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TUTORIA 3 - NEONATOLOGIA

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ARIELY MESANINI 
TUTORIA 3 – NEONATOLOGIA 
 
Alojamento conjunto 
CONCEITO 
Local destinado a mulheres clinicamente estáveis sem contraindicações para a permanência junto ao RN 
sadio, logo após o nascimento, possibilita atenção em tempo integral e até a alta. Se trata de uma atenção 
humanizada a saúde da mulher e ao RN. 
 
VANTAGENS 
I. Favorece e fortalece o estabelecimento do vínculo afetivo entre pai, mãe e filho; 
II. Propicia a interação de outros membros da família como recém-nascido; 
III. Favorece o estabelecimento efetivo do aleitamento materno com o apoio, promoção e proteção, de 
acordo com as necessidades da mulher e do recém-nascido, respeitando as características 
individuais; 
IV. Propicia aos pais e acompanhantes a observação e cuidados constantes ao recém-nascido, 
possibilitando a comunicação imediata de qualquer anormalidade; 
V. Fortalece o autocuidado e os cuidados com o recém-nascido, a partir de atividades de educação em 
saúde desenvolvidas pela equipe multiprofissional; 
VI. Diminui o risco de infecção relacionada à assistência em serviços de saúde; e 
VII. Propicia o contato dos pais e familiares com a equipe multiprofissional por ocasião da avaliação da 
mulher e do recém-nascido, e durante a realização de outros cuidados. 
 
DESTINA-SE 
I. Mulheres clinicamente estáveis e sem contraindicações para a permanência junto ao seu bebê; 
II. Recém-nascidos clinicamente estáveis, com boa vitalidade, capacidade de sucção e controle 
térmico; peso maior ou igual a1800 gramas e idade gestacional maior ou igual a 34 semanas; 
III. Recém-nascidos com acometimentos sem gravidade, como por exemplo: icterícia, necessitando de 
fototerapia, malformações menores, investigação de infecções congênitas sem acometimento 
clínico, com ou sem microcefalia; 
IV. Recém-nascidos em complementação de antibioticoterapia para tratamento de sífilis ou sepse 
neonatal após estabilização clínica na UTI ou UCI (unidade de cuidado intermediário) neonatal. 
 
ROTINAS 
✓ Exame clinico do RN no próprio berço na presença dos pais ou responsáveis 
✓ Peso e banho diários pela manhã 
✓ Orientar os cuidados de higiene e prevenção de hipotermia 
✓ Orientar limpeza do coto umbilical 
✓ Orientar e incentivar o aleitamento materno sob livre demanda 
✓ Avaliar a técnica da amamentação 
✓ Apoiar a puérpera na superação de dificuldades e necessidades individuais 
✓ Estimular o contato pele a pele 
✓ Importante: incentivar a participação dos pais ou acompanhantes nos cuidados ao RN 
Por que orientar sobre o aleitamento materno? Pelo Ministério da saúde, o aleitamento materno deve ser 
exclusivo até os 6 meses de vida da criança. 
 
ARIELY MESANINI 
Triagem neonatal 
PROGRAMA DE TRIAGEM NEONATAL, Foi criado em 6 de junho de 2001, implantado em todos os 
estados brasileiros, sendo coordenado pelas Secretarias de Estado de Saúde e operacionalizado pela 
Secretarias Municipais de Saúde. 
 
TESTE DA ORELHINHA 
Também chamado de teste de emissões otoacústicas (EOA). Sua função é detectar deficiência auditiva. 
Quando deve ser feito: 
A partir de 48 horas de vida, no primeiro mês de vida. Sendo um exame rápido, seguro e indolor. 
Como funciona: 
 
 
TESTE DO OLHINHO 
Também chamado de teste do reflexo vermelho, que aparece quando um feixe de luz ilumina o olho do RN, 
avaliando há leucocoria (pupila branca). Este teste faz o rastreamento de alterações oculares com risco de 
causar ambliopia (a diminuição da visão em um ou ambos os olhos) ou deficiência visual. 
Pode ser realizado por um oftalmologista ou pelo pediatra. 
Este teste é importante para o diagnóstico precoce de algumas doenças: 
➔ Catara 
➔ Glaucoma 
➔ Retinoblastoma 
Quando deve ser feito: 
Nas primeiras horas de vida ou nos primeiros dias de vida. 
Como funciona: 
Precisa-se ter um ambiente com pouca luz (ambiente de penumbra), e ter um oftalmoscópio. Assim, faz-se 
a incidência do feixe luminoso em ambos os olhos da criança. 
 
 
Teste NORMAL: quando o reflexo vermelho estiver 
presente em ambos os olhos da criança 
 
Este teste é feito com um equipamento que gera a 
produção de um estimulo sonoro e faz a avaliação da 
captação do retorno desse estimulo sonora, por meio de 
uma sonda introduzida em ambas as orelhas. Ele é 
indolor, com duração de três a cinco minutos, que algumas 
vezes tem que ser repetido ou complementado. Se o 
exame for normal, assegura a mãe que o bebê não 
apresenta deficiência auditiva ao nascer e não por toda 
vida. Caso seja confirmado um problema permanente de 
surdez, a criança precisa começar tratamento 
especializado imediato ou no máximo até os três meses 
de vida. 
 
