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ARIELY MESANINI TUTORIA 5 – TÃO IGUAIS E TÃO DIFERENTES Composição do leite materno, leite de vaca e fórmula Composição Leite materno Leite de vaca integral Fórmulas Proteína Quantidade adequada. Sobrecarrega menos os rins. Tem distribuição variável de aminoácidos. Fácil digestão leva em torno de 1:30h, por isso o bebê se alimenta mais Quantidade aumentada, devido a caseína do soro e pode causar risco de alergia. Aumenta a sobrecarga renal. Difícil digestão levando até 6 horas, o bebê acaba mamando menos e ganhando menos peso Melhor relação com proteínas do soro/caseína. Algumas formulas possuem redução proteica e melhor perfil de aminoácidos. Tem risco de alergia. São modificados. Lipídeos Suficiente em ácidos graxos essenciais, lipase para digestão, e ainda fornecem energia para a criança. Deficiente em ácidos graxos essenciais, não apresenta lipase Adicionados ácidos graxos essenciais (DHA, ARA), diminuição da gordura saturada e acréscimo de óleos vegetais Minerais Quantidade adequada e minerais específicos para o bebê. Excesso de cálcio e fósforo, sódio, cloro e potássio, é desequilibrado Modificação nos teores dos minerais. Relação cálcio/fosforo adequada, favorecendo a mineralização óssea, mas com difícil absorção Ferro e zinco Pouca quantidade, sendo bem absorvido Pouca quantidade, mal absorvido Adicionados, absorção ruim Vitaminas Quantidade suficiente de boa biodisponibilidade, o bebê consegue absorver bem Deficiente em vit D, E, C Suplementadas Fatores imunológicos Presentes IGA, IGG, IGM, Lactoferrina, lisozima, fator bífido, contribuindo para a proteção Ausentes Ausentes Oligossacarídeos LM/ probióticos/ Prebióticos Suficiente Deficiente Adicionados Água Quantidade suficiente, presente no leite maduro anterior Não possui, sendo necessária a ingestão Possui, mas pode ser necessária a digestão Fatores de crescimento Presentes promove o crescimento e desenvolvimento Ausentes Ausentes Auxilia no ritmo do crescimento, mas se não for bem preparado pode levar a desnutrição. ARIELY MESANINI Alimentação - Dieta de transição alimentar e quais suas orientações Alimentação saudável é aquela que é capaz de promover crescimento e desenvolvimento adequados, funcionamento otimizado dos órgãos, prevenção de doenças de curto e longo prazo. As crianças apresentam Vulnerabilidade nutricional causada pela alta demanda energética, alta taxa de crescimento, e desenvolvimento neuronal e presença de baixas reservas. Para planejar a alimentação da criança é necessário levar em consideração suas limitações fisiológicas, durante os primeiros meses de vida, o trato gastrointestinal, os rins, o fígado, o s. imunológico e o SN estão em fase de maturação. 12 PASSOS DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PARA CRIANÇAS MENOR DE 2 ANOS 1. Amamentar até 2 anos ou mais, oferecendo somente o leite materno até 6 meses, sem oferecer água, chás ou quaisquer outros alimentos. 2. Oferecer alimentos in natura ou minimamente processados (cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e verduras), além do leite materno, a partir dos 6 meses introduzindo de forma lenta e gradual, sem rigidez de horário, respeitando a vontade da criança. 3. Oferecer água própria para o consumo à criança em vez de sucos, refrigerantes e outras bebidas açucaradas (chás, água de coco, café). 4. Oferecer a comida amassada (espessa) quando a criança começar a comer outros alimentos além do leite materno, começar com consistências mais pastosas (papas/purês) e, gradativamente aumentar a consistência até chegar à alimentação da família. 