – aplicar diapasão sobre a cabeça do paciente 
o Alteração – paciente não sente vibração ou sente aumentada em um lado 
8 
 
• Alterações auditivas – sintomas deficitários (hipoacusia) ou de estimulação (zumbido, 
hiperacusia e alucinações) 
o Hiperacusia pode acompanhar paralisia facial periférica 
• Causas – tamponamento por cerume, otosclerose, rubéola, neurinoma do nervo acústico, 
fratura do rochedo, intoxicação medicamentosa, síndrome de Ménière 
RAIZ VESTIBULAR 
• Principais queixas: vertigem, náuseas, vômitos e desequilíbrio 
• Pesquisa do nistagmo, desvio lateral durante a marcha, desvio postural, sinal de Romberg 
e provas calórica e rotatória 
• Nistagmo – movimentos oculares ritmados com um componente rápido e outro lento – 
pedir para paciente movimentar o olho acompanhando um objeto 
o Analisar um olho por vez 
• Desvio postural durante a marcha – lateropulsão para o lado lesado 
• Desvio postural – observar paciente em pé ou sentado com os olhos fechados (30 
segundos) e pedir para estender braços em um ângulo reto com o corpo 
o Braços tendem a se movimentar para o lado do labirinto lesado 
o Corpo tende a cair para o lado do labirinto lesado 
• Sinal de Romberg positivo – desequilíbrio do corpo para o lado lesado 
• Provas calórica e rotatória – exige equipamentos especializados (água quente e fria e 
cadeira giratória) 
• Causas são as mesmas que comprometem raiz coclear 
IX NERVO GLOSSOFARÍNGEO E X NERVO VAGO 
• Função gustativa – 1/3 posterior da língua 
• Função sensitiva - sensibilidade geral da faringe, tonsilas, seio carotídeo 
• Função vegetativa – glândulas parótidas 
• Função motora – deglutição, constrição da faringe e do m. estilo faríngeo 
SEMIOTÉCNICA 
• Sinal da cortina – pedir para paciente abrir a boca - desvio do véu palatino, da úvula e 
parede posterior da faringe para o lado normal (lado oposto da lesão) 
 
9 
 
• Reflexo do vômito 
• Sintomas – disfagia com regurgitação de líquidos pelo nariz, diminuição ou abolição do 
reflexo velopalatino e disfonia 
• Causas – neuropatia diftérica, neoplasia do mediastino, esclerose lateral amniotrófica, 
siringobulbia e traumatismo 
XI NERVO ACESSÓRIO 
• Essencialmente motor 
• Medula cervical -> forame occipital -> cavidade craniana -> forame jugular -> mm. 
Esternocleidomastóideo e porção superior do trapézio 
• Ramo interno – junto com o n. vago – mm. Da laringe e faringe – afeta as cordas vocais 
SEMIOTÉCNICA 
• Analisar movimentos do pescoço e elevação dos ombros 
• Causas – traumatismos, esclerose amiotrófica ou siringomielia – atrofia dos músculos, 
deficiência da elevação do trapézio e na rotação da cabeça para o lado oposto do músculo 
comprometido. 
XII NERVO HIPOGLOSSO 
• Nervo exclusivamente motor – movimentação da língua 
SEMIOTÉCNICA 
• Inspeção da língua – protusa e dentro da cavidade oral 
• Palpação 
• Pedir para paciente movimentar a língua para todas as direções, forçar a parede da 
bochecha e ver se resiste à força de reação do examinador 
• Avaliar consistência da língua 
• Lesões unilaterais – atrofia e fasciculação da na metade comprometida 
o A ponta da língua se desvia para o lado da lesão, quando protusa 
• Lesões bilaterais – atrofia, fasciculação, paralisia, acentuada disartria e dificuldade de 
mastigar e deglutir 
OBS: Inervação da Língua 
• V NERVO – sensibilidade geral – 2/3 anteriores 
• VII NERVO – gustação dos 2/3 anteriores 
• IX NERVO – sensibilidade e gustação do 1/3 posterior 
• XII – motricidade 
 
 
 