ARIELY MESANINI 
 
 
 
TESTE DO CORAÇÃOZINHO 
Este teste faz uma triagem para diagnosticar precocemente as cardiopatias críticas, que são aquelas que 
dependem do fechamento ou restrição do canal arterial. As principais são: 
➔ Atresia pulmonar (um defeito cardíaco congênito no qual a válvula pulmonar não se forma 
adequadamente e bloqueia completamente a passagem de sangue para os pulmões) 
➔ Coarctação de aorta (um estreitamento da aorta, o principal vaso sanguíneo que leva sangue 
oxigenado vermelho do coração para o resto do corpo) 
➔ Transposição de grandes artérias (uma inversão das ligações normais da aorta e da artéria pulmonar 
com o coração) 
➔ Hipoplasia de coração esquerdo (é uma alteração morfológica rara que sem tratamento é fatal, onde 
o estreitamento da artéria aorta e das valvas mitral e aórtica podem ocasionar subdesenvolvimento 
do ventrículo esquerdo e circulação sistêmica deficiente) 
Normalmente estas doenças estão relacionadas com misturas de sangue entre as circulações sistêmica e 
pulmonar, culminando com a redução da saturação de oxigênio. 
Quando deve ser feito: 
Entre 24 a 48 horas de vida, antes da alta hospitalar. 
Como funciona: 
Utiliza-se um oxímetro de pulso, e faz a aferição da saturação periférica de O2 do membro superior direito e 
no membro inferior que pode ser tanto o direito quanto o esquerdo. 
A partir o resultado, se a saturação for > 95% ou a diferença entre as aferições do MS e MI for ≤3% entre as 
medidas, faz-se o seguimento neonatal de rotina, pois o mesmo esta NORMAL. 
Contudo se a saturação for < 95% ou a diferença entre as aferições do MS e MI for ≥ 3% entre as medidas, 
faz-se uma nova oximetria em 1 hora, pois o mesmo está ALTERADO. 
1. Depois da nova oximetria se a SpO2 estiver ≥ 95% ou a diferença entre as aferições do MS e MI for 
< 3% entre as medidas, faz-se o seguimento neonatal de rotina. 
2. Mas se essa nova medida continuar com SpO2 < 95% ou a diferença entre as aferições do MS e MI 
for ≥ 3% entre as medidas, deve-se fazer um ecocardiograma antes da alta hospitalar (para 
esclarecimento do diagnostico, e tendo que ser feito até 24 horas após o teste do coraçãozinho). 
 
TESTE DO PEZINHO 
É importante para fazer o rastreio precoce de certas doenças ou eliminando o risco de sequelas 
associadas ao atraso no reconhecimento e tratamento dessas condições: 
➔ Fenilcetonúria 
➔ Fibrose cística 
 
Teste ANORMAL: quando o reflexo vermelho estiver 
presente em apenas um dos olhos ou nenhum deles, 
e o olho estiver com reflexo branco (leucocoria), 
deve-se encaminhar para o oftalmo para fazer o 
fundo de olho (fundoscopia) 
 
ARIELY MESANINI 
➔ Hipotireoidismo congênito 
➔ Deficiência de biotinidase 
➔ Hiperplasia adrenal congênita 
➔ Doença falciforme e outras hemoglobinopatias 
➔ Toxoplasmose congênita (desde março de 2020, foi incluída na triagem, mas ainda não está 
amplamente sendo realizada) 
Quando deve ser feito: 
Na maternidade ou Unidade Básica de Saúde entre o 3° e o 5° dia de vida 
Como funciona: 
É coletada uma amostra de sangue a partir do calcanhar do bebê, que é enviada para análise. O exame é 
feito no calcanhar porque, além de ser uma região menos dolorosa, a área é rica em vasos sanguíneos, 
facilitando a coleta. Nos casos com resultadosde triagem alterados, o laboratório central deve acionar o 
posto de coleta para que entre em contato com a família e trazer a criança para a realização de exames 
confirmatórios. Um resultado alterado não implica em diagnóstico definitivo de qualquer doença, 
necessitando, exames confirmatórios. 
 
 
Critérios de alta hospitalar 
 
 
 
 
 
