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TUTORIA 5 - TÃO IGUAIS E TÃO DIFERENTES

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ARIELY MESANINI 
TUTORIA 5 – TÃO IGUAIS E TÃO DIFERENTES 
 
Composição do leite materno, leite de vaca e fórmula 
Composição Leite materno Leite de vaca integral Fórmulas 
Proteína Quantidade adequada. 
Sobrecarrega menos os 
rins. Tem distribuição 
variável de aminoácidos. 
Fácil digestão leva em 
torno de 1:30h, por isso o 
bebê se alimenta mais 
Quantidade aumentada, 
devido a caseína do soro 
e pode causar risco de 
alergia. Aumenta a 
sobrecarga renal. 
Difícil digestão levando 
até 6 horas, o bebê acaba 
mamando menos e 
ganhando menos peso 
Melhor relação com 
proteínas do 
soro/caseína. Algumas 
formulas possuem 
redução proteica e 
melhor perfil de 
aminoácidos. Tem risco 
de alergia. São 
modificados. 
 
Lipídeos Suficiente em ácidos 
graxos essenciais, lipase 
para digestão, e ainda 
fornecem energia para a 
criança. 
Deficiente em ácidos 
graxos essenciais, não 
apresenta lipase 
Adicionados ácidos 
graxos essenciais (DHA, 
ARA), diminuição da 
gordura saturada e 
acréscimo de óleos 
vegetais 
Minerais Quantidade adequada e 
minerais específicos para 
o bebê. 
Excesso de cálcio e 
fósforo, sódio, cloro e 
potássio, é 
desequilibrado 
Modificação nos teores 
dos minerais. Relação 
cálcio/fosforo adequada, 
favorecendo a 
mineralização óssea, 
mas com difícil absorção 
Ferro e zinco Pouca quantidade, sendo 
bem absorvido 
Pouca quantidade, mal 
absorvido 
Adicionados, absorção 
ruim 
Vitaminas Quantidade suficiente de 
boa biodisponibilidade, o 
bebê consegue absorver 
bem 
Deficiente em vit D, E, C Suplementadas 
Fatores imunológicos Presentes IGA, IGG, 
IGM, Lactoferrina, 
lisozima, fator bífido, 
contribuindo para a 
proteção 
Ausentes Ausentes 
Oligossacarídeos LM/ 
probióticos/ 
Prebióticos 
Suficiente Deficiente Adicionados 
Água Quantidade suficiente, 
presente no leite maduro 
anterior 
Não possui, sendo 
necessária a ingestão 
Possui, mas pode ser 
necessária a digestão 
Fatores de crescimento Presentes promove o 
crescimento e 
desenvolvimento 
Ausentes Ausentes 
Auxilia no ritmo do 
crescimento, mas se não 
for bem preparado pode 
levar a desnutrição. 
 
 
 
ARIELY MESANINI 
Alimentação - Dieta de transição alimentar e quais suas orientações 
 
Alimentação saudável é aquela que é capaz de promover crescimento e desenvolvimento adequados, 
funcionamento otimizado dos órgãos, prevenção de doenças de curto e longo prazo. As crianças 
apresentam Vulnerabilidade nutricional causada pela alta demanda energética, alta taxa de crescimento, 
e desenvolvimento neuronal e presença de baixas reservas. Para planejar a alimentação da criança é 
necessário levar em consideração suas limitações fisiológicas, durante os primeiros meses de vida, o trato 
gastrointestinal, os rins, o fígado, o s. imunológico e o SN estão em fase de maturação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 PASSOS DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PARA CRIANÇAS MENOR DE 2 ANOS 
1. Amamentar até 2 anos ou mais, oferecendo somente o leite materno até 6 meses, sem oferecer 
água, chás ou quaisquer outros alimentos. 
2. Oferecer alimentos in natura ou minimamente processados (cereais, tubérculos, carnes, 
leguminosas, frutas e verduras), além do leite materno, a partir dos 6 meses introduzindo de forma 
lenta e gradual, sem rigidez de horário, respeitando a vontade da criança. 
3. Oferecer água própria para o consumo à criança em vez de sucos, refrigerantes e outras bebidas 
açucaradas (chás, água de coco, café). 
4. Oferecer a comida amassada (espessa) quando a criança começar a comer outros alimentos além 
do leite materno, começar com consistências mais pastosas (papas/purês) e, gradativamente 
aumentar a consistência até chegar à alimentação da família. 
5. Não oferecer açúcar (mascavo, demerara, cristal, refinado), nem preparações (mel, melaço) ou 
produtos que contenham açúcar (rapadura, balas, biscoitos, bolos, salgadinhos, iogurtes, chocolates) 
à criança até 2 anos de idade. 
6. Não oferecer alimentos ultraprocessados para a criança (excesso de sal, gordura, açúcar, 
conservantes, corantes, adoçantes). 
7. Cozinhar a mesma comida para criança e para a família 
8. Zelar para que a hora da alimentação da criança seja um momento de experiencias positivas, 
aprendizado e afeto junto da família. 
9. Prestar atenção aos sinais de fome e saciedade da criança e conversar com ela durante a refeição. 
10. Cuidar da higiene em todas as etapas da alimentação da criança e da família em relação ao preparo, 
manuseio, armazenamento e conservação. 
11. Oferecer à criança também alimentação adequada e saudável quando estiver fora de casa. 
12. Proteger a criança da publicidade de alimentos. 
Qual o Calendário de 
alimentação? 
 
