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@resumosdamed_ 1 TESTES SOROLÓGIOS Identificam um antígeno ou anticorpo. à são utilizados fluidos biológicos diferentes para cada caso: o Fluido biológico para procurar o anticorpo (IgM e IgG) contra a dengue - plasma proveniente do sangue o Fluído biológico para procurar o antígeno da dengue - sangue o Fluído biológico para ver se tem o antígeno da meningite - liquor o Fluído biológico para ver se tem o anticorpo da meningite - sangue DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO DAS INFECÇÕES A maioria das infecções causadas por microrganismos geram anticorpos específicos. Sabendo disso, são geradas aplicações clínicas para: o Determina o status imunológico do indivíduo; o Para detectar infecção prévia ou infecção presente; DETECÇÃO DE ANTICORPOS: IMPORTÂNCIA DIAGNÓSTICA Utilização de anticorpos para clínica Há 5 imunoglobulinas básicas no organismo: IgM, IgG, IgA, IgD e IgE à no diagnóstico clínico as mais importantes são IgM e IgG. o As imunoglobulinas são produzidas em resposta a estímulos antigênicos o São moléculas funcionais e heterogêneas que se ligam aos antígenos para ação efetora DETECÇÃO DE IGM: o Detecta infecção recente (infecção aguda) à fica aumentado em média em 4 dias. o É uma estrutura “semi-pronta”à por isso, é mais rápida de ser produzida e não tão específica o É um anticorpo de estrutura pentamerico o Para COVID-19, não funciona como exame diagnóstico de infecção. DETECÇÃO DE IGG: o São células de memória, detectando Infecções anteriores (infecções crônicas) @resumosdamed_ 2 o Caso haja uma reinfecção, o IgG aumenta rápido pois há memória imunológica. CARACTERÍSTICA DO ANTICORPO IgM – estrutura pentamerica (possui 5 imunoglobulinas) e por isso atua tão bem no início da doença. IgA – É um dímero Estrutura em Y em que há porção variável (FAb)e não variável (Fc) PORÇÃO VARIÁVEL (FAB) o Varia de acordo com o patógeno presente no organismo, se ligando e reconhecendo o epítopo (região antigênica do antígeno à onde há a ligação do anticorpo e o reconhecimento); o Quanto mais porções FAb de anticorpos no organismo, melhor. o Os anticorpos são produzidos com a região FAb específica para determinados antígenos para serem usados dentro do laboratório PORÇÃO NÃO VARIÁVEL (PORÇÃO FC) @resumosdamed_ 3 É uma porção de identificação para fagocitose que se liga as células do ser humano de resposta imunológica, e por isso não varia. INTERAÇÕES AG-AC Um anticorpo se liga a um epítopo específico por meio de interações não covalentes (reversíveis) PRODUZINDO ANTICORPOS NO LABORATÓRIO POLICLONAIS Muitos anticorpos vindos de vários linfócitos B. (se liga em vários epítopos) 1. Injeta o antígeno no animal 2. O antígeno ativa os linfócitos B 3. Os linfócitos B produzem anticorpos policlonais contra esse antígeno 4. Obtém-se o soro do animal contendo os anticorpos policlonais Anticorpos apresentam heterogeneidade; Alta avidez, comparada com anticorpo monoclonal. MONOCLONAIS Anticorpo em de somente um linfócito B 1. Insere o antígeno no animal 2. Retira seu linfócito B e uma célula infectada, fundindo com uma célula que está no laboratório (tal fusão se chama hibridoma) 3. Separa célula por célula deste hibridoma @resumosdamed_ 4 4. Produção de monoclones o O anticorpo policlonal liga-se a múltiplos epítopos em um antígeno. Os anticorpos monoclonais só podem se ligar a um único epítopo A principal diferença entre os anticorpos monoclonais e policlonais encontra-se em sua origem; os anticorpos monoclonais são anticorpos idênticos porque são produzidos a partir de uma única célula híbrida de linfócitos B, e eles reconhecem não só o mesmo antígeno, mas também se ligam ao mesmo epítopo do mesmo. Os policlonais, por outro lado, são produzidos a partir de uma mistura de linfócitos e reconhecem múltiplos epítopos no mesmo antígeno Podem trazer diferenças para a sensibilidade dos ensaios. MÉTODOS SOROLÓGICOS Serão observados reação de formação de imunocomplexo (ligação do antígeno com