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Nutrição Comportamental

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↪ Nós esquecemos que, historicamente, pessoas 
comem por diversas outras razões que não as 
necessidades biológicas. 
↪ Comida é também prazer, comunidade, família, 
espiritualidade, relacionamento com o mundo natural e 
também é expressão de nossa identidade. 
↪ A partir do momento em que os seres humanos 
começaram a fazer refeições em conjunto, comer 
passou a fazer tão parte da cultura quanto da biologia. 
(Marle Alvarenga) 
 
DICOTOMIA NUTRICIONAL: 
▶ Dicotomia alimentar é o pensamento polarizado em 
dividir os alimentos em: 
↠ Alimentos bons para a saúde x Alimentos ruins para 
a saúde. 
↠ Alimentos saudáveis x Alimentos não saudáveis. 
 
 
 
 
 
 
▶ Esse pensamento não é interessante, pois a comida 
deve ser pensada no contexto da alimentação como um 
todo, incluindo seus significados sociais e culturais, 
além dos fisiológicos (que também é considerado). 
▶ Quando conceituamos um alimento de bom ou ruim 
isso: 
1. Traz consciência alimentar? 
2. Determina mudança de comportamento? 
3. Ajuda a entender a função do alimento em nosso 
corpo? 
4. Respeita a identidade cultural da pessoa? 
5. É eficaz no tratamento das doenças crônicas? 
 
 
NUTRICIONISMO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
● É um jeito de doutrinar a alimentação com foco nos 
nutrientes de forma isolada sem dar importância ao 
alimento como um todo; 
● Vende a ideia inadequada de que, adicionando 
nutrientes a qualquer coisa, essa coisa se torna 
alimento; 
● Pressupõe que a ciência da nutrição sabe 
absolutamente tudo sobre os alimentos; 
● “Policial nutricionista”, aquele que dita às pessoas o 
que deve ou não deve ser ingerido. 
 
▶ Porque muitos Nutricionistas continuam a seguir 
este modelo intervencionista? 
↠ Devido a formação biologicista. 
↠ Foco no nutriente e não no alimento. 
↠ Ênfase na doença e não no ser humano. 
↠ Pouca observância das questões culturais. 
 
 
@nattaduartee 
O QUE É NUTRIÇÃO COMPORTAMENTAL? 
♥ Uma abordagem científica e inovadora da nutrição, 
que inclui os aspectos fisiológicos, sociais e emocionais 
da alimentação e promove mudanças no 
relacionamento do nutricionista com seu paciente, e da 
comunicação na mídia e da indústria com seus 
consumidores. 
● Compromete o sucesso do desenvolvimento de um 
tratamento alimentar. 
● Não é exatamente uma nova “linha de Nutrição”, 
embora as pessoas estejam equivocadamente se 
posicionando assim eventualmente. 
● Pode-se trabalhar com a proposta e “olhar” da 
Nutrição Comportamental, mas não é possível colocá-la 
como uma especialidade. 
● Comida tem significado: cultural, regional, política, 
memórias afetivas, religião, relacionamentos, família, 
status, questões de gênero. Já o nutriente não possui 
significado (história em nossa vida) e sim definição. 
 
PREMISSAS DA NUT. COMPORTAMENTAL 
♥ Ser inclusiva: no qual qualquer profissional 
(independentemente de sua “filosofia” de trabalho 
atual, formação e área de atuação) possa encontrar 
novidades e subsídios para a sua prática em nutrição. 
♥ Ampliar o modo de atuação do nutricionista: com 
uso de estratégias que não são aprendidas na 
graduação – nem mesmo nos cursos de especialização 
existentes no país. 
♥ Acreditar que todos os alimentos podem ter espaço 
em uma alimentação saudável, respeitadas as questões 
de quantidade e frequência; e também que a discussão 
deve ser sempre contextualizada na história do 
indivíduo, levando em conta a forma de orientá-lo para 
uma vida mais saudável, contemplando os aspectos 
fisiológicos, culturais, sociais e emocionais da 
alimentação. 
♥ Manter a abordagem biopsicossocial e defender 
uma comunicação e orientação nutricional que não se 
baseia em uma “dieta”; que peso não é um 
comportamento e, portanto, não deve ser o foco de um 
tratamento ou aconselhamento nutricional (pode ser 
uma consequência); que saúde depende de 
comportamentos saudáveis e não de um determinado 
peso apenas; e que pessoas de todos os tamanhos 
podem ser saudáveis. 
PRINCÍPIOS DA NUT.COMPORTAMENTAL 
♥ 1- Entrevista motivacional: 
● É o primeiro momento de encontro com o paciente. 
● Empatia (compreender; não julgar; evitar conselhos 
ou sermões). 
● Realidade de discrepância (situação atual e situação 
idealizada). 
● Confrontação (evite o “embate” direto). 
● Resistência (o paciente é a fonte da resolução dos 
problemas; responsável por gerar opções de escolha). 
● Autoeficácia (o cliente pode realizar uma tarefa 
proposta). 
 