➔ 0-6 meses: aleitamento 
materno exclusivo 
➔ 6-11 meses: Alimentação 
complementar 
➔ = ou > 12 meses: 
alimentação da família 
 
Como a alimentação ideal deve ser? 
 
➔ Atender as necessidades energéticas e 
quantitativas 
➔ Ser balanceada, com proporções adequadas 
de nutrientes 
➔ Ser tão variada quanto possível 
➔ Respeitar a imaturidade neurológica, renal e 
imunológica 
➔ Respeitar a capacidade gástrica e digestiva – 
equilibrar alimentos laxantes e constipantes 
➔ Ser adequada em relação a intervalos, horários 
e número de refeição diárias 
➔ Ser acessível do ponto de vista físico e 
financeiro 
➔ Ter quantidades mínimas de contaminantes 
físicos, químicos e biológicos 
➔ Usar técnicas adequadas de administração 
(colher, mamadeira) 
➔ Introduzir alimentos novos progressivamente, 
na consistência adequada 
 
ARIELY MESANINI 
ESQUEMA ALIMENTAR 
Do nascimento até 
completar 6 meses 
Ao completar 6 
meses 
Ao completar 7 
meses 
Ao completar 12 
meses 
Aleitamento materno 
exclusivo em livre 
demanda 
Leite materno por livre 
demanda 
Leite materno por livre 
demanda 
Leite materno por livre 
demanda 
Papa de fruta Papa de fruta Fruta 
Papa salgada Papa salgada Refeição básica da 
família 
Papa de fruta Papa de fruta Fruta ou pão simples 
ou tubérculo ou cereal 
Leite materno Papa salgada Refeição básica da 
família 
 
Do nascimento até 
completar 4 meses 
Ao completar 4 meses Ao completar 8 meses Ao completar 12 
meses 
Alimentação láctea 
Leite Leite Leite e fruta ou cereal 
ou tubérculo 
Papa de frutas Fruta Fruta 
Papa salgada Papa salgada ou 
refeição básica da 
família 
Papa salgada ou 
refeição básica da 
família 
Papa de fruta Fruta Fruta ou pão simples ou 
tubérculo ou cereal 
Papa salgada Refeição básica da 
família 
 
Leite Leite Leite 
 
 
ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR 
Qualquer alimento nutritivo, solido ou liquido, oferecido à criança em adição ao leite é um alimento 
complementar. Quando se tratar de alimento de transição é aquele preparado especialmente para a criança. 
A partir dos 6 meses, além do leite materno, novos alimentos são oferecidos à criança, apresentando um 
novo universo de cores, sabores, texturas e cheiros. 
Além de suprir as necessidades nutricionais, a partir dos seis meses a introdução da alimentação 
complementar aproxima progressivamente a criança aos hábitos alimentares de quem cuida dela e exige 
todo um esforço adaptativo a uma nova fase do ciclo de vida, na qual lhe são apresentados novos sabores, 
cores, aromas, texturas e saberes. 
O sucesso da alimentação complementar depende de muita paciência, afeto e suporte por parte da mãe e 
de todos os cuidadores da criança. Toda a família deve ser estimulada a contribuir positivamente nessa fase. 
A alimentação complementar deve prover suficientes quantidades de água, energia, proteínas, gorduras, 
vitaminas e minerais, por meio de alimentos seguros, culturalmente aceitos, economicamente acessíveis e 
que sejam agradáveis à criança. 
Por que aos 6 meses? 
➔ Maior maturação fisiológica e neurológica 
➔ Atenuação do reflexo protusor da língua 
➔ Maior quantidade de enzimas digestivas 
➔ Maior capacidade de excreção renal 
➔ Menor permeabilidade do TGI a macromoléculas➔ Maior prevalência de desnutrição e deficiência de micronutrientes 
➔ Maior dificuldade para reverter retardo do crescimento em período precoce 
ARIELY MESANINI 
 