anticorpo) REAGENTES NÃO MARCADOS (A ligação do Ac altera o estado físico do Ag) o Reação de aglutinação o Reação de precipitação @resumosdamed_ 5 REAGENTES MARCADOS o RIA o ELISA o IF, citometria de fluxo o Western Blotting IMUNOFLUORESCÊNCIA Observando o imunocomplexo, pode-se tentar identificar um antígeno ou um anticorpo Caso queira identificar um antígeno, deve-se ter um anticorpo correspondente e observar se ocorre a ligação entre eles, caso ocorra é observado o fluorocromo que brilha no microscópio de fluorescência. (sendo assim, o paciente é positivo para a patologia pesquisada) TÉCNICAS DE IMUNOFLUORESCÊNCIA (IF) Combinam corantes fluorescentes (fluoresceína) com anticorpos e quando expostos à luz UV AC fluorescentes. TESTES IF DIRETOS Detecta antígenos à deve ter o anticorpo ligado ao fluorocomo à específico para o que está sendo pesquisado. Se for procurar o antígeno é utilizado como fluido biológico dependendo da patogenia do microrganismo, deve ser coletado no foco da infecção à Procura direto do tecido que estamos pesquisando. Caso haja a formação do imunocomplexo: o fluorocromo brilha TESTES IF INDIRETOS Identifica o anticorpo. à deve-se possuir o antígeno para então pesquisar a imunoglobulina do individuo e um anti-anticorpo (imunoglobulina anti-humano) ligado ao fluorocromo não especifico para o antígeno Quando for procurar anticorpo deve-se usar o sangue como fluido biológico (soro) Antígenos expressos em células ou tecidos são fixados em uma superfície/lâmina (fase sólida). O soro do paciente é então adicionado na superfície para que anticorpos contra o antígeno pesquisado se liguem, formando um sítio de ligação antígeno- anticorpo. Em uma segunda etapa, anticorpos marcados com fluorocromo e direcionados contra os anticorpos do paciente são adicionados a superfície, de modo que se liguem aos anticorpos do paciente EXEMPLO: SÍFILIS - TESTES TREPONÊMICOS FTA-ABS O São realizadas técnicas de imunofluorescência indireta para pesquisa de anticorpo @resumosdamed_ 6 o Ocorre interação entre anticorpos específicos do soro e antígenos treponêmicos pré-fixados em lâmina de microscopia. o Revelação anti-IgG/IgM humana marcada com fluorocromo à FTA-ABS – para a pesquisa de anticorpos IgM e IgG IMUNOHISTOQUÍMICA o Detecção de células infectadas em cortes histológicos o As amostras são, então, incubadas com substratos enzimáticos (quando Ac está marcado com enzima), gerando uma coloração castanha ou vermelha, que reflete a distribuição do antígeno alvo no tecido/célula analisado. CITOMETRIA DE FLUXO o Princípio: Cito (célula)+metria (medida) + fluxo (movimento). o Imunofluorescência modificada – FACS classificador de células ativado por fluorescência o Usado para contar as diferentes sub-populações de células (ex: TCD4, TCD8) o Usado para acompanhar a progressão da AIDS o São utilizados contadores automáticos o Separação de células marcadas por fluorescência o Anticorpos dirigidos contra moléculas de membrana ou Antígenos do Conjunto de Diferenciação (CD) o Cada Ac é marcado com um fluorocromo diferente o Teste qualitativo e quantitativo (ele da o número de células que pegamos) A partir de um feixe de laser incidente, é feita a medição da dispersão e da fluorescência do feixe de laser refletido pela da amostra celular REAÇÕES DE AGLUTINAÇÃO Direta: Detectam anticorpos contra quantidades relativamente grandes de antígenos celulares como hemácias, bactérias e fungos Indireta (Passiva): Os Anticorpos contra antígenos solúveis podem ser detectados por testes de aglutinação. Os antígenos são adsorvidos em partículas como bentonita ou mais frequentemente esferas de látex minúsculas. @resumosdamed_ 7 quando não temligação antígeno- anticorpo, o sangue não aglutina O ensaio de aglutinação para hemácias bactérias a) Para procurar anticorpos: há o antígeno ligado às bolas de látex, aonde o anticorpo (IgM) liga-se, ocorrendo a aglutinação e formando uma grande rede. b) Ao procurar antígeno, ele já possui o epítopo e então a bola de látex possui o anticorpo ao