5. Não oferecer açúcar (mascavo, demerara, cristal, refinado), nem preparações (mel, melaço) ou produtos que contenham açúcar (rapadura, balas, biscoitos, bolos, salgadinhos, iogurtes, chocolates) à criança até 2 anos de idade. 6. Não oferecer alimentos ultraprocessados para a criança (excesso de sal, gordura, açúcar, conservantes, corantes, adoçantes). 7. Cozinhar a mesma comida para criança e para a família 8. Zelar para que a hora da alimentação da criança seja um momento de experiencias positivas, aprendizado e afeto junto da família. 9. Prestar atenção aos sinais de fome e saciedade da criança e conversar com ela durante a refeição. 10. Cuidar da higiene em todas as etapas da alimentação da criança e da família em relação ao preparo, manuseio, armazenamento e conservação. 11. Oferecer à criança também alimentação adequada e saudável quando estiver fora de casa. 12. Proteger a criança da publicidade de alimentos. Qual o Calendário de alimentação? ➔ 0-6 meses: aleitamento materno exclusivo ➔ 6-11 meses: Alimentação complementar ➔ = ou > 12 meses: alimentação da família Como a alimentação ideal deve ser? ➔ Atender as necessidades energéticas e quantitativas ➔ Ser balanceada, com proporções adequadas de nutrientes ➔ Ser tão variada quanto possível ➔ Respeitar a imaturidade neurológica, renal e imunológica ➔ Respeitar a capacidade gástrica e digestiva – equilibrar alimentos laxantes e constipantes ➔ Ser adequada em relação a intervalos, horários e número de refeição diárias ➔ Ser acessível do ponto de vista físico e financeiro ➔ Ter quantidades mínimas de contaminantes físicos, químicos e biológicos ➔ Usar técnicas adequadas de administração (colher, mamadeira) ➔ Introduzir alimentos novos progressivamente, na consistência adequada ARIELY MESANINI ESQUEMA ALIMENTAR Do nascimento até completar 6 meses Ao completar 6 meses Ao completar 7 meses Ao completar 12 meses Aleitamento materno exclusivo em livre demanda Leite materno por livre demanda Leite materno por livre demanda Leite materno por livre demanda Papa de fruta Papa de fruta Fruta Papa salgada Papa salgada Refeição básica da família Papa de fruta Papa de fruta Fruta ou pão simples ou tubérculo ou cereal Leite materno Papa salgada Refeição básica da família Do nascimento até completar 4 meses Ao completar 4 meses Ao completar 8 meses Ao completar 12 meses Alimentação láctea Leite Leite Leite e fruta ou cereal ou tubérculo Papa de frutas Fruta Fruta Papa salgada Papa salgada ou refeição básica da família Papa salgada ou refeição básica da família Papa de fruta Fruta Fruta ou pão simples ou tubérculo ou cereal Papa salgada Refeição básica da família Leite Leite Leite ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR Qualquer alimento nutritivo, solido ou liquido, oferecido à criança em adição ao leite é um alimento complementar. Quando se tratar de alimento de transição é aquele preparado especialmente para a criança. A partir dos 6 meses, além do leite materno, novos alimentos são oferecidos à criança, apresentando um novo universo de cores, sabores, texturas e cheiros. Além de suprir as necessidades nutricionais, a partir dos seis meses a introdução da alimentação complementar aproxima progressivamente a criança aos hábitos alimentares de quem cuida dela e exige todo um esforço adaptativo a uma nova fase do ciclo de vida, na qual lhe são apresentados novos sabores, cores, aromas, texturas e saberes. O sucesso da alimentação complementar depende de muita paciência, afeto e suporte por parte da mãe e de todos os cuidadores da criança. Toda a família deve ser estimulada a contribuir positivamente nessa fase. A alimentação complementar deve prover suficientes quantidades de água, energia, proteínas, gorduras, vitaminas e minerais, por meio de alimentos seguros, culturalmente