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Dermatologia Semiologia Histologia 2 Fâneros 3 Semiologia 5 Anamnese 5 Exame físico 6 Dermatites 8 Micoses 12 Tumores 16 2 Du Visniewski Histologia Quando falamos de dermatologia e pele, es- tamos falando de histologia, já que a pele não possui muitos aspectos anatômicos importantes. Então, histologicamente podemos dividir a pele em 3 grandes porções: epiderme, derme e hi- poderme. Epiderme É a camada mais externa e mais fina da pele, constituída por uma camada basal, uma ca- mada espinhosa, uma camada granulosa e uma camada córnea. Camada Basal Também conhecida como camada germinativa, é formada por: • Células basais/queratinosas, que estão em constante reprodução e originam as células das outras camadas. • Melanócitos ou células claras de Masson, responsáveis pela produção de melaninas. Um adendo sobre a cor da pele, ela não é de- finida pela quantidade de melanócitos, e sim pela quantidade de melanina produzida. Camada Espinhosa Conhecida como camada de Malpighi, é com- posta por células de configuração poliédrica, citoplasma acidófilo e que se unem por finos fi- lamentos semelhantes a espinhos, que se acha- tam a medida que sobre pela epiderme. Camada Granulosa É composta por um grupo de células escuras, achatadas, quase aderentes e com grande quantidade de grânulos cromatófilos de quera- tomalina, conferindo a queratinização da pele. Camada Córnea É a camada mais externa, formada por células planas anucleadas, decorrentes da queratini- zação dos queratinócitos, que dura de 26 a 28 dia, justamente o tempo de renovação da pele. Em regiões palmoplantares, existem uma ca- mada estrato lúcida entre a córnea e a granu- lar, composta por células anucleadas, planas e transparentes. Derme É a camada do meio, correspondente a porção funcional da pele, composta por tecido conjun- tivo, rica em mucopolissacarídeos e material fi- brilar que acomodam vasos, nervos e anexos epidérmicos. Suas características são elastici- dade, flexibilidade e defesa contra agentes nocivos que atravessaram a epiderme. É divi- dida em: • Superficial/papilar, onde predominam fi- nos feixes de colágeno e grande número de células. • Profunda/reticular, constituída por densos feixes de colágeno. • Adventicial, constituída por finos feixes de colágeno dispostos em torno de anexos e vasos. Hipoderme Também conhecida como camada subcutânea, é a porção mais interna da pele formada por células adiposas delimitadas por septos conjun- tivo-elásticas, conferindo o panículo adiposo. É uma importante reserva calórica e coxim, pro- tegendo contra traumas em determinadas regi- ões. Esse tecido pode ser sede de um processo inflamatório conhecido como celulite. A avalição desse tecido adiposo se dá pela palpação e a inspeção, que pode revelar da- dos importantes. As técnicas do exame são: 1. Pinçar uma prega de pele, incluindo o te- cido subcutâneo. 2. Palpar, procurando deslizar a pele sobre as estruturas subjacentes. Não só a espessura do panículo interessa, como também sua distribuição! Quanto a distribuição, pode ser normal, carac- terístico da idade e do sexo, ou pode ser acu- mulado em determinadas áreas, característico de algumas doenças como o Cushing. Quanto a quantidade, pode estar normal, au- mentada, sentida por uma camada grossa, di- minuída/escassa, com coxins reduzido ou nulo. É importante diferenciar tecido adiposo de pele espessa e edema intersticial, que possuem características táteis à palpação e semiológicas distintas. Vascularização Na pele há dois importantes plexos: • Um plexo profundo à nível dermo-hipodér- mico, formado por arteríolas. • Um plexo superficial, ao nível da derme subpapilar, composto essencialmente por capilares; Além desses plexos, existem glomos, que são anastomoses diretas de arteríolas e vênulas com capacidade contrátil para regular o fluxo de sangue periférico e regulação térmica, en- contrados nas pontas dos dedos, orelhas e cen- tro da face. Quanto a vascularização linfática, se distribuem analogamente aos vasos sanguí- neos. Invervação Encontramos, em grande número, estruturas ner- vosas na pele que conferem a capacidade tátil, captando e transmitindo diversas alterações do meio que nos cerca. Nervos sensitivos mielinizados formam órgãos terminais denominados corpúsculos, localiza- dos em nível subepidérmico nas palmas das mãos, plantas dos pés, lábios e genitais: • Corpúsculos de Pacini, relacionado a sensibilidade tátil e pressão. • Corpúsculos de Meissner, também rela- cionados com o tato, mais encontrados em polpas digitais. • Corpúsculos de Krause, chamados de órgãos nervosos terminais subcu-tâneos, dado sua localização entre a pele e a mucosa, considerados