Cuidados gerais 
Introduzir de forma lenta e gradual a outros 
alimentos, sem rigidez de horários 
Não adicionar açúcar na alimentação não é 
recomendado o oferecimento de açúcar, pois a 
criança está formando seus hábitos alimentares, 
que perpetuarão para a vida toda 
Iniciar sob forma de papas amassadas em 
consistência de purê 
Não adicionar sal, o tempero é do próprio alimento. 
Evita também problemas com HAS 
Não liquidificar ou triturar ou peneirar o alimento Não oferecer carboidratos (CHO), lipídeos e 
proteínas em excesso -> obesidade e diabetes tipo 
2 
Oferecer com colher de tamanho adequado 
(silicone, plástico, metal emborrachado) 
Introduzir glúten após 6 meses -> pois pode causa 
doença celíaca e diabetes tipo 1 
Variar e fornecer todos os tipos de nutrientes desde 
a 1ª papa 
Não retardar a introdução de alimentos 
potencialmente alergênicos como ovo e peixe 
Respeitar o desenvolvimento da criança: 
mastigação, deglutição, digestão e excreção 
Não oferecer calorias vazias: biscoitos, doces, 
salgadinhos, refrigerantes, queijos petit-suisse 
Oferecer água potável, pela sobrecarga de solutos Não oferecer alimentos industrializados e ricos em 
corantes, conservantes e contaminantes 
Quantidades apropriadas -> respeitar a capacidade 
gástrica 
Detalhar os costumes alimentares da família 
Fazer a higienização adequada dos alimentos Lavar a mãe em água corrente antes de preparar e 
oferecer a alimentação para a criança 
 
Esquema para introdução dos alimentos complementares no 1° ano de vida 
Faixa etária Tipo de alimento 
Até o 6° mês Leite materno 
Do 6° ao 12° mês Leite materno complementado 
No 6° mês Frutas (amassadas ou raspadas 
-> picadas) 
▪ Da região, da estação e 
de custo acessível 
▪ Sucos: entre as 
refeições (100 ml) 
1ª papa principal de misturas 
múltiplas (amassada) 
▪ Variada, alimentos de 
todos os grupos nas 
proporções indicadas 
No 7° mês 2ª papa principal de misturas 
múltiplas 
Do 9° ao 11° mês Gradativamente, aumentar a 
consistência 
12° mês Alimentação da família 
(observar adequação) 
1 cereais ou tubérculos: 1 leguminosas: 1 carnes: 1 hortaliças 
 
