Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Princípios de Ciências dos Materiais EET310 – Eng. Ambiental 2 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais Profª. Gabriela Ribeiro Pereira gpereira@metalmat.ufrj.br Cap. 2 Estrutura Atômica 3 • Modelos Atômicos • Números Quânticos • Força e Enegia de Ligação • Ligação Iônica • Ligação Covalente • Ligação Metálica • Propriedades das Ligações Grafite x Diamante Estrutura Cristalina Ligação fraca de van der Walls Estrutura Cristalina Ligação Covalente 4 Propriedades bem diferentes do grafite e do diamante devido as ligações interatômicas. Conceitos Fundamentais Modelo de Bohr Núcleo Elétron orbital •Orbitais discretos •Níveis quantizados de energia Conceitos Fundamentais Modelo mecânico-ondulatório O elétron não é mais tratado como uma partícula que se move em um orbital discreto, a posição do elétron é a distribuição de probabilidade ao redor do núcleo. Dualidade onda-partícula. Conceitos Fundamentais (a) Modelo de Bohr (b) Modelo mecânico-ondulatório NúcleoElétron orbital Distância do núcleo P r o b a b i l i d a d e Cada elétron em um átomo é caracterizado por quatro parâmetros conhecidos como números quânticos. Conceitos Fundamentais Sub-órbita por sub-órbitas por órbita 1 K s 1 2 2 2 L s 1 2 8 p 3 6 3 M s 1 2 18 p 3 6 d 5 10 4 N s 1 2 32 p 3 6 d 5 8 f 7 14 Número de estados eletrônicos disponíveis em algumas órbitas e sub-órbitas Número quântico principal Designação da órbita Número de estados Número de eletrons Conceitos Fundamentais Representação esquemática da energia relativa dos elétrons para vários orbitais e suborbitais E n e r g i a Número quântico principal, n Energia menor para arrancar é Lista das Configurações Eletrônicas Esperadas para Alguns Elementos Comuns Elemento Símbolo Elemento Símbolo Configuração Eletrônica Hidrogênio H 1 Potássio K 19 Hélio 2 Cálcio 20 Lítio Li 3 Escândio 21 Berílio 4 Titânio Ti 22 Boro B 5 Vanádio V 23 Carbono C 6 Crômio Cr 24 Nitrogênio N 7 Manganês 25 Oxigênio O 8 Ferro 26 Flúor F 9 Cobalto Co 27 Neônio 10 Níquel Ni 28 Sódio Na 11 Cobre Cu 29 Magnésio Mg 12 Zinco 30 Alumínio 13 Gálio 31 Silício Si 14 Germânio 32 Fósforo P 15 Arsênio As 33 Enxofre S 16 Selênio Se 34 Cloro 17 Bromo 35 Argônio Ar 18 Criptônio 36 Número Atômico Configuração Eletrônica Número Atômico 1s1 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1 He 1s2 Ca 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 1s2 2s1 Sc 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d1 4s2 Be 1s2 2s2 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d2 4s2 1s2 2s2 2p1 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d3 4s2 1s2 2s2 2p2 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d5 4s1 1s2 2s2 2p3 Mn 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d5 4s2 1s2 2s2 2p4 Fe 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d6 4s2 1s2 2s2 1p5 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d7 4s2 Ne 1s2 2s2 1p6 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d8 4s2 1s2 2s2 2p6 3s1 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s1 1s2 2s2 2p6 3s2 Zn 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 Al 1s2 2s2 2p6 3s2 3p1 Ga 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p1 1s2 2s2 2p6 3s2 3p2 Ge 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p2 1s2 2s2 2p6 3s2 3p3 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p3 1s2 2s2 2p6 3s2 3p4 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p4 Cl 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5 Br 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p5 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 Kr 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p6 Conceitos Fundamentais Conceitos Fundamentais O átomo de Sódio: níveis de energia preenchidos E n e r g i a c r e s c e n t e facilidade de perder é. Princípio de exclusão de Pauli: cada estado eletrônico pode comportar no máximo 2 é que devem possuir spin opostos A Tabela Periódica Metal Não metal Intermediário Número atômico Símbolo Número atômico Terras raras Actinídios Classificação de acordo com a configuração eletrônica A Tabela Periódica A Eletronegatividade dos elementos A L i g a ç ã o A t ô m i c a Atração x Repulsão Distância interatômica Força de atração, FA Separação interatômica, r Separação interatômica, r Força de repulsão, FR Força resultante, F Energia resultante, F Energia de repulsão, FR Energia de atração, FA R e p u l s ã o R e p u l s ã o A t r a ç ã o F o r ç a , F E n e r g i a p o t e n c i a l , E A t r a ç ã o ~1/r2 ~1/r9 A Ligação Iônica • Ocorre entre íons + e - • Requer transferência de elétrons • Grande diferença de