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Parasitologia módulo III

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MÓDULO III 
Parasitologia Veterinária 
Módulo III 
 
Jamiliana Q. Costa/@veterinaryresume 
Acarologia dos Ixodídeos 
INTRODUÇÃO 
 Classe arachnida: inclue carrapatos e 
ácaros que tem considerável importância 
na Veterinária. 
 Diferem da classe Insecta por terem quatro 
patas, e o corpo ser composto por 
cefalotárax e abdomem. 
 O aparelho bucal é diferenciado e 
detalhado 
 com 2 pares de 
apêndices: 
 1° quelíceras 
 2° palpos 
CARRAPATOS 
IXODÍDEOS: 
 Conhecidos 
como 
carrapatos 
duros, por ter 
um rígido 
escudo 
constituído de 
quitina no qual 
cobre toda sua 
superfície dorsal 
no macho. 
 Já na fêmea ele 
se estende por uma pequena área, 
deixando o abdomem livre para que possa 
dilatar depois da alimentação e na 
reprodução. 
IXODÍDEOS 
 São vetores importantes de várias doenças 
causadas pelos protozoários, bactérias, 
vírus e riquétsias. 
ANATOMIA DO CARRAPATO 
 Não possui antenas 
 Mandíbulas apresentam uma fusão 
completa entre cabeça, tórax e abdome. 
 O corpo dos Acari se divide em duas 
regiões(tagmas) principais: 
 O gnatossoma (anterior) 
 E um idiossoma (posterior) 
GNATOSSOMA 
 Ou capítulo, nos carrapatos estão inseridas 
as peças bucais e a abertura oral. 
 é altamente especializado onde podem ser 
encontradas diversas adaptações para 
recepção sensorial, 
captura de alimento 
e digestão pré-oral. 
 Nessa região 
se encontram as 
quelíceras e os 
palpos. 
 Quelíceras: 
são órgãos primários 
para alimentação 
adaptadas para 
mastigação, 
perfuração, 
dilaceração e 
sucção. 
 Palpos: ou 
pedipalpos auxilia 
na captura do 
alimento tem a 
mesma função do receptores sensoriais. 
 Hipostômio é uma estrutura mediano-
ventral para fixação. 
 O tritosterno é uma estrutura bi ou trifurcada 
situada na região ventral. Em alguns ácaros 
predadores ele direciona o fluxo de fluído 
da presa para o aparelho bucal. 
IDIOSSOMA: 
 É a porção posterior, corresponde a maior 
parte do corpo. 
 Dividida em podossoma (onde estão 
inseridos os quatro pares de patas) 
Parasitologia Veterinária 
Módulo III 
 
Jamiliana Q. Costa/@veterinaryresume 
 Opistossoma (parte posterior do 4º par do 
membro) 
 O idiossoma assume funções paralelas às 
do abdome, tórax, pernas e partes da 
cabeça dos insetos (função locomotora). 
 Apresenta sulcos 
 Na parte ventral tem os escudos (placas) 
esclerotizados 
 Os quais apresentam funções contra 
predadores ou desidratação. 
VISÃO DORSAL: 
 Dorsalmente, 
pode 30 haver 
um ou mais 
escudos. 
VISÃO VENTRAL: 
 Ventralmente, 
esses escudos 
ou placas 
podem 
circundar as 
regiões anal 
(escudo ou 
placa anal) e 
genital (escudo 
ou placa 
genital). 
 O idiossoma 
apresenta 
receptores sensoriais 
 Na forma de espinhos, setas ou poros, que 
permitem receber os estímulos externos. 
 As patas dos ácaros são estruturas 
locomotoras inseridas na parte ventral ou 
ventro-lateral do idiossoma, consistem de 
sete segmentos (da base para o ápice) 
como coxa, trocânter, fêmur, genu, tíbia, 
tarso e pretarso. Neste último segmento 
encontra-se um par de garras e/ou um 
empódio em forma de pena ou em forma 
de ventosa. 
 As patas, além da função locomotora, tem 
função sensorial (primeiro par). 
 Para encontrar a localização do 
hospedeiro, na fixação do casal durante o 
acasalamento e nas capturas das presas. 
 Os estigmas ou espiráculos são aberturas 
externas situadas no idiossoma que fazem 
parte do sistema traqueal. 
 São de grande importância taxonômica 
quanto a posição, presença ou ausência. 
 Os estigmas, localizados entre as coxas III e 
IV estão associados ao 
peritrema, sendo 
alongada e se 
estendem 
anteriormente. 
 Nos carrapatos, 
ordem Ixodideos a 
placa espiracular 
localiza-se logo após a 
coxa IV. 
 O orifício genital está 
localizado na linha 
média ventral e o ânus 
é posterior. 
GÊNEROS DE C. 
DUROS 
 Ixodes 
 Amblyomma 
 Anocentor 
 Rhipicephalus 
rhipicephalus Sanguineus 
CARACTERÍSTICAS 
 São carrapatos sem ornamentação 
 Sulco anal posterior ao ânus 
 Possuem um par de estigmas respiratórios 
ao nível da coxa IV abrindo-se em 
peritremas curtos 
 O rostro e os palpos são curtos 
 Base do capítulo é hexagonal 
Parasitologia Veterinária 
Módulo III 
 
