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Conta da Microsoft [NOME DA EMPRESA] [Endereço da empresa] [TÍTULO DO DOCUMENTO] MÓDULO III Parasitologia Veterinária Módulo III Jamiliana Q. Costa/@veterinaryresume Acarologia dos Ixodídeos INTRODUÇÃO Classe arachnida: inclue carrapatos e ácaros que tem considerável importância na Veterinária. Diferem da classe Insecta por terem quatro patas, e o corpo ser composto por cefalotárax e abdomem. O aparelho bucal é diferenciado e detalhado com 2 pares de apêndices: 1° quelíceras 2° palpos CARRAPATOS IXODÍDEOS: Conhecidos como carrapatos duros, por ter um rígido escudo constituído de quitina no qual cobre toda sua superfície dorsal no macho. Já na fêmea ele se estende por uma pequena área, deixando o abdomem livre para que possa dilatar depois da alimentação e na reprodução. IXODÍDEOS São vetores importantes de várias doenças causadas pelos protozoários, bactérias, vírus e riquétsias. ANATOMIA DO CARRAPATO Não possui antenas Mandíbulas apresentam uma fusão completa entre cabeça, tórax e abdome. O corpo dos Acari se divide em duas regiões(tagmas) principais: O gnatossoma (anterior) E um idiossoma (posterior) GNATOSSOMA Ou capítulo, nos carrapatos estão inseridas as peças bucais e a abertura oral. é altamente especializado onde podem ser encontradas diversas adaptações para recepção sensorial, captura de alimento e digestão pré-oral. Nessa região se encontram as quelíceras e os palpos. Quelíceras: são órgãos primários para alimentação adaptadas para mastigação, perfuração, dilaceração e sucção. Palpos: ou pedipalpos auxilia na captura do alimento tem a mesma função do receptores sensoriais. Hipostômio é uma estrutura mediano- ventral para fixação. O tritosterno é uma estrutura bi ou trifurcada situada na região ventral. Em alguns ácaros predadores ele direciona o fluxo de fluído da presa para o aparelho bucal. IDIOSSOMA: É a porção posterior, corresponde a maior parte do corpo. Dividida em podossoma (onde estão inseridos os quatro pares de patas) Parasitologia Veterinária Módulo III Jamiliana Q. Costa/@veterinaryresume Opistossoma (parte posterior do 4º par do membro) O idiossoma assume funções paralelas às do abdome, tórax, pernas e partes da cabeça dos insetos (função locomotora). Apresenta sulcos Na parte ventral tem os escudos (placas) esclerotizados Os quais apresentam funções contra predadores ou desidratação. VISÃO DORSAL: Dorsalmente, pode 30 haver um ou mais escudos. VISÃO VENTRAL: Ventralmente, esses escudos ou placas podem circundar as regiões anal (escudo ou placa anal) e genital (escudo ou placa genital). O idiossoma apresenta receptores sensoriais Na forma de espinhos, setas ou poros, que permitem receber os estímulos externos. As patas dos ácaros são estruturas locomotoras inseridas na parte ventral ou ventro-lateral do idiossoma, consistem de sete segmentos (da base para o ápice) como coxa, trocânter, fêmur, genu, tíbia, tarso e pretarso. Neste último segmento encontra-se um par de garras e/ou um empódio em forma de pena ou em forma de ventosa. As patas, além da função locomotora, tem função sensorial (primeiro par). Para encontrar a localização do hospedeiro, na fixação do casal durante o acasalamento e nas capturas das presas. Os estigmas ou espiráculos são aberturas externas situadas no idiossoma que fazem parte do sistema traqueal. São de grande importância taxonômica quanto a posição, presença ou ausência. Os estigmas, localizados entre as coxas III e IV estão associados ao peritrema, sendo alongada e se estendem anteriormente. Nos carrapatos, ordem Ixodideos a placa espiracular localiza-se logo após a coxa IV. O orifício genital está localizado na linha média ventral e o ânus é posterior. GÊNEROS DE C. DUROS Ixodes