10 
 
EXAME FÍSICO GERAL 
 
PESCOÇO E COLUNA CERVICAL 
Carótidas 
• Palpação e ausculta de ambas as carótidas separadamente 
• Comparação da amplitude 
• Verificação se existe frêmito e/ou sopro 
• Realizar exame suavemente para não ocluir as artérias! 
Região Supraclavicular 
• Ausculta – artéria vertebral 
Limitação de Movimentos 
• Pedir para paciente realizar movimentos de rotação, lateralização, flexão e extensão da 
cabeça 
• Se houver limitação, graduar de leve a grave 
o Possíveis causas – doenças osteoarticulares, musculares, meningites, 
radiculopatias, hemorragia subaracnóide 
Rigidez de Nuca 
• Paciente em decúbito dorsal – examinador coloca uma das mãos na região occipital e tenta 
fletir cabeça do paciente suavemente 
o Movimento fácil e amplo – sem rigidez nucal 
o Movimento resistente – com rigidez nucal 
• Prova de Brudzinski – positiva quando paciente flete membros inferiores e tem expressão 
de fisionomia dolorosa 
• Possíveis causas – inflamações nas meninges e hemorragia subaracnóidea 
 
11 
 
Transição Craniovertebral 
• Observar se há “pescoço curto” – deformidades ósseas, redução numérica das vértebras 
cervicais, platibasia e impressão basilar 
COLUNA LOMBOSSACRA 
Limitações dos Movimentos 
• Solicitar que paciente realize movimentações com a coluna – flexão, extensão, rotação, 
lateralização 
• Observar se há limitações de movimento e o grau 
• Prova de Lasègue – paciente em decúbito dorsal e membros inferiores estendidos, em 
seguida, o examinador levanta um dos membros superiormente a 30° 
o Prova positiva – paciente sente dor na face posterior do membro examinado após 
30° ou eleva a outra perna para “compensar” a dor 
 
• Prova de Kernig – paciente em decúbito dorsal com os membros inferiores estendidos, em 
seguida, o examinador eleva ambas as pernas 
o Sinal positivo – paciente sente dor ao longo do trajeto e tenta impedir 
movimentação 
 
12 
 
• Possíveis causas – inflamação nas meninges e hemorragia subaracnóidea 
NERVOS RAQUIDIANOS 
• Analisados pelo método palpatório – na topografia periférica 
• Nervo cubital – no nível do cotovelo, na epitróclea 
• Nervo radial – na goteira de torção no terço inferior da face externa do braço 
• Nervo fibular – na parte superior e inferior da cabeça da fíbula 
• Nervo auricular – na face lateral da região cervical 
• Algumas doenças podem espessar esses nervos – hanseníase, neurite intersticial 
hipertrófica) 
MARCHA/EQUILÍBRIO DINÂMICO 
• Observar maneira como paciente caminha 
• Observar balanço dos membros superiores 
• Disbasia – qualquer distúrbio da marcha – pode ser uni ou bilateral 
• Marcha helicópode, ceifante ou hemiplégica – paciente anda com um membro superior 
fletido em 90° no cotovelo e em adução, com a mão fechada; perna do mesmo lado se 
arrasta pelo chão 
o Em pacientes com hemiplegia espástica – causa: AVC 
• Marcha anserina ou do pato – paciente acentua lordose lombar ao caminhar, balançando 
tronco para a esquerda e direita 
o Traduz diminuição da força dos músculos pélvicos e das coxas 
• Marcha parkinsoniana – ausência de movimento automático dos braços, paciente 
enrijecido, cabeça permanece inclinada para frente e passos miúdos 
• Marcha cerebelar ou marcha do ébrio – paciente ziguezagueia como um bêbado 
o Traduz incoordenação dos movimentos em decorrência de lesões cerebelares 
• Marcha tabética – paciente mantém olhar fixo no chão para caminhar, os membros 
inferiores são levantados abruptamente – marcha torna-se impossível ou piora com o 
paciente de olhos fechados 
o Traduz perda de sensibilidade proprioceptiva por lesão do cordão posterior da 
medula 
o Presente na neurolues, mielose funicular, mielopatia vacuolar, mielopatia por 
deficiênciade cobre 
• Marcha em pequenos passos – paciente dá passos muito curtos, arrastando os pés 
o Presente na paralisia pseudobulbar e na atrofia cortical degenerativa 
• Marcha vestibular – paciente apresenta lateropulsão quando anda 
• Marcha escarvante – paciente com paralisia no movimento de flexão dorsal do pé, toca 
com a ponta do pé no solo e tropeça – levanta acentuadamente membro inferior 
• Marcha claudicante – paciente manca em um dos lados 
o Presente na insuficiência arterial periférica, em lesões do aparelho locomotor e na 
estenose do canal vertebral lombar 
13 
 