 
PUÉRPERA: 
✓ Em bom estado geral, com exame físico normal, sem sinais de infecção puerperal/sítio cirúrgico, com 
loquiação fisiológica (é o sangramento decorrente da cicatrização do leito de inserção da placenta e 
diminuição do útero após a gravidez (produto de exsudatos, transudatos, produtos de descamação. 
Odor semelhante ao da menstruação); 
✓ Sem intercorrências mamárias como fissura, escoriação, ingurgitamento ou sinais de mastite, e 
orientada nas práticas de massagem circular e ordenha do leite materno; 
✓ Com recuperação adequada, comorbidades compensadas ou com encaminhamento assegurado 
para seguimento ambulatorial de acordo com as necessidades; 
✓ Bem orientada para continuidade dos cuidados em ambiente domiciliar e referenciada para Unidade 
Básica de Saúde (retorno assegurado até o 7º dia após o parto); 
✓ Estabelecimento de vínculo entre mãe e bebê; 
✓ Com encaminhamento para unidade de referência para acesso a ações de saúde sexual e 
reprodutiva e escolha de método anticoncepcional, caso a mulher não receba alta já em uso de algum 
método contraceptivo, ou para seguimento pela atenção básica da prescrição ou inserção de método 
pela equipe da maternidade; 
RECÉM-NASCIDO: 
✓ A termo e com peso adequado para a idade gestacional, sem comorbidades e com exame físico 
normal. 
✓ Com ausência de icterícia nas primeiras 24 horas de vida; 
Permanência mínima de 24 horas 
alta que ocorre dentro disto é 
considerada muito precoce 
Alta que ocorre dentro de 48h de 
observação é considerada alta 
precoce 
Elaboração de um projeto terapêutico singular 
para o binômio mãe-bebê 
A obstetra faz para mãe e a pediatra para o RN 
Considerar as necessidades e 
dificuldades individuais 
ARIELY MESANINI 
✓ Com avaliação de icterícia, preferencialmente transcutânea, e utilização do normograma de Bhutani 
para avaliar a necessidade de acompanhamento dos níveis de bilirrubina quando necessário; 
✓ Apresentando diurese e eliminação de mecônio espontâneo e controle térmico adequado; 
✓ Com sucção ao seio com pega e posicionamento adequados, com boa coordenação 
sucção/deglutição, salvo em situações sem que há restrições ao aleitamento materno; 
✓ Em uso de substituto do leite humano/formula láctea para situações em que a amamentação é 
contraindicada de acordo com atualização OMS/2009"Razões médicas aceitáveis para uso de 
substitutos do leite". 
✓ Revisão das sorologias da mulher realizadas durante a gestação ou no momento da internação para 
o parto, assim como investigação de infecções congênitas no recém-nascido, conforme necessidade. 
Entre as sorologias, merecem destaque: sífilis, HIV, toxoplasmose e hepatite B. Outras doenças 
infectocontagiosas, como citomegalovírus, herpes simplex e infecções por arbovírus deverão ser 
investigadas se houver história sugestiva durante a gestação e/ou sinais clínicos sugestivos no 
recém-nascido; 
✓ Realização de tipagem sanguínea, Coombs da mãe e do recém-nascido, quando indicado; 
✓ Avaliação e vigilância adequadas dos recém-nascidos para sepse neonatal precoce com base nos 
fatores de risco da mãe e de acordo com as diretrizes atuais do Ministério da Saúde para a prevenção 
de infecção pelo estreptococo do grupo B; 
✓ A mãe, o pai e outros cuidadores devem ter conhecimento e habilidade para dispensar cuidados 
adequados ao recém-nascido, e reconhecer situações de risco como a ingestão inadequada de 
alimento, o agravamento da icterícia e eventual desidratação nos primeiros sete dias de vida; 
✓ Avaliação do serviço social para os fatores de risco psíquicos, sociais e ambientais, como o uso de 
drogas ilícitas, alcoolismo, tabagismo, antecedentes de negligência, violência doméstica, doença 
mental, doenças transmissíveis e situações de vulnerabilidade social; 
✓ Preenchimento de todos os dados na Caderneta da Gestante e na Caderneta de Saúde da Criança. 
ORIENTAÇÕES 
➔ Procurar a Unidade Básica de Saúde ou o pronto-atendimento caso a mulher apresente sinais de 
infecção (febre, secreção purulenta vaginal, por ferida operatória ou nas mamas), sangramento com 
odor fétido ou com volume aumentado, edema assimétrico de extremidades, dor refratária a 
analgésicos, sofrimento emocional, astenia exacerbada ou outros desconfortos; 
➔ Oximetria de pulso (teste do coraçãozinho) e Triagem Ocular (Teste do Reflexo Vermelho ou teste 
do olhinho) realizados; Triagem Auditiva (teste da orelhinha) assegurada no primeiro mês devida e 
Triagem Biológica (teste do pezinho) assegurada preferencialmente entre o 3º e 5º dia de vida; 
➔ Procurar a Unidade Básica de Saúde se o recém-nascido apresentar problemas com aleitamento 
materno, icterícia ou qualquer outra alteração; 
➔ Realizar vacinação BCG e hepatite B. Realizar vacinação conforme calendário vacinal; 
➔ Em caso de intercorrências com as mamas, os Bancos de Leite Humano poderão oferecer a 
assistência referente às boas práticas da amamentação, e orientações sobre a doação de leite 
humano; 
➔ Higienizar as mãos antes e após o cuidado com o recém-nascido; 
➔ Evitar ambientes aglomerados ou com pessoas apresentando sinais e sintomas de doenças 
infectocontagiosas, como gripe e resfriado; 
➔ Prevenir a morte súbita do recém-nascido por meio dos seguintes cuidados: deixar a criança em 
posição supina, manter a amamentação ao seio e evitar o tabagismo materno ou outra forma de 
exposição da criança ao fumo; 
➔ Transportar o recém-nascido de forma segura e prevenir acidentes domésticos; 
➔ Para crianças filhos de mães cuja amamentação é contraindicada de acordo com razões médicas 
aceitáveis/OMS/2009, orientar o preparo correto da formula láctea e higienização dos utensílios 
utilizados para preparo e oferta desse alimento. 
➔ Agenda com a Atenção Básica, o retorno da mulher e do recém-nascido entre o terceiro e o quinto 
dia de vida (5º Dia de Saúde Integral), para vincular a família com as novas fontes de apoio, e para 
avaliar as condições de amamentação, hidratação, eliminações, icterícia e outras intercorrências ou 
possíveis doenças. 
ARIELY MESANINI 
Aleitamento materno 
DEFINIÇÃO 
➔ Exclusivo: quando o bebê recebe apenas leite materno e mais nada. Recomenda-se que este ocorra 
até 6 meses de vida 
➔ Predominante: quando o bebê recebe além do leite materno água, suco ou chá 
➔ Complementado: quando o bebê recebe além do leite materno alimentos sólidos como papas de 
frutas ou papa salgadas, com a finalidade de complementa-lo. É orientado que ele seja 
completamente a partir dos 6 meses de vida até os 2 anos, pois até os 2 anos ele já tem benefício 
nutricionais e de prevenção por meio do leite materno 
➔ Misto ou parcial: quando além do leite materno o bebê recebe outro leite qualquer seja ele de 
formula infantil ou leite de vaca 
 
BENEFÍCIOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Interação do binômio (vínculo entre mãe e RN) 
 Estado nutricional principalmente nos primeiros 6 meses 
 Prevenção de infecções (principalmente as do trato respiratório 
pneumonia, otite, bronquiolite e gastrointestinal) 
 DNPM (desenvolvimento neuropsicomotor) e emocional 
 Evita mortes infantis, sendo 13% das mortes no mundo em 
menores de 5 anos 
 Evita diarreias, pois os bebês que mama têm diarreias menos 
graves, que causam desidratação, desnutrição e morte 
 Diminui o risco de alergias, principalmente a alergia a proteína 
do leite de vaca, devido as composições das formulas em pó 
possuírem leite de vaca. Além de diminuir, rinite, asma. 
 Diminui o risco de HAS, dislipidemia e diabetes 
 Reduz risco de obesidade, pois o bebê terá uma melhor 
programaçãometabólica e uma melhor autorregulação de 
ingestão de alimentos 
 Efeito positivo na inteligência 
 Melhor desenvolvimento da cavidade bucal, devido ao 
exercício de mama, permitindo uma melhor conformação do 
palato e alinhamento correto dos dentes 
 Proteção contra o câncer de mama, caindo o risco em 4,3% a 
cada 12 meses de amamentação somados 
 Evita nova gravidez, com eficácia de 98%, mas apenas nos 
primeiros 6 meses e se a mulher ainda estiver em amenorreia 
(ausência de menstruação) 
 Menor custo financeiro 
 Melhor qualidade de vida, porque o bebê fica menos doente 
 O leite é adequado, completo, equilibrado e suficiente para seu 
filho. Ele é o alimento ideal 
 Faz o bebê se sentir querido e seguro 
ARIELY MESANINI 
COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO 
Semelhante em todas as mulheres, exceto naquelas que possuem uma desnutrição muito grave. 
Nutrientes Colostro Leite maduro 
A termo Pré-termo A termo Pré-termo 
Calorias (kcal/dL) 48 58 62 70 
Lipídios (g/dL) 1,8 3,0 3,0 4,1 
Proteínas (g/dL) 1,9 2,1 1,3 1,4 
 
➔ Colostro: é o leite que sai nos primeiros 3 a 5 dias de vida do bebê, é mais rico em proteínas e fatores 
de proteção e tem menos gorduras que o leite maduro. É produzido em menor quantidade, que é 
adequada para os primeiros dias. Pode ser claro ou amarelo, grosso ou ralo. É o alimento que 
defende o bebê de muitas doenças, por isso é comparado a vacina. 
➔ Leite maduro: começa a sair em torno do 7° ao 10° dia de vida do bebê, ele tem mais gorduras e 
mais calorias do que o colostro 
➔ Além disso, o leite da mãe que teve bebê prematuro ele é mais rico em tudo, proteínas, mais gorduras 
e mais calorias do que o leite de uma mulher que teve um bebê nascido a termo 
➔ Existe uma diferença entre o leite que sai primeiro durante a mamada que é um leite rico mais em 
água e proteínas com o leite que sai posterior que é um leite mais viscoso e amarelado que é mais 
rico em gorduras. O bebê precisa estar sempre mamando os dois tipos, por isso ele precisa esvaziar 
a mama mesmo para garantir que ele tenha chego neste leite posterior que é mais rico em gorduras, 
fazendo com que ele ganhe peso. 
Nutrientes presentes no leite: 
➔ Carboidrato: lactose, oligossacarídeos e glicoproteínas 
➔ Gordura: sua função é de fornecer energia para a criança. São triglicerídeos bem estruturados, > 
colesterol e > LC-PUFAS (triglicerídeos de cadeias longas, muito importantes para o 
desenvolvimento cerebral) 
➔ Proteína: 
– Possui menor quantidade e possui distribuição variável de aminoácidos 
– Minerais: específicos para o bebê 
– Sobrecarrega menos o rim do bebê do que leite de vaca 
➔ Oligoelementos: < quantidade, mas > biodisponibilidade 
➔ Vitaminas: são de boa biodisponibilidade (pois o organismo do bebê consegue absorver bem) 
 