A garantia do suprimento 
adequado de nutrientes para o 
crescimento e desenvolvimento 
da criança após o sexto mês 
depende da disponibilidade de 
nutrientes no leite materno e na 
alimentação complementar. 
Criança amamentada -> 3 
refeições/dia -> 2 papas 
principais e 1 fruta 
Criança não amamentada -> 6 
refeições/dia -> 2 papas 
principais, 1 fruta e 3 lácteas 
ARIELY MESANINI 
AÇÕES DO SERVIÇO DE SAUDE QUE PODEM FORTALECER A ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR 
 Suplementação de ferro 
O Ministério da Saúde desenvolve o Programa Nacional de Suplementação de Ferro (PNSF), que se destina 
à suplementação preventiva de todas as crianças de 6 a 18 meses com sulfato ferroso. 
Como o PNSF prevê, a introdução da alimentação complementar deve ser orientada de forma adequada, 
uma vez que ela tem papel importante no suprimento de ferro durante a infância. É indiscutível que o leite 
materno nos primeiros seis meses de vida da criança previne anemia, apesar da sua baixa quantidade de 
ferro, pois a biodisponibilidade permite a absorção de 50% do ferro presente, enquanto a absorção do ferro 
do leite de vaca, que possui quantidades semelhantes, é de 10%. O ferro apresenta-se nos alimentos sob 
duas formas: heme e não heme. O ferro heme, presente na hemoglobina e mioglobina das carnes e vísceras, 
tem maior biodisponibilidade, não estando exposto a fatores inibidores. As carnes apresentam cerca de 
2,8mg de ferro por 100g do alimento, sendo absorvidos em torno de 20% a 30% desse nutriente. O ferro 
não heme, contido no ovo, cereais, leguminosas (ex. feijão) e hortaliças (ex. beterraba), ao contrário do ferro 
animal, é absorvido de 2% a 10% pelo organismo. Ele pode ter suas taxas de absorção aumentadas pela 
presença de agentes facilitadores da sua absorção, ou agentes que diminuem sua absorção. 
Atenção especial deve ser dada às crianças com idade entre 6 a 12 meses, pois a recomendação de ferro 
é elevada e difícil de ser consumida apenas pela alimentação normal. Assim, a criança fica vulnerável ao 
desenvolvimento de anemia por deficiência de ferro, que prejudica o seu crescimento e desenvolvimento. 
Por isso os esforços devem ser centrados na recomendação de alimentos que são fonte de ferro, com 
consumo diário de carne, miúdos (no mínimo uma vez por semana) e suco de fruta natural, fonte de vitamina 
C, após o almoço e jantar, para aumentar a absorção do ferro não heme. Deve ser reforçada a 
recomendação da ingestão máxima de 400ml de leite por dia. 
 
 Suplementação de Vitamina A 
A magnitude do problema de deficiência de vitamina A no Brasil ainda não tem dados nacionais, mas estudos 
isolados demonstram que há prevalência maiores de 10% de crianças com níveis de retinol sérico abaixo 
de 20μg/dL (>0,70μmol/L), condição que caracteriza a hipovitaminose A como problema de saúde pública, 
segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). 
O valor de vitamina A em equivalente de retinol (EqR) representa o consumo das duas formas dessa 
vitamina, as quais são representadas pelos carotenóides presentes nos vegetais e a vitamina A 
propriamente dita, que ocorre naturalmente nos alimentos de origem animal, em grandes proporções no 
fígado de boi. Nos seis primeiros meses de vida a quantidade de vitamina A presente no leite materno supera 
as necessidades da criança. Dos seis aos 12 meses, as crianças devem consumir 500µg de vitamina A. 
Para prevenir e controlar a deficiência de vitamina A, desde 1983 o Ministério da Saúde distribui cápsulas 
de 100.000UI dessa vitamina para crianças de seis a 11 meses de idade. 
 
 Vitamina D 
É pequena a contribuição do leite materno e dos alimentos complementares para o suprimento das 
necessidades de vitamina D, o qual primordialmente depende da exposição direta da pele à luz solar. Em 
bebês amamentados exclusivamente ao seio e não expostos à luz solar, os estoques de vitamina D 
existentes ao nascimento provavelmente seriam depletados em oito semanas. Porém, umas poucas horas 
de exposição à luz solar no verão – 30 minutos a 2 horas por semana (17 minutos por dia), com exposição 
apenas da face e mãos do bebê, e 30 minutos por semana (4 minutos por dia), se o bebê estiver usando 
apenas fraldas – produzem vitamina D suficiente para evitar deficiência por vários meses. Crianças com 
pigmentação escura da pele podem requerer três a seis vezes o tempo de exposição de bebês de 
pigmentação clara para produzir a mesma quantidade de vitamina D. 
ARIELY MESANINI 
 