aceitos, economicamente acessíveis e que sejam agradáveis à criança. Por que aos 6 meses? ➔ Maior maturação fisiológica e neurológica ➔ Atenuação do reflexo protusor da língua ➔ Maior quantidade de enzimas digestivas ➔ Maior capacidade de excreção renal ➔ Menor permeabilidade do TGI a macromoléculas➔ Maior prevalência de desnutrição e deficiência de micronutrientes ➔ Maior dificuldade para reverter retardo do crescimento em período precoce ARIELY MESANINI Cuidados gerais Introduzir de forma lenta e gradual a outros alimentos, sem rigidez de horários Não adicionar açúcar na alimentação não é recomendado o oferecimento de açúcar, pois a criança está formando seus hábitos alimentares, que perpetuarão para a vida toda Iniciar sob forma de papas amassadas em consistência de purê Não adicionar sal, o tempero é do próprio alimento. Evita também problemas com HAS Não liquidificar ou triturar ou peneirar o alimento Não oferecer carboidratos (CHO), lipídeos e proteínas em excesso -> obesidade e diabetes tipo 2 Oferecer com colher de tamanho adequado (silicone, plástico, metal emborrachado) Introduzir glúten após 6 meses -> pois pode causa doença celíaca e diabetes tipo 1 Variar e fornecer todos os tipos de nutrientes desde a 1ª papa Não retardar a introdução de alimentos potencialmente alergênicos como ovo e peixe Respeitar o desenvolvimento da criança: mastigação, deglutição, digestão e excreção Não oferecer calorias vazias: biscoitos, doces, salgadinhos, refrigerantes, queijos petit-suisse Oferecer água potável, pela sobrecarga de solutos Não oferecer alimentos industrializados e ricos em corantes, conservantes e contaminantes Quantidades apropriadas -> respeitar a capacidade gástrica Detalhar os costumes alimentares da família Fazer a higienização adequada dos alimentos Lavar a mãe em água corrente antes de preparar e oferecer a alimentação para a criança Esquema para introdução dos alimentos complementares no 1° ano de vida Faixa etária Tipo de alimento Até o 6° mês Leite materno Do 6° ao 12° mês Leite materno complementado No 6° mês Frutas (amassadas ou raspadas -> picadas) ▪ Da região, da estação e de custo acessível ▪ Sucos: entre as refeições (100 ml) 1ª papa principal de misturas múltiplas (amassada) ▪ Variada, alimentos de todos os grupos nas proporções indicadas No 7° mês 2ª papa principal de misturas múltiplas Do 9° ao 11° mês Gradativamente, aumentar a consistência 12° mês Alimentação da família (observar adequação) 1 cereais ou tubérculos: 1 leguminosas: 1 carnes: 1 hortaliças A garantia do suprimento adequado de nutrientes para o crescimento e desenvolvimento da criança após o sexto mês depende da disponibilidade de nutrientes no leite materno e na alimentação complementar. Criança amamentada -> 3 refeições/dia -> 2 papas principais e 1 fruta Criança não amamentada -> 6 refeições/dia -> 2 papas principais, 1 fruta e 3 lácteas ARIELY MESANINI AÇÕES DO SERVIÇO DE SAUDE QUE PODEM FORTALECER A ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR Suplementação de ferro O Ministério da Saúde desenvolve o Programa Nacional de Suplementação de Ferro (PNSF), que se destina à suplementação preventiva de todas as crianças de 6 a 18 meses com sulfato ferroso. Como o PNSF prevê, a introdução da alimentação complementar deve ser orientada de forma adequada, uma vez que ela tem papel importante no suprimento de ferro durante a infância. É indiscutível que o leite materno nos primeiros seis meses de vida da criança previne anemia, apesar da sua baixa quantidade de ferro, pois a biodisponibilidade permite a absorção de 50% do ferro presente, enquanto a absorção do ferro do leite de vaca, que possui quantidades semelhantes, é de 10%. O ferro