Amblyomma Anocentor Rhipicephalus rhipicephalus Sanguineus CARACTERÍSTICAS São carrapatos sem ornamentação Sulco anal posterior ao ânus Possuem um par de estigmas respiratórios ao nível da coxa IV abrindo-se em peritremas curtos O rostro e os palpos são curtos Base do capítulo é hexagonal Parasitologia Veterinária Módulo III Jamiliana Q. Costa/@veterinaryresume Peritrema em forma de vírgula no macho e na fêmea pouco acentuado. Machos com duas placas adanais internas bem desenvolvidas e duas externas (acessórias) pouco acentuadas, terminadas em pequena ponta Com olhos, com festões Coxa I com dois espinhos longos Machos geralmente menores que as fêmeas Fêmeas com área porosa na base do capítulo. Carrapatos com escudo dorsal cobrindo toda a face dorsal no macho E somente 1/3 face dorsal da fêmea, ninfa e larva. Provocam reações cutâneas e causarem anemia. Ciclo: ovo - larva - ninfa – adultos. HOSPEDEIROS Cães- carrapato vemelho Eventualmente gatos Humanos e outros mamíferos TRANSMISSOR Transmitir os protozoários como babesia e ehrlichia podendo causar paralisia do carrapato no cão. EPIDEMIOLOGIA Resistentes ao ambiente até 3 anos sem parasitar Áreas úmidas como gramas molhadas, pastos, úmidos é propicio Clima tropical ou temperado é ideal para sua proliferação pois em ambientes até 30 °C é ideal para sua formação CICLO BIOLÓGICO O ciclo possui 4 estágios: Ovo, larva, ninfa e adulto. No Canino: Observa as fases jovens, larva, ninfa e adulta Não é observado a troca de muda no animal e sim no ambiente No ambiente: Observa os carrapatos em ninhos, em solos, paredes que contenha frestas onde possam se esconder, telhados, madeiras, construções inacabadas. Normalmente estes ninhos são próximos de onde o animal dorme. Ao sair do esconderijo, os carrapatos caminham pelo ambiente a procura pelo cão. As fêmeas após soltarem dos hospedeiros, procuram um abrigo próximo ao solo No solo põem grande quantidade do seus ovos O período de ovipostura pode levar vários dias Terminada a oviposição as fêmeas morrem Os ovos são castanhos, esféricos e pequenos O desenvolvimento do ovo até adulto depende muito das condições de temperatura. As baixas temperaturas prolongam os estádios de desenvolvimento Durante o desenvolvimento os ixodídeos passam pelos estádios de larva hexápoda, ninfa octópoda e adulto. No solo as larvas eclodem sobem pelas gramíneas e arbustos (na ponta da vegetação) e esperam a passagem do hospedeiro No hospedeiro se alimenta por alguns dias, cai no solo para se transformar em ninfa. Esta que é octópoda espera alguns dias para o enrijecimento da cutícula Ingurgita-se de sangue e muda novamente transformando-se em adultos (macho ou fêmea). As fêmeas repletas de sangue se desprendem do hospedeiro e no solo após Parasitologia Veterinária Módulo III Jamiliana Q. Costa/@veterinaryresume um período de descanso, iniciam a ovipostura. Os machos permanecem mais tempo no hospedeiro. A cópula usualmente ocorre sobre o hospedeiro Ciclo trioxeno. CLASSIFICAÇÃO DO CICLO DE ACORDO COM O NÚMERO DE HOSPEDEIROS Monoxeno: Carrapato de um só hospedeiro É quando todos os três estádios (larva, ninfa e adulto) se alimentam no mesmo hospedeiro, onde também realizam as mudas. Dioxeno: Carrapato de dois hospedeiros Os estádios de larva e ninfa são no mesmo hospedeiro, onde também é realizada a primeira ecdise. A segunda ecdise se realiza no solo e o ixodídeo adulto procura um segundo hospedeiro. Trioxeno: Carrapato de três hospedeiros Para cada estádio há um hospedeiro, todas as mudas são feitas fora do hospedeiro. IMPORTÂNCIA NA MEDICINA VETERINARIA Altas infestações provocam desde leves irritações até anemia por ação espoliadora.O carrapato pode atacar qualquer região do corpo, porém é mais freqüente nos