Buscar

APG S7P1 - DAOP

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

APG S7P1 – Batata fria
Doenças arteriais coronarianas obstrutivas periféricas
1. Relembrar a anatomia dos grandes vasos dos membros inferiores;
ARTÉRIAS
Quadril e coxa: artérias femoral, glúteas (superior e inferior), obturadora, femoral profunda e genicular descendente. 
Joelho e perna: artéria poplítea, genicular superior (medial e lateral), genicular inferior (medial e lateral), tibial (anterior e posterior), maleolar anterior (medial e lateral) e fibular (peroneal). 
Tornozelo e pé: artérias maleolares (anterior e posterior), artéria dorsal do pé, artérias plantares (medial e lateral), artérias tarsais (medial e lateral), artéria arqueada, artérias metatarsais dorsais, arco plantar profundo e artérias metatarsais plantares. 
VEIAS
Sistema venoso superficial: rede venosa superficial dorsal, redes venosas plantares, veias marginais, veias metatarsais -> veia safena parva -> veia poplítea e veia safena magna -> veia femoral.
Sistema venoso profundo: veias digitais, veias metatarsais -> arcos venosos profundos plantar e dorsal -> veias tibiais (anterior e posterior) e fibulares (peroneais) -> veia poplítea -> veia femoral. 
2. Identificar a etiologia e os fatores de risco da doença arterial obstrutiva periférica;
ETIOLOGIA: a etiologia de uma obstrução periférica pode ser por trombose ou embolia arterial, sendo a trombose alo mais crônico e a embolia algo mais agudo. Normalmente, a presença de uma aterotrombose está relacionada com a presença de doenças no sistema cardiovascular e ela pode ser classificada. Além disso, homens são mais afetados que mulheres. 
CLASSIFICAÇÃO: de acordo com os sinais e sintomas, os portadores de DAOP podem ser classificados em diversos estágios e categorias. 
· Fontaine: separa os pacientes em quatro estágios 
· Rutherford: aloca os pacientes em sete categorias incluindo os assintomáticos 
FATORES DE RISCO:
a. HAS
b. Diabetes 
c. Tabagismo
d. Histórico de doença cardiovascular
e. Idade
f. Aterosclerose 
g. Dislipidemia 
h. Fontes emboligênicas
i. Estados de hipercoagubilidade 
3. Descrever a patogênese da DAOP;
CONCEITO: A doença arterial periférica é uma situação que ocorre em virtude do estreitamento ou obstrução dos vasos sanguíneos arteriais, responsáveis por levar o sangue para nutrir as extremidades como braços e pernas, sendo mais comum o acometimento nos membros inferiores do que nos superiores.
FISIOPATOLOGIA: Diversos processos patológicos levam à obstrução arterial, provocando sintomas de insuficiência arterial devido à redução do fluxo sanguíneo. O acúmulo subintimal de material lipídico e fibroso (ou seja, placa) estreita o lúmen do vaso, que pode cursar com trombose ou rompimento da placa aterosclerótica, causando oclusão dos vasos à jusante. 
Os sintomas relacionados ao estreitamento aterosclerótico da aorta ou artérias dos membros inferiores dependem da localização e gravidade da doença. Em qualquer segmento arterial (aortoilíaco, femoropoplíteo, tibial), a placa tende a ocorrer proximamente ou no segmento médio. A doença aterosclerótica segue padrões anatômicos que também influenciam a história natural e a progressão da doença. Pacientes com diabetes ou com doença renal em estágio terminal geralmente apresentam doença mais distal.
A aterosclerose na aorta pode estar associada ao aneurisma de aorta. A patologia da doença aneurismática é considerada distinta da aterosclerose, no entanto, as manifestações clínicas podem se sobrepor.
A artéria femoral superficial e a poplítea são os vasos mais afetados. Quando as lesões se desenvolvem na perna e no pé, a artéria tibial, a fibular comum ou os vasos dos pés são os mais afetados. 
4. Discorrer o diagnóstico da DAOP; 