O leite materno também possui fatores imunológicos: 
➔ IgA secretora: é um anticorpo que atua contra microrganismos e em superfície mucosas, e este é 
reflexo das infecções entéricas gastrointestinal e respiratórias que a mãe teve. Então no caso, ela 
teve essas infecções produziu a IgA secretora e está passando para o bebê para que ele esteja 
protegido contra essas infecções que estão presentes no meio em que ele nasceu. A IgA diminui 
depois do 1° mês de aleitamento materno 
➔ Anticorpos IgM e Igg: também são reflexos de infecções passadas, mas também de imunizações 
passadas da mãe. Lembrando que passam uma proteção temporária para o bebê, por isso é 
importante que o menos adquira seus próprios anticorpos 
➔ Lactoferrina: presente no colostro, propicia ao RN um papel de antibiótico natural 
➔ Lisozima: enzima que destrói bactérias, protegendo a criança contra E.coli e salmonella 
➔ Fator bífido: ele favorece o crescimento dos lactobacilos bífidos uma bactéria que acidifica as fezes 
dificultando a presença de bactérias gastrointestinais que dão diarreia grave. Como a salmonella, 
shigella, e. coli. 
ARIELY MESANINI 
 
PRODUÇÃO DO LEITE MATERNO 
 
 
Lactogênese 
Fase I: durante a gravidez 
➔ Ocorre da metade da gestação até 2 dias após o parto 
➔ Durante a gestação, as glândulas desenvolvem-se ainda mais sob o estímulo do estrogênio, do 
hormônio do crescimento e do cortisol. Mas ainda que o estrogênio e a progesterona estimulem o 
desenvolvimento mamário, eles inibem a secreção do leite. A produção do leite então é estimulada 
pela prolactina liberada pela adeno-hipófise. 
➔ Estrogênio: participa dessa fase fazendo a ramificação dos ductos lactíferos 
➔ Progesterona: fazendo a formação dos lóbulos mamários 
➔ Lactogênio placentário: inibe a secreção de leite 
➔ Durante as fases finais da gestação, a secreção do hormônio inibidor de prolactina (PIH) 
secretado pelo hipotálamo diminui, e a prolactina chega a níveis mais altos. Antes do parto quando 
os níveis de estrogênio e de progesterona também estão altos, as glândulas mamárias produzem 
somente pequenas quantidades de uma secreção fina e com baixa quantidade de gordura, 
denominada colostro. 
Fase II: após o parto – “descida do leite” 
Após o parto, quando os níveis de estrogênio e de progesterona diminuem, as glândulas produzem 
quantidades maiores de leite que contêm 4% de gordura e quantidades substanciais de cálcio. As proteínas 
no colostro e no leite incluem imunoglobulinas maternas secretadas nos ductos e absorvidas pelo epitélio 
intestinal do bebê. Esse processo transfere parte da imunidade da mãe para o bebê durante as suas 
primeiras semanas de vida. 
A descida do leite ocorre entre o 3° e o 4° dia vida do bebê e ela é independente de sucção, ocorrendo por 
fatores hormonais. Quando o bebê nasce sai a placenta, com a saída desta cai a progesterona e com isso 
tem-se o estimulo de produção de dois hormônios: 
A glândula mamária é composta por 15 a 
20 lobos secretores de leite. Cada lobo 
ramifica-se em lóbulos, e os lóbulos 
terminam em grupamentos de células, 
chamados de alvéolos ou ácinos. Cada 
alvéolo é composto por epitélio secretor, 
que libera suas secreções dentro de um 
ducto. 
 
ARIELY MESANINI 
➔ Prolactina, produzida pela adeno- hipófise que promove a secreção do leite, sua liberação necessita 
do estimulo mecânico de sucção do bebê. 
➔ Ocitocina, produzida pela neuro-hipófise que promove a ejeção do leite. Ela atua nas células 
mioepiteliais que circundam os alvéolos e paredes dos ductos promovendo contração, que cria uma 
alta pressão nos ductos, que enviam leite em jatos para a boca do bebê. 
Fase III: galactopoiese 
Ocorre durante o aleitamento materno, ela é dependente da produção de prolactina e da produção de 
ocitocina, que possui alguns fatores que a estimula a liberação inapropriada do leite desencadeada pelos 
sentidos da visão, cheiro ou o choro do bebê, estimula a produção da ocitocina. Contudo há fatores que 
também inibem a produção de ocitocina, por exemplo, o estresse da mãe ou a falta de confiança, o medo, 
provocando uma menor chance de o aleitamento materno dar certo, por isso precisa acalmar e corrigir isso. 
Além disso, a sucção do bebê é super importante para a galactopoiese e o próprio esvaziamento da mama, 
pois se não esvaziar esse leite que fica preso em excesso diminui a produção do leite tanto por fatores 
mecânicos quanto pela presença de próprios fatores químicos que tem sinal para diminuir a produção pois 
já tem leite demais. 
 
