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02 - Respostas do réu

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Procedimento Comum 
 
RESPOSTA DO RÉU 
O réu pode responder a ação de várias formas: 
contestando, reconvindo, reconhecendo o pedido do 
autor, etc. Pode até mesmo ficar revel: 
Posturas do réu: 
Apresentar contestação: 
 Consequência: intimação do autor para 
oferecer réplica (art. 350/351) 
Contra-atacar apresentando reconvenção: 
 Consequência: intimação do autor para 
oferecer a reposta (art 343 §1º) 
Submeter-se ao direito do autor reconhecendo o 
pedido: 
 Consequência: o juiz proferir decisão 
homologando a autocomposição (art 487, III, 
a) 
Não contestar a ação e ser declarado revel: 
 Consequência da revelia: efeitos material 
(presumir veracidade dos fatos alegados pelo 
autor art 344) e formal (desnecessidade de 
intimação do revel – art. 346) 
A adoção de uma dessas posturas não 
necessariamente excluirá a possibilidade das outras. 
Ex. O réu, pode contestar e reconvir. 
Apenas reconvir e não contestar será decretada a 
revelia na ação originária. 
Pode contestar um pedido e reconhecer outro. 
 
CONTESTAÇÃO 
A contestação é a defesa do réu às pretensões 
formuladas pelo autor na petição inicial. Ela é regida 
pelo principio da eventualidade, que determina a 
concentração dessa defesas no mesmo ato (ainda 
que o conhecimento de uma impeça a análise de 
outra). (art. 336) 
Concentração das defesas na contestação: 
 Exceção de incompetência relativa (art 337, II) 
 Reconvenção (art 343) 
 Impugnação ao valor da causa (art 337, III) 
 Impugnação ao beneficio da justiça gratuita 
(art. 337 XIII) 
 Denunciação da lide (art 126) 
 Chamamento ao processo (art. 131) 
A contestação exige a impugnação especifica dos 
fatos (art 341) sob pena de confissão, ou seja, o rpeu 
deverá impugnar cada um dos fatos alegados pelo 
autor, sob pena de os não rebatidos serem tidos no 
processo como verdadeiros. 
São liberados dessa impugnação especifica: defensor 
público, advogado dativo e o curador especial (art. 
341) 
Depois da contestação, só é licito ao réu deduzir no 
novas alegações quando: 
 Relativas a direito ou fato superveniente, 
 Competir ao juiz conhecer delas de oficio, 
 Por expressa autorização legal 
PRAZO DA CONTESTAÇÃO: 
Art. 335: 15 dias. 
Termo inicial do prazo para contestar: 
 Quando há audiência de conciliação ou 
mediação: a data da audiência ou da ultima 
sessão de conciliação (Art 335, I) 
 Quando ambas as partes optam pela não 
realização da audiência: a data do protocolo 
do pedido de cancelamento apresentado pelo 
réu (art 335, II) 
 Quando o direito não admite 
autocomposição: o réu já será citado para 
constestar, dessa forma o termo inicial segue 
o art. 231 e irá variar a depender de como foi 
feita a citação. (art. 335, III) 
 Quando houver litisconsórcio, o termo inicial 
do prazo será a ultima das datas de citação. 
DEFESAS PROCESSUAIS: 
 Dilatóras x Peremptórias 
 
*Dilatóras: A defesa é considerada dilatória quando o 
seu acolhimento retarda a relação processual, mas 
não a extingue. 
Ex.: A alegação de incompetência, se acolhida 
não extingue o processo (art. 64 §3º) 
*Peremptória: Quando o seu acolhimento conduz a 
extinção processual. 
Ex.: a alegação de perempção, se acolhida o 
processo será extinto. (art. 485, V) 
 Objeções x Exceções 
*Objeções: A defesa é considerada uma objeção 
quando for congnoscível de oficio. 
Ex.: A alegação de falta de legitimidade e de 
interesse da parte (art 337, §5º e 485 §3º) 
*Exceções: A defesa é considerada um exceção 
quando a matéria não puder ser analisada de oficio. 
 Ex.:As alegações de incompetência relativa e 
de convenção de arbitragem (art. 337, § 5º) 
 
 Diretas x Indiretas 
*Direta: Quando enfrenta a ação processualizada 
negando os fatos da que lhe sustenta ou os efeitos 
jurídicos a eles atribuídos. 
Ex.: Quando o reu nega os fatos apontados 
pelo autor na petição inicial e requer a rejeição do 
pedido formulado. (art. 485, I) 
*Indireta: Quando objetiva a rejeição da ação em 
decorrência de fato outro (modificativo, extintivo ou 
impeditivo) não sustentado pelo autor. 
Ex.: a alegação de que ocorreu prescrição ou 
decadência da pretensão ou direito do autor. (art. 
487, II) 
 
PRELIMINARES 
 Art. 337, em suma: 
Incube ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: 
× Inexistência ou nulidade da ação, 
× Incompetência, 
× Inépcia da inicial, 
× Perempção, 
× Litispendência, 
× Coisa julgada, 
× Conexão, 
× Incapacidade da parte, 
× Convenção de arbitragem, 
× Ilegitimidade ou falta de interesse processual, 
× Falta de caução ou outra prestação que a lei 
exige como preliminar, 
× Justiça gratuita. 
 
