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Poluição por Metais Pesados 2010 2

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METAIS PESADOS
Acredita-se que os metais talvez sejam os agentes tóxicos mais conhecidos pelo
homem. Há aproximadamente 2.000 anos a.C, grandes quantidades de chumbo eram
obtidas de minérios, como subproduto da fusão da prata e este fato talvez tenha sido o
início da utilização deste metal pelo homem.
Os metais pesados diferem de outros agentes tóxicos porque não são sintetizados
nem destruídos pelo homem. A atividade industrial diminui significativamente a
permanência desses metais nos minérios, bem como a produção de novos
compostos, além de alterar a distribuição desses elementos no planeta.
A presença de metais muitas vezes está associada à localização geográfica, seja
na água ou no solo, e pode ser controlada, limitando o uso de produtos agrícolas e
proibindo a produção de alimentos em solos contaminados com metais pesados.
Todas as formas de vida são afetadas pela presença de metais dependendo da
dose e da forma química. Muitos metais são essenciais para o crescimento de todos
os tipos de organismos, desde as bactérias até mesmo o ser humano, mas eles são
requeridos em baixas concentrações e podem danificar sistemas biológicos.
Histórico
 Metais vem sendo usados há 6,000 anos;
 Ouro (Au); Prata (Ag); Cobre (Cu);
 Entre 3.000 e 4.000 AC Mesopotâmia (Cu);
 Idade dos Metais - descoberta de como trabalhar os metais;
 Expansão do uso  migrações e guerras;
Oriente médio → Egito, Europa, Índia;
 Descoberta das ligas: latão, cobre e zinco;
Histórico (cont.....)
 Progressos na mineração e metalurgia: 
Produção do aço (India)
Descoberta do Zinco, Níquel, Mercúrio
 Século XVI livros de metalurgia
 Até o século XIX melhoria das técnicas de uso do ferro e do 
aço;
 Revolução Industrial.
Metais
Traço;
Pesados: peso específico > 6;
Essenciais : Cr - associado a proteínas, ac. nucléicos, insulina;
Cu - exerce papel importante na síntese da clorofila, 
Fe - hemoglobina
Ambiente Aquático
Dissolvido;
Particulado em suspensão
Sedimento de fundo;
Água intersticial;
Biota
AQUA 
 
SEDIMENTO ↔ BIOTA
Distribuição e toxidez dependem de vários fatores:
 Forma: orgânico ou inorgânico;
solúvel, particulado, sedimento de fundo;
 Presença de outros metais: sinergismo, antagonismo ou ausência de 
interação
 Fatores ambientais: salinidade, pH, temperatura, Matéria orgânica, 
OD;
 Estado metabólico do organismo: ciclo de vida; fase fisiológica, idade 
e tamanho, sexo, mecanismos de proteção;. 
Conceito de metais pesados
{metais traço / elementos traço / micronutrientes / 
microelementos }
• Ocorrem em sistemas naturais em pequenas concentrações
• Densidade igual ou a cima de 5 g/cm³
Conceito de metais pesados
Fontes mais comuns:
• Fertilizantes
• Pesticidas
• Combustão de carvão e óleo
• Emissões veiculares
• Mineração
• Fundição
• Refinamento e incineração de resíduos urbanos e industriais
Obs: Cerca de 95% de Hg, 90% de Cd, 33% de Pb e 27% de Zn são 
perdidos na forma de gases e particulados quando queimados.
Cu, Zn, Pb, Cd, Hg, Ni e Sn
Bioacumulação danos ao SNC
Mineração (garimpo)Pilhas e baterias
Rios e maresAterro sanitário
Os oceanos recebem por ano
400.000 t de metais pesados
80.000 t só de mercúrio
Contaminação de águas
subterrâneas, córregos
e riachos
Metais traço no ambiente
• Capacidade de retenção pelo solo:
– Através de argilominerais: possuem sítios negativos onde 
os metais são adsorvidos por forças eletrostáticas.