TÉCNICA DE AMAMENTAÇÃO 
Posicionamento: 
 
 
 
 
Pega: 
 
 
➔ Ao dar de mama, a mãe deve estar calma e não apressar o bebê 
➔ Aleitamento materno deve ser livre demanda, entre 8-12 vezes ao dia 
➔ Verificar se a mãe está em posição confortável, apoiada, 
e garantindo apoio para o bebê, e que não esteja sentindo 
dor, pois o mesmo diminui a produção de ocitocina e 
atrapalha o aleitamento 
➔ Observar se o rosto do bebê está de frente para a mama, 
com o nariz na altura do mamilo 
➔ Observar se o RN está com a cabeça e o tronco alinhados 
(pescoço não pode estar torcido) 
➔ Verificarse o corpo do bebê está próximo ao da mãe 
(barriga com barriga) 
➔ Avaliar se a mãe segura a mama em forma de C 
➔ Se a mãe estiver deitada deve-se estar de lado, apoiando 
a sua cabeça e costas em travesseiros 
➔ Se estiver sentada pode cruzar as pernas ou usar 
travesseiros sobre as coxas 
 
➔ Observar se a boca do RN está bem aberta com o lábio 
inferior virado para fora 
➔ O nariz deve estar livre para respirar 
➔ Certificar que haja mais aréola visível acima da boca do 
bebê 
➔ Garantir que o queixo do bebê toque a mama 
 
ARIELY MESANINI 
➔ Não existe leite fraco, pois aquele leite que sai no começo é mais rico em água e proteínas, e 
posteriormente vem um leite que é mais cheio de gorduras 
➔ Esvaziar a mama, para que o bebê receba tanto o leite anterior quanto posterior 
➔ Não ofertar água ou chá, pois ocupa espaço no estomago do bebê 
➔ Não utilizar mamadeira/chupeta, pois torna-se mais fácil para o bebê obter o leite na mamadeira do 
que quando ele mama, quando ele tem que sugar e fazer um esforço a mais para obter 
➔ A lactante também tem fome e sede, ela deve beber água abundantemente, tem que ter um consumo 
extra de 500 cal/dia sendo uma dieta variada, com 3 porções de leite/dia e tem que moderar no café. 
Além disso, as lactantes que são vegetarianas têm risco de ter uma hipovitaminose B por isso é bom 
suplementar. 
➔ Não usar remédios, pomadas, sabão ou sabonetes nos mamilos 
➔ Não espremer o peito durante a gestação 
➔ Usar sutiã ajuda na sustentação do peito 
Sinais de má técnica da amamentação: 
1. Bochechas do bebê encovadas: ele faz uma pressão tão grande para sucção, que acaba até 
machucando o mamilo (bochechas de peixe) 
2. Ruídos da língua (em excesso): deve-se ouvir ruídos de deglutição 
3. Mama parecendo estar esticada ou deformada: mostrando áreas de maior pressão durante a 
mamada 
4. Mamilos com estrias vermelhas ou áreas esbranquiçadas quando a bebê solta: também demonstra 
áreas de maior pressão, devido a pega inadequada 
5. Dor excessiva 
 
CONTRAINDICAÇÕES AO ALEITAMENTO 
➔ Mães infectadas pelo HIV, HTLV1 e HTLV2 
➔ Uso materno de medicamentos: antineoplásicos e radio fármacos 
➔ RN com galactosemia 
As temporárias são: 
➔ Infecção herpética nas mamas 
➔ Varicela materna de 5 dias antes do parto até 2 dias após o parto 
➔ Doença de chagas aguda ou se tem sangramento por fissura mamaria 
➔ Abcesso mamário 
➔ Uso de drogas de abuso 
Falsas contraindicações: 
➔ Tuberculose 
➔ Hanseníase 
➔ Hepatite B 
➔ Hepatite C 
➔ Dengue 
➔ Tabagismo 
➔ Consumo de álcool 
 
 
 
 
 
ARIELY MESANINI 
Dermatoses comuns dos RNs 
ERITEMA TÓXICO NEONATAL 
 
 
 
 
 
 
MELANOSE PUSTULOSA TRANSITÓRIA NEONATAL 
 
 
 
ACROPUSTULOSE INFANTIL 
 
 
É uma doença benigna, autolimitada ao período neonatal, bastante 
comum em RN a termo, mas rara em prematuros ou com peso de 
nascimento inferior a 2,500g. Existem alguns fatores 
predisponentes como sexo feminino, parto a termo, RN de 
primigesta, estação do ano ao nascimento (verão e outono), e parto 
vaginal. Ela é uma dermatose de curta duração, os dados de 
prevalência diferem de acordo com o tempo de vida do neonato no 
momento do exame. As áreas mais afetadas são face, tronco, 
braços e nádegas, e é raro o envolvimento das regiões palmar e 
plantar. A lesão pode durar por vários dias e raramente persistem 
por várias semanas. Sugerem que está doença seja uma reação 
cutânea aguda semelhante à da doença enxerto contra hospedeiro, 
a qual é desencadeada pelos linfócitos maternos transferidos 
ineditamente após o parto. Ela é caracteriza por uma erupção 
rósea. O eritema tóxico é uma doença autolimitada e não requer 
nenhum tratamento além de tranquilizar os pais. 
 