ALEGAÇÃO DE ILEGITIMIDADE PASSIVA 
O réu pode requerer sua exclusão do polo passivo e a 
inclusão de um novo réu para substitui-lo (art. 339). 
Isso corresponde a antiga nomeação à autoria do 
CPC/73. 
Caso isso aconteça, o adv do réu excluído terá direito 
a honorários entre 3 a 5% do valor da causa (art 338) 
Mas o CPC/15 permite algo a mais: o autor, ciente 
dessa informação do réu poderá optar pela inclusão 
de um novo demandado no polo passivo e não apenas 
na sua simples substituição. 
 
RECONVENÇÃO 
Art. 343. CPC/2015 
A reconvenção não deve ser confundida com a 
contestação. Ambas são modalidades de resposta do 
réu, mas enquanto a contestação é uma defesa a 
reconvenção é uma ação onde o réu passa a ostentar 
uma posição ativa. 
Há uma inversão dos polos na demanda. O réu da 
ação originária passa a ser o autor reconvinte e o 
autor da ação originária se torna o réu reconvindo, 
O art. 343 exige que a reconvenção seja conexa com a 
ação principal ou com o fundamento da defesa. 
A reconvenção guarda autonomia em relação À ação 
originária. (art. 343 §2º) 
A reconvenção admite formação de litisconsórcio 
tanto no polo ativo como no polo passivo. De forma 
que é pacifico na doutrina a possibilidade de 
diminuição subjetiva na reconvenção. Portanto, 
existindo litisconsórcio na ação originária, o mesmo 
litisconsórcio não será necessariamente formado na 
reconvenção, admitindo-se que somente um dos 
autores da ação originária figure como réu na 
reconvenção ou apenas um dos réus reconvenha. 
O réu pode propor reconvenção independentemente 
de oferecer contestação, pois trata-se de uma ação 
autônoma. 
 
REVELIA 
Revelia é uma espécie de gênero contumácia 
(inércia). 
Quando essa inércia é do autor, nomina-se apenas de 
contumácia. Mas quando essa contumácia é do réu, 
chama-se de revelia. 
O réu não é obrigado a apresentar defesa. Portanto 
ele pode adotar essa postura, contudo sofrerá as 
consequências dessa inércia. 
É extremamente importante não confundir REVELIA 
(ato-fato processual de não contestar 
tempestivamente) com os EFEITOS (consequências) 
dessa revelia. 
A revelia (ato de não contestar) pode produzir dois 
efeitos: um material e um formal (processual) 
*Efeito material: Se o réu não contestar a ação será 
considerado revel haverá presunção de veracidade 
das alegações de fato formuladas pelo autor. (art. 
344). 
A presunção de veracidade recai sobre os fatos e não 
sobre o direito, e ocorre de forma relativa (o juiz não 
estará obrigado a presumir necessariamente o fato 
como ocorrido.). 
Não implica procedência do pedido, mas pode gerar 
julgamento antecipado do mérito (art. 355, II) 
Em resumo: o efeito material recai somente sobre 
os fatos e tem presunção relativa. 
 
Hipóteses de inocorrência do efeito material: 
Art. 345: 
 Se houver pluralidade de réus, algum deles 
contestar a ação, 
 Direitos indisponíveis, 
 Petição inicial desacompanhada de 
documentos indispensáveis a prova do ato 
 Alegações formuladas pelo autor ocorra de 
forma inverossímil ou esteja em contradição 
com as provas nos autos 
 Não ocorre o efeito material quando a Fazenda 
Pública é revel. 
No caso do réu não contestar, mas apresentar 
reconvenção ele será decretado revel na ação 
originária, mas poderá não sofrer os efeitos materiais, 
se apresentar na reconvenção impugnação aos 
pedidos da contestação,o juiz pode n presumir 
veracidade da inicial. 
*Efeito formal: é a fluência dos prazos contra o revel 
a partir da publicação do ato decisório no órgão oficial 
e independentemente da sua intimação. (art. 346) 
Ocorrerá esse feito quando o réu não constituir 
patrono nos autos. Caso isso ocorra, os prazos contra 
o revel fluirão da data de publicação do ato decisório 
no órgão oficial (art. 346) 
Cessação do efeito: Quando o revel intervier no 
processo, constituindo patrono. Dessa forma, irá 
receber o processo no estado em que se encontra e 
praticar os atos que ainda não estão preclusos.

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