apresenta-se nos alimentos sob duas formas: heme e não heme. O ferro heme, presente na hemoglobina e mioglobina das carnes e vísceras, tem maior biodisponibilidade, não estando exposto a fatores inibidores. As carnes apresentam cerca de 2,8mg de ferro por 100g do alimento, sendo absorvidos em torno de 20% a 30% desse nutriente. O ferro não heme, contido no ovo, cereais, leguminosas (ex. feijão) e hortaliças (ex. beterraba), ao contrário do ferro animal, é absorvido de 2% a 10% pelo organismo. Ele pode ter suas taxas de absorção aumentadas pela presença de agentes facilitadores da sua absorção, ou agentes que diminuem sua absorção. Atenção especial deve ser dada às crianças com idade entre 6 a 12 meses, pois a recomendação de ferro é elevada e difícil de ser consumida apenas pela alimentação normal. Assim, a criança fica vulnerável ao desenvolvimento de anemia por deficiência de ferro, que prejudica o seu crescimento e desenvolvimento. Por isso os esforços devem ser centrados na recomendação de alimentos que são fonte de ferro, com consumo diário de carne, miúdos (no mínimo uma vez por semana) e suco de fruta natural, fonte de vitamina C, após o almoço e jantar, para aumentar a absorção do ferro não heme. Deve ser reforçada a recomendação da ingestão máxima de 400ml de leite por dia. Suplementação de Vitamina A A magnitude do problema de deficiência de vitamina A no Brasil ainda não tem dados nacionais, mas estudos isolados demonstram que há prevalência maiores de 10% de crianças com níveis de retinol sérico abaixo de 20μg/dL (>0,70μmol/L), condição que caracteriza a hipovitaminose A como problema de saúde pública, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O valor de vitamina A em equivalente de retinol (EqR) representa o consumo das duas formas dessa vitamina, as quais são representadas pelos carotenóides presentes nos vegetais e a vitamina A propriamente dita, que ocorre naturalmente nos alimentos de origem animal, em grandes proporções no fígado de boi. Nos seis primeiros meses de vida a quantidade de vitamina A presente no leite materno supera as necessidades da criança. Dos seis aos 12 meses, as crianças devem consumir 500µg de vitamina A. Para prevenir e controlar a deficiência de vitamina A, desde 1983 o Ministério da Saúde distribui cápsulas de 100.000UI dessa vitamina para crianças de seis a 11 meses de idade. Vitamina D É pequena a contribuição do leite materno e dos alimentos complementares para o suprimento das necessidades de vitamina D, o qual primordialmente depende da exposição direta da pele à luz solar. Em bebês amamentados exclusivamente ao seio e não expostos à luz solar, os estoques de vitamina D existentes ao nascimento provavelmente seriam depletados em oito semanas. Porém, umas poucas horas de exposição à luz solar no verão – 30 minutos a 2 horas por semana (17 minutos por dia), com exposição apenas da face e mãos do bebê, e 30 minutos por semana (4 minutos por dia), se o bebê estiver usando apenas fraldas – produzem vitamina D suficiente para evitar deficiência por vários meses. Crianças com pigmentação escura da pele podem requerer três a seis vezes o tempo de exposição de bebês de pigmentação clara para produzir a mesma quantidade de vitamina D. ARIELY MESANINI DISTURBIOS NUTRICIONAIS ▪ Anemias A anemia por deficiência de ferro, em termos de magnitude, é na atualidade o principal problema em escala de saúde pública do mundo. A anemia causa prejuízos e atrasos no desenvolvimento motor e cognitivo em crianças e que parecem não ser revertidos mesmo após a suplementação medicamentosa com ferro. As reservas de ferro da criança que recebe com exclusividade o leite materno, nos seis primeiros meses de