Obs: Os argilominerais são os minerais característicos das argilas; 
quimicamente são silicatos de alumínio ou magnésio 
hidratados. Os principais grupos de argilominerais são 
caulinita, ilita e esmectitas ou montmorilonita.
Metais traço no ambiente
Absorção pelas plantas:
 Íons
 Complexos
 Raízes ou folhas
Excesso:
 Penetram na cadeia alimentar dos organismos vivos
 São lixiviados
Metais traço no ambiente
Consequências de ações antrópicas (exemplo)
 Amostras de solos da margem da rodovia de Guipúzcoa – longe da 
área industrial – determinaram a presença dos metais Cd, Ni, Pb e 
Zn entre outros.
 Origem
◦ Pb e Ni provenientes da combustão de gasolina que contem 
esses elementos como aditivos
◦ Zn e Cd usados em lubrificantes, pneus e partes galvanizadas dos 
veículos
Metais traço no ambiente
• Comparação entre solos de floresta natural e solos coletados 
a margem de rodovias no oeste da Alemanha:
– As concentrações de Cd, Pb, Ni e Zn diminuíam com o 
aumento da distância da estrada
– A concentração de Cd e Pb no solo próximo à rodovia era 
cinco vezes maior que o solo natural.
Metais traço no ser humano
São contaminantes que colocam em risco qualidade de vida 
do homem, interferindo em sua saúde e sobrevivência.
 Cabelo como amostra biológica
◦ Eficiência ainda não comprovada
◦ Expressa a bioconcentração de alguns elementos
◦ Facilidade de obtenção 
◦ Facilidade conservação das amostras
Metais traço no ser humano
• Comparação:
– Sangue: fornece informações a respeito da situação 
vigente no momento da coleta
– Urina: apresenta as substancias extra-celulares excretadas
Principais metais usados na indústria, suas fontes e riscos à saúde
Fonte: 
http://www.ambientebrasil.com.br
Cádmio
O cádmio é um elemento químico de símbolo Cd, 
de número atômico 48 e de massa atômica igual a 
112,4 u. À temperatura ambiente, o cádmio encontra-se 
no estado sólido.
Cádmio
UTILIZAÇÃO
• Fungicidas, baterias, tratamento da borracha, produção de 
pigmentos, em indústrias de galvanoplastia dando brilho e 
resistência à corrosão a objetos (Moore & Ramamoorthy, 
1984)
Cádmio 
FONTES
• Na natureza, é um elemento traço cuja concentração na 
crosta terrestre varia de 0,15 a 0,20 ppm, seu principal 
mineral fonte é a greenockita CdS
• Existem fontes secundárias de obtenção do cádmio, uma 
delas é a partir de sucatas recicladas de ferro e aço, donde se 
obtém aproximadamente 10% do cádmio consumido.
Cádmio
TRAÇOS NO AMBIENTE
• A contaminação dos solos por Cd se dá principalmente por 
mineração, poluição atmosférica de indústrias metalúrgicas, 
queima de combustíveis fósseis entre outros (Matthews, 
1984)
Cádmio
Nas plantas
• Em geral, as plantas absorvem prontamente esses elementos 
dissolvidos nas soluções do solo, seja na forma iônica ou 
quelado seja na forma de complexos, normalmente ocorre em 
pequenas concentrações na solução do solo (Kabata-Pendias 
& Pendias, 1992). Algumas plantas revelam grande afinidade 
para absorver Cd como espinafre e nabo.
Cádmio 
TRAÇOS NOS SERES HUMANOS
• o Cd é um dos venenos profissionais e ambientais mais 
perigosos, o conteúdo de Ca da dieta alimentar tem relação 
muito estreita com a absorção do metal pela via 
gastrointestinal e por conseqüência o acumulo no organismo 
(Brzozka & Moniuszko, 1998).
Cádmio 
TOXICIDADE 
• Causam maior preocupação os efeitos a baixas exposições 
durante muito tempo. 
• Em pessoas que têm sido expostas a um excesso de cádmio 
através da dieta ou pelo ar se têm observado danos nos rins. 