receptores do frio. • Corpúsculos de Merkel, também relaci- onados ao tato. A inervação motora é feita pelo sistema ner- voso autônomo, com fibras simpáticas que pro- vocam contração das células musculares lisas dos vasos, dos músculos eretores do pelo, ati- vam corpúsculos glômicos e células mioepiteli- ais. Fâneros Os fâneros surgem devido a modificação da epiderme durante a vida epiderme. Pelos Os pelos são estruturas compostas por células queratinizadas produzidas por folículos pilosos, situados em invaginações profundas da epi- derme. Como no folículo também se abrem as glându- las sebáceas, esse conjunto constitui a unidade ou folículo pilosebáceo, cercado pelas fibras do músculo eretor do pelo. 4 Du Visniewski O pelo possui uma parte livre, a haste, e uma parte intradérmica, a raiz. Na haste temos 3 camadas: • Cutícula externa, composta por queratina compacta e coesa revestindo o pelo. • Córtex e medula. O bulbo piloso, ou raiz, compõe a matriz do pelo, em que se introduzir a papila dérmica ri- camente vascularizada e inervada. Nessa re- gião se encontra a camada basal da epiderme que produz a bainha radicular interna do pelo até o início da queratinização. De uma forma geral, o pelo protege áreas ori- ficiais e olhos e fazem parte do sistema senso- rial cutâneo. Existem dois tipos de pelo: o velo ou lanugem, que é um pelo fino, claro e pouco desenvolvido, e o pelo terminal, espesso, pig- mentado e compreende os cabelos, barba e pi- losidades pubiana e axilar. Além disso, os pelos passam por 3 fases evolutivas: 1. Anágena ou crescimento, com intensa atividade mitótica, durando de 2 a 3 anos. 2. Catágena ou repouso, com redução de crescimento e se cessam a melanogê- nese e proliferação celular, durando 3 a 4 semanas. 3. Telágena ou desprendimento, quando o folículo já está com tamanho reduzido pela metade e há completa desvincula- ção, durando de 3 a 4 meses. Glândulas Existem dois tipos de glândulas da pele: • Sebáceas. • Sudoríparas. Glândulas Sebáceas Estão localizadas em toda a pele, com exceção das regiões palmoplantares. Desembocam sempre em um folículo pilossebáceo, com ou sem pelo, principalmente em regiões seborrei- cas, compreendendo nas regiões frontal, atrás da orelha e mediotorácicas. Quando localizadas nas pálpebras, são cha- madas de glândulas de Meibomius. Na mucosa bucal e labial constituem os grânulos de Fordyce, localizados heterotopicamente. Possuem estrutura acinosa holócrina, sua secre- ção, valiosa para a defesa contra patógenos, é lançado no infundíbulo folicular e flui para o exterior, sendo ativadas por hormônios andro- gênios. Nos fetos, são ativadas por hormônios da mãe, regridem em certa fase e voltam a ser ativadas na puberdade. Glândulas Sudoríparas Existem dois tipos principais: • Écrinas. Localizadas em toda a extensão da pele, tem formato tubular e é composta por duas por- ções: uma secretora em formato de glomérulo na junção dermo-hipodérmica, e canais sudorí- paros intradérmicos e intraepidérmicos.A iner- vação é feita por fibras simpáticas pós-gangli- onares não mielinizadas, porém regidas por mediadores parassimpáticos. A secreção sudoral é importante na regulação térmica e constitui 99% água. • Apócrinas. Estão situadas nas regiões axilar, anoperineal, inguinal, no monte de Vênus e em volta dos ma- milos, porém são modificadas no meato audi- tivo externo e na borda palpebral, denomina- das glândulas de Moll. Apresentam aspecto morfológico semelhante as écrinas, mas desem- bocam no folículo polissebáceo ou nas proximi- dades. Unhas São estruturas de queratina dura que recobrem a falange distal dos dedos, fixadas sobre o leito ungueal na superfície epidérmica. Nelas encontrados: • Porção posterior, ou raiz/matriz ungueal, recoberta por pele e cutícula. • Lâmina aderente ao leito ungueal, que apresenta bordas laterais. • Borda livre. Semiologia Anamnese A anamnese dermatológica deve ser feita com cuidado e atenção! É muito importante que seja feita a identificação do paciente, sempre con- siderando idade, sexo, etnia, naturalidade etc., pois muitas doenças possuem características epidemiológicas importantes, e a compreensão disto direciona o diagnóstico forma mais efici- ente. Além disso, é importantíssimo levar em conside- ração a procedência do paciente, caracterís- tica das estações do ano do local de procedên- cia, a ocupação, nível socioeconômico e antece- dentes patológicos, já que esses fatores são de- terminantes em algumas doenças. Ao iniciar a anamnese, alguns aspectos devem ser considerados: • Morfologia da lesão. • Tempo de evolução. • Início dos sinais e sintomas. • Época de aparecimento. • Distribuição. • Organização. • Maneira de progressão. • Fatores de piora e melhora. • Fatores desencadeantes. • Sintomas associados. Morfologia A morfologia é um aspecto essencial que deve ser bem descrito na anamnese e no prontuário. Mais do que o nome da morfologia, é sa-ber descrever! Então vamos lá classificar os tipos de lesão: Anular/Anelar É uma lesão arredondada, bem delimitada em formato de anel, com base avermelhada e centro preservado. Em Alvo Tem características parecidas com a anular, porém possui em seu centro um ponto, conferindo uma característica de alvo. Numular Tem aspecto arredondado e centro preenchido pela lesão. Placa É uma lesão elevada. Circinada Tem aspecto irregular arredon- dado sem elevação. Gutata São várias vesículas agrupadas. 