Jamiliana Q. Costa/@veterinaryresume 
 Peritrema em forma de vírgula no macho e 
na fêmea pouco acentuado. 
 Machos com duas placas adanais internas 
bem desenvolvidas e duas externas 
(acessórias) pouco acentuadas, 
terminadas em pequena ponta 
 Com olhos, com festões 
 Coxa I com dois espinhos longos 
 Machos geralmente menores que as 
fêmeas 
 Fêmeas com área porosa na base do 
capítulo. 
 Carrapatos com escudo dorsal cobrindo 
toda a face dorsal no macho 
 E somente 1/3 face dorsal da fêmea, ninfa 
e larva. 
 Provocam reações cutâneas e causarem 
anemia. 
 Ciclo: ovo - larva - ninfa – adultos. 
HOSPEDEIROS 
 Cães- carrapato vemelho 
 Eventualmente gatos 
 Humanos e outros mamíferos 
TRANSMISSOR 
 Transmitir os protozoários como babesia e 
ehrlichia podendo causar paralisia do 
carrapato no cão. 
EPIDEMIOLOGIA 
 Resistentes ao ambiente até 3 anos sem 
parasitar 
 Áreas úmidas como gramas molhadas, 
pastos, úmidos é propicio 
 Clima tropical ou temperado é ideal para 
sua proliferação pois em ambientes até 30 
°C é ideal para sua formação 
 
CICLO BIOLÓGICO 
 O ciclo possui 4 estágios: Ovo, larva, ninfa e 
adulto. 
 No Canino: 
 Observa as fases jovens, larva, ninfa e 
adulta 
 Não é observado a troca de muda no 
animal e sim no ambiente 
 No ambiente: 
 Observa os carrapatos em ninhos, em solos, 
paredes que contenha frestas onde 
possam se esconder, telhados, madeiras, 
construções inacabadas. 
 Normalmente estes ninhos são próximos de 
onde o animal dorme. Ao sair do 
esconderijo, os carrapatos caminham pelo 
ambiente a procura pelo cão. 
 As fêmeas após soltarem dos hospedeiros, 
procuram um abrigo próximo ao solo 
 No solo põem grande quantidade do seus 
ovos 
 O período de ovipostura pode levar vários 
dias 
 Terminada a oviposição as fêmeas morrem 
 Os ovos são castanhos, esféricos e 
pequenos 
 O desenvolvimento do ovo até adulto 
depende muito das condições de 
temperatura. 
 As baixas temperaturas prolongam os 
estádios de desenvolvimento 
 Durante o desenvolvimento os ixodídeos 
passam pelos estádios de larva hexápoda, 
ninfa octópoda e adulto. 
 No solo as larvas eclodem sobem pelas 
gramíneas e arbustos (na ponta da 
vegetação) e esperam a passagem do 
hospedeiro 
 No hospedeiro se alimenta por alguns dias, 
cai no solo para se transformar em ninfa. 
 Esta que é octópoda espera alguns dias 
para o enrijecimento da cutícula 
 Ingurgita-se de sangue e muda novamente 
transformando-se em adultos (macho ou 
fêmea). 
 As fêmeas repletas de sangue se 
desprendem do hospedeiro e no solo após 
Parasitologia Veterinária 
Módulo III 
 