membros anteriores e nas orelhas. É considerado o principal transmissor da babesiose canina; A transmissão pode ser transovariana ou transestadial, pode também transmitir vírus e bactérias. Pode atacar o homem causando dermatites. CONTROLE Aplicação de banhos carrapaticidas nos cães Obs: não dá em alta dosagem para não intoxicar o animal Não permitir que o animal ingira o carrapaticida através de lambeduras Repetindo-se o tratamento duas ou três vezes com intervalos de 14 dias. Pulverizar o ambiente, para isso é necessário o deslocamento do animal para outro local Após 15 dias pulverizar novamente e Após 8 dias pulverizar novamente Assim quebra o ciclo do carrapato Limpeza dos canis. Higiene e isolamento dos cães Pode usar o maçarico de fogo pois ele também mata os carrapatos do ambiente de forma eficiente TIPOS DE CARRAPATICIDA PARA CÃES COMPRIMIDO: Ex: Bravecto é um comprimido que da apenas uma vez e deixa seu animal protegido de 3 até 6meses COLEIRA: Uso dela constante retirada apenas para banho e manter longe da boca do animal Aplicação no, também protege cerca de 3 meses POUR-ON – APLICAÇÃO DORSAL: Aplique o carrapaticida no dorso em forma de linha, não pode dar banho, aguardar 5 dias para sua retirada Parasitologia Veterinária Módulo III Jamiliana Q. Costa/@veterinaryresume Parasitologia Veterinária Módulo III Jamiliana Q. Costa/@veterinaryresume R. microplus CARATERISTICAS Rostro e palpos curtos, achatados, rugosos lateral e dorsalmente. Base do gnatossoma hexagonal. Escudo sem ornamentação Olhos presentes Festões ausentes Peritremas arredondados ou ovais Machos com dois pares de placas adanais, ventrais desenvolvidas e geralmente com prolongamento caudal Conhecidos como carrapatos azuis HOSPEDEIROS Bovinos Animais Silvestres TRANSMISSOR Babesia Anaplasma Em bovinos de regiões subtropicais e tropicais CICLO BIOLÓGICO VIDA LIVRE O R.(B.) microplus é um carrapato de um só hospedeiro (monoxeno). As fêmeas ingurgitadas (denominadas teleóginas) e prestes a darem início a ovoposição desprendem-se naturalmente do hospedeiro e no solo procuram um lugar apropriado para a ovipostura. Período de pré- postura tem média de 3 dias, ovopostura em média de 17-90 dias As teleóginas realizam a postura de 3000 a 4000 ovos que permanecem aglutinados. Terminada a ovoposição a fêmea morrem à fase de eclosão, para a qual são necessários de 5-10 dias, podendo, no entanto durar até mais de 100. Após o nascimento das neolarvas, é necessário um período de 4-20 dias para que se tornem larvas infestantes. Portanto, o tempo de vida livre do carrapato dos bovinos gira em torno de 28 a 51 dias. A duração do ciclo não parasitário varia muito dependendo das condições climáticas, sendo 27 0 C e 80% umidade as condições ideais para o desenvolvimento do ciclo. Obs: larvas podem ficar mais de seis meses sem se alimentar. Em condições ótimas de temperatura e umidade, a queda/ postura/ eclosão tem duração de um mês O ingurgitamento e queda da fêmea do B. microplus são bastante rápidos. VIDA PARASITÁRIA A fase de vida parasitária inicia-se quando a larva infestante instala-se no hospedeiro passando a ser larva parasitária e transformando-se em metalarva, sendo necessários cinco dias, em média, para esse período. Podendo variar entre três a oito dias. São necessárias várias transformações para que o carrapato chegue ao estádio adulto, sendo apresentados, a seguir, os seus respectivos períodos de duração: metalarva a ninfa (5 a 10 dias, em média 8); ninfa a metaninfa (9 a 23 dias, 13 em média). Nesta fase, já há diferenciação entre os sexos, e a transformação de metaninfa para neandro necessita de 18 a 28 dias, passando a gonandro em 2 dias, permanecendo no animal por mais de 38 dias. Parasitologia Veterinária Módulo