6 Du Visniewski Serpiginosa Confere um aspecto seme- lhante a uma serpente ou um caminho de serpente. Distribuição Existem duas formas de distribuição de uma le- são de pele: • Local/Regional, restrita a uma área do corpo. • Difusa/Universal, acometendo todo o corpo. Organização Existem algumas formas em como uma lesão pode se organizar na região afetada: Linear Possui aspecto linear. Comum em cicatriz. Zosteriforme Distribuída em faixa unilateralmente, que não atravessa a linha média do corpo. Co- mum na herpes zoster. Herpetiforme Distribuição de vesícu- las, lembrando infecção por herpes simples. Reticular Em formato de redes. Em pessoas de pele muito clara é facilmente visto uma formação reticular na pele quando expostas ao frio. Tem relação com a vascularização. Queimaduras Há 3 principais tipos de queimaduras na pele: • 1° Grau – acomete apenas a epiderme. • 2° Grau – acomete epiderme + derme, di- vidida em: a. Superficial – até a derme superficial. b. Profunda – derme profunda. • 3° Grau – acomete desde a epiderme até depois da derme. Algo característico da queimadura de 2° grau é que a perda de calor que acontece pode ocasionar no desprendimento da epiderme da derme, levando ao vazamento de linfa e a for- mação de bolhas. Exame físico A realização do exame físico deve acontecer com o paciente despido e em local bem ilumi- nado, com inspeção de toda a pele e mucosas, com palpação e realização de exame físico geral. Um bom dermatologista não vê apenas a pele, e sim tudo! Começando pela coloração da pele, é impor- tante lembrar de alguns conceitos: • Palidez. É muito importante saber distinguir palidez com pele muito branca e a inspeção das mucosas é bastante útil. • Hiperemia. É um dos sinais cardinais de inflamação, por- tanto extremamente importante observar a área, se é localizada ou disseminada. • Cianose. A cianose se manifesta, principalmente, no rosto, ao redor dos lábios, ponta do nariz, lobo das orelhas, além das extremidades de mãos e pés. • Icterícia x Carotenose. A carotenose acontece quando uma pessoa se alimenta de alimentos ricos carotenos, como a cenoura, conferindo uma coloração alaranjada nas extremidades. A diferença da icterícia é que a pessoa adquire a coloração amarelada até nas mucosas, novamente reforçando a im- portância da inspeção dessas superfícies. Além da coloração, é muito importante analisar outras características da pele, tais como: • Umidade. A análise da umidade é feita através da pal- pação com a palma da mão sobre a pele. Essa pele está normal? Está seca ou ressecada? • Textura. A textura dessa pele é normal, fina, áspera ou enrugada? Lembrar que uma pele mais fina e enrugada é comumente encontrada em idosos. • Espessura. Ao pinçar a pele, ela tem uma espessura nor- mal, atrófica ou espessada? A pele atrófica costuma se apresentar translúcida ao olhar, possibilitando visualização da rede venosa su- perficial. • Sensibilidade. O paciente sente dor à palpação da pele? Ele sente você tocando nela normalmente ou não? Ele consegue sentir estímulos térmicos? • Elasticidade e Mobilidade. Elasticidade é a capacidade da pele se esten- der quando tracionado e mobilidade é a ca- pacidade de se movimentar sobre o plano. • Turgor. Ao esticar a pele, ela se apresenta elástica? E ela volta ao normal rapidamente ou demora muito mais? • Temperatura. A pele desse paciente tem temperatura normal ou está muito gelada? Ou mesmo está muito quente? Lembrando que a temperatura da pele varia entre amplos limites. Também é muito importante inspecionar lesões elementares, avaliando a forma, borda, cor, lo- calização e superfície, podendo defini-las como: • Primárias. • Secundárias. Primárias É o tipo de lesão que não é precedida de outra alteração cutânea. Mancha/Mácula São alterações planas e impalpáveis da colo- ração da pele, podendo ser: 1. Pigmentar: acrômica, hipocrômica ou hiper- crômica. Ex: Vitiligo e nevos. 2. Vascular: desaparece a digitopressão. Ex: Eritema e telangiectasia. 