Esta enfermidade renal normalmente não é mortal, porém 
pode ocasionar a formação de cálculos e seus efeitos 
no sistema ósseo se manifestam através de dor e debilidade.
Cádmio
TOXICIDADE
• Em trabalhadores de fábricas, onde o nível de concentração 
de cádmio no ar é alta, tem sido observados severos danos 
aos pulmões, tais como enfisema pulmonar.
Cádmio
Transtornos gastrintestinais, anemia, eosinofilia, rinite, descoloração dos 
dentes, enfisema pulmonar e doença renal.
Alterações renais são caracterizadas por: lesão no túbulo proximal e 
posteriormente no túbulo distal e glomérulos.
Afeta o desenvolvimento de concha de moluscos
• A grande demanda por metais e por essa razão o crescimento da atividade
mineradora em Toyoma aumentou notavelmente para satisfazê-la. E com este
impulso econômico, a mina de Kamioka, propriedade da Companhia Mitsui, chegou
a estar entre as maiores do mundo. Mas estegrande desenvolvimento teve um
aspecto negativo: a mineração contaminou o ambiente.
• Durante anos, a mina de Kamioka jogou seus dejetos no rio Jinzu. Os habitantes da
região beberam das águas contaminadas e também as usaram na irrigação dos
campos de arroz. Depois colheram o grão contaminado e o comeram. E assim
contraíram uma dolorosa doença.
• A dor começava nas pernas e na coluna, depois se estendia a outras partes do
corpo. Os ossos se deformavam e quebravam; diminuía a quantidade de glóbulos
vermelhos e os rins funcionam mal. Houve 5.000 doentes. Sintomas que
apareceram na década de 1910, mas passaram várias décadas até que se
reconhecesse que se tratava de uma nova doença. Um jornal local chamou-a de
Itai-Itai (em português seria algo como ai, ai), reproduzindo a interjeição que
emitiam os pacientes doloridos. E, finalmente, determinou-se que os habitantes de
Toyama estavam intoxicados com cádmio.
Doença de Itai-itai
• O mais conhecido caso de envenenamento por via alimentar
de seres humanos por Cd se deu em Toyama no Japão por
volta de 1947, moradores dessa região do Japão, utilizando
as águas do rio Jintsu que recebia os despejos e resíduos de
uma fundição de Zn-Pb, morriam apresentando os mesmos
sintomas, fortes dores nas pernas e costas e com a evolução
do quadro clínico múltiplas fraturas no esqueleto,
caracterizando assim a osteomalácia – mineralização
inadequada da matriz óssea e a osteoporose - definida como
sendo uma excessiva, porém proporcional, redução do
mineral (Ca) e matriz óssea (Larini, 1987; Oga, 1996; Casarett
& Doull's, 1996).
Chumbo
• O chumbo (do latim plumbum) é um elemento 
químico de símbolo Pb , número atômico 82 com massa 
atômica igual a 207,2 u,.
• A temperatura ambiente, o chumbo encontra-se 
no estado sólido.
Chumbo
FONTES
• O chumbo raramente é encontrado no seu estado elementar. 
O mineral de chumbo mais comum é o sulfeto denominado 
de galena (com 86,6% deste metal) . Outros minerais de 
importância comercial são o carbonato ( cerusita) e 
o sulfato (anglesita), que são mais raros. Geralmente é 
encontrado com minerais de zinco, prata e, em maior 
abundância, de cobre.
Chumbo
UTILIZAÇÃO
• O chumbo, é um elemento tóxico, e ocorre como 
contaminante ambiental devido seu largo emprego industrial, 
como: indústria extrativa, petrolífera, de acumuladores, tintas 
e corantes, de cerâmica e bélica, encontra-se intensamente 
no meio em que o homem vive, a população urbana defronta-
se com este problema devido à constante emissão por 
veículos automotores, pelas indústrias, ou ainda pela ingestão 
de alimentos sólidos e líquidos contaminados (Larini ,1987; 
Nriagu, 1988).