♥ 2- Terapia cognitiva comportamental: 
● Avaliação de humor (para saber quando avançar); 
● Lista de problemas e metas; 
● Resolução de problemas; 
● Planejamento de intervenção; 
● Questionamento Socrático (faz o paciente refletir 
qual foi a razão dele ter excedido o planejamento); 
● Conceituação cognitiva; 
● Flexibilidade cognitiva; 
 
♥ 3- Mindfulness (atenção plena): 
● Definida como uma forma específica de atenção 
plena – concentração no momento atual, intencional, e 
sem julgamento. 
● Significa estar plenamente em contato com a vivência 
do momento. 
● Possível nas relações interpessoais. 
● No meio que nos cerca, ambiente (por exemplo: na 
academia, na sala de aula, no trabalho). 
● Na alimentação. 
 
 
 
 
@nattaduartee 
♥ 4- Intuitive Eating (comer intuitivo): 
● Se trata de uma nutrição baseada nos sinais internos 
de fome e saciedade, respeitando necessidades 
fisiológicas, que integra razão e emoção na hora de 
comer. 
● A fome pode ser definida como a necessidade 
fisiológica de comer, que é uma combinação de 
sensações induzidas pela privação de energia ou 
alimentos que faz com que busquemos comida, não é 
relacionada a nenhum alimento específico. 
● Fome hedônica, ou apetite, que corresponde ao 
desejo de comer um alimento ou grupo de alimentos 
em particular, e do qual se espera ter satisfação e 
prazer. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▶ Princípios do comer intuitivo: 
1. Rejeite a mentalidade de dieta: 
↠ Jogue fora seus livros de dieta e artigos de revista que 
te ofereçam a falsa esperança de perda de peso rápida, 
fácil e permanente. 
 
2. Honre sua fome: 
↠ Mantenha seu corpo alimentado com energia e 
carboidratos suficientes. Caso contrário, você poderá 
começar a comer em excesso. Uma vez que você atinge 
o ponto máximo da fome, todas as tentativas de 
moderar e comer conscientemente se tornam 
passageiras e ineficazes. 
 
3. Faça as pazes com a comida: 
↠ Dê uma trégua, pare de brigar com a comida! 
↠ Permita-se comer incondicionalmente. Se você disser 
que “não pode” ou que “não deve” comer determinado 
alimento, isso poderá intensificar os seus sentimentos 
de privação e gerar vontades incontroláveis. 
 
4. Desafie o “policial da comida”: 
↠ Diga “não” aos pensamentos que falam que você é 
“bom” quando come o mínimo de calorias ou “ruim” 
porque você comeu um pedaço de torta de chocolate. 
 
6. Descubra um momento de satisfação: 
↠ Na nossa fúria para sermos magros e saudáveis, 
frequentemente negligenciamos um dos mais básicos 
presentes da existência, o prazer e a satisfação que 
podem ser encontrados na experiência do ato de se 
alimentar. 
↠ Quando você come o que realmente quer, em um 
ambiente convidativo, a satisfação promovida se 
tornará uma força poderosa na percepção da saciedade 
e do contentamento. 
↠ Munido desta experiência, você perceberá que 
precisa pegar muito menos comida. 
 
7. Honre seus sentimentos sem utilizar-se da 
comida: 
↠ Encontre maneiras de alívio, estímulo, distração e 
resolva seus problemas sem usar a comida. Ansiedade, 
solidão, tédio, raiva são emoções que todos nós 
vivenciamos ao longo da vida. Cada uma delas tem seu 
próprio início e fim. 
↠ A comida não consertará nenhum destes 
sentimentos. Ela poderá te confortar por um curto 
período, distrair a dor, ou ainda causar um 
entorpecimento. 
↠ Mas a comida não resolverá o problema. Comer por 
“fome emocional” só fará você se sentir pior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
@nattaduartee 
8. Respeite seu corpo e aceitesua genética: 
↠ Como uma pessoa que calça 37 não esperaria 
realmente “entrar” em um sapato de número 35, é 
igualmente inútil (e desconfortável) ter a mesma 
expectativa com relação ao tamanho do seu corpo. 
↠ Respeite-o e então você poderá sentir-se melhor 
consigo mesmo. Fica muito difícil rejeitar a mentalidade 
de dieta se você tem expectativas fantasiosas e é 
extremamente crítico com relação à sua forma corporal. 
 
9. Exercite-se: 
↠ Seja ativo e sinta a diferença. Mude o foco para como 
você se sente movendo o seu corpo, ao invés de o 
quanto você gasta de calorias fazendo o exercício. 
↠Se o seu foco estiver em como você se sente durante 
a atividade, você se sentirá energizado. Isso pode fazer 
a diferença entre levantar da cama pela manhã para 
uma refrescante caminhada ou odiar o barulho do seu 
despertador. 
↠ Se quando você acorda a sua única meta é perder 
peso, esta não costuma ser motivação suficiente 
naquele determinado momento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10. Honre sua saúde: 
↠ Usar os conhecimentos nutricionais de forma flexível 
te permite fazer escolhas alimentares que honrem sua 
saúde enquanto faz você se sentir bem. 
↠ Lembre-se que você não precisa comer uma dieta 
perfeita para ser saudável. Você não ficará 
repentinamente com alguma deficiência nutricional, ou 
ganhará peso em um único lanche, em uma única 
refeição, ou em um único dia alimentar. 
↠ É o que você come conscientemente a maioria das 
vezes que importa. Progresso (e não perfeição) é o que 
conta! 
ANOTAÇÕES: 
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__________________________At.te Renata Duarte.

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