idade, atendem às necessidades fisiológicas, não necessitando de qualquer forma de complementação nem de introdução de alimentos sólidos. Entre os quatro e seis meses de idade, ocorre gradualmente o esgotamento das reservas de ferro, e a alimentação passa a ter papel predominante no atendimento às necessidades desse nutriente. É necessário que o consumo de ferro seja adequado à demanda requerida para essa fase etária. ▪ Desnutrição Pode ocorrer precocemente na vida intrauterina (baixo peso ao nascer) e frequentemente cedo na infância, em decorrência da interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo e alimentação complementar inadequada nos primeiros dois anos de vida, associada, muitas vezes,à privação alimentar ao longo da vida e à ocorrência de repetidos episódios de doenças infecciosas diarreicas e respiratórias. O déficit estatural é melhor que o ponderal como indicador de influências ambientais negativas sobre a saúde da criança, sendo o indicador mais sensível de má nutrição nos países. A baixa estatura é mais frequente nas áreas de piores condições socioeconômicas e quatro vezes mais prevalente em crianças com baixo peso ao nascimento. ▪ Obesidade O desenvolvimento precoce da obesidade vem apresentando cifras alarmantes entre crianças, adolescentes e adultos em todo o mundo, sendo um problema de saúde pública que tende a se manter em todas as fases da vida. A obesidade infantil pode gerar consequências nos curto e longo prazos e é importante preditivo da obesidade na vida adulta. Sendo assim, a prevenção desde o nascimento é necessária, tendo em vista que os hábitos alimentares são formados nos primeiros anos de vida. Uma vez habituada a grande concentração de açúcar ou sal, a tendência da criança é rejeitar outras formas de preparação do alimento. A ingestão de alimentos com alta densidade energética pode prejudicar a qualidade da dieta, resultando no aumento do peso e na ingestão deficiente de micronutrientes. O consumo desses alimentos é facilitado na população de baixa renda pela correlação negativa entre preço e densidade energética demonstrada em estudos. ARIELY MESANINI Orientações para saúde bucal e higiene pessoal SAÚDE BUCAL Atenção ao período da troca dos dentes Antes mesmo do nascimento dos dentes, devemos higienizar a gengiva, bochecha e língua com fralda limpa ou gaze umedecida com água filtrada ou fervida. Isto tem a finalidade de criar hábitos de higienização no bebê. Quando começar a nascer os dentes decíduos (de leite) da frente, a limpeza ainda é feita com gaze ou fralda umedecida em água limpa. Logo que começar a nascer os decíduos de trás, aproximadamente após 18 meses de idade, a limpeza dos dentes e da língua deve ser feita com escova de dente pequena e macia. Crianças podem usar creme dental com flúor, mas em pequena quantidade (menos do que um grão de arroz é suficiente e não incomoda o bebê). Limitar a frequência de escovação a duas vezes ao dia e ensinar a criança a não engolir a espuma do creme dental. Os dentistas alertam que na dentição permanente a maioria das cáries começa pelo primeiro molar. Por isso, recomendam que os pais ou responsáveis complementem a escovação dessas áreas dos dentes, conforme a figura: Escove os dentes todos os dias utilizando creme dental com flúor. Posicione a escova inclinada na direção da gengiva e faça movimentos de cima para baixo, nos dentes de cima, e de baixo para cima, nos dentes de baixo como se estivesse varrendo os dentes. ARIELY MESANINI Observações: ➔ Mamar no peito, desde o nascimento, faz seu bebê crescer forte e saudável e favorece o desenvolvimento da musculatura e ossos da face, ajudando a evitar problemas no posicionamento dos dentes. ➔ Bebê que mama