A avaliação inicial inclui a história clínica e o exame físico que envolve a avaliação dos pés para sinais de isquemia aguda ou crônica, com palpação de todos os pulsos periféricos e pesquisa de sopros em artérias femorais, atentando-se para perda de pelos, cor e alterações tróficas da pele. O abdome deve ser avaliado para evidência de sopros ou massa pulsátil. Os pulsos periféricos dos membros superiores também devem ser avaliados, assim como a presença de sopros em artérias carótidas. A pressão sanguínea deve ser medida em ambos os braços. O ITB (índice tornozelo braço) é o melhor teste de triagem inicial para ser realizado em pacientes com suspeita de DAOP. Outros testes não invasivos, como as medidas das pressões segmentares nos membros inferiores e a pletismografia, são raramente utilizados, especialmente após o advento da ultrassonografia Doppler.
· Índice tornozelo braço: é uma ferramenta de triagem primária, devendo ser realizado após o diagnostico clinico e antes de qualquer modalidade diagnostica invasiva. Esse índice é calculado pela divisão da maior pressão sistólica nas artérias do tornozelo pela pressão sistólica da artéria braquial. Deve ser realizado com o paciente em decúbito dorsal, com uso do esfigmomanometro e um aparelho portátil de Ultrassom de ondas continuas; valores entre 1,0 e 1,4 são considerados normais e entre 0,9 -0,99 como limítrofes. 
· Exames laboratoriais: hemograma, bioquímicos, coagulograma para avaliar a hipercoagulabilidade. 
· Teste da esteira: indicado para fornecer evidencia objetiva da magnitude da limitação funcional de claudicação e medir a resposta à terapia. 
· Exames de imagem:
Eletrocardiograma: detectar a presença de arritmias 
Ecodoppler: eficaz em discriminar com precisão vasos obstruídos, estenóticos e normais.
Ultrassonografia Doppler arterial dos membros inferiores é útil para confirmar a localização, a morfologia e a extensão da DAOP com sensibilidade e especificidade maior do que 90%. É um exame não invasivo e de relativo baixo custo que acrescenta informações anatômicas e funcionais, facilitando o planejamento terapêutico endovascular ou cirúrgico.
Angiotomografia computadorizada (ATC): é um exame de custo maior do que o ecodoppler e que apresenta atualmente excelentes imagens do sistema vascular, permitindo, inclusive, a avaliação de artérias previamente submetidas ao implante de stents. Entretanto, há a necessidade de exposição à radiação e o uso de contraste potencialmente nefrotóxico. Artérias extremamente calcificadas também interferem no exame.
Angiorressonância magnética (ARM): As vantagens da ARM em relação à ATC devem-se ao fato de ser um exame não invasivo e sem a necessidade de exposição à radiação. Entretanto, pacientes com marca-passos permanentes, desfibriladores, implantes cocleares e clipes de aneurismas cerebrais não devem ser expostos ao campo magnético.
Angiografia por subtração digital (ASD): A angiografia é considerada o padrão-ouro no diagnóstico da DAOP. Todavia, é um exame invasivo, com uso de contraste potencialmente nefrotóxico, e que raramente é necessário com finalidade diagnóstica. A angiografia na DAOP tem sido destinada aos procedimentos endovasculares ou para o planejamento cirúrgico.
Referencias:
Porth CM, Matfin G. Fisiopatologia. 8ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2010.
Mourad JJ, Cacoub P, Collet JP, Becker F, Pinel JF, Huet D, et al. Screening of unrecognized peripheral arterial disease (PAD) usingankle-brachial index in high cardiovascular risk patients free from symptomatic PAD. J Vasc Surg. 2009;50(3):572-80.
MOORE, Keith L. Anatomia orientada para a clínica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2014.
CAMPAROTO, M. L.; LOPEZ, C. R.; MARAFON, C. B.; SILINGOVSCHI, G. L.; RAMOS, I. A.; CERIBELLI, I. M.; PERUQUE, J. P. J.; MELO, M. C. P.; ANGELUCI, M. B.; SEABRA, R. E. DOENÇA ARTERIAL OBSTRUTIVA PERIFÉRICA: DESCRIÇÃO DE UMA SÉRIE DE CASOS PARA PROFISSIONAIS DA ÁREA MÉDICA. SaBios-Revista de Saúde e Biologia, [S. l.], v. 14, n. 1, p. 27–33, 2019.

Outros materiais