• Marcha em tesoura ou espástica – membros inferiores enrijecidos, espásticos e 
semifletidos 
o Presente nas manifestações espásticas da paralisia cerebral 
EQUILÍBRIO ESTÁTICO 
• Observar paciente em pé com os pés juntos – pelo menos 30 segundos 
• Prova de Romberg – paciente com as pálpebras fechadas 
o Negativa – somente ligeiras alterações no corpo; indivíduo normal 
o Positiva - paciente apresenta muitas oscilações no corpo e forte tendência à 
queda 
o Queda sempre para o mesmo lado indica lesão no aparelho vestibular 
o Queda para qualquer lado indica lesão das vias de sensibilidade proprioceptiva 
o Sensibilização da prova – colocar um pé à frente do outro 
MOTRICIDADE 
• Neurônio centrais ou superiores – primeiro neurônio motor - sistema motor voluntário – 
comanda vários segmentos do corpo 
• Fascículo corticoespinal – piramidal -> termina em sinapses com os segundos neurônios 
motores 
• Neurônios periféricos ou inferiores – segundos neurônios motores 
• Estudo da motricidade espontânea e da força muscular 
Motricidade Espontânea 
• Observar velocidade e amplitude dos movimentos realizados pelo paciente 
o Se houver limitação, determinar seu grau (leve, moderada...) 
• Solicitar ao paciente – abrir e fechar a mão, estender e fletir o antebraço, abduzir e elevar 
o braço, fletir a coxa, fletir e estender a perna e o pé 
• Síndromes piramidais – diminuição da velocidade dos movimentos 
• Síndromes extrapiramidais – diminuição da velocidade e da amplitude dos movimentos 
FORÇA MUSCULAR 
Sistema Medial 
• Neurônios motores superiores 
• Giro pré-central do lobo frontal 
• Área motora ocular 
• Colículo superior – movimento dos olhos 
• Neurônios motores inferiores – substância cinzenta da medula 
o Inervam os mm. Axiais e a parte proximal dos mm. Apendiculares 
o Postura antigravitacional e estabilização do olhar 
Sistema Lateral 
14 
 
• Neurônios superiores – giro pré-central 
• Núcleo rubro – conecta com neurônios motores inferiores 
• Inervam a musculatura apendicular distal 
• Trato corticoespinhal lateral 
• Movimentos finos 
Regulação da contração muscular 
• Fuso muscular – regula comprimento da contração 
o Emitem fibras que realizam sinapse com o 2º neurônio motor 
o Motoneurônio alfa – inerva as fibras musculares diretamente 
• Órgãos de Golgi – regulam a tensão da contração 
• Unidades motoras – conjunto de fibras inervadas pelo motoneurônio alfa 
• Arcos reflexos – conjunto de estruturas anatômicas importantes para os atos reflexos 
o Fusos ou órgãos de Golgi -> fibras aferentes -> interneurônios e motoneurônios 
alfa -> fibras eferentes -> fibras musculares 
o Modulados pelos tratos suprassegmentares 
• Trato Reticuloespinhal Pontino – modula tônus muscular de maneira voluntária 
SEMIOTÉCNICA 
• Pedir para paciente realizar movimentos de abrir e fechar a mão, estender e fletir o 
antebraço, abduzir e elevar o braço, fletir a coxa, fletir e estender a perna e o pé 
• O examinador deve aplicar uma oposição à força do paciente 
• Realizar manobras deficitárias para visualizar se há queda do membro avaliado 
• Prova dos braços estendidos – MMSS – pedir para paciente estender os braços 
perpendicularmente ao corpo, com as palmas das mãos para cima – manter olhos 
fechados e ficar na posição por, pelo menos, 30 segundos 
o Pronação, queda ou desvio dos braços – déficit na força muscular 
• Prova de Barré - MMII – paciente em decúbito ventral, solicita-se que ele mantenha as 
pernas fletidas sobre as coxas, por, pelo menos, 30 segundos 
o Queda das pernas ou oscilações – déficit na musculatura flexora da perna 
• Prova de Mingazzini – MMII – paciente em decúbito dorsal, solicita-se que ele eleve as 
pernas perpendicularmente à coxa, por, pelo menos, 30 segundos 
o Queda do membro – déficit da força muscular 
 
