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CETEP CENTRO DE ESTUDOS DE TERAPIAS E PSICANÁLISE PSICANÁLISE TURMA 17 CRISTIANE MARGARETE AMORIM DOS SANTOS MÓDULO 10: COMPLEXO DE ELECTRA HORTOLÂNDIA 2021 COMPLEXO DE ELECTRA Complexo de Electra, consiste no desejo e atração que a criança do sexo feminino sente pela figura paterna. O termo “Complexo de Electra” foi criado pelo psiquiatra e psicoterapeuta suíço Carl Gustav Jung, em referência ao mito grego de Electra. Segundo a mitologia grega, Electra teria ordenado a morte da própria mãe, após descobrir que esta mandou assassinar o seu pai. O complexo de Electra é um termo psicanalítico usado para descrever o senso de competição de uma menina com sua mãe pelos afetos de seu pai. É comparável ao complexo de Édipo nos homens. Segundo Freud, durante o desenvolvimento psicossexual feminino, uma jovem inicialmente se apega à mãe. Quando ela descobre que não tem um pênis, ela se apega a seu pai e começa se ressentir de sua mãe, ela à culpa por sua "castração". Como resultado, Freud acreditava que a menina então começa a se identificar e a imitar sua mãe por medo de perder seu amor. Durante os estágios da teoria do desenvolvimento psicossexual de Freud, a energia libidinal concentra-se em diferentes zonas erógenas do corpo da criança. Se algo der errado durante qualquer um desses estágios, pode ocorrer uma fixação naquele ponto do desenvolvimento. Freud acreditava que tais fixações frequentemente levavam à ansiedade e desempenhavam um papel na neurose e nos comportamentos não adaptativos na idade adulta. Freud descreveu o Complexo de Electra como o anseio da filha pelo pai e a competição com a mãe. A filha possui um desejo inconsciente de substituir a mãe como parceira sexual do pai, levando assim a uma rivalidade entre filha e mãe. Acredita-se que o complexo Electra ocorra durante o estágio fálico, com idades entre 3 e 6 anos, do desenvolvimento psicossexual, período em que as filhas passam mais tempo com seus pais, flertando e praticando comportamentos sexuais sem contato sexual. * Freud admitiu que sabia menos sobre a vida sexual das meninas do que dos meninos. Vários mecanismos de defesa desempenham um papel na resolução do complexo Electra. É o id primordial (um componente da personalidade presente desde o nascimento) que exige que a criança possua seu pai e entre em competição com sua mãe. Para resolver o conflito, esses impulsos e desejos devem primeiro ser reprimidos da memória consciente. Freud também sugeriu que quando uma menina descobre que não tem um pênis, ela desenvolve “inveja do pênis” e começa a se ressentir de sua mãe por “te -lá enviado ao mundo tão insuficientemente equipada". Por fim, esse ressentimento leva a filha a se identificar com a mãe e a incorporar muitas das mesmas características de personalidade em seu ego. Esse processo também permite que a filha internalize a moralidade de sua mãe em seu superego, que, em última análise, a direciona a seguir as regras de seus pais e da sociedade. *Quando o Complexo de Electra pode ser um problema? O complexo de Electra geralmente se resolve sozinho, e sem grandes complicações, à medida que a menina vai crescendo e observando a forma como a sua mãe age em relação ao sexo oposto. Além disso, a mãe também ajuda a estabelecer os limites nas relações entre os membros da família, principalmente entre o pai -mãe e a filha-pai. Porém, quando a mãe está muito ausente ou castiga a filha pelas suas ações durante esse período da sua vida, pode acabar dificultando a resolução natural do complexo, o que faz com que a menina mantenha os seus fortes sentimentos de afeto pelo pai, que podem acabar se tornando em sentimentos de amor, resultando em um complexo de Electra mal resolvido. * Como identificar o complexo de Electra? *Alguns sinais que podem indicar que a menina está entrando na fase do complexo de Electra incluem: *Necessidade de se colocar sempre entre o pai e a mãe para os afastar. *Choro descontrolado quando o pai precisa sair de casa. *Sentimentos de grande afeto em relação ao pai, que podem levar a menina a verbalizar a vontade de casar com o pai um dia. *Sentimentos negativos em relação à mãe, especialmente quando o pai está presente. Estes sinais são normais e temporários, por isso, não devem ser uma preocupação para os pais. *No entanto, se se mantiverem após os 7 anos ou se forem piorando com o tempo, pode ser importante consultar um profissional para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento, caso necessário. Anna O. e o Complexo de Electra. Através do Dr. Breuer, Freud conhece Ana O. Submetida pelo Dr. Breuer a hipnose, o mesmo julgava que a teria curado, mas não, ela sempre apresenta novos sintomas. Freud continua a tratar Ana O, a pedido de Breuer que se afasta devido a paciente apaixonar-se por ele. Com medo de prejudicar seu casamento afasta-se auxiliando Freud a distância. Freud aboliu a hipnose e começa a trata-la em estado consciente, com perguntas ele instiga Ana O. a falar sobre suas lembranças de infância, seus sonhos, acontecimentos... Ele descobre que o fato contado por ela de que seu pai à havia a molestado, na verdade era um desejo que ela nutria por seu ele (pai) e que na verdade ela queria ter o possuído. Era algo fantasiado na infância e transportado para fase adulta. Ana O, pensa estar apaixonada primeira por Dr. Breuer, depois por Freud, ela transferia para eles o desejo não correspondido por seu pai. Freud observa isto após notar que o pai de Ana O. usava em seu paletó um cravo branco mesmo flor que ela o enviava. Freud então continua a trata lá mas consegue não envolver se emocionalmente. REFERÊNCIA Costa, T. ÉDIPO editora ZAHAR,2010 https://www.passeidireto.com
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