3. Hemorrágica: não desaparece a digito- pressão. Ex: Equimose e petéquias. 4. Deposição pigmentar: bilirrubina, hemossi- derina, corpo estranho etc. Lembrando que macha > 1 cm e mácula < 1 cm. Lesões Palpáveis, Elevadas e Sólidas • Pápula: elevação firme, circunscrita e acha- tada de até 1 cm com uma margem palpá- vel bem demarcada. • Placa: lesão elevada de > 1 cm por coa- lescência de pápulas. • Nódulo: formações sólidas localizadas na hipoderme de > 1 cm, mais profunda e firme que uma pápula. A pele circundante pode ser normal, eritematosa ou arroxe- ada • Urtica: lesão eritematoedematosa. • Vegetação: lesão elevada, pediculada ou não, de superfície irregular, filiformes ou em couve-flor, de consistência mole e agru- padas em maior ou menor quantidade. Elevações Superficiais ou Circunscritas na Pele, Formadas por Líquido ou Pus • Vesícula: lesão elevada circunscrita con- tendo líquido que tem até 1 cm. 1 2 3 4 8 Du Visniewski • Bolha: lesão elevada circunscrita contendo líquido que tem > 1 cm. • Pústula: uma vesícula de conteúdo puru- lento. Elevação Dermo-Hipodérmica • Abcesso: coleções de pus em espaços teci- duais confinados. SecundáriasÉ a evolução da lesão primária. Perda de Superfície • Erosão: perda da epiderme e que não san- gra. • Úlcera: depressão da superfície da pele com uma perda da epiderme inteira e pelo menos parte da derme e resulta em cicatriz. • Fissura: fenda linear profunda na pele es- tendendo-se através da epiderme. Material Sobre a Superfície • Crosta: resíduo ressecado de soro, sangue, sebo ou material purulento. • Escama: lâmina epidérmica fina e seca que desprende e forma flocos. Se possui um as- pecto em farelo são fur-furáceas, e quando aparece em tiras, são laminares ou foliá- ceas. • Escara: tecido necrótico. Fístula Pertuito da pele por onde ocorre a drenagem do material proveniente de foco supurativo ou ne- crótico profundo. Liquenificação Espessamento da pele com acentuação de sul- cos naturais e estrias. Atrofia Uma perda da superfície epidérmica ou dér- mica, caracterizando em pele fina, lisa, translú- cida e pregueada. Comum em idosos. Cicatriz Área elevada ou deprimida de fibrose da derme ou tecido subcutâneo resultante de um processo destrutivo antecedente. As cicatrizes podem ser róseoclaras, avermelhadas, ou ad- quirir uma pigmentação mais escura do que a pele ao seu redor. Podem ser: • Deprimidas. • Normotrófica. • Exuberantes. As cicatrizes exuberantes são representadas pela cicatriz hipertrófica e pelo queloide. O queloide é uma formação fibrosa rica em co- lágeno saliente, de consistência firme, róseo- avermelhada, bordas nítidas, frequentemente com ramificações curtas. Sinais Dermatológicos Auspitz Também chamado de sinal do orvalho sangrante, é co- nhecido por pontos com san- gramentos ao curetar uma escama. Nikolsky É o desprendimento da epi- derme ao friccionar a lesão, que antes estava íntegra. Dermatites As dermatites ou Eczemas podem ser divididas em: • De contato. • Atópica. • Seborreica. De contato É uma inflamação causada pelo contato entre aa pele e um agente exógeno, que pode ser alérgeno ou irritante. O local mais frequente- mente atingido são as mãos, pés, face e pes- coço, podendo evoluir por surtos a cada expo- sição ao contactante. Tem caráter ocupacional, acometendo principalmente pedreiros, quími- cos, pintores e donas de casa. Ela pode ser classificada em • Por irritante primário. • Alérgica. • Fototóxica. • Fotoalérgica. Dermatite por Irritante Primário (DCIP) É uma resposta tóxica inespecífica a irritantes, que podem ser: • Absolutos, como ácidos e bases fortes, cau- sando aparecimento imediato da lesão, que pode evoluir de eritema a necrose e ulcerações. • Relativos, como ácidos e bases fracas, cau- sando o aparecimento da lesão após expo- sição repetitiva ao agente, podendo ser di- vidida em: a. Eczema do lar. b. Eczema das fraldas. O eczema do lar decorre da exposição por produtos químicos de limpeza utilizados dentro de casa. Ele pode ser ainda divido em suba- gudo ou crônico, diferenciados pela caracterís- tica da lesão na pele: enquanto a primeira é claramente descamativa e hiperemiada, a se- gunda apresenta pele liquenificada. O eczema das fraldas afeta crianças de idade inferior a 2 anos e decorre da exposição a urina, fezes, resíduos de sabonetes e outros produtos enquanto utiliza fraldas. As lesões são mais intensas nas superfícies convexas da pele e as dobras são poupadas, podendo complicar com candidíase, conferindo uma pele brilhante com descamação fina, dobras acometidas e le- sões satélites pápulo-vesico-pustulosas. Em geral, as DCIP se apresentam morfologica- mente como pápulas eritematosas e vesículas associadas a sensação de ardência