III Jamiliana Q. Costa/@veterinaryresume IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÁRIA Parasitologia Veterinária Módulo III Jamiliana Q. Costa/@veterinaryresume 1- DANO DIRETO CAUSADO PELA PICADA DO CARRAPATO: com irritação local e perda de sangue A picada do carrapato provoca irritação e predispõe o animal a ataques de moscas miíases. A pele irritada serve de via de acesso para infecções secundárias. Cada fêmea suga em toda a sua vida 1,5 ml de sangue, o que provoca anemia e perda na produtividade de carne e leite. Desvio de energia: Há um enorme esforço do animal para compensar os danos causados pelo carrapato o que representa um desvio de energia que seria convertida para produção. Desvalorização dos couros e diminuição na produção das vacas leiteiras. 2- TRANSMISSÃO DE DOENÇAS Transmite a Babesia e o Anaplasma agentes causadores da tristeza parasitária bovina. Pode transmitir também viroses e bactérias. CONTROLE Evitar o crescimento das femeas ingurgitadas Para o controle deve-se entender o ciclo As fêmeas adultas precisam de 20-24 dias para se tornar em ingurgitadas O tratamento a cada 21 dias tem um bom controle porem as ninfas parecem ser menos susceptíveis aos acaricidas. É necessário um intervalo de 12-15 dias entre o tratamento do início da estação dos carrapatos Ou seja, faz o controle no animal e no ambiente, e com 15 dias depois fazer o mesmo esquema COMO FAZER O CONTROLE? CONTROLE NO AMBIENTE Limpeza das pastagens Mudança de vegetação através de drenagem, calagem e gradagem do solo diminui consideravelmente a quantidade de larvas na pastagem. A limpeza, com corte de pastos, de arbustos (abrigos naturais das larvas) contribui para diminuição da infestação dos rebanhos. Rotação das pastagens Consiste na mudança dos rebanhos para novas pastagens em épocas estratégicas, de acordo com a biologia do carrapato. A pastagem deve permanecer em descanso por determinado tempo até que as larvas morram por falta de alimentação. Queima das pastagens É um método bastante utilizado no Brasil, porém pouco eficaz, pois algumas larvas não morrem porque penetram no solo ou nas partes mais profundas da vegetação. Tratamento das pastagens com carrapaticida Não compensa, é uma operação difícil e caro. CONTROLE NO HOSPEDEIRO Banho de Imersão É o método preferido há vários anos. Utilizado para propriedades com grande número de animais, pois o custo das instalações e gasto com produtos químicos é alto. RECOMENDAÇÕES NA APLICAÇÃO DOS BANHOS: Verificar o nível da suspensão ou emulsão no tanque carrapaticida, ajustando o volume com adição de água ou de carrapaticida. Homogeneizar a emulsão ou suspensão, antes de banhar o gado. Parasitologia Veterinária Módulo III Jamiliana Q. Costa/@veterinaryresume Banhar os animais descansados e sem sede. Banhar os animais nas horas mais frescas do dia. COMO BANHAR? Em um tanque com agua o suficiente que cobre o animal até o dorso, deixando a cabeça e pescoço fora, interessante que o animal ande dentro e que a solução faça efeito dentro do tempo estimado, portanto é interessante manter o animal por alguns minutos em imersão. Amblyomma cajennense CARACTERISTICAS Carrapatos com escudo ornamentado, conhecido como carrapato estrela O gnatossoma mais longo do que largo e presença de olhos no escudo Presença de festões placas adanais ausentes estigmas com forma de vírgula ou triângulo Parasita a maioria dos animais domésticos e silvestres, podeainda parasitar o homem HOSPEDEIROS Parasita a maioria dos animais domésticos Bovinos, equinos Alguns silvestres (capivaras) Pode parasitar o homem CICLO BIOLÓGICO É um carrapato que exige três hospedeiros para completar o ciclo (trioxeno), pois todas as mudas são feitas fora dos hospedeiros. A fêmea põe de 6000 