Jamiliana Q. Costa/@veterinaryresume 
um período de descanso, iniciam a 
ovipostura. 
 Os machos permanecem mais tempo no 
hospedeiro. 
 A cópula usualmente ocorre sobre o 
hospedeiro 
 Ciclo trioxeno. 
CLASSIFICAÇÃO DO CICLO DE ACORDO 
COM O NÚMERO DE HOSPEDEIROS 
 Monoxeno: Carrapato de um só hospedeiro 
 É quando todos os três estádios (larva, ninfa 
e adulto) se alimentam no mesmo 
hospedeiro, onde também realizam as 
mudas. 
 Dioxeno: Carrapato de dois hospedeiros 
 Os estádios de larva e ninfa são no mesmo 
hospedeiro, onde também é realizada a 
primeira ecdise. 
 A segunda ecdise se realiza no solo e o 
ixodídeo adulto procura um segundo 
hospedeiro. 
 Trioxeno: Carrapato de três hospedeiros 
 Para cada estádio há um hospedeiro, todas 
as mudas são feitas fora do hospedeiro. 
IMPORTÂNCIA NA MEDICINA 
VETERINARIA 
 Altas infestações provocam desde leves 
irritações até anemia por ação espoliadora.O carrapato pode atacar qualquer região 
do corpo, porém é mais freqüente nos 
membros anteriores e nas orelhas. 
 É considerado o principal transmissor da 
babesiose canina; 
 A transmissão pode ser transovariana ou 
transestadial, pode também transmitir vírus 
e bactérias. 
 Pode atacar o homem causando 
dermatites. 
CONTROLE 
 Aplicação de banhos carrapaticidas nos 
cães 
 Obs: não dá em alta dosagem para não 
intoxicar o animal 
 Não permitir que o animal ingira o 
carrapaticida através de lambeduras 
 Repetindo-se o tratamento duas ou três 
vezes com intervalos de 14 dias. 
 Pulverizar o ambiente, para isso é 
necessário o deslocamento do animal para 
outro local 
 Após 15 dias pulverizar novamente e 
 Após 8 dias pulverizar novamente 
 Assim quebra o ciclo do carrapato 
 Limpeza dos canis. 
 Higiene e isolamento dos cães 
 Pode usar o maçarico de fogo pois ele 
também mata os carrapatos do ambiente 
de forma eficiente 
TIPOS DE CARRAPATICIDA PARA CÃES 
COMPRIMIDO: 
 Ex: Bravecto é um comprimido que da 
apenas uma vez e deixa seu animal 
protegido de 3 até 6meses 
COLEIRA: 
 Uso dela constante retirada apenas para 
banho e manter longe da boca do animal 
 Aplicação no, também protege cerca de 
3 meses 
POUR-ON – APLICAÇÃO DORSAL: 
 Aplique o carrapaticida no dorso em forma 
de linha, não pode dar banho, aguardar 5 
dias para sua retirada 
 
 
 
 
 
Parasitologia Veterinária 
Módulo III 
 
Jamiliana Q. Costa/@veterinaryresume 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Parasitologia Veterinária 
Módulo III 
 