15 
 
• Escala de Força 
Grau V Força normal 
Grau IV Movimento completo contra a força da gravidade e contra certa resistência aplicada 
pelo examinador 
Grau III Movimento contra a força da gravidade 
Grau II Movimento completo sem a força da gravidade 
Grau I Discreta contração muscular 
Grau 0 Nenhum movimento 
 
• Déficit motor na síndrome do 1º neurônio motor 
• Hemiparesia/hemiplegia contralateral 
• Envolvimento facial 
o Completa – origem central, acima do núcleo do nervo facial – acima da ponte 
o Incompleta 
• Grau de déficit 
o Proporcionada – subcortical 
o Desproporcionada – cortical 
• Paraparesia/paraplegia 
o Medula toracolombar 
o Regiões mediais dos lobos frontais 
• Tetraparesia/tetraplegia 
o Medula cervical acima de C5 
TROFISMO E TÔNUS MUSCULAR 
Regulação do tônus muscular 
• Trato vestibuloespinhal 
o Modulação involuntária 
o Facilitação do tônus dos extensores 
• Trato reticuloespinhal 
o Modulação voluntária 
o Pontino – facilitação do tônus dos extensores 
o Bulbar – inibição dos músculos antigravitacionais 
• Trato rubroespinhal 
o Facilita tônus dos flexores do MMSS 
Trofismo Muscular 
• Grau de nutrição do músculo 
Tônus Muscular 
• Estado de tensão constante que os músculos estão submetidos 
• Tônus de postura – em repouso 
• Tônus de ação – em movimento 
16 
 
• Exame realizado com o paciente deitado e em completo relaxamento muscular 
SEMIOTÉCNICA 
• Inspeção 
o Comparação das partes simétricas de ambos os hemicorpos – MMII, MMSS e mm. 
Faciais 
o Verificar se há existência de depressão ou achatamento da superfície muscular 
quando está de encontra a uma superfície/leito 
• Palpação das massas musculares 
o Averiguar grau de consistência muscular 
▪ Aumentada nas lesões motoras centrais 
▪ Diminuída nas lesões motoras periféricas 
• Mensuração 
o Uso de fita métrica – pesquisar diferenças de diâmetro 
o Mensurar em pontos fixos – braços, antebraços, coxas e pernas – diferença de até 
0,5 cm 
• Movimentos passivos 
o Imprimir movimentos de extensão e flexão 
o Passividade – se há resistência – tônus aumentado 
o Extensibilidade 
• Balanço passivo 
o Observar balanço dos órgãos 
o Hipotonia – balanço exagerado 
o Hipertonia – balanço diminuído 
• Hipotonia – diminuição do tônus 
o Achatamento das massas musculares no plano do leito 
o Consistência muscular diminuída 
o Passividade aumentada 
o Extensibilidade aumentada 
o Causas – lesões no cerebelo, no coma profundo, no estado de choque do SNC, nas 
vias da sensibilidade proprioceptiva consciente, das pontas anteriores da medula, 
dos nervos, na coreia aguda e em algumas encefalopatias 
o Lesão de 2º neurônio motor ou da fase aguda da lesão do 1º neurônio motor 
• Hipertonia – aumento do tônus 
o Consistência muscular aumentada 
o Resistência à movimentação 
o Passividade diminuída 
o Extensibilidade aumentada 
o Pode ser transitória ou intermitente 
o Causas – lesões das vias motoras piramidal e extrapiramidal 
o Hipertonia piramidal – espasticidade – observada na hemiplegia, diplegia cerebral 
infantil, esclerose lateral amiotrófica e esclerose compressiva 
17 
 