no peito tem suas necessidades emocionais de sucção satisfeitas e não precisa de chupeta ou bico. ➔ Caso a criança faça uso de chupetas ou bicos, assim que os primeiros dentes surgirem, substitua- os pelos mordedores. O seu uso em excesso pode deixar os dentes “tortos” e prejudicar a mastigação, a deglutição (ato de engolir), a fala, a respiração e o crescimento da face. ➔ Bebês e crianças, principalmente durante o primeiro ano de vida, podem ter um tipo de cárie que evolui muito depressa e pode atingir vários dentes de uma só vez, destruindo-os rapidamente. A Depois escove a parte interna de cada dente da mesma forma. Escove a superfície do dente que usamos para mastigar. O movimento é suave, de vaivém. A escova deve ir até os últimos dentes do fundo da boca. Enrole cerca de 40 cm de fio ou fita dental entre os dedos. Leve-o até o espaço existente entre a gengiva e o dente e pressione-o sobre o dente, puxando a sujeira até a ponta do dente. Passe o fio dental pelo menos duas vezes em cada um dos espaços entre os dentes, primeiro pressionando para um lado, depois para o outro. Ainda não acabou. Escovar a língua é muito importante, pois ela acumula restos alimentares e bactérias que provocam o mau hálito. Faça movimentos cuidadosos com a escova “varrendo” a língua da parte interna até a ponta. ARIELY MESANINI causa mais comum desse problema é a amamentação durante a noite, prolongada e frequente na mamadeira, associada à falta de limpeza dos dentes após essa mamada. ➔ É necessário tentar fazer a higiene após a mamada noturna. Porém, quase sempre, a higiene da boca após essa mamada é difícil e aborrece o bebê. Nesse caso, a higiene deve ser feita antes da mamada. ➔ Também, deve-se evitar acrescentar açúcar ou achocolatado no leite, chá, suco ou água. O leite de vaca, líquido ou em pó, tem açúcar natural e não precisa ser adoçado. HIGIENE CORPORAL Troca de fraldas ➔ Urina – água morna e algodão, sem sabonetes. ➔ Fezes – sabonetes brandos são recomendados. O uso rotineiro de preparações tópicas para prevenir dermatite da área das fraldas não é necessário para crianças com a pele normal. Os aditivos dessas preparações têm o potencial de causar sensibilização de contato, irritação e/ou toxicidade percutânea Pele ➔ Banho de até 10 min, com água morna e com pouco sabonete, produtos neutros. ➔ Evitar banhos de espuma, buchas, banhos quentes e sais perfumados ➔ Dar 1 banho por dia, sendo a pele hidratada nos primeiros 3min após o banho. ➔ Hidratar a pele 2x dia com hidratante hipoalérgico. ➔ Usar roupas de algodão ➔ Lavar a roupa com duplo enxague ➔ Cortar as unhas com frequência ➔ Remover etiquetas e lavar as roupas novas antes de vestir ARIELY MESANINI Fases do DNPM do lactente e como é realizado a avaliação DEFINIÇÃO Desenvolvimento é o processo de amadurecimento ou de mudanças, caracterizado por aquisição de habilidades motoras, mentais e sociais básicas, vinculado ao sistema nervoso. ➔ O desenvolvimento neuronal se dá pela diferenciação neuronal e formação de padrões específicos de conexões, morte neuronal e eliminação seletiva de sinapses e mielinização neuronal. ➔ Desenvolver é sinônimo de mielinizar -> é a época com maior plasticidade cerebral, possuindo melhores respostas às intervenções. ➔ O sucesso do desenvolvimento depende da integridade de vários órgãos e sistemas que concorrem para lhe condicionar, principalmente o sistema nervoso ➔ Envolve alterações tanto na dimensão biológica, quanto na dimensão psicológica, sofrendo influencias de determinantes sociais, econômicos e culturais. Reflexos Primitivos São respostas motoras estereotipadas deflagradas por estímulos externos do examinado. Não são voluntarias ou aprendidas, estão sob