Chumbo 
TRAÇOS NO AMBIENTE
• Kabata-Pendias & Pendias (1992) reportam que o destino do 
Pb no solo, proveniente de atividades antropogênicas, tem 
sido causa de muitas pesquisas e investigações, devido à 
entrada desse metal na cadeia alimentar do homem.
Chumbo
TRAÇOS NO AMBIENTE
• O uso de elementos aditivos antidetonantes em gasolina 
como Pb, são grandes fontes de contaminação de solos e 
plantas, pois partículas desse metal são aerotransportadas a 
longas distâncias em torno de rodovias (Adriano, 1986). 
Chumbo 
TRAÇOS NO AMBIENTE
• A contaminação de solos é um processo acumulativo e 
irreversível , de forma que teores desse metal na superfície do 
solo, indicam uma disponibilidade de absorção do mesmo 
pelas raízes das plantas.
Chumbo 
Nas Plantas
• Translocação do Pb, pelas raízes, para a parte aérea da planta, 
representa apenas 3%.
• 97% DA contaminação é pela deposição nas folhas de 
compostos de Pb emitidos na forma de gases, que são 
absorvidos dessa forma (Biego et al., 1998).
Chumbo
TRAÇOS NOS SERES HUMANOS
• O Pb, interfere em funções celulares, principalmente através 
da formação de complexos com ligantes do tipo S, P, N e O. o 
sistema nervoso, a medula óssea e os rins são considerados 
críticos, devido à desmielinização e à degeneração dos 
axônios, prejudicando funções psicomotoras e 
neuromusculares.
Chumbo
TOXICIDADE
• Irritabilidade,
• Cefaléia,
• Alucinações
• Interfere em várias fases da biossíntese do heme, 
contribuindo para o aparecimento de anemia sideroblástica 
(Silva & Moraes,1987), 
• Altera os processos genéticos ou cromossômicos, inibibe 
reparo de DNA 
• Age como iniciador e promotor na formação de câncer (Larini, 
1987; Nriagu, 1988; Oga, 1996).
Chumbo
Transtornos hematológicos, Síndrome encefálica, astenia,
transtornos renais, transtornos gastrintestinais, alterações
cardiovasculares e hepáticas, supressão imunológica.
Reduz a viabilidade de ovas de peixe
Níveis de chumbo no sangue:
70% das crianças catadoras de lixo
estão acima do limite da O.M.S. Essa
média de chumbo no sangue nas
crianças catadoras é 2.5 vezes maior
do que o grupo de controle das
crianças nas favelas.
Cidade de Quezon, Filipinas, 1995
Níquel
 O níquel é o 24º metal mais abundante na crosta terrestre. Ele é 
um metal de transição condutor de eletricidade e calor e apresenta 
certo caráter ferromagnético. É resistente a corrosão e só pode ser 
utilizado como revestimento por eletrodeposição (galvanoplastia).
Níquel
UTILIZAÇÃO
• Pode ser utilizado em baterias recarregáveis (baterias de Ni-
Cd), catalisador de, por exemplo, hidrogenação de óleos 
vegetais, fertilizantes, cunhagem de moedas e cordas para 
instrumentos musicais. 
Níquel
FONTES
• São fontes de níquel: minérios na forma de sulfeto de níquel 
(substância cancerígena), em meteoritos (formando liga 
metálica com o ferro) e, baseando-se em evidências 
geofísicas, é suposto que o níquel ocorra em abundância no 
núcleo terrestre 
Níquel
TRAÇOS NO AMBIENTE
• O processamento de minerais, assim como a produção e o uso 
do níquel tem causado contaminação ambiental por este 
metal (McGrath & Smith, 1990). No solo, o nível do níquel se 
eleva devido a utilização de fertilizantes fosfatados que 
possuem uma pequena parcela de níquel. 
Níquel
TRAÇOS NO AMBIENTE
• Na atmosfera, dá-se pela queima de combustíveis e óleos, 
combustão de carvão, fundição, mineração e aplicação de 
lodos de esgoto no solo (Nickel, 1989; McGrath & Smith, 
1990; Malavolta, 1994). 