Jamiliana Q. Costa/@veterinaryresume 
 
R. microplus 
CARATERISTICAS 
 Rostro e palpos curtos, achatados, rugosos 
lateral e dorsalmente. 
 Base do gnatossoma hexagonal. 
 Escudo sem ornamentação 
 Olhos presentes 
 Festões ausentes 
 Peritremas arredondados ou ovais 
 Machos com dois pares de placas adanais, 
ventrais desenvolvidas e geralmente com 
prolongamento caudal 
 Conhecidos como carrapatos azuis 
HOSPEDEIROS 
 Bovinos 
 Animais Silvestres 
TRANSMISSOR 
 Babesia 
 Anaplasma 
 Em bovinos de regiões subtropicais e 
tropicais 
CICLO BIOLÓGICO 
VIDA LIVRE 
 O R.(B.) microplus é um carrapato de um só 
hospedeiro (monoxeno). 
 As fêmeas ingurgitadas (denominadas 
teleóginas) e prestes a darem início a 
ovoposição desprendem-se naturalmente 
do hospedeiro e no solo procuram um lugar 
apropriado para a ovipostura. Período de 
pré- postura tem média de 3 dias, 
ovopostura em média de 17-90 dias 
 As teleóginas realizam a postura de 3000 a 
4000 ovos que permanecem aglutinados. 
 Terminada a ovoposição a fêmea morrem 
 à fase de eclosão, para a qual são 
necessários de 5-10 dias, podendo, no 
entanto durar até mais de 100. 
 Após o nascimento das neolarvas, é 
necessário um período de 4-20 dias para 
que se tornem larvas infestantes. 
 Portanto, o tempo de vida livre do 
carrapato dos bovinos gira em torno de 28 
a 51 dias. 
 A duração do ciclo não parasitário varia 
muito dependendo das condições 
climáticas, sendo 27 0 C e 80% umidade as 
condições ideais para o desenvolvimento 
do ciclo. 
 Obs: larvas podem ficar mais de seis meses 
sem se alimentar. Em condições ótimas de 
temperatura e umidade, a queda/ postura/ 
eclosão tem duração de um mês 
 O ingurgitamento e queda da fêmea do B. 
microplus são bastante rápidos. 
VIDA PARASITÁRIA 
 A fase de vida parasitária inicia-se quando 
a larva infestante instala-se no hospedeiro 
passando a ser larva parasitária e 
transformando-se em metalarva, sendo 
necessários cinco dias, em média, para 
esse período. 
 Podendo variar entre três a oito dias. 
 São necessárias várias transformações para 
que o carrapato chegue ao estádio adulto, 
sendo apresentados, a seguir, os seus 
respectivos períodos de duração: 
 metalarva a ninfa (5 a 10 dias, em média 8); 
 ninfa a metaninfa (9 a 23 dias, 13 em 
média). 
 Nesta fase, já há diferenciação entre os 
sexos, e a transformação de metaninfa 
para neandro necessita de 18 a 28 dias, 
 passando a gonandro em 2 dias, 
permanecendo no animal por mais de 38 
dias. 
 
Parasitologia Veterinária 
Módulo III 
 
Jamiliana Q. Costa/@veterinaryresume 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA 
VETERINÁRIA 
Parasitologia Veterinária 
Módulo III 
 
Jamiliana Q. Costa/@veterinaryresume 
1- DANO DIRETO CAUSADO PELA PICADA DO 
CARRAPATO: 
 com irritação local e perda de sangue 
 A picada do carrapato provoca irritação e 
predispõe o animal a ataques de moscas 
 miíases. 
 A pele irritada serve de via de acesso para 
infecções secundárias. 
 Cada fêmea suga em toda a sua vida 1,5 
ml de sangue, o que provoca anemia e 
perda na produtividade de carne e leite. 
 Desvio de energia: Há um enorme esforço 
do animal para compensar os danos 
causados pelo carrapato o que representa 
um desvio de energia que seria convertida 
para produção. 
 Desvalorização dos couros e diminuição na 
produção das vacas leiteiras. 
2- TRANSMISSÃO DE DOENÇAS 
 Transmite a Babesia e o Anaplasma 
agentes causadores da tristeza parasitária 
bovina. 
 Pode transmitir também viroses e bactérias. 
CONTROLE 
 Evitar o crescimento das femeas 
ingurgitadas 
 Para o controle deve-se entender o ciclo 
 As fêmeas adultas precisam de 20-24 dias 
para se tornar em ingurgitadas 
 O tratamento a cada 21 dias tem um bom 
controle porem as ninfas parecem ser 
menos susceptíveis aos acaricidas. 
 É necessário um intervalo de 12-15 dias 
entre o tratamento do início da estação dos 
carrapatos 
 Ou seja, faz o controle no animal e no 
ambiente, e com 15 dias depois fazer o 
mesmo esquema 
COMO FAZER O CONTROLE? 
CONTROLE NO AMBIENTE 
 Limpeza das pastagens 
 Mudança de vegetação através de 
drenagem, calagem e gradagem do solo 
diminui consideravelmente a quantidade 
de larvas na pastagem. 
 A limpeza, com corte de pastos, de 
arbustos (abrigos naturais das larvas) 
contribui para diminuição da infestação 
dos rebanhos. 
 Rotação das pastagens 
 Consiste na mudança dos rebanhos para 
novas pastagens em épocas estratégicas, 
de acordo com a biologia do carrapato. 
 A pastagem deve permanecer em 
descanso por determinado tempo até que 
as larvas morram por falta de alimentação. 
 Queima das pastagens 
 É um método bastante utilizado no Brasil, 
porém pouco eficaz, pois algumas larvas 
não morrem porque penetram no solo ou 
nas partes mais profundas da vegetação. 
 Tratamento das pastagens com 
carrapaticida 
 Não compensa, é uma operação difícil e 
caro. 
CONTROLE NO HOSPEDEIRO 
 Banho de Imersão 
 É o método preferido há vários anos. 
 Utilizado para propriedades com grande 
número de animais, pois o custo das 
instalações e gasto com produtos químicos 
é alto. 
RECOMENDAÇÕES NA APLICAÇÃO DOS 
BANHOS: 
 Verificar o nível da suspensão ou emulsão 
no tanque carrapaticida, ajustando o 
volume com adição de água ou de 
carrapaticida. 
 Homogeneizar a emulsão ou suspensão, 
antes de banhar o gado. 
Parasitologia Veterinária 
Módulo III 
 