controle de centros subcorticais, tronco encefálico e medula. Possuem caráter transitório, ou seja, podem estar presentes ao nascimento e com o tempo desaparecem. O processo de desaparecimento do reflexo primitivo permite o surgimento de condutas voluntarias aprendidas e sob controle cortical, sendo possível pelo processo de amadurecimento do SN, que envolve mielinização e formação de sinapses. ➔ Trata-se de um processo qualitativo e contínuo, por isso sua avaliação deve ser feita com frequência, questionando em que a criança está inserida e se existem fatores de risco para distúrbios no desenvolvimento, como baixo peso ao nascer, prematuridade, intercorrências neonatais, uso de drogas ou álcool, infecções e depressão durante a gestação. ➔ A análise pode ser feita durante toda a consulta, observando o comportamento da família e da criança: quem traz a criança, como ela é carregada, sua postura, o seu interesse pelo ambiente e a interação com as pessoas. AVALIAÇÃO Deve se avaliar grandesáreas/condutas: 1. Conduta motricidade fina ou adaptativa: movimento de pinça, coordenação olho/mão, coordenação motora na manipulação de pequenos objetos (destreza manual). 2. Conduta motricidade grosseira ou ampla: Tônus e controle motor corporal, estática do pescoço e da cabeça, capacidade de sentar, caminhar, correr, pular e todos os demais movimentos realizados através da musculatura ampla. 3. Conduta de linguagem: Expressões como sorriso, choro, emissão de sons, capacidade de reconhecer, entender (linguagem receptiva) e usar a linguagem (linguagem expressiva); 4. Conduta pessoal-social: aspectos da socialização da criança dentro e fora do ambiente familiar. Ao nascimento a criança apresenta um padrão motor imaturo (medular), flexão de membros (hipertonia flexora), hipotonia da musculatura paravertebral e movimentos reflexos. O processo de mielinização irá permitir a transição de atitudes passivas (decúbito dorsal) para posição ortostática (atitude ativa). O exercício funcional estimula mielinização mais rápida e a transição das funções reflexas para as funções voluntárias. ARIELY MESANINI MARCOS DO DNPM (LACTENTE) AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA Baseada em atitude, tônus, reflexos primitivos, equilíbrio estático e dinâmico, coordenação apendicular (dos membros), funções cerebrais superiores. TESTE DE DENVER ➔ Faixa de Aplicação: 0 – 6 anos ➔ Avaliação do DNPM através de: Motricidade Ampla; Motricidade Fina-Adaptativa; Comportamento Pessoal-Social; Linguagem. ➔ Cada um dos itens avaliados é registrado a partir de observação direta da criança ou a partir de informação obtida da mãe sobre a capacidade do filho realizar a tarefa ou não. É importante ressaltar que o desenvolvimento de cada um desses setores é capaz de influenciar reciprocamente o desenvolvimento dos demais de modo dinâmico e contínuo, tornando a criança progressivamente capaz de adaptar-se e relacionar-se com o meio social em que está inserida. ➔ Desvantagem: Não foi criado para diagnosticar atrasos Resultados: ➔ Normal: executa as atividades previstas para a Idade cronológica, aceitando-se 1 falha por área ➔ Suspeita de atraso: se ≥ 2 falhas em ≥ 2 áreas ➔ Atraso: ≥2 falhas nas atividades NASCIMENTO – sinais de prazer e de desconforto (sorri, chora, resmunga) 1 A 2 MESES – responde ao sorriso, observa um rosto, segue objetos, reage ao som, vocaliza (emite sons diferentes do choro) 3 A 4 MESES – fica de bruços, levanta a cabeça e ombros. Inicia a lalação, grita, senta com apoio, agarra brinquedos 5 A 6 MESES – vira a cabeça na direção do som, rola, senta com apoio. Leva os pés a boca. 7 A 9 MESES – senta sem apoio, quer provar alimentos, estranha pessoas desconhecidas, se arrasta ou engatinha. 