▪ Eletiva – alcança globalmente os músculos – predomínio dos extensores 
nos MMII e dos flexores nos MMSS 
▪ Elástica – retorna à posição inicial de um segmento do corpo, no qual se 
interrompeu o movimento passivo de extensão – Lesão no 1º neurônio 
motor 
o Hipertonia extrapiramidal – rigidez – encontrada no parkinsonismo, na 
degeneração hepatolenticular▪ Não é eletiva – acomete globalmente a musculatura agonista, sinergista e 
antagonista 
▪ Plástica – resistência constante à movimentação passiva – sinal da roda 
dentada – interrupções sucessivas do movimento 
Elástica Plástica 
Não é uniforme em toda a amplitude do 
movimento 
Uniforme em toda amplitude do movimento 
Sensível à velocidade Independe da velocidade 
Grau de hipertonia não é o mesmo em todos 
os músculos 
Grau de hipertonia é o mesmo em todos os 
músculos 
Sinal do canivete Sinal da roda dentada 
 
• Atrofia 
o Neurológica – 2º neurônio motor, raiz motora ou músculo 
o Não neurológica – imobilização prolongada, doença articular ou desnutrição 
• Hipertrofia 
o Fisiológica – musculação 
o Distrofias miotônicas – dificuldade de relaxamento 
• Pseudo-hipertrofia 
o Não decorre do aumento muscular 
o Distrofias musculares 
COORDENAÇÃO 
• Cerebelo e sensibilidade proprioceptiva 
• Ataxia – perda da coordenação 
• Lesões da sensibilidade proprioceptiva – paciente utiliza visão para fiscalizar movimentos 
incoordenados – piora da ataxia com o fechamento dos olhos 
SEMIOTÉCNICA 
• Observar movimentos com o paciente de olhos abertos e de olhos fechados 
• Prova dedo-nariz – com um braço estendido lateralmente, o paciente deve tocar a ponta 
do nariz com o dedo indicador algumas vezes – inicialmente de olhos abertos e depois de 
olhos fechados 
• Prova calcanhar-joelho – paciente em decúbito dorsal, tocar o joelho oposto com o 
calcanhar do membro examinado – inicialmente de olhos abertos e depois de olhos 
fechados 
18 
 
o Para sensibilizar o exame – pedir para paciente deslizar calcanhar sob a crista 
tibial, após tocar joelho 
• Dismetria – distúrbio na medida do movimento – paciente não acerta alvo 
• Prova dos movimentos alternados – pedir para paciente realizar movimentos rápidos e 
alternados – diadococinesia 
o Eudiadococinesia – capacidade de realizar os movimentos 
o Disdiadococinesia – dificuldade de realizar movimentos 
o Adiadococinesia – incapacidade de realizar movimentos 
• Síndrome Arquicerebelo – perda de equilíbrio – paciente não consegue ficar em pé, 
porém, deitado, consegue coordenar os movimentos de forma praticamente normal 
• Síndrome Paleocerebelo – perda de equilíbrio – paciente anda com a base alargada – 
ataxia dos MMII 
• Síndrome Neocerebelo – incoordenação motora (ataxia) 
REFLEXOS 
• Resposta do organismo a um estímulo de qualquer natureza 
• Arco reflexo 
o Via aferente – receptor e fibras sensoriais do nervo 
o Centro reflexógeno – substância cinzenta do sistema nervoso 
o Via eferente – fibras motoras do nervo 
o Órgão efetor – músculo 
• Percussão do tendão do músculo parcialmente estendido 
• Desnudar região examinada 
• Palpação do músculo para melhor percepção da contração 
• Observar amplitude, latência, aumento da área reflexógena 
• Comparar lados direito e esquerdo - simetria 
Reflexos exteroceptivos ou superficiais 
• Estímulo feito na pele ou na mucosa externa com um objeto não cortante/perfurante 
• Reflexo cutâneo-plantar – paciente em decúbito dorsal com os membros inferiores 
estendidos – examinador estimula superficialmente região plantar, deslizando objeto na 
borda lateral em sentido posteroanterior, realizando semicírculo 
o Resposta normal – flexão dos dedos ou ausência de reflexo 
o Sinal de Babinski – extensão do hálux – indica lesão da via piramidal ou 
corticoespinal 
 