Jamiliana Q. Costa/@veterinaryresume 
 Banhar os animais descansados e sem sede. 
 Banhar os animais nas horas mais frescas do 
dia. 
COMO BANHAR? 
 Em um tanque com agua o suficiente que 
cobre o animal até o dorso, deixando a 
cabeça e pescoço fora, interessante que o 
animal ande dentro e que a solução faça 
efeito dentro do tempo estimado, portanto 
é interessante manter o animal por alguns 
minutos em imersão. 
Amblyomma cajennense 
CARACTERISTICAS 
 Carrapatos com escudo ornamentado, 
conhecido como carrapato estrela 
 O gnatossoma mais longo do que largo e 
presença de olhos no escudo 
 Presença de festões 
 placas adanais ausentes 
 estigmas com forma de vírgula ou triângulo 
 Parasita a maioria dos animais domésticos e 
silvestres, podeainda parasitar o homem 
HOSPEDEIROS 
 Parasita a maioria dos animais domésticos 
 Bovinos, equinos 
 Alguns silvestres (capivaras) 
 Pode parasitar o homem 
CICLO BIOLÓGICO 
 É um carrapato que exige três hospedeiros 
para completar o ciclo (trioxeno), pois 
todas as mudas são feitas fora dos 
hospedeiros. 
 A fêmea põe de 6000 a 8000 ovos em toda 
sua vida 
TRANSMISSOR 
 Babesiose 
 Theileriose equina 
 Febre maculosa no homem 
IMPORTANCIA NA MEDICINA 
VETERINARIA 
 Pode transmitir vários agentes patogênicos, 
como Borrelia, agente da doença de Lyme 
 Rickettsia rickettsi causadora da febre 
maculosa. 
 A sua picada pode originar ferimentos na 
pele de cura demorada 
CONTROLE 
 Igual do Rhipicephalus 
 
Anocentor 
CARACTERÍSTICAS 
 Rostro e palpos relativamente curtos. 
Parasitologia Veterinária 
Módulo III 
 
Jamiliana Q. Costa/@veterinaryresume 
 Peritremas circulares (parece um dial de 
telefone). 
 Escudo sem ornamentação. 
 Com sete festões 
 Coxas IV muito maiores que as demais 
 Sem placas adanais 
 É reconhecido como o transmissor da 
Babesia caballi, agente etiológico da 
babesiose equina, doença que causa 
morte dos animais e queda no 
desempenho 
HOSPEDEIROS 
 Eqüídeos (carrapato da orelha de cavalo) 
LOCALIZAÇÃO 
 Principalmente no pavilhão auricular 
CICLO BIOLÓGICO 
 Monoxeno 
 As fêmeas põem em média 3000 ovos no 
solo. 
 As larvas podem resistir até 71 dias sem se 
alimentar quando as condições são 
favoráveis. 
 Ciclo completo em média de 60-65 dias 
TRATAMENTO 
 Banhar o equino em imersão com 
carrapaticida diluído em água 
 Carrapaticida tópico no pavilhão auricular 
 E pulverizar o ambiente também com 
carrapaticidas, maçarico de fogo, trocar 
de pastagem fazendo a rotação. 
 