10 A 12 MESES – engatinha ou anda com apoio, imita os pais, fala 1 palavra com sentido. 13 A 18 MESES – anda sozinho. Frases de 2 ou 3 palavras, rabisca, obedece a ordens, nomeia objetos 19 MESES A 2 ANOS – corre e sobe degraus baixos, tem vontade própria, aceita companhia de outras crianças, formula frases simples, retira uma vestimenta, tenta impor sua vontade ARIELY MESANINI Acidentes mais comuns dos 6 meses aos 2 anos e prevenções QUEIMADURAS QUEDAS INTOXICAÇÕES ➔ Colocar um bloqueio para evitar o acesso da criança à cozinha. ➔ Manter fora do alcance de crianças: líquidos e alimentos quentes, fios elétricos, torradeiras, bules, garrafas térmicas. ➔ Evitar tábuas de passar roupa que possam ser puxadas para baixo. ➔ Use de preferência as “bocas” de trás do fogão, colocando os cabos das panelas também para trás. ➔ Remover os botões do fogão quando não estiverem sendo utilizados. ➔ Usar portas ou portões nas escadarias, devem ser rigorosamente bloqueados. ➔ Cuidado com portões dobradiços. ➔ Baixar o estrado do berço (eleve as guardas) quando a criança começar a sentar ou ficar de pé. ➔ Verificar os móveis quanto ao aspecto de segurança. ➔ Usar tapetes não-derrapantes na banheira. ➔ Instale grades em todas as janelas acima do primeiro andar. ➔ Se a criança ingerir medicamentos ou produtos tóxicos, entrar imediatamente em contato com seu médico. ➔ Preferir medicamentos com tampa de segurança ➔ Alvejantes, polidores e produtos de limpeza devem ser mantidos em prateleira alta, e que tenho embalagens resistentes. ➔ Remédios e venenos devem ser mantidos fora da visão e do alcance de crianças. ➔ Não ter ácidos em casa. ➔ Mantenha produtos em sua embalagem original. ➔ Jamais armazene produtos tóxicos em garrafas de refrigerantes. ➔ Nunca deixar bebidas alcoólicas ao alcance da criança ➔ Sempre ler o rotulo antes do uso de qualquer produto ARIELY MESANINI AFOGAMENTOS ACIDENTES DE TRÂNSITO SUFOCAMENTO ➔ Não deixar o filho sozinho na banheira por nenhuma razão ➔ Jamais deixar vasilhas com água (baldes para limpeza, bacias com roupas de molho, etc) ao alcance de crianças. Coloque-os, por exemplo, dentro de tanques. ➔ As crianças devem sempre ser acompanhadas por um adulto quando em piscinas, lagos, açudes ou riachos. ➔ Uso obrigatório de coletes de salva-vidas pessoais ➔ Usar cadeirinha apropriada e bem fixada para transportar a criança no carro, seguindo as especificações do fabricante. ➔ Não transportar no colo no assento dianteiro. 1 a 5 anos ➔ Não permitir que as crianças brinquem na rua. ➔ Por trava de segurança nas portas dos automóveis. ➔ Transporte a crianças em assentos de segurança adequados, no banco traseiro e bem fixas ao banco do automóvel. ➔ A crianças devem ser seguras pelas mãos por adultos para cruzarem ruas ou estradas. ➔ Comece a ensinar segurança de tráfego à criança. ➔ Velocípedes e brinquedos de corrida devem ser usados em calçadas ou áreas apropriadas. ➔ Nunca deixar objetos pequenos ao alcance das crianças. ➔ Não oferecer grandes pedaços de alimentos duros. ➔ Não colocar cordão de chupeta em tomo do pescoço do bebê. ARIELY MESANINI Referencias BRASIL. Ministério da saúde. Mantenha seu sorriso fazendo a higiene bucal corretamente. Brasília – DF. 2012. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/mantenha_sorriso_fazendo_higiene_bucal.pdf. BRASIL. Ministério da saúde. Saúde da criança: Nutrição Infantil. Aleitamento Materno e Alimentação Complementar. Brasília – DF. 2009. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_nutricao_aleitamento_alimentacao.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/crescimento_desenvolvimento.pdf
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