Níquel
TRAÇOS NO SER HUMANO
• O níquel pode ser considerado cancerígeno as vias 
respiratórias. Tem sido demonstrado que a exposição do 
homem ao níquel causa predisposição ao câncer de pulmão, 
laringe e nasal (Casarett & Doull's, 1996).
Níquel
TRAÇOS NO SER HUMANO
• Estudos epidemiológicos realizados na Inglaterra (Sunderman, 
1989) constataram que as pessoas expostas ao níquel têm 150 
vezes mais chances de adquirirem câncer nas veias 
respiratórias do que as pessoas que não eram expostas.
Zinco
 O zinco é o 25º metal mais abundante na crosta terrestre. O metal 
apresenta uma grande resistência à deformação plástica a frio que 
diminui com o aquecimento, obrigando a laminá-lo acima dos 
100 °C.
Zinco
UTILIZAÇÃO
• Seu maior uso é na galvanização de produtos de ferro (Fe), 
proporcionando uma cobertura resistente à corrosão (é 
utilizado como metal de sacrifício). É utilizado também em 
baterias, fertilizantes, aros e rodas de veículos, tintas de 
coloração branca, plásticos, borrachas. 
Zinco
UTILIZAÇÃO
 Também utilizado em alguns cosméticos como pós e 
bases faciais e produtos farmacêuticos como, por 
exemplo, em complexos vitamínicos (Moore & 
Ramamoorthy, 1984; Lester, 1987). Ele também pode 
ser usado em protetores solares, em forma de óxido, 
pois tem a capacidade de barrar a radiação solar. 
Zinco
FONTES
• Ocorre em vários minerais e em diferentes formas (sulfetos ou 
carbonatos de Zn). A produção do zinco começa com a 
extração do mineral que pode ser realizada tanto a céu aberto 
como em jazidas subterrâneas. Os minerais extraídos são 
triturados e, posteriormente, submetidos a um processo 
denominado flotação para a obtenção do mineral 
concentrado. 
Zinco
TRAÇOS NO AMBIENTE
• As principaisfontes poluidoras de zinco nos solos são as 
atividades de mineração, uso agrícola de lodos de esgoto e 
materiais compostados bem como uso de agroquímicos, tais 
como fertilizantes e pesticidas que contêm zinco. 
Zinco
TRAÇOS NO AMBIENTE
• Na década de 40 observou-se que na superfície 
do aço galvanizado formava-se com o tempo pêlos de 
zinco (zinc whiskers) que liberados ao ambiente provocavam 
curtos-circuitos e falhas em componentes eletrônicos. Estes 
pêlos se formam após um período de incubação que pode 
durar dias ou anos, e crescem num ritmo da ordem de 
1 mm por ano.
Zinco
TRAÇOS NO SER HUMANO
• O zinco é um elemento essencial, com uma média diária de 
10-200 mg para os seres humanos, à maior parte do Zn que 
entra no organismo está relacionada à dieta, mais de 200 
metaloenzimas requerem o Zn como cofator.
Zinco
TRAÇOS NO SER HUMANO
• A absorção excessiva do metal ao organismo, porém, pode 
levar a um quadro de intoxicação, resultando em sintomas 
como vômitos, diarréias e cólicas. A inalação de vapores de Zn 
produzidos nos processos de solda e fabricação de ligas de Zn 
causam grande irritabilidade e lesões ao sistema respiratório 
(Brito Filho, 1988).
Efeitos Tóxicos dos Metais na Saúde Humana
Arsênio
Sistema respiratório: insuficiência pulmonar, traqueobronquite, 
tosse crônica e fibrose intersticial difusa
Sistema cardiovascular: lesões vasculares periféricas, e em alguns 
casos gangrena.
Sistema hematopoiético: leucopenia, hemólise intravascular e 
anemia (arsina)
Carcinogenicidade
Cromo
Alterações cutâneas, lesões nasais, transtornos renais e 
gastrintestinais, bronco pulmonares
Carcinogenicidade: maior incidência de câncer de pulmão.