IMPORTÂNCIA NA MEDICINA 
VETERINÁRIA 
 Pode transmitir vários agentes patogênicos 
como Babesia 
 A sua picada pode originar ferimentos na 
pele com até perda da orelha. 
 Favorece miíases 
 
Ixodes ricinus 
CARACTERÍSTICAS 
 Não ornamentados 
 Sem festões e olhos 
 Palpos longos 
 Macho tem a superfície ventral quase que 
totalmente coberta pelas placas 
 Tem um sulco anterior ao ânus 
IDENTIFICAÇÃO 
 Fêmea ingurgitada é cinza clara com 1mm 
de comprimento, tem formato de feijão e 
4 patas. 
 Machos maior do que a fêmea, seu 
abdômen é menor deixando suas patas 
mais visíveis 
 Ninfas medem menos de 2mm, parecidas 
com os adultos 
 Larvas menos de 1mm de comprimento de 
coloração amarela, e apenas três pares 
de patas. 
CICLO BIOLÓGICO 
 Carrapato de 3 hospedeiros, nutre apenas 
por alguns dias ao ano, requer 3 anos pra 
completar o ciclo. 
 No 1° ano sob forma de larva 
 No 2° ano sob forma de ninfa 
Parasitologia Veterinária 
Módulo III 
 
Jamiliana Q. Costa/@veterinaryresume 
 No 3° sob forma de adulto 
 Após a fixação no hospedeiro a fêmea é 
inseminada e um único repasto sanguíneo 
 O macho nutre de modo intermitente assim 
como o acasalamento 
 A fêmea após fertilizada se alimenta por um 
período de 14 dias 
 E depois disso solta do hospedeiro para 
depositar seu ovos no solo, as larvas 
eclodem dos ovos e no ano seguinte se 
alimentam cerca de 6 dias, cai no solo para 
mudar para o estágio de linfa. 
 No 3° ano esse estágio se alimenta 
tornando adulto. 
 Dentro desses 3 anos as larvas, ninfas e 
adultos se alimentam durante 26-28 dias, 
sendo considerado um parasita temporário. 
EPIDEMIOLOGIA 
 Encontrados nas pontas dos pastos em 
busca de um hospedeiro. 
IMPORTÂNCIA PATOGÊNICA 
 Causam lesões na pele devido sua 
penetração, deixando um meio propício 
para entrada de microorganismos 
causando infecções. 
 Dermatite de pele, hiperemia e edema 
 Podem levar o animal a um quadro de 
anemia em infestação em massa 
 Pode causar queda na produção 
principalmente de couro e pele pode 
perder o valor consideravelmente 
 Transmissor de outras doenças como a 
babesia 
 Causa a febre por coxiella burnetii, e febre 
recorrente 
 Paralisia por picada do carrapato 
CONTROLE 
 Em determinadas épocas do ano o 
carrapato está no hospedeiro 
 Controle do ambiente e animal é a forma 
mais eficiente 
 Banhos em imersão de carrapaticida 
diluído em agua e intervalo de 15 dias e 
refazer o processo, assim controlando larvas 
e ninfas e no mesmo período pulverizar o 
ambiente ou fazer a rotação do mesmo. 
 A melhor opção é o banho pois existem 
alguns locais incomuns que o carrapato 
gosta de parasitar como vulva, escroto, 
virilha, úbere, orelha é necessário garantir a 
aplicação adequada do carrapaticida 
 A resistência ao carrapaticida pode 
ocorrer, porem existem outras medidas 
como queima de pastos, rodízio de pastos 
podem ser métodos bons. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Parasitologia Veterinária 
Módulo III 
 
Jamiliana Q. Costa/@veterinaryresume 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Parasitologia Veterinária 
Módulo III 
 