É a doença mais comum em RNs negros. Sendo uma doença 
benigna de RN a termo, caracterizada pela presença de pústulas ou 
vesículas sem eritema circundante. Essas vésicopustulas rompem 
com facilidade, com subsequente formação de máculas pigmentadas 
que são circundadas de forma característica por um colarete de 
escamas. Essas máculas podem persistir por meses, mas 
geralmente desaparecem espontaneamente dentro de 3 a 4 
semanas. As áreas mais afetadas são fronte (parte superior do rosto, 
da raiz dos cabelos até a sobrancelhas), parte posterior das orelhas, 
queixo, pescoço, parte superior do tórax, costas, nádegas, abdômen 
e coxas, mas todas as áreas podem ser acometidas, inclusive as 
regiões palmar e plantar. Nenhum tratamento é necessário. 
 
É uma doença benigna crônica ou recorrente, com vesículas e 
pústulas muito pruriginosas nos pés e nas mãos. Afeta 
principalmente meninos negros. As manifestações clinicas limitam-
se à pele, e os RNs são saudáveis. As lesões cutâneas consistem 
em vésicopustulas sem eritema circundante, e acometem de forma 
característica as regiões palmar e plantar, dorso das mãos e pés, 
laterais dos dedos dos pés e das mãos. Grupos de lesões podem 
aparecer em ciclos de dois a quarto semanas, e lesões individuais 
duram de três a sete dias. A acropustulose infantil irá desaparecer 
espontaneamente em um ou dois anos. O tratamento com 
corticosteroides tópicos potentes é geralmente eficaz no controle de 
surtos. Os anti-histamínicos orais podem aliviar o prurido em 
lactentes mais velhos, mas são contraindicados em neonatos devido 
ao efeito colateral indesejado de sedação. 
 
ARIELY MESANINI 
ACNE NEONATAL 
 
 
 
 
 
MILIÁRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
CISTO DERMÓIDE 
 
 
 
 
Também chamada de pustulose cefálica, é descrita como 
surgimento nas primeiras semanas de vida e manifestando-se como 
múltiplas pápulas, comedões ou pústulas eritematosas inflamatórias 
no nariz, fronte e bochechas. Ele parece resultar do estímulo de 
glândulas sebáceas por andrógenos maternos e do recém-nascido. 
Alguns relatos recentes sugerem o envolvimento de Malassezia spp 
na etiopatogênese da doença.23-25 As lesões desaparecem 
espontaneamente dentro de um a três meses, à medida que as 
glândulas sebáceas regridem, e não há formação de cicatriz. A acne 
que surge aos 18 meses é muito mais preocupante do que aquela 
que surge aos 18 dias de vida, com relação às patologias no eixo 
adrenal-hipófise-gonadal. A maioria dos casos de acne neonatal não 
requer tratamento. A loção de peróxido de benzoíla a 2,5% ou uma 
solução de eritromicina a 2% são alternativas seguras. 
 
 
É um termo usado para descrever obstruções dos ductos écrinos que 
resultam em ruptura dos ductos e bloqueio da sudorese normal na 
pele. O nível de obstrução determina as manifestações clínicas. Pode 
ser encontrada em até 15% dos neonatos, e ocorre mais comumente 
em climas mais quentes, em berçários sem ar-condicionado, e em 
lactentes febris. Existem dois tipos, a miliária cristalina que é o tipo 
mais comum e manifesta-se por minúsculas vesículas não 
inflamatórias vesículas sem eritema circunjacente, essas lesões são 
assintomáticas, superficiais e podem ter a aparência de gotas de 
orvalho sobre a pele. Os locais mais afetados são a fronte e parte 
superior do tronco. A miliária rubra (brotoeja) é causada pela 
obstrução intraepidérmica dos ductos sudoríparos com escape de 
suor dentro do ducto e resposta inflamatória secundaria local, as 
lesões são pápulas, vesículas ou pústulas eritematosas, não-
foliculares medindo de um a três milímetros. Afeta principalmente a 
face, o pescoço e o tronco. O tratamento da miliária consiste 
em resfriamento e secamento das áreas comprometidas e evitar as 
condições causadoras de sudorese; o uso de ar-condicionado é 
o ideal. 
 
 
O cisto dermoide, também chamado de teratoma dermoide, é um tipo 
de cisto que pode ser formado durante o desenvolvimento fetal e é 
formado por restos celulares e anexos embrionários, possuindo cor 
amarelada e podendo também ter pelos, dentes, queratina, sebo e, 
mais raramente, dentes e cartilagem. É normalmente considerada uma 
alteraçãobenigna, no entanto é importante ser removido para evitar 
consequências para a saúde, já que pode crescer ao longo do tempo. 
A sua remoção é feita através de cirurgia, no entanto a técnica cirurgia 
pode variar de acordo com a sua localização, sendo a cirurgia mais 
complicada quando o cisto dermoide está localizado no crânio ou na 
medula. 
 