e, frequen- temente, há hiperpigmentação pós-inflamató- ria. Histologicamente se apresenta com quera- tinócitos necróticos, necrose epidérmica e infil- tração neutrofílica. O diagnóstico da DCIP é feito pela anamnese e exame físico, pesquisando sempre sobre uso de luvas, sobre lesões prévias e xerose. Os Patch Tests são negativos, já que não há a for- mação de anticorpos, apenas a liberação de mediadores inflamatórios. Dermatite Alérgica É um tipo de hipersensibilidade tardia do tipo IV decorrente do contato com um alérgeno es- pecífico, ocorrendo em 2 fases: • Fase de indução ou sensibilização (via afe- rente) que dura 15 dias, quando acontece a apresentação de antígeno e a formação das células de memória. • Fase de elicitação (via eferente) ocorre en- tre 24 a 48 horas após o contato repetitivo com a substância, promovendo a migração dos linfócitos. Essa dermatite se apresenta com pápulas pru- riginosas eritematosas e vesículas que se des- camam finamente e pode haver hiperpigmen- tação pós-inflamatória. Histologicamente se apresenta com edema epidérmico e infiltrado linfocitário. Dermatite Fototóxica É uma reação tóxica inespecífica, com meca- nismo parecido da DCIP, porém a substância precisa ter sua estrutura modificada pela luz 10 Du Visniewski solar para se tornar irritante. Se apresenta com eritema,, seguido por edema, bolha e hiperpig- mentação nas áreas expostas a luz. Um exem- plo é a fitofotodermatose por limão. Dermatite Fotoalérgica É uma reação de hipersensibilidade tardia de- pendente de um fotoalérgeno e radiação solar. É muito comum com anti-histamínicos de uso tó- pico e perfumes. É caracterizado por espongi- ose e infiltrações linfocitárias dérmicas, confe- rindo erupções eczematosas pruriginosas. Diagnóstico e Tratamento O diagnóstico é predominantemente clínico, através da morfotopografia das lesões junto a anamnese. Quando a suspeita é uma dermatite alérgica, pode ser feito PATCH Test, ou teste de contato. A biópsia não é muito útil pois ape- nas evidencia o eczema. Diagnóstico diferen- cial da dermatite de contato podem ser a der- matite seborreica, atópica e micoses superfici- ais. O principal tratamento é o afastamento de substâncias irritantes e alérgenas e o uso de protetores da pele, como luvas, quando manu- sear substâncias potenciais. É importante a uti- lização hidratantes e realizar compressas úmi- das com água boricada. O tratamento farma- cológico se faz pelo uso de corticoides tópicos ou orais em casos mais graves. Atópica É uma doença inflamatória crônica da pele de causa multifatorial que evolui em surtos e tem tendência a melhorar com o passar dos anos (macha atópica). Normalmente tem associação com asma e rinite, com caráter hereditário e maior incidência em áreas urbanas. Como doença inflamatória, os fatores imunoló- gicos envolvidos são de hipersensibilidade, com predomínio de resposta Th2 na fase aguda e que evolui com resposta Th1. Quando há uma depressão da imunidade celular, pode susceti- bilizar a infecções virais, bacterianas e fúngicas de repetição, podendo ser detectado IgE quando associado a manifestações respirató- rias. Um grande marcador da doença é a xerose cutânea associada ao prurido por disfunção da barreira cutânea, caracterizando a tríade clás- sica xerose, prurido e eczema, que piora com sudorese. Existem formas diferentes de acordo com a faixa etária acometida: Infantil Costuma se iniciar a partir do 3° mês de vida e perdurando até os 2 anos de idade. É caracte- rizada por erupção vésico-crostosa e acome- tendo face, couro cabeludo e região extensora dos membros, poupando o centro da face. Não há liquenificação da lesão e a complicação mais frequente é infecção secundária. Causa ir- ritabilidade e agitação pelo intenso prurido. Pré-Puberal Acomete crianças de 2 a 12 anos, podendo ou não ser continuação do eczema infantil. É ca- racterizado por placas liquenificadas com es- coriações e crostas, com surtos de agudização, acometendo regiões de dobras como fossas poplíteas, cubitais, punhos, tornozelos e dorso das mãos e pés. Ao contrário da infantil, infec- ção secundáriaé incomum. Adulto É muito incomum, compreendendo pessoas de idade superior a 12 anos, caracterizada por placas liquenificadas e descamativas de pru- rido intenso, acometendo áreas de flexão, como cervical, antecubital, poplítea, além de punhos, mãos, mamilos, peitoral e periorbital. Infecções também são infrequentes. Diagnóstico Realizado através dos critérios de Hanifin e Ra- jka, sendo 3 critérios maiores e 3 menores. O diagnóstico diferencial é dermatite sebor- reica, dermatite de contato, micoses superfici- ais, psoríase e escabiose. Sinais Existem 3 principais sinais: • Sinal de Hertogue: arefação