DISTURBIOS NUTRICIONAIS 
▪ Anemias 
A anemia por deficiência de ferro, em termos de magnitude, é na atualidade o principal problema em escala 
de saúde pública do mundo. A anemia causa prejuízos e atrasos no desenvolvimento motor e cognitivo em 
crianças e que parecem não ser revertidos mesmo após a suplementação medicamentosa com ferro. As 
reservas de ferro da criança que recebe com exclusividade o leite materno, nos seis primeiros meses de 
idade, atendem às necessidades fisiológicas, não necessitando de qualquer forma de complementação nem 
de introdução de alimentos sólidos. Entre os quatro e seis meses de idade, ocorre gradualmente o 
esgotamento das reservas de ferro, e a alimentação passa a ter papel predominante no atendimento às 
necessidades desse nutriente. É necessário que o consumo de ferro seja adequado à demanda requerida 
para essa fase etária. 
▪ Desnutrição 
Pode ocorrer precocemente na vida intrauterina (baixo peso ao nascer) e frequentemente cedo na infância, 
em decorrência da interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo e alimentação complementar 
inadequada nos primeiros dois anos de vida, associada, muitas vezes,à privação alimentar ao longo da vida 
e à ocorrência de repetidos episódios de doenças infecciosas diarreicas e respiratórias. O déficit estatural é 
melhor que o ponderal como indicador de influências ambientais negativas sobre a saúde da criança, sendo 
o indicador mais sensível de má nutrição nos países. A baixa estatura é mais frequente nas áreas de piores 
condições socioeconômicas e quatro vezes mais prevalente em crianças com baixo peso ao nascimento. 
▪ Obesidade 
O desenvolvimento precoce da obesidade vem apresentando cifras alarmantes entre crianças, adolescentes 
e adultos em todo o mundo, sendo um problema de saúde pública que tende a se manter em todas as fases 
da vida. A obesidade infantil pode gerar consequências nos curto e longo prazos e é importante preditivo da 
obesidade na vida adulta. Sendo assim, a prevenção desde o nascimento é necessária, tendo em vista que 
os hábitos alimentares são formados nos primeiros anos de vida. Uma vez habituada a grande concentração 
de açúcar ou sal, a tendência da criança é rejeitar outras formas de preparação do alimento. A ingestão de 
alimentos com alta densidade energética pode prejudicar a qualidade da dieta, resultando no aumento do 
peso e na ingestão deficiente de micronutrientes. O consumo desses alimentos é facilitado na população de 
baixa renda pela correlação negativa entre preço e densidade energética demonstrada em estudos. 
ARIELY MESANINI 
Orientações para saúde bucal e higiene pessoal 
SAÚDE BUCAL 
 
 
 
 
 
 
Atenção ao período da troca dos dentes 
 
 
 
Antes mesmo do nascimento dos dentes, devemos 
higienizar a gengiva, bochecha e língua com fralda limpa 
ou gaze umedecida com água filtrada ou fervida. Isto tem 
a finalidade de criar hábitos de higienização no bebê. 
Quando começar a nascer os dentes decíduos (de leite) da 
frente, a limpeza ainda é feita com gaze ou fralda 
umedecida em água limpa. 
Logo que começar a nascer os decíduos de trás, 
aproximadamente após 18 meses de idade, a limpeza dos 
dentes e da língua deve ser feita com escova de dente 
pequena e macia. 
Crianças podem usar creme dental com flúor, mas em 
pequena quantidade (menos do que um grão de arroz é 
suficiente e não incomoda o bebê). 
Limitar a frequência de escovação a duas vezes ao dia e 
ensinar a criança a não engolir a espuma do creme dental. 
Os dentistas alertam que na dentição permanente a maioria 
das cáries começa pelo primeiro molar. Por isso, 
recomendam que os pais ou responsáveis complementem a 
escovação dessas áreas dos dentes, conforme a figura: 
Escove os dentes todos os dias utilizando creme dental com 
flúor. 
Posicione a escova inclinada na direção da gengiva e faça 
movimentos de cima para baixo, nos dentes de cima, e de 
baixo para cima, nos dentes de baixo como se estivesse 
varrendo os dentes. 
ARIELY MESANINI 
 
 
 
 
 