Inibe o crescimento de algas;
Manganês
Alterações psiquiátricas e neurológicas, bronquite aguda, 
pneumonia e psicose maníaco-depressiva.
Mercúrio
Danos neurológicos, psiquiátricos, renais, visuais e dermatológicos 
(Minamata).
Alumínio
Demência da diálise, doença de Alzheimer.
Berílio
Pneumonia química aguda, hiper-sensibilidade, beriliose (doença pulmonar 
crônica). Existem evidências para o efeito carcinogênico.
Cobalto
Vômitos, diarréia e sensação de aquecimento do corpo e cardiomiopatias.
Cobre
Doença de Wilson (acumulo de cobre no fígado, cérebro , córnea e rins). 
Vômitos freqüentes (de cor azul esverdeada), hipotensão, coma, anemia 
hemolítica. Crianças são susceptíveis ao aparecimento de cirrose 
(hepática).
Ferro
Vômitos sanguinolentos, ulcerações do trato gastrointestinal, acidose 
metabólica, cirrose (hepática), alterações no sistema sangüíneo.
Selênio
Distúrbio do SNC, incluindo convulsões, paralisia e função motora alterada.
Bismuto
Perda de apetite, fraqueza muscular, dores reumáticas, diarréia, 
febre, gengivite e dermatite.
Antimônio
Rinite, faringite, traqueíte, enfisema pulmonar.
Vanádio
Bronquite, broncopneumonia, náusea, vômito, dores abdominais, 
depressão nervosa..
Avaliação do Cádmio, Chumbo, Níquel e 
Zinco em solos, plantas e cabelos humanos.
Rogéria P. Saez Duarte - Aluna do Curso de Pós Graduação Energia na Agricultura - FCA/UNESP -
Botucatu/SP - Brasil.
Antenor Pasqual - Orientador e docente do Departamento de Ciências Ambientais - FCA/UNESP -
Botucatu/SP – Brasil
• A grande necessidade humana de produzir tecnologias que
propiciem um avanço tecnológico gera resíduos em larga
escala, os quais são dispostos na natureza. Como a espécie
humana é totalmente dependente dos recursos propiciados
pela natureza, é justificada a preocupação com as
conseqüências que essa poluição pode vir a trazer.
• Para se avaliar os efeitos dos agentes químicos que são 
colocados na natureza, é necessário saber seus efeitos sobre 
os seres vivos, o número de pessoas expostas a esses resíduos 
e o grau de exposição destas para avaliar o risco a que estão 
submetidas.
• Os teores dos metais avaliados podem servir para formar uma 
base de dados para a análise futura de ambientes 
semelhantes.
Objetivo
• Detectar a presença de metais pesados em estruturas
biológicas como solo, plantas e cabelos humanos,
provenientes da poluição emitida pela queima de
combustíveis de veículos automotores, ao longo de quatro
rodovias do estado de São Paulo.
Análises
 Metais avaliados: 
◦ Cádmio (Cd), Chumbo (Pb), Níquel (Ni) e Zinco (Zn) .
 Rodovias analisadas: 
◦ Rodovia Castelo Branco (Pedágio de Botucatu), 
◦ Rodovia Carlos Tononi (Marília-Assis), 
◦ Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (Base da Polícia Rodoviária 
de Marília) 
◦ Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (Base da Polícia Rodoviária 
de Gália)
Métodos de análise de dados
• Nas amostras de solos utilizou-se a extração por DTPA (ácido 
dietilenotriaminopentaacético + CaCl2 + trietanolamina).
• As amostras de plantas foram submetidas à digestão ácida 
com solução nítricoperclórica (HNO3 + HClO4).
• Para as amostras de cabelos, utilizou-se a digestão com ácido 
nítrico concentrado. 
Materiais e métodos
As amostras de solo e plantas foram coletadas em quatro 
rodovias do estado de SP:
1. Rodovia Castelo Branco,Km 208 – tráfego de 10.000 veículos 
por dia
2. Rodovia Carlos Tononi,Marília, Km 338 – tráfego de 6000 
carros por dia.
3. Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros,Marília,km 443 
– tráfego de 8000 carros por dia.
4. Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros,Marília,Km 389 
– tráfego de 5000 veículos por dia.
Materiais e Métodos
Amostras de solo(S1,S2,S3,S4):
1. Profundidade(a 10m da rodovia 0-50cm) e distância 
horizontal da rodovia(0-20cm).
2. Total de 40 amostras.
Materiais e Métodos
 Amostras de plantas(P1,P1,P3,P4):
Distância horizontal da rodovia, ao longo da rodovia, em 
cada ponto foram coletadas 10 amostras aleatórias de 
plantas(total 60 amostras).
 Amostra de mechas(C1,C2,C3): 
Coletadas por colaboradores (10 pessoas do pedágio de 
Botucatu,10 soldados da base da PR de Marília e 10 pessoas 
empregadas no presente trabalho(total: 30 amostras).
Resultados e discussão
• Os resultados da determinação dos teores de metais pesados 
Cd, Pb, Ni e Zn no solo (em profundidade e em distância), em 
plantas e cabelos encontram-se nas Tabelas 1, 2, 3, 4 e 5.
Tabelas
Tabelas
Tabelas
Tabelas
Tabelas
Resultados e discussão
 A correlação entre as diferenças na densidade de tráfego de veículos e
sua influência no grau de contaminação e dispersão de metais pesados
ao longo das rodovias, não pode ser observada nos dados encontrados
nos pontos de amostragem, fato este devido a agentes externos.
Exemplo: pedágio de Botucatu.
 Quanto à utilização de gramíneas, os resultados obtidos não permitiram
concluir que as mesmas fossem ou não bons bioindicadores para
determinação dos metais.
Resultados e discussão
• Os resultados encontrados para Cd no solo e nos cabelos, 
alertam-nos para a presença do metal no organismo humano, 
uma vez que é um elemento cumulativo com meia vida de 19 
a 40 anos e que, após absorvido, é transportado para todas as 
partes do corpo principalmente, para o fígado e os rins.
Conclusão
• Triagem e monitoramento como ferramentas de 
prevenção.
• Teores de metais encontrados alertam poluição 
ambiental e risco de exposição para o ser humano.
• Busca pelo estabelecimento de um padrão para 
metais pesados no Brasil.
MINAMATA, JAPÃO
O contato do homem com o mercúrio, remonta desde as civilizações orientais
antigas, que já manipulavam o metal, tendo sido também encontrado no interior de
tumbas egípcias.
Anterior a era cristã, os chineses usavam o sulfeto de mercúrio, na produção de
tintas e pinturas, dominando o processo da redução do sulfeto a metal.
Com o advento da Revolução Industrial e a difusão do uso do mercúrio em várias
atividades humanas, presenciou-se um grande aumento nos níveis de mercúrio no
meio ambiente global.
Os efeitos toxicológicos do mercúrio são conhecidos há muito tempo, porém
algumas condições não foram antecipadas, suas características físicoquímicas
como a volatilidade à temperatura ambiente, persistência ambiental além do efeito
acumulativo que pode refletir negativamente na saúde dos seres vivos muito tempo
depois de cessado à exposição, conferem a este metal grande mobilidade,
capacidade de proliferação sendo enquadrado como um poluente de elevada
toxicidade.
MERCÚRIO
As características físico-químicas do mercúrio fazem com que este metal seja
considerado como um poluente de elevada toxicidade.
Além de poder afetar extensas áreas muito distantes, seus efeitos podem surgir
somente após longo tempo de cessado seu uso, adquirindo assim um caráter
defasado no espaço e no tempo.
Esta peculiaridade é muito importante, sobretudo em ambientes tropicais, onde
as características ecológicas intrínsecas desses ecossistemas, como a rápida e
eficiente ciclagem interna dos elementos, os tornam muito vulneráveis a poluentes
como o mercúrio.