seu redor, que ao se ligarem, também formam a malha SISTEMA ABO – GRUPOS SANGUÍNEOS TESTE DE AGLUTINAÇÃO @resumosdamed_ 8 TESTE DE COOMBS Fator Rh é um dos dois grupos de antígenos eritrocitários de importância clínica, envolvido nas reações transfusionais hemolíticas e na Doença Hemolítica do Recém-Nascido (DHRN ou Eritroblastose fetal). Material analisado: sangue – Hemaglutinação (Quando reações de aglutinação envolvem a agregação de hemácias) TESTE DE COOMBS DIRETO OU TESTE DE ANTIGLOBULINA DIRETO (TAD): Consiste em detectar a presença de IgG ligados às hemácias de um indivíduo – detecção anemia hemolítica. à avalia diretamente o eritrócito Em caso de anemia hemolítica: 1. Amostra de sangue (fluído biológico) é retirada de paciente portador de anemia hemolítica com anticorpos ligadas a suas hemácias. 2. Algumas gotas de reagente de Coombs são misturadas com a amostra de sangue do paciente 3. Os anticorpos do reagente de Coombs reconhecem as imunoglobulinas humanas sendo visível a reação de aglutinação depois da ligação dos anticorpos. @resumosdamed_ 9 TESTE DE COOMBS INDIRETO OU TESTE DE ANTIGLOBULINA INDIRETO (TAI): Deve ser feita em caso de transfusões e gestante Rh negativo e parceiro com fator Rh positivo e/ou desconhecido à avalia se há anticorpos no soro do paciente É detectado o sangue e centrifugado para ser coletado o soro: 1. Soro do paciente contém anticorpos 2. Sangue do doador (hemácia com Rh+) é adicionado na amostra 3. Anticorpos do paciente se juntam nas hemácias do doador 4. Algumas gotas de reagente de Coombs (anticorpo que reconhece a imunoglobulina humana) são misturadas na amostra 5. A reação de aglutinação é observada DILUIÇÃO SERIADA o Uma diluição seriada é basicamente uma série de diluições simples que amplifica o fator de diluição o Pode ser importante para avaliar status imunológico de alguns pacientes. o Diluir é deixar menos concentrado, ao diluir uma amostra numa proporção. EX: se tenho uma amostra de ¼ de café com água quero dizer que tenho 1 porção de café para 3 de água (1+3=4). Sendo assim, ½ (= 1:1) seria 1 porçao do soluto + 1 porçao do @resumosdamed_ 10 solvente. (deixando a proporção 1:1, ou seja, se há um tubo de ensaio com 100ml de solvente, deve ter 100ml de soluto) o A fonte da amostra para diluição de cada etapa vem da diluição anterior. o Todas as diluições na série têm o mesmo fator de diluição, em que a amostra da diluição anterior é usada para fazer a diluição subsequente. o Por exemplo, se eu tiver uma diluição 1/2, meu fator de diluição é 2. Todas as diluições seguintes serão multiplicadas por 2. à 1/2 X 2 = 1/4 X 2 = 1/8 X 2 = 1/16 ... o O objetivo desse tipo de diluição é ir diminuindo progressivamente a quantidade de soluto (amostra) em relação ao diluente. COMO FAZER? Exemplo: digamos que você quer fazer uma diluição começando com 1/2 para uma curva padrão com 7 pontos (a partir da amostra pura). Isso que dizer que teremos 7 tubos identificados da seguinte forma: 1/2, 1/4, 1/8, 1/16, 1/32, 1/64 e 1/128. 1. DETERMINE O VOLUME DO DILUENTE PARA CADA ETAPA: Suponhamos que vamos precisar de no mínimo 100 uL. Adicione um volume extra, por exemplo 20 uL, para compensar erros de pipetagem. Desse modo, colocaremos em cada tubo 120 uL de diluente. 2. CALCULE O VOLUME A SER TRANSFERIDO DE UM TUBO PARA OUTRO: Volume transferido = 120 uL / (2-1) = 120 uL. 3. CALCULE O VOLUME TOTAL MISTURADO: Volume total misturado = 120 uL + 120 uL = 240 uL. 4. PREPARE OS TUBOS, COLOCANDO 120 UL DE DILUENTE EM CADA UM. 5. PREPARE A PRIMEIRA DILUIÇÃO, QUE SERÁ DE 1/2, COM 120 UL DE AMOSTRA MAIS 120 UL DE DILUENTE (QUE JÁ ESTÁ NO TUBO). 6. TRANSFIRA 120 UL DO TUBO 1 (DILUIÇÃO 1/2) PARA O SEGUNDO TUBO E MISTURE BEM. 7. FAÇA O MESMO PARA TODOS OS TUBOS SEGUINTES. 