Observações: 
➔ Mamar no peito, desde o nascimento, faz seu bebê crescer forte e saudável e favorece o 
desenvolvimento da musculatura e ossos da face, ajudando a evitar problemas no posicionamento 
dos dentes. 
➔ Bebê que mama no peito tem suas necessidades emocionais de sucção satisfeitas e não precisa de 
chupeta ou bico. 
➔ Caso a criança faça uso de chupetas ou bicos, assim que os primeiros dentes surgirem, substitua-
os pelos mordedores. O seu uso em excesso pode deixar os dentes “tortos” e prejudicar a 
mastigação, a deglutição (ato de engolir), a fala, a respiração e o crescimento da face. 
➔ Bebês e crianças, principalmente durante o primeiro ano de vida, podem ter um tipo de cárie que 
evolui muito depressa e pode atingir vários dentes de uma só vez, destruindo-os rapidamente. A 
Depois escove a parte interna de cada dente da mesma 
forma. 
Escove a superfície do dente que usamos para mastigar. O 
movimento é suave, de vaivém. A escova deve ir até os 
últimos dentes do fundo da boca. 
Enrole cerca de 40 cm de fio ou fita dental entre os dedos. 
Leve-o até o espaço existente entre a gengiva e o dente e 
pressione-o sobre o dente, puxando a sujeira até a ponta do 
dente. 
Passe o fio dental pelo menos duas vezes em cada um dos 
espaços entre os dentes, primeiro pressionando para um 
lado, depois para o outro. 
Ainda não acabou. Escovar a língua é muito importante, pois 
ela acumula restos alimentares e bactérias que provocam o 
mau hálito. Faça movimentos cuidadosos com a escova 
“varrendo” a língua da parte interna até a ponta. 
ARIELY MESANINI 
causa mais comum desse problema é a amamentação durante a noite, prolongada e frequente na 
mamadeira, associada à falta de limpeza dos dentes após essa mamada. 
➔ É necessário tentar fazer a higiene após a mamada noturna. Porém, quase sempre, a higiene da 
boca após essa mamada é difícil e aborrece o bebê. Nesse caso, a higiene deve ser feita antes da 
mamada. 
➔ Também, deve-se evitar acrescentar açúcar ou achocolatado no leite, chá, suco ou água. O leite de 
vaca, líquido ou em pó, tem açúcar natural e não precisa ser adoçado. 
 
HIGIENE CORPORAL 
Troca de fraldas 
➔ Urina – água morna e algodão, sem sabonetes. 
➔ Fezes – sabonetes brandos são recomendados. 
O uso rotineiro de preparações tópicas para prevenir dermatite da área das fraldas não é necessário para 
crianças com a pele normal. Os aditivos dessas preparações têm o potencial de causar sensibilização de 
contato, irritação e/ou toxicidade percutânea 
Pele 
➔ Banho de até 10 min, com água morna e com pouco sabonete, produtos neutros. 
➔ Evitar banhos de espuma, buchas, banhos quentes e sais perfumados 
➔ Dar 1 banho por dia, sendo a pele hidratada nos primeiros 3min após o banho. 
➔ Hidratar a pele 2x dia com hidratante hipoalérgico. 
➔ Usar roupas de algodão 
➔ Lavar a roupa com duplo enxague 
➔ Cortar as unhas com frequência 
➔ Remover etiquetas e lavar as roupas novas antes de vestir 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARIELY MESANINI 
Fases do DNPM do lactente e como é realizado a avaliação 
DEFINIÇÃO 
Desenvolvimento é o processo de amadurecimento ou de mudanças, caracterizado por aquisição de 
habilidades motoras, mentais e sociais básicas, vinculado ao sistema nervoso. 
 
➔ O desenvolvimento neuronal se dá pela diferenciação neuronal e formação de padrões específicos 
de conexões, morte neuronal e eliminação seletiva de sinapses e mielinização neuronal. 
➔ Desenvolver é sinônimo de mielinizar -> é a época com maior plasticidade cerebral, possuindo 
melhores respostas às intervenções. 
➔ O sucesso do desenvolvimento depende da integridade de vários órgãos e sistemas que concorrem 
para lhe condicionar, principalmente o sistema nervoso 
➔ Envolve alterações tanto na dimensão biológica, quanto na dimensão psicológica, sofrendo 
influencias de determinantes sociais, econômicos e culturais. 
 
Reflexos Primitivos 
São respostas motoras estereotipadas deflagradas por estímulos externos do examinado. Não são 
voluntarias ou aprendidas, estão sob controle de centros subcorticais, tronco encefálico e medula. Possuem 
caráter transitório, ou seja, podem estar presentes ao nascimento e com o tempo desaparecem. 
 
O processo de desaparecimento do reflexo primitivo permite o surgimento de condutas voluntarias 
aprendidas e sob controle cortical, sendo possível pelo processo de amadurecimento do SN, que envolve 
mielinização e formação de sinapses. 
 