a 8000 ovos em toda sua vida TRANSMISSOR Babesiose Theileriose equina Febre maculosa no homem IMPORTANCIA NA MEDICINA VETERINARIA Pode transmitir vários agentes patogênicos, como Borrelia, agente da doença de Lyme Rickettsia rickettsi causadora da febre maculosa. A sua picada pode originar ferimentos na pele de cura demorada CONTROLE Igual do Rhipicephalus Anocentor CARACTERÍSTICAS Rostro e palpos relativamente curtos. Parasitologia Veterinária Módulo III Jamiliana Q. Costa/@veterinaryresume Peritremas circulares (parece um dial de telefone). Escudo sem ornamentação. Com sete festões Coxas IV muito maiores que as demais Sem placas adanais É reconhecido como o transmissor da Babesia caballi, agente etiológico da babesiose equina, doença que causa morte dos animais e queda no desempenho HOSPEDEIROS Eqüídeos (carrapato da orelha de cavalo) LOCALIZAÇÃO Principalmente no pavilhão auricular CICLO BIOLÓGICO Monoxeno As fêmeas põem em média 3000 ovos no solo. As larvas podem resistir até 71 dias sem se alimentar quando as condições são favoráveis. Ciclo completo em média de 60-65 dias TRATAMENTO Banhar o equino em imersão com carrapaticida diluído em água Carrapaticida tópico no pavilhão auricular E pulverizar o ambiente também com carrapaticidas, maçarico de fogo, trocar de pastagem fazendo a rotação. IMPORTÂNCIA NA MEDICINA VETERINÁRIA Pode transmitir vários agentes patogênicos como Babesia A sua picada pode originar ferimentos na pele com até perda da orelha. Favorece miíases Ixodes ricinus CARACTERÍSTICAS Não ornamentados Sem festões e olhos Palpos longos Macho tem a superfície ventral quase que totalmente coberta pelas placas Tem um sulco anterior ao ânus IDENTIFICAÇÃO Fêmea ingurgitada é cinza clara com 1mm de comprimento, tem formato de feijão e 4 patas. Machos maior do que a fêmea, seu abdômen é menor deixando suas patas mais visíveis Ninfas medem menos de 2mm, parecidas com os adultos Larvas menos de 1mm de comprimento de coloração amarela, e apenas três pares de patas. CICLO BIOLÓGICO Carrapato de 3 hospedeiros, nutre apenas por alguns dias ao ano, requer 3 anos pra completar o ciclo. No 1° ano sob forma de larva No 2° ano sob forma de ninfa Parasitologia Veterinária Módulo III Jamiliana Q. Costa/@veterinaryresume No 3° sob forma de adulto Após a fixação no hospedeiro a fêmea é inseminada e um único repasto sanguíneo O macho nutre de modo intermitente assim como o acasalamento A fêmea após fertilizada se alimenta por um período de 14 dias E depois disso solta do hospedeiro para depositar seu ovos no solo, as larvas eclodem dos ovos e no ano seguinte se alimentam cerca de 6 dias, cai no solo para mudar para o estágio de linfa. No 3° ano esse estágio se alimenta tornando adulto. Dentro desses 3 anos as larvas, ninfas e adultos se alimentam durante 26-28 dias, sendo considerado um parasita temporário. EPIDEMIOLOGIA Encontrados nas pontas dos pastos em busca de um hospedeiro. IMPORTÂNCIA PATOGÊNICA Causam lesões na pele devido sua penetração, deixando um meio propício para entrada de microorganismos causando infecções. Dermatite de pele, hiperemia e edema Podem levar o animal a um quadro de anemia em infestação em massa Pode causar queda na produção principalmente de couro e pele pode perder o valor consideravelmente Transmissor de outras doenças como a babesia Causa a febre por coxiella burnetii, e febre recorrente Paralisia por picada do carrapato CONTROLE Em determinadas épocas do ano o carrapato está no hospedeiro Controle do ambiente e animal é a forma mais eficiente Banhos em imersão de carrapaticida diluído em agua e intervalo de 15 dias e refazer o processo, assim controlando larvas e ninfas e no mesmo período pulverizar o ambiente ou fazer a rotação do mesmo. A melhor opção