ARIELY MESANINI 
DERMATITE ATÓPICA 
 
 
 
HEMANGIOMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANCHA SALMÃO 
 
 
 
 
 
Dermatite atópica (eczema atópico) é uma doença crônica que ocorre 
com maior frequência em crianças. Tem uma patogênese complexa 
envolvendo fatores genéticos, imunológicos e ambientais que levam a 
uma barreira da pele disfuncional, associado a desregulação do sistema 
imunológico. Sua lesão principal é o eczema, cuja principal 
característica é a inflamação da pele associada a coceira intensa. São 
lesões com fundo avermelhado, pequenas bolinhas de água que podem 
virar crostas, áreas de escoriação (machucados) e pele seca. Principais 
áreas do corpo acometidas: rosto, couro cabeludo, tórax, joelho e 
cotovelo. A base do tratamento é a hidratação. 
 
É o tumor benigno mais comum nessa faixa etária. As lesões podem 
raramente estar presentes ao nascimento, mas praticamente todos os 
hemangiomas estão visíveis ao final do primeiro mês de vida. Acomete 
mais meninas que meninos (proporção de 5:1), recém-nascidos 
prematuros e de baixo peso, e crianças cujas mães se submeteram a 
exames invasivos (biópsia de placenta, aspiração de líquido amniótico) 
durante a gravidez. As lesões podem ser únicas ou múltiplas, e se 
localizam preferencialmente na face, couro cabeludo e no tronco. As 
lesões são assintomáticas, a não ser que ulcerem e apresentem dor. As 
lesões de pequenas dimensões e não ulceradas, aquelas que não 
apresentam risco de comprometimento estético e não prejudiquem o 
funcionamento de um órgão, podem ser simplesmente acompanhadas 
em intervalos regulares. A droga mais empregada atualmente para os 
casos que requerem tratamento são betabloqueadores orais 
(propranolol). Caso haja indicação de tratamento, o que é determinado 
pelo médico, ele deve ser iniciado o mais precocemente possível já que 
os hemangiomas atingem 80% do seu volume total nos primeiros quatro 
meses, e deve ser mantido durante todo o primeiro ano de vida. Outros 
métodos que podem ser utilizados incluem os betabloqueadores tópicos 
(colírios), lasers, corticoides orais e cirurgia. 
 
Popularmente as lesões encontradas nas pálpebras e fronte são 
denominadas beijo do anjo, e as lesões occipitais são consideradas a 
marca do bico da cegonha. Acredita-se que haja um componente 
genético, possivelmente autossômico dominante, na etiologia da mancha 
salmão. Clinicamente caracteriza-se por lesões planas, róseas ou 
avermelhadas, muitas vezes com telangiectasias, localizadas na região 
occipital, nuca, glabela, fronte, pálpebras superiores e regiões nasolabiais. 
As lesões geralmente sobressaem quando a criança chora e podem 
desaparecer totalmente quando comprimidas. A maioria das lesões 
desaparece até os seis anos de idade; as localizadas nas pálpebras e 
glabela o fazem durante o primeiro ano de vida. A persistência da mancha 
na região occipital nos adultos é frequente e ocorre em até 50% dos 
indivíduos. 
 
ARIELY MESANINI 
Referencias e contrarreferências 
 
O Sistema de Referência e Contrarreferência caracteriza-se por uma tentativa de organizar os serviços de 
forma a possibilitar o acesso pelas pessoas que procuram os serviços de saúde. De acordo com tal sistema, 
o usuário atendido na unidade básica, quando necessário, é "referenciado" (encaminhado) para uma 
unidade de maior complexidade, a fim de receber o atendimento de que necessita. Quando finalizado o 
atendimento dessa necessidade especializada, o mesmo deve ser "contra referenciado", ou seja, o 
profissional deve encaminhar o usuário para a unidade de origem para que a continuidade do atendimento 
seja feita. A referência e contrarreferência devem ser feitas em formulário próprio da instituição, preenchido 
pelo profissional de nível superior responsável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referencias 
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria No 2.068, de 21 de outubro de 2016. Institui diretrizes para a 
organização da atenção integral e humanizada à mulher e ao recém-nascido no Alojamento Conjunto. 21 de 
outubro de 2016. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos de atenção básica: Saúde da criança – Nutrição infantil. 2009 
BRASIL. Ministério da Saúde. Promovendo o aleitamento materno. 2a edição, Brasília. 2007 
SILVERTHORN, DeeUnglaub. Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 
2017 
COSTA, H P F. Departamento de neonatologia – Sociedade Brasileira de Pediatria. Tempo de permanência 
hospitalar do RN a termo saudável. 2012. 
GONTIJO, Bernardo; PEREIRA, Luciana Baptista; SILVA, Cláudia Márcia Resende. Vascular 
malformations. Anais Brasileiros de Dermatologia, v. 79, n. 1, p. 7-25, 2004. 
SCHACHENER, Lawrence; ARAUJO, Tami. Anais Brasileiros de Dermatologia. Erupções vesicopustulosas 
benignas no neonato. 2006

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