➔ Trata-se de um processo qualitativo e contínuo, por isso sua avaliação deve ser feita com frequência, 
questionando em que a criança está inserida e se existem fatores de risco para distúrbios no 
desenvolvimento, como baixo peso ao nascer, prematuridade, intercorrências neonatais, uso de 
drogas ou álcool, infecções e depressão durante a gestação. 
➔ A análise pode ser feita durante toda a consulta, observando o comportamento da família e da 
criança: quem traz a criança, como ela é carregada, sua postura, o seu interesse pelo ambiente e a 
interação com as pessoas. 
 
AVALIAÇÃO 
Deve se avaliar grandesáreas/condutas: 
 
1. Conduta motricidade fina ou adaptativa: movimento de pinça, coordenação olho/mão, coordenação 
motora na manipulação de pequenos objetos (destreza manual). 
2. Conduta motricidade grosseira ou ampla: Tônus e controle motor corporal, estática do pescoço e da 
cabeça, capacidade de sentar, caminhar, correr, pular e todos os demais movimentos realizados 
através da musculatura ampla. 
3. Conduta de linguagem: Expressões como sorriso, choro, emissão de sons, capacidade de 
reconhecer, entender (linguagem receptiva) e usar a linguagem (linguagem expressiva); 
4. Conduta pessoal-social: aspectos da socialização da criança dentro e fora do ambiente familiar. 
 
Ao nascimento a criança apresenta um padrão motor imaturo (medular), flexão de membros (hipertonia 
flexora), hipotonia da musculatura paravertebral e movimentos reflexos. O processo de mielinização irá 
permitir a transição de atitudes passivas (decúbito dorsal) para posição ortostática (atitude ativa). O exercício 
funcional estimula mielinização mais rápida e a transição das funções reflexas para as funções voluntárias. 
 
 
 
 
ARIELY MESANINI 
MARCOS DO DNPM (LACTENTE) 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA 
Baseada em atitude, tônus, reflexos primitivos, equilíbrio estático e dinâmico, coordenação apendicular (dos 
membros), funções cerebrais superiores. 
 
TESTE DE DENVER 
 
➔ Faixa de Aplicação: 0 – 6 anos 
➔ Avaliação do DNPM através de: Motricidade Ampla; Motricidade Fina-Adaptativa; Comportamento 
Pessoal-Social; Linguagem. 
➔ Cada um dos itens avaliados é registrado a partir de observação direta da criança ou a partir de 
informação obtida da mãe sobre a capacidade do filho realizar a tarefa ou não. É importante ressaltar 
que o desenvolvimento de cada um desses setores é capaz de influenciar reciprocamente o 
desenvolvimento dos demais de modo dinâmico e contínuo, tornando a criança progressivamente 
capaz de adaptar-se e relacionar-se com o meio social em que está inserida. 
➔ Desvantagem: Não foi criado para diagnosticar atrasos 
 
Resultados: 
➔ Normal: executa as atividades previstas para a Idade cronológica, aceitando-se 1 falha por área 
➔ Suspeita de atraso: se ≥ 2 falhas em ≥ 2 áreas 
➔ Atraso: ≥2 falhas nas atividades 
 
 
 
 
 NASCIMENTO – sinais de prazer e 
de desconforto (sorri, chora, 
resmunga) 
 1 A 2 MESES – responde ao sorriso, 
observa um rosto, segue objetos, 
reage ao som, vocaliza (emite sons 
diferentes do choro) 
 3 A 4 MESES – fica de bruços, 
levanta a cabeça e ombros. Inicia a 
lalação, grita, senta com apoio, 
agarra brinquedos 
 5 A 6 MESES – vira a cabeça na 
direção do som, rola, senta com 
apoio. Leva os pés a boca. 
 7 A 9 MESES – senta sem apoio, 
quer provar alimentos, estranha 
pessoas desconhecidas, se arrasta 
ou engatinha. 
 10 A 12 MESES – engatinha ou 
anda com apoio, imita os pais, fala 1 
palavra com sentido. 
 13 A 18 MESES – anda sozinho. 
Frases de 2 ou 3 palavras, rabisca, 
obedece a ordens, nomeia objetos 
 19 MESES A 2 ANOS – corre e sobe 
degraus baixos, tem vontade 
própria, aceita companhia de outras 
crianças, formula frases simples, 
retira uma vestimenta, tenta impor 
sua vontade 
 