do terço distal dos supercílios devido a coça- dura. • Prega de Dennie Morgan: dupla prega infra-orbital. • Pitiríase Alba: manchas e escamas secas e pálidas. Tratamento O ponto principal do tratamento contra a der- matite atópica são orientações ao paciente ou responsável quanto o caráter crônico e recor- rente, sempre cortar as unhas para evitar le- sões e infecções, afastar agravantes como a lã, sabões, roupas sintéticas e etiquetas, banhos quentes e demorados e sudorese. O tratamento farmacológico constitui a hidra- tação cutânea, aplicação de corticoides ou imu- nomoduladores tópicos, anti-histamínicos orais e 12 Du Visniewski imunossupressores em casos de difícil controle. Caso haja infecção secundária, esta deve ser tratada. Seborreica É uma doença inflamatória crônica de causa desconhecida que tem predileção por áreas ri- cas em glândulas sebáceas, como centro da face, couro cabeludo, intermamárias, pavilhão auricular externo e áreas intertriginosas. Há uma hipótese sobre a participação de fungos do gênero Malassezia, alterando a qualidade do sebo produzido. Se apresenta como manchas eritematosas com escamações branco-amareladas graxentas e aderidas, com curso crônico e recorrente e dis- creto prurido. Em bebês é caracterizada como “crosta láctea.” Obedece a uma incidência bimodal, é mais co- mum em homens, principalmente entre as 4° e 6° décadas de vida, e tem como fatores agra- vantes o calor, umidade, estresse físico e emo- cional, alimentos condimentados e drogas como arsênio, ouro, metildopa, cimetidina, neurolép- ticos e álcool. Doenças como a doença de Par- kinson, diabetes, obesidade e infecção por HIV também são considerados fatores agravantes. As lesões nesse último caso são caracterizadas por lesões extensas. Quando ocorre em lactantes costuma aparecer nos primeiros 3 meses de vida, principalmente na 1° semana de vida, produzida por estímulo androgênico materno. É comum acometer a área das fraldas e pode haver infecção secun- dária por bactérias e leveduras. Tratamento Nos lactantes, o tratamento consiste na limpeza do local e aplicação de emolientes. Em casos mais graves o tratamento é farmacológico e consiste na aplicação de corticoides tópicos e cetoconazol 2%. Nos adultos, o tratamento é realizado através de xampus e cremes antifúngicos, corticoides tópicos e emolientes. Micoses As micoses superficiais são infecções fúngicas nas camadas superficiais da pele e fâneros, podendo se instalar na camada superficial pro- priamente dita, na camada cutânea ou atingir também a mucosa. São infecções de alta pre- valência e que acometem todas as faixas etá- rias. Os fatores de risco são divididos em individuais e geográficos. Quanto aos individuais, podem ser: • Condições socioeconômicas. • Contato com animais. • Sudorese. • Comportamento sexual. • Condições de higiene. • Imunidade baixa. • Atividade ocupacional. Quanto aos geográficos, podemos destacar: • Intensidade solar. • Índice pluviométrico e umidade do ar. • Características do solo e vegetação. Os principais agentes causadores das micoses superficiais são os fungos dermatófitos filamen- tosos do grupo Tinea, como o Trichophyton, Mi- crosporum e Epidermophyton. A infecção por esses agentes pode ocorrer por contato indi- reto, através de fômites, ou contato direto, por transmissão através de: • Fonte humana (fungos antropofílicos). • Solo (fungos geofílicos). • Animais (fungos zoofílicos). Além desses, leveduras como a Malassezia sp e a Candida spp também podem ser responsá- veis pelas micoses. Ptiríase versicolor Muito conhecido como pano branco, a ptiríase versicolor é uma micose caracterizada por má- culas ou placas eritematosas que podem ser hi- pocrômicas, normocrômicas ou hipercrômicas e que apresentam fina descamação. Costuma ser assintomática e pode ocasionar em leve pru- rido. Preferencialmente atinge pescoço, região central do peito e braços. Dois sinais dermatológicos dessa doença são o sinal de Zireli e o sinal da Unha. Diagnóstico e Tratamento O diagnóstico é essencialmente clínico, porém podem ser feitos dois exames: • Exame direto de raspagem com prepara- ção de hidróxido de potássio a 10% em que se apresentam aglomerados de leve- dura com aparência de uvas e hifas ramifi- cadas, curtas e septadas, gerando aspecto de espaguete com almondegas. • Lâmpada de Wood, em que se apresentam lesões de cor amarelada ou prateada. O diagnóstico diferencial é feito com ptiríase alba, vitiligo, hipocromia pós-inflamatória e hanseníase. O tratamento essencial é evitar fatores predis- ponentes. Quando a lesão já está instalada, devem ser realizado o tratamento tópico com creme, loções ou spray antifúngicos, como deri- vados imidazólicos ou