Jamiliana Q. Costa/@veterinaryresume 
Acarologia dos Argasídeos 
INTRODUÇÃO 
 Carrapatos moles, pois não tem escudo 
 Peças bucais são pequenas não se 
tornando visíveis 
 Não se dilatam tanto na ingurgitação 
 O acasalamento ocorre no ambiente 
 São bastante resistentes a secas com 
capacidade de viver por alguns anos no 
ambiente 
 Sua superfície é texturizada 
 No ambiente vivem em ninhos e tocas. 
Argas 
 Carrapato das aves 
 Distribuição cosmopolita 
 Ciclo evolutivo com 2 estágios larvais e no 
mínimo 2 ninfas antes de virar adulto 
 Vivem em fendas e frestas de aviários 
 São resistentes vivendo no ambiente por 
anos mesmo sem se alimentar 
 aproximam-se das aves somente à noite 
para exercer a hematofagia (1 vez/mês) 
 adultos vivem vários anos, mesmo na 
ausência de hospedeiros adequados 
 causam insônia, queda da produtividade, 
anemia 
 transmitem Borrelia anserina e 
Aegyptianella pullorum (riquetsiose) 
CARACTERISTICAS 
 Tem limites nítidos entre a face superior e 
inferior do corpo 
 Não tem olhos 
 Tem hábitos noturnos 
 Gnatossoma ventral nos adultos e nas ninfas 
e anterior nas larvas. 
 Palpos livres. 
 Orifício genital entre as coxas I e II. 
 Fêmeas sem áreas porosas na base do 
capítulo 
 Tegumento coriáceo, rugoso e granuloso. 
 Peritrema entre o 3 e 4 par de coxas. 
 Dimorfismo sexual pouco acentuado. 
 Face dorsal separada da ventral por um 
bordo 
lateral nítido 
 Achatado dorso-ventralmente. 
 Aparelho bucal na face ventral. 
HOSPEDEIROS 
 Galinha, peru, pombo e outras aves. 
 Carrapato comum em galinheiros 
CICLO 
 Durante o dia os adultos permanecem 
escondidos em buracos e frestas, sob 
cascas de árvores, lugares protegidos da 
luz. 
 À noite saem dos esconderijos e sobem nas 
aves para sucção que dura em média 30 
minutos. 
 Após a alimentação as ninfas e adultos 
voltam para os esconderijos e as fêmeas se 
preparam para postura. 
 Cada sucção corresponde a uma postura 
de 
120 a 180 ovos. 
 A fêmea põe ao todo uns 600 ovos. 
 suga durante 5 a 10 dias, depois disso ela 
retorna ao esconderijo 
 Depois de ingurgitada ela volta ao 
esconderijo onde muda a cutícula 
transformando-se na N1 (ninfa 1 ou 
protoninfa). 
 Esta procura o hospedeiro e alimenta-se por 
30 a 60 min. 
 Regressa ao abrigo e muda para Ninfa 2. 
 Esta também procura o hospedeiro se 
alimenta e muda. 
 Após a muda aparecem os adultos. 
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Módulo III 
 