19 
 
• Reflexo cutâneo-abdominais – paciente em decúbito dorsal com o abdome relaxado – 
examinador estimula abdome no sentido da linha mediana 
o Resposta normal – contração dos músculos abdominais – deslocamento da cicatriz 
umbilical para o lado estimulado 
o Abolidos – ausência de arco reflexo, lesão da via piramidal ou fisiológico 
(obesidade, idosos e multíparas) 
Reflexos proprioceptivos, profundos, musculares ou miotáticos 
• Reflexos do estiramento muscular 
• Miotáticos fásicos ou clônicos – estímulo feito pela percussão do martelo no tendão do 
músculo a ser examinado 
• Gradação dos reflexos profundos 
0 Reflexo abolido 
+ Hiporreflexia 
++ Normorreflexia 
+++ Reflexo vivo, amplitude aumentada e latência diminuída 
++++ Hiperreflexia, clônus 
 
Reflexo Músculo Centro Medular Sede do Estímulo Resposta 
Aquileu Tríceps sural L5-S1 Tendão de 
Aquiles 
Flexão do pé 
Patelar/Quadriciptal Quadríceps L2-L4 Tendão rotuliano Extensão da perna 
Flexor dos dedos Flexor dos 
dedos da mão 
C7-C8-T1 Face anterior do 
punho 
Flexão dos dedos das 
mãos 
Supinador Supinadores C5-C6 Apófise estiloide 
do rádio 
Flexão do antebraço 
Pronador Pronadores C6-C7-C8-T1 Processo estiloide 
da ulna 
Pronação da mão e 
do antebraço 
Biciptal Bíceps C5-C6 Tendão distal do 
bíceps 
Flexão do antebraço 
Triciptal Tríceps C6-C7-C8 Tendão distal do 
tríceps 
Extensão do 
antebraço 
Adutor da coxa Adutores da 
coxa 
L2-L3-L4 Côndilo medial 
do fêmur 
Adução da coxa ipsi 
ou bilateral 
 
SENSIBILIDADE 
• Sensibilidade subjetiva – queixas sensitivas – dor e parestesia 
• Sensibilidade objetiva – estímulo aplicado pelo examinador 
• Comparar áreas homólogas – lado direito e esquerdo 
• Explicar ao paciente o que será feito e pedir para que ele feche os olhos 
• Evitar sugerir quanto à sede e à natureza do estímulo aplicado 
• Perguntar se paciente sente algo e a localização 
• Materiais – algodão, estilete rambo (que provoque dor sem ferir o paciente), diapasão e 
tubos de ensaio com água fria e água quente 
20 
 
SEMIOTÉCNICA 
Sensibilidade Superficial 
• Corno superior da medula -> cruza quando entra -> cordão lateral -> tálamo -> córtex 
somatossensitivo 
• Térmica – aplicar tubos com águas com temperaturas diferentes em regiões diversas 
• Dolorosa – alfinete ou estilete rambo 
• Tátil – algodão ou pincel 
o Hiposestesia – diminuição da sensibilidade tátil 
o Anestesia – abolição da sensibilidade tátil 
o Hiperestesia – aumento da sensibilidade tátil 
Sensibilidade Profunda 
• Corno posterior da medula -> não cruza -> bulbo -> cruza -> tálamo -> córtex 
somatossensitivo 
• Vibratória (palestesia) – diapasão de 128 vibrações por segundo – aplicar em saliências 
ósseas 
• Pressão (baresteria) – compressão digital – principalmente nas massas musculares 
• Cinético-postural ou artrocinética (batiestesia) – deslocar suavemente qualquer segmento 
do corpo

Outros materiais