morfofólicos 2x ao dia por 4 semanas, ou com sulfeto de selênio ou agentes queratolíticos. Quando é um caso mais resistente ou extenso e que demanda tratamento sistêmico, é realizado com derivados azólicos, como Itraconazol e Flu- conazol 1x por semana. Como na maioria dos casos são manchas hipo- crômicas, é recomendado a exposição solar para repigmentar as lesões. Dermatofitoses As dermatofitoses ou tineas são infecções fún- gicas causadas por fungos queratinofílicos que possuem crescimento centrífugo, ocasionando no aspecto circular da lesão. Os gêneros fúngi- cos mais comuns são Trichophyton, Microsporum e Epidermophyton. Existem alguns tipos de tinea bem comuns e que são caracterizadas pela localização. Caso seja uma erupção secundária em local distante, é denominada dermotofídites. Tinea Capitis Atinge o couro cabeludo e é quase exclusiva em crianças, transmitida por animais contami- nados, contato direto interpessoal, contato indi- reto através de máquina de cortar cabelo, pen- tes e escovas. Ela ainda é subdivida em duas: a. Tinha Tonsurante, caracterizada por placas eritemodescamativas bem demarcadas com fios tonsurados. Pode se apresentar como 14 Du Visniewski lesão única (microspórica) ou múltiplas le- sões (tricofílica). b. Kerion Celsi, é uma forma inflamatória aguda provocada por fungo não antropo- fílico, caracterizada por placa elevada do- lorosa com pústulas e microabcessos e que deixa cicatriz. Tinea Corporis É a tinha do corpo, transmitidas por meio de animais, pessoa a pessoa ou fômites. Acomete principalmente o tronco e existem 3 formas: a. Anular, caracterizada por placas circulares eritematodescamativas pruriginosas, com bordas circinadas e que cresce centrifuga- mente. b. Vesicular, caracterizada por vesículas que confluem, se rompem e formam lesões exul- ceradas e crostas, que também crescem centrifugamente. c. Em placas, caracterizada por placas como o nome já diz, e que não tem tendência à cura do centro da lesão. O diagnóstico diferencial da tinea corporis é feito com granuloma anular, ptiríase rósea de Gilbert, psoríase e hanseníase indeterminada. Tinea Cruris É a tinha inguinocrural que atinge a dobra cru- ral, mais comum em homens, que possui trans- missão por auto-contágio ou fômites, principal- mente toalhas úmidas. Os fatores de risco são obesidade, diabetes eimunossupressão. É caracterizada por lesões eritematodescama- tivas circinadas que se iniciam na prega ingui- nal, costumam ser muito pruriginosas, com fre- quente liquenificação. Pode acometer o perí- neo, região glútea e parede abdominal. nos homens o escroto costuma ser poupado. O diagnóstico diferencial é feito com candidí- ase intertriginosa, psoríase ivertida, eritrasma e dermatite seborreica. Tinea Pedis A tinha do pé, também chamada de frieira ou pé de atleta, é transmitida de pessoa a pessoa ou por fômites e pode ser classificada por di- versas formas: • Vesiculosa, por fungos não antropofílicos e caracterizada por vesículas eritematosas e pruriginosas. • Escamosa, mais comum, sendo descamação difusa e crônica (em mocassim) que pode acometer as mãos. • Em placas, caracterizada por lesões anula- res com crescimento centrífugo e cura cen- tral. • Interdigitais, marcada por fissuras e mace- ração interdigital, que costuma ser a porta de entrada para bactérias como a erisi- pela. É muito comum a associação com onicomicose. Diagnóstico e Tratamento O diagnóstico das tineas é essencialmente clí- nico, podendo ser feitos um exame micológico direto do pelo ou da borda da lesão ou então uma cultura em Ágar-Sabouround, que pode isolar o fungo e confirmar o diagnóstico. O tratamento em lesões isoladas é realizado através de antifúngicos tópicos 2x ao dia por 4 semanas ou até melhorar. Em lesões extensas ou refratárias, o tratamento é sistêmico. Caso seja um paciente imunossuprimido ou é uma tinha do couro cabeludo, a indicação para tratamento sistêmico é absoluta. Na tinha de couro cabeludo é feito com Griseofulvina ou Terbinatina. Onicomicose A onicomicose é uma infecção fúngica que aco- mete a unha, mais comumente em localização distal subungueal, geralmente causada por fungo dermatófitos, podendo ser causada por Candida albicans quando associada a exposi- ção ocupacional e umidade nas unhas das mãos. Pode ser causado por contaminação de utensílios cosméticos e em pacientes imunode- primidos aumenta o risco de erisipela. Há 3 principais tipos de acordo com a localiza- ção e característica: • Subungueal distal, caracterizada por hiper- ceratose subungueal, onicólise e estrias amarelas, por fungos que se espalham da pele invadindo o leito ungueal. • Superficial branca, caracterizada por múl- tiplas manchas brancas friáveis, acome- tendo