8. QUANDO CHEGAR NO ÚLTIMO TUBO, RETIRE 120 UL, PARA NÃO FICAR COM 240 UL. @resumosdamed_ 11 Para observar status imunológico, quanto mais diluído, melhor. Para observar agente infeccioso, quanto mais diluído, pior prognostico. APLICAÇÕES: As diluições seriadas são muito utilizadas nas análises clínicas e em pesquisas científicas. Em alguns exames com resultados positivos, como por exemplo VDRL, Coombs indireto, ASO, PCR e Fator Reumatoide (aglutinação em látex), a diluição seriada é utilizada para ver em qual diluição da série houve o último sinal de reatividade. Por exemplo: tenho um resultado de VDRL positivo. Faço a diluição seriada e constato que a última reatividade ocorreu na diluição de 1/256. Esse é o resultado do exame, que a gente chama de título da reação TESTE IMUNOENZIMÁTICO (ELISA) ELISA DIRETO OU SANDUICHE o É procurado o antígeno o Anticorpo primário é usado para capturar primeiro um antígeno (anticorpo de captura) o Um anticorpo secundário é conjugado a uma enzima que também reconhece epítopos no antígeno o Após a adição do cromógeno, um espectrofotômetro mede a absorbância do produto (o tanto de luz que é absorvido), que é diretamente proporcional à quantidade de antígeno capturado (a enzima, ao se juntar com o substrato, muda o ambiente de cor) o Concentrações mais altas resultam em uma cor final mais escura. o EX: caso um paciente com febre amarela esteja sendo pesquisado para essa doença, o antígeno estará ligado ao anticorpo. Se ligará então um segundo anticorpo, específico para febre amarela e ligado à um conjugado. Após os processos de lavagem, é colocado um substrato que reagirá com o meio, o mudando de cor. ELISA INDIRETO o É procurado o anticorpo. (O fluído biológico utilizado é o soro) o O ELISA indireto é usado para quantificar anticorpos específicos para antígenos no soro do paciente para o diagnóstico da doença. o O antígeno do agente de doença suspeito está ligado a placas de microtítulo. o O anticorpo primário vem do soro do paciente, que é subsequentemente ligado pelo anticorpo secundário conjugado à enzima. o A medição da produção do produto nos permite detectar ou quantificar a quantidade de anticorpo específico para o antígeno presente no soro do paciente. WESTERN BLOTTING o Detecção de proteínas. No caso do teste de HIV, seriam procuradas proteínas de partícula viral. o É um teste mais específico. (utilizado quando o ELISA é indeterminado por estar no “cutoff”) @resumosdamed_ 12 TESTES RÁPIDOS Testes rápidos são aqueles cuja execução, leitura e interpretação dos resultados são feitas em, no máximo, 30 minutos. Além disso, são de fácil execução e não necessitam de estrutura laboratorial. São uteis no diagnostico clinico. IMUNOCROMATOGRAFIA DE FLUXO LATERAL (LATERAL FLOW) Utilizam uma membrana de nitrocelulose subdividida em quatro áreas. o Área de amostra (A), onde é aplicada a amostra e a solução tampão. o Área intermediária (I), que contém o conjugado, geralmente composto de ouro coloidal ligado a anticorpos (imunoglobulinas). o Área de teste (T), que contém os antígenos fixados à membrana de nitrocelulose, onde se lê o resultado da amostra testada. o Área de controle (C), local de controle da reação e que permite a validação do teste. COVID-19 BUSCA DE ANTICORPOS O sangue é o fluido biológico utilizado para a busca de anticorpos COVID-19. @resumosdamed_ 13 o Reagente: Quando houver formação de pelo menos duas linhas coloridas: uma na área teste (IgG ou IgM) e outra, na área de controle (C). o Não Reagente: Quando houver formaçãode uma linha colorida na área de controle (C). o Inválido: Quando NÃO houver formação de linha colorida na área de controle (C). Esses testes normalmente identificam os anticorpos da região núcleo capsídeo (parte que envolve o material genético do vírus), observando se há anticorpo anti-N sendo assim, não é indicado para se fazer a fim de observar a eficácia da vacina, já que estas atuam na proteína Spike e produzem anticorpo anti-S. (o teste resultará em negativo). COVID -19 BUSCA DE ANTÍGENO O fluido biológico utilizado é o swab nasofaringeo REFERÊNCIAS: https://www.biomedicinapadrao.com.br/2016/04/como-fazer- diluicoes-seriadas.html Wallach 10ed Interpretação de Exames Laboratoriais
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