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 Ciclo biológico em condições favoráveis de 
temperatura e umidade se completa em 2 
meses. 
 Os adultos copulam fora do hospedeiro, nos 
esconderijos, e as fêmeas só realizam 
postura após o repasto sangüíneo. 
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA 
VETERINÁRIA 
 Tem importância pela sua ação 
espoliadora levando à anemia e 
mortalidade de aves, principalmente as 
jovens. 
 Há lesões hemorrágicas na pele. 
 Os carrapatos irritam as aves, estas bicam a 
pele e conseqüentemente há diminuição 
da postura. 
 Há desenvolvimento retardado das aves 
novas 
 Serve como transmissorde microorganismos 
(Borreliose). 
DIAGNÓSTICO 
 Procurar os ácaros à noite, larvas a 
qualquer hora do dia principalmente 
embaixo das asas. 
Ornithodoros 
 Vivem em solos arenosos, habitações 
rústicas, áreas sombreadas 
 Reservatório das doenças: febre suína 
africana e espiroquetídeo 
 Ninfas e adultos são parasitas que causam 
irritações de pele 
 Infestação em massa causa mortalidade 
do animal 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS 
 Argasidae sem limitação das faces dorsal e 
ventral. 
 Formato de corpo retangular. 
 Hipostômio bem desenvolvido nos adultos. 
HOSPEDEIROS 
 Homem e animais domésticos. 
CICLO BIOLÓGICO 
 Vivem em solo arenoso, em áreas 
sombreadas, ao redor de árvores. Muito 
parecido com o anterior, só mudam os 
hospedeiros e passam por duas ou mais 
fases de ninfa antes de chegarem a 
adultos. 
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÁRIA 
 Transmissor da Borrelia causadora da 
doença de Lyme. -São hematófagos e 
provocam grande irritação. 
CONTROLE 
 Destruição dos esconderijos, aplicação de 
acaricidas. 
Sarnas 
INTRODUÇÃO 
 Os ácaros são parasitas pequenos, gostam 
de ter contato com a pele em tempo 
prolongado do hospedeiro 
 São parasitas obrigatórios, e sua diferença 
para os carrapatos é que ele passa todo o 
ciclo evolutivo incluindo as trocas de mudas 
no hospedeiro, não sai em momento 
nenhum. 
 São divididos em ácaros escavadores e não 
escavadores 
 Fases de vida: ovo > larva > protoninfa > 
deutoninfa > adulto 
Ácaros escavadores 
INTRODUÇÃO 
 Pertencentes a Família Sarcoptidae: 
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Jamiliana Q. Costa/@veterinaryresume 
 Sarcoptes Scabiei 
 Notoedres Cati 
 Knemidocoptes Gallinae 
 Pertecente a Família Demodicidae: 
 Demodex Canis 
MORFOLOGIA 
 Corpos arredondados 
 Patas bem curtas 
 Corpo coberto por placas dorsais e ventrais 
 Larvas com três pares de patas 
 Ninfas e adultos com quatro pares de patas 
 Respiração cutânea ou traqueal 
 Presença de escudo dorsal. 
 Hipostômio não contém dentes recorrentes 
Sarcoptidae 
Sarcoptes Scabiei 
 Conhecida por ser a sarna que causa a 
escabiose 
HOSPEDEIROS 
 Mamíferos e humanos 
MORFOLOGIA E CARACTERÍSTICAS 
 Contorno arredondado 
 Produz galeria(túnel) nas camadas da 
epiderme 
 Nutre-se de de tecido lesionado e liquido 
que fluí dos mesmos 
 Ovos são colocados dentro desses túneis 
eclodindo em 3-5 dias 
 As larvas por sua vez escavam camadas 
superficiais da pele, criando pequenas 
bolsas de mudas, nas quais essas mudas se 
transformam em ninfas e logo após adultos 
 O macho adulto sai dos tuneis e vai em 
busca de uma fêmea na superfície. 
 Quando ocorre a fertilização, após isso, as 
fêmeas produz novos túneis. 
 O ciclo dura entre 17 a 21 dias. 
 Transmissão por contato com a superfície 
de um animal infectado com as larvas. 
 Conhecida por ser a sarna sarcóptica dos 
cães 
CICLO BIOLÓGICO 
 
LOCAIS DE ATUAÇÃO 
 Preferem áreas como orelhas. Focinho, 
face, cotovelos, infestações graves se 
estendem por todo corpo 
SINAIS CLINICOS 
 Eritema com formação de pápulas 
 Seguido por formação de escamas e 
crostas por toda pele, com alopecia (perda 
de pelo) 
 Intenso prurido (coceira) 
 Automutilação 
 Sendo contagiosa para outros cães 
 Gatos: é menos comum mas pode ocorrer 
causando queda progressiva de pelos das 
orelhas, face, pescoço estendendo ao 
abdome. 
 Suínos: grau de intenso prurido, 
hipersensibilidade desenvolvida por 
alérgenos dos ácaros. 
 Em caso de negligenciamentos: toda 
superfície da pele pode ser envolvida em 
cães debilitam muito, causando 
emagrecimento, odor forte. 
DIAGNÓSTICO 
 Anamnese + sinais clínicos (prurido) sempre 
é um bom diagnóstico mas para confirmar 
precisa ver a presença do ácaro 
 Exame de raspado de pele: para verificar 
a presença de ácaros 
 Demonstração de IgE em teste sorológico 
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Módulo III 
 
Jamiliana Q. Costa/@veterinaryresume 
CONTROLE 
 Manter o animal infestado longe de outros 
grupos de animais sadios 
 Se tiver outros animais que tiveram contato 
com o mesmo, tratar também. 
TRATAMENTO 
 Banhos repetidos com imersão de 
acaricida: cal sufurada a 25% 
 Banhos em imersão de amitraz: com 
intervalos de duas semana 
 Em caso de alto estresse: o uso de 
corticoide alivia o prurido podendo ser 
administrados via oral

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