apenas unhas dos pés por fungos que colonizam a superfície da placa ungueal. • Subungueal proximal, caracterizada por leuconiquia por presença de hifas em ca- madas mais profundas da placa. Diagnóstico e Tratamento O diagnóstico é realizado por exame micoló- gico direto e cultura. O tratamento tem taxas de falha e recorrência altas e pode ser tópico ou sistêmico. O tratamento tópico é realizado para unhas com < 50% do leito acometido e matriz sem lesão ou superficial branca, utilizando esmaltes ciclopirox e amorolfina até melhorar. O tratamento sistêmico é feito em unhas com matriz ungueal acometida ou > 50% da unha ou mais de uma unha, utilizando Terbinafina 250mg/d até melhorar em fungos dermatófi- tos, Itraconazol 200mg/d em dermatófitos e le- veduras e Fluconazol 150mg/sem, porém este é menos efetivo. Candidíase A candidíase é uma infecção causada por le- veduras do gênero Candida e pode ser cutâ- nea, mucosa e/ou sistêmica. É do tipo saprófita, que se alimenta de restos celulares e é oportu- nista, decorrente do aumento da colonização, quebra de barreira e imunossupressão. O tipo mais comum de candidíase é a cutâneo-mucosa, muito frequente e atinge, em grande maioria, imunodeprimidos. Candidíase Oral Mais conhecida como “sapinho,” a candidíase oral é muito frequente em idosos, diabéticos, imunodeprimidos e recém-nascidos, pelo contá- gio do canal vaginal no parto, berçários e amamentação. É caracterizada por placas cre- mosas e esbranquiçadas com eritema difuso so- bre a língua e orofaringe. Comumente se apre- senta como quelitite angular, com lesão no ân- gulo da boca por próteses dentárias ou chupe- tas. 16 Du Visniewski Candidíase Intertriginosa Acomete as dobras cutâneas e são desencade- adas pela umidade, má higiene, obesidade, gestação e diabetes. Se caracteriza com lesões eritematosas úmidas, com delicada descama- ção periféria e papulo-pústulas satélites, com eventual exsulceralção e fissura. Diagnóstico e Tratamento O diagnóstico é feito pelo exame micológico direto e cultura em ágar Sabouraud. O diagnóstico diferencial é feito com dermatite seborreica e de contato, psoríase inversa e ti- nea. O tratamento é realizado, essencialmente, pelo afastamento de fatores predisponentes. Para a candidíase cutânea podem ser aplicados anti- fúngicos tópicos 2x ao dia até desaparecem os sintomas. para a candidíase oral, Nistatina sus- pensão de 6/6h por 14 dias, bochechar e en- golir. Para formas extensas ou resistentes é aplicado o tratamento com antifúngico sistê- mico. Tumores Carcinoma Basocelular O carcinoma basocelular é o tumor cutâneo mais frequente, relacionado a exposição por UVB, que possui baixo potencial metastático, porém é localmente invasivo e destrutivo. Por sua relação com a radiação solar, é mais fre- quente encontrado em áreas expostas. O tra- tamento é essencialmente cirúrgico. É bem variável quanto as características clíni- cas, porém é comumente encontrado a telan- gectasia e aspecto perolado. Pode ser uma le- são ulcerada ou não, em pápula, placa, nódulo, infiltrativa, normocrômico, eritematoso, casta- nho escuro ou negro. Carcinoma Espinocelular Comumente denominado carcinoma de células escamosas, o carcinoma espinocelular é o 2° tu- mor maligno cutâneo mais frequente, normal- mente precedido de uma lesão prévia, como a queratose actínica em áreas expostas ao sol, caracterizada pela proliferação de queratinó- citos epidérmicos aberrantes. Além da exposição ao UVB, também está rela- cionado ao tabagismo e etilismo quando oral e ao HPV quando genital. Úlcera crônica ou cica- triz quando relacionada a úlcera de Marjolin. Imunossupressão medicamentosa também é um fator de risco. Pode se apresentar como pá- pula, pápula queratósica, nódulo ulcerado ou não, placa ou lesão verrucosa. Pode metastizar e o tratamento também é cirúrgico. Melanoma É o tumor cutâneo mais agressivo, com maior taxa de morbimortalidade. Sua transformação maligna ocorre a partir de um nevo ou de uma lesão nova, sendo os fatores de risco: • Exposição solar. • Múltiplos nevos sistêmicos. • Nevos atípicos. • História pessoal e familiar prévia de mela- noma. O tratamento é cirúrgico, quando possível, e outros tratamentos devem ser analisados caso a caso. Existem diversos subtipos de melanoma como: • Extensivo superficial (mais comum). • Nodular. • Acral. • Lentigo maligno. • Amelanotico. Lembrando que o melanoma é muito agressivo, possui alta taxa metastática e invasiva e cos- tuma crescer “para dentro,” invadindo tecidos abaixo da pele. A principal forma de descrever um melanoma é a partir do ABCD do melanoma: A. Assimetria. B. Bordas irregulares. C. Cor variável. D. Diâmetro > 6mm E. Evolução (tamanho, forma e cor).