é o banho pois existem alguns locais incomuns que o carrapato gosta de parasitar como vulva, escroto, virilha, úbere, orelha é necessário garantir a aplicação adequada do carrapaticida A resistência ao carrapaticida pode ocorrer, porem existem outras medidas como queima de pastos, rodízio de pastos podem ser métodos bons. Parasitologia Veterinária Módulo III Jamiliana Q. Costa/@veterinaryresume Parasitologia Veterinária Módulo III Jamiliana Q. Costa/@veterinaryresume Acarologia dos Argasídeos INTRODUÇÃO Carrapatos moles, pois não tem escudo Peças bucais são pequenas não se tornando visíveis Não se dilatam tanto na ingurgitação O acasalamento ocorre no ambiente São bastante resistentes a secas com capacidade de viver por alguns anos no ambiente Sua superfície é texturizada No ambiente vivem em ninhos e tocas. Argas Carrapato das aves Distribuição cosmopolita Ciclo evolutivo com 2 estágios larvais e no mínimo 2 ninfas antes de virar adulto Vivem em fendas e frestas de aviários São resistentes vivendo no ambiente por anos mesmo sem se alimentar aproximam-se das aves somente à noite para exercer a hematofagia (1 vez/mês) adultos vivem vários anos, mesmo na ausência de hospedeiros adequados causam insônia, queda da produtividade, anemia transmitem Borrelia anserina e Aegyptianella pullorum (riquetsiose) CARACTERISTICAS Tem limites nítidos entre a face superior e inferior do corpo Não tem olhos Tem hábitos noturnos Gnatossoma ventral nos adultos e nas ninfas e anterior nas larvas. Palpos livres. Orifício genital entre as coxas I e II. Fêmeas sem áreas porosas na base do capítulo Tegumento coriáceo, rugoso e granuloso. Peritrema entre o 3 e 4 par de coxas. Dimorfismo sexual pouco acentuado. Face dorsal separada da ventral por um bordo lateral nítido Achatado dorso-ventralmente. Aparelho bucal na face ventral. HOSPEDEIROS Galinha, peru, pombo e outras aves. Carrapato comum em galinheiros CICLO Durante o dia os adultos permanecem escondidos em buracos e frestas, sob cascas de árvores, lugares protegidos da luz. À noite saem dos esconderijos e sobem nas aves para sucção que dura em média 30 minutos. Após a alimentação as ninfas e adultos voltam para os esconderijos e as fêmeas se preparam para postura. Cada sucção corresponde a uma postura de 120 a 180 ovos. A fêmea põe ao todo uns 600 ovos. suga durante 5 a 10 dias, depois disso ela retorna ao esconderijo Depois de ingurgitada ela volta ao esconderijo onde muda a cutícula transformando-se na N1 (ninfa 1 ou protoninfa). Esta procura o hospedeiro e alimenta-se por 30 a 60 min. Regressa ao abrigo e muda para Ninfa 2. Esta também procura o hospedeiro se alimenta e muda. Após a muda aparecem os adultos. Parasitologia Veterinária Módulo III Jamiliana Q. Costa/@veterinaryresume Ciclo biológico em condições favoráveis de temperatura e umidade se completa em 2 meses. Os adultos copulam fora do hospedeiro, nos esconderijos, e as fêmeas só realizam postura após o repasto sangüíneo. IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÁRIA Tem importância pela sua ação espoliadora levando à anemia e mortalidade de aves, principalmente as jovens. Há lesões hemorrágicas na pele. Os carrapatos irritam as aves, estas bicam a pele e conseqüentemente há diminuição da postura. Há desenvolvimento retardado das aves novas Serve como transmissorde microorganismos (Borreliose). DIAGNÓSTICO Procurar os ácaros à noite, larvas a qualquer hora do dia principalmente embaixo das asas. Ornithodoros Vivem em solos arenosos, habitações rústicas, áreas sombreadas Reservatório das doenças: febre suína africana e espiroquetídeo Ninfas e adultos são parasitas que causam irritações de pele Infestação em massa causa mortalidade do animal CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS Argasidae sem limitação das faces dorsal e ventral. Formato de corpo retangular. Hipostômio bem desenvolvido nos adultos. HOSPEDEIROS Homem e animais domésticos. CICLO BIOLÓGICO Vivem em solo arenoso, em áreas sombreadas, ao redor de árvores. Muito parecido com o anterior, só mudam os hospedeiros e passam por duas ou mais fases de ninfa antes de chegarem a adultos. IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÁRIA Transmissor da Borrelia causadora da doença de Lyme. -São hematófagos e provocam grande irritação. CONTROLE Destruição dos esconderijos, aplicação de acaricidas. Sarnas INTRODUÇÃO Os ácaros são parasitas pequenos, gostam de ter contato com a pele em tempo prolongado do hospedeiro São parasitas obrigatórios, e sua diferença para os carrapatos é que ele passa todo o ciclo evolutivo incluindo as trocas de mudas no hospedeiro, não sai em momento nenhum. São divididos em ácaros escavadores e não escavadores Fases de vida: ovo > larva > protoninfa > deutoninfa > adulto Ácaros escavadores INTRODUÇÃO Pertencentes a Família Sarcoptidae: Parasitologia Veterinária Módulo III Jamiliana Q. Costa/@veterinaryresume Sarcoptes Scabiei Notoedres Cati Knemidocoptes Gallinae Pertecente a Família Demodicidae: Demodex Canis MORFOLOGIA Corpos arredondados Patas bem curtas Corpo coberto por placas dorsais e ventrais Larvas com três pares de patas Ninfas e adultos com quatro pares de patas Respiração cutânea ou traqueal Presença de escudo dorsal. Hipostômio não contém dentes recorrentes Sarcoptidae Sarcoptes Scabiei Conhecida por ser a sarna que causa a escabiose HOSPEDEIROS Mamíferos e humanos MORFOLOGIA E CARACTERÍSTICAS Contorno arredondado Produz galeria(túnel) nas camadas da epiderme Nutre-se de de tecido lesionado e liquido que fluí dos mesmos Ovos são colocados dentro desses túneis eclodindo em 3-5 dias As larvas por sua vez escavam camadas superficiais da pele, criando pequenas bolsas de mudas, nas quais essas mudas se transformam em ninfas e logo após adultos O macho adulto sai dos tuneis e vai em busca de uma fêmea na superfície. Quando ocorre a fertilização, após isso, as fêmeas produz novos túneis. O ciclo dura entre 17 a 21 dias. Transmissão por contato com a superfície de um animal infectado com as larvas. Conhecida por ser a sarna sarcóptica dos cães CICLO BIOLÓGICO LOCAIS DE ATUAÇÃO Preferem áreas como orelhas. Focinho, face, cotovelos, infestações graves se estendem por todo corpo SINAIS CLINICOS Eritema com formação de pápulas Seguido por formação de escamas e crostas por toda pele, com alopecia (perda de pelo) Intenso prurido (coceira) Automutilação Sendo contagiosa para outros cães Gatos: é menos comum mas pode ocorrer causando queda progressiva de pelos das orelhas, face, pescoço estendendo ao abdome. Suínos: grau de intenso prurido, hipersensibilidade desenvolvida por alérgenos dos ácaros. Em caso de negligenciamentos: toda superfície da pele pode ser envolvida em cães debilitam muito, causando emagrecimento, odor forte. DIAGNÓSTICO Anamnese + sinais clínicos (prurido) sempre é um bom diagnóstico mas para confirmar precisa ver a presença do ácaro Exame de raspado de pele: para verificar a presença de ácaros Demonstração de IgE em teste sorológico Parasitologia Veterinária Módulo III Jamiliana Q. Costa/@veterinaryresume CONTROLE Manter o animal infestado longe de outros grupos de animais sadios Se tiver outros animais que tiveram contato com o mesmo, tratar também. TRATAMENTO Banhos repetidos com imersão de acaricida: cal sufurada a 25% Banhos em imersão de amitraz: com intervalos de duas semana Em caso de alto estresse: o uso de corticoide alivia o prurido podendo ser administrados via oral
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