ARIELY MESANINI 
Acidentes mais comuns dos 6 meses aos 2 anos e prevenções 
QUEIMADURAS 
 
 
 
QUEDAS 
 
 
 
 
 
 
INTOXICAÇÕES 
 
 
 
 
➔ Colocar um bloqueio para evitar o acesso da 
criança à cozinha. 
➔ Manter fora do alcance de crianças: líquidos e 
alimentos quentes, fios elétricos, torradeiras, 
bules, garrafas térmicas. 
➔ Evitar tábuas de passar roupa que possam ser 
puxadas para baixo. 
➔ Use de preferência as “bocas” de trás do 
fogão, colocando os cabos das panelas 
também para trás. 
➔ Remover os botões do fogão quando não 
estiverem sendo utilizados. 
 
➔ Usar portas ou portões nas escadarias, devem 
ser rigorosamente bloqueados. 
➔ Cuidado com portões dobradiços. 
➔ Baixar o estrado do berço (eleve as guardas) 
quando a criança começar a sentar ou ficar de 
pé. 
➔ Verificar os móveis quanto ao aspecto de 
segurança. 
➔ Usar tapetes não-derrapantes na banheira. 
➔ Instale grades em todas as janelas acima do 
primeiro andar. 
 
 
➔ Se a criança ingerir medicamentos ou produtos tóxicos, 
entrar imediatamente em contato com seu médico. 
➔ Preferir medicamentos com tampa de segurança 
➔ Alvejantes, polidores e produtos de limpeza devem ser 
mantidos em prateleira alta, e que tenho embalagens 
resistentes. 
➔ Remédios e venenos devem ser mantidos fora da visão 
e do alcance de crianças. 
➔ Não ter ácidos em casa. 
➔ Mantenha produtos em sua embalagem original. 
➔ Jamais armazene produtos tóxicos em garrafas de 
refrigerantes. 
➔ Nunca deixar bebidas alcoólicas ao alcance da criança 
➔ Sempre ler o rotulo antes do uso de qualquer produto 
 
 
ARIELY MESANINI 
AFOGAMENTOS 
 
 
 
ACIDENTES DE TRÂNSITO 
 
 
 
 
 
 
 
SUFOCAMENTO 
 
 
 
 
➔ Não deixar o filho sozinho na banheira por nenhuma razão 
➔ Jamais deixar vasilhas com água (baldes para limpeza, 
bacias com roupas de molho, etc) ao alcance de crianças. 
Coloque-os, por exemplo, dentro de tanques. 
➔ As crianças devem sempre ser acompanhadas por um 
adulto quando em piscinas, lagos, açudes ou riachos. 
➔ Uso obrigatório de coletes de salva-vidas pessoais 
 
 
➔ Usar cadeirinha apropriada e bem fixada para 
transportar a criança no carro, seguindo as 
especificações do fabricante. 
➔ Não transportar no colo no assento dianteiro. 1 a 5 anos 
➔ Não permitir que as crianças brinquem na rua. 
➔ Por trava de segurança nas portas dos automóveis. 
➔ Transporte a crianças em assentos de segurança 
adequados, no banco traseiro e bem fixas ao banco do 
automóvel. 
➔ A crianças devem ser seguras pelas mãos por adultos 
para cruzarem ruas ou estradas. 
➔ Comece a ensinar segurança de tráfego à criança. 
➔ Velocípedes e brinquedos de corrida devem ser usados 
em calçadas ou áreas apropriadas. 
 
 
 
➔ Nunca deixar objetos pequenos ao alcance das crianças. 
➔ Não oferecer grandes pedaços de alimentos duros. 
➔ Não colocar cordão de chupeta em tomo do pescoço do 
bebê. 
 
 
 
ARIELY MESANINI 
Referencias 
BRASIL. Ministério da saúde. Mantenha seu sorriso fazendo a higiene bucal corretamente. Brasília – DF. 
2012. Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/mantenha_sorriso_fazendo_higiene_bucal.pdf. 
BRASIL. Ministério da saúde. Saúde da criança: Nutrição Infantil. Aleitamento Materno e Alimentação 
Complementar. Brasília – DF. 2009. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_nutricao_aleitamento_alimentacao.pdf 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/crescimento_desenvolvimento.pdf

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