Na década de 30, uma empresa se instalou na região, a Chisso. A empresa, que
fabricava acetaldeído (usado na produção de material plástico), jogava seus
resíduos com mercúrio nos rios, contaminando os peixes. Como a doença leva
alguns anos para se desenvolver, somente em 1956 começaram a surgir os
primeiros casos da doença.
Em maio de 1956, quatro pacientes de Minamata, Japão, uma cidade na costa
ocidental da ilha de Kyushu, foram internados no hospital. Os médicos ficaram
confusos com os sintomas que os pacientes tinham em comum: convulsões severas,
surtos de psicose, perda de consciência e coma. Finalmente, depois de febre muito
alta, todos os quatro pacientes morreram.
No total, mais de 900 pessoas morreram com dores severas devido ao
envenenamento. Em 2001, uma pesquisa indicou que cerca de dois milhões de
pessoas podem ter sido afetadas por comer peixe contaminado.
No mesmo período de tempo, foi reconhecido que 2.955 pessoas sofreram da
doença de Minamata. Destas, 2.265 viveram na costa do mar de Yatsushiro
Por anos, a Corporação Chisso escondeu seu uso de mercúrio dos olhos do
público. Em 2 de Novembro de 1959, um tumulto de pescadores locais destruiu a
propriedade da Chisso Corporation. Este ato de violência teve o efeito de atrair a
atenção pública japonesa para o assunto.
Em 1968, o governo japonês reconheceu a fonte da contaminação e a
contaminação química finalmente parou. a fábrica de PVC não concordou e
continuou a produzir mais poluição (um ato irresponsável).
Estima-se que a empresa descartou de 200 a 600 toneladas de metilmercúrio
na baía da cidade.
O drama do mercúrio de Minamata
Tomoko Uemura, de 17 anos, repousa no colo da mãe. Ela é cega, surda e muda. Tem 
os braços e as pernas deformados. Nasceu em 1955, anos depois que uma 
companhia química, a Chisso, derramou mercúrio na Baía de Minamata, no Japão. 
Uma geração inteira cresceu marcada pelo desastre ecológico. Em abril de 1997, 
depois de quatro décadas de investigação, 10.353 pessoas foram declaradas aptas a 
receber indenização da Chisso. Foram anos de luta, que começara em 1972, quando 
o fotógrafo americano W. Eugene Smith fez a foto da menina. A imagem transformou-
se no resumo brutal da tragédia. Hoje, as águas de Minamata estão limpas. Tomoko
morreu em 1977. 
Os efeitos possíveis à melhoria para a poluição ambiental foram feitos;
remoçaõ dos sedimentos contaminados da baía ou do fundo do rio, e
monitoramento dos níveis de metilmercúrio nos peixes e nos efluentes
industriais.
No que diz respeito à fábrica de Minamata Chisso co. Ltd., com o
fechamento do sistema de circulação, o efluente industrial da água que
continha compostos de metilmercúrio pararam de serem descarregados a
partir de 1966, e a fonte própria da poluição foi eliminada com a cessação
da produção do acetaldeído em 1968.
Na área da bacia do rio de Agano, a produção do acetaldeído foi
interrompida antes da descoberta da doença de Minamata.
Quatro décadas e 48 bilhões de Ienes, foram necessárias para
que o Tribunal de Tóquio condenasse a empresa a indenizar
vítimas e para que a baía de Minamata apresentasse sinais de
recuperação através de incessantes trabalhos de despoluição.
Razão pela qual, cada vez mais se fortalece a tese do “Princípio
da Precaução”.
Minamata
Mercúrio e a baia de Minamata
Os níveis de mercúrio encontrado em peixes da baia de Minamata, Japão eram maiores
que 10 ppm, considerados altíssimos. No presente, no entanto, os níveis de mecúrio
total (o,4 ppm) e metilmercúrio (0.3 ppm) estão dentro dos limites estabelecidos pelo
governo, segundo pesquisa da Kumamoto Prefectural Government.
O governo de Kumamoto declarou, em 1997, que os peixes eram seguros e os
pescadores puderam retomar suas atividades na baia de Minamata em Julho deste
mesmo ano (National Institute for Minamata Desease, Japão).

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