eletronegatividade é necessária • Exemplo: NaCl Na (metal) instável Cl (não metal) instável elétron + - Atração Coulômbica Na (cátion) estável Cl (ânion) estável Lei de Coulomb Exemplos de Ligação Iônica • Ligação predominante dos materiais Cerâmicos Fornecem elétrons Recebem elétrons He - Ne - Ar - Kr - Xe - Rn - F 4.0 Cl 3.0 Br 2.8 I 2.5 At 2.2 Li 1.0 Na 0.9 K 0.8 Rb 0.8 Cs 0.7 Fr 0.7 H 2.1 Be 1.5 Mg 1.2 Ca 1.0 Sr 1.0 Ba 0.9 Ra 0.9 Ti 1.5 Cr 1.6 Fe 1.8 Ni 1.8 Zn 1.8 As 2.0 CsCl MgO CaF2 NaCl O 3.5 A Ligação Iônica Força de ligação coulômbica adirecional Surge uma ordem, pq Na+ atrai Cl- e Cl- repele Cl-. A Ligação Covalente • Requer: elétrons partilhados – típica do orbital p • Exemplo: CH4 C: tem 4 e de valência necessita mais 4 H: tem um e de valência, necessita mais 1 Electronegatividades são de mesma ordem Adaptado da Fig. 2.10, Callister 6ed. Elétrons partilhados do átomo de C Elétrons partilhados Dos átomos de H H H H H C CH4 O que acontece se as eletronegatividades não são tão próximas? Exemplos de Ligação Covalente He - Ne - Ar - Kr - Xe - Rn - F 4.0 Cl 3.0 Br 2.8 I 2.5 At 2.2 Li 1.0 Na 0.9 K 0.8 Rb 0.8 Cs 0.7 Fr 0.7 H 2.1 Be 1.5 Mg 1.2 Ca 1.0 Sr 1.0 Ba 0.9 Ra 0.9 Ti 1.5 Cr 1.6 Fe 1.8 Ni 1.8 Zn 1.8 As 2.0 SiC C(diamante) H2O C 2.5 H2 Cl2 F2 Si 1.8 Ga 1.6 GaAs Ge 1.8 O 2.0 c o l u m n I V A Sn 1.8 Pb 1.8 • Moléculas de não metais • Moléculas com metais e não metais A Ligação Metálica • Resulta de uma nuvem de elétrons de valência doados (1, 2, ou 3 de cada átomo). • Ligação primária em metais e suas ligas Adaptado da Fig. 2.11, Callister 7ed. Nuvem de elétrons de valência Núcleos dos íons Ligação Atômica: Sumário Tipo Iônica Covalente Metálica Secundária Energia Grande Variável grande-Diamante pequena-Bismuto Variable grande-Tungstênio pequena-Mercúrio a menor Comentários Não direcional (cerâmicas) Direcional Semicondutores, cerâmicas cadeias poliméricas) Não direcional (metais) Direcional inter-cadeias (polímeros) inter-molecular Propriedades das Ligações • Distância, r • Energia, Eo F F r • Temperatura de fusão, Tf Eo “energia de ligação” Energia (r) r Distância sem tensões r grande Tf pequena Tf Energia (r) r Tm é maior se Eo é maior 23 Estrutura Atômica Microscopia de força atômica de uma amostra de ouro Adaptado de Callister 6ed. 24 Cap.3 Estrutura dos Sólidos 25 Estruturas Cristalinas •As ligações químicas induzem uma tendência à organização, repetição •Material cristalino: átomos estão situados em arranjo de longa distância; sabendo a posição de um átomo é possível prever a posição de seus vizinhos até grandes distâncias •Modelo de Esferas Rígidas: átomos como esferas que se tocam 26 Estruturas Cristalinas •Retículo cristalino: matriz tridimensional de pontos que definem a posição dos átomos em uma determinada estrutura cristalina 27 Células Unitárias •Células unitárias: “menor” porção de uma estrutura cristalina; sua repetição lado a lado gera toda a estrutura – posso simplificar, ao invés de estudar o todo, vou estudar uma célula. Ao lado, uma estrutura cúbica: célula unitária é um cubo 28 Estruturas Cristalinas de Metais •Ligação atômica metálica: adirecional •Sem restrições em relação a número e a posição •Grande número de vizinhos •Alto empacotamento: alta densidade •Cúbica de Face Centrada - CFC •Cúbica de Corpo Centrado - CCC •Hexagonal Compacta - HC 29 Estruturas Cristalinas de Metais Alguns exemplos: Metal Metal Alumínio CFC 0,1431 Níquel CFC 0,1246 Cádmio HC 0,1490 OuroCFC 0,1442 Chumbo CFC 0,1750 Platina CFC 0,1387 Cobalto HC 0,1253 Prata CFC 0,1445 Cobre CFC 0,1278 Tântalo CCC 0,1430 Cromo CCC 0,1249 HC 0,1445 CCC 0,1241 Tungstênio CCC 0,1371 Molibdênio CCC 0,1363 Zinco HC 0,1332 Estrutura Cristalina Raio Atômico (nm) Estrutura Cristalina Raio Atômico (nm) Titânio(α) Ferro(α) 30 Cúbica de Face Centrada •Retículo: cubo: aresta a •Relação raio x aresta •Número de coordenação (número de vizinhos próximos) = 12 ! 31 Fator de Empacotamento Atômico CFC: unitária célula da volume unitária célula na átomos de volume=FEA 32 Cúbica de Face Centrada •Síntese: Relação aresta x raio: Número de coordenação: 12 Número de átomos na célula: 4 Fator de empacotamento: 0,74 33 Cúbica de Corpo Centrado •Número de coordenação: 8 •Número de átomos por célula: 2 34 Cúbica de Corpo Centrado •Aresta 35 Células Unitárias •Fator de empacotamento unitária célula da volume unitária célula na átomos de volume=FEA 36 Cúbica Corpo Centrada •Síntese: Relação aresta x raio: Número de coordenação: 8 Número de átomos na célula: 2 Fator de empacotamento: 0,68 Hexagonal Compacta 38 Hexagonal Compacta •Síntese: Relação aresta x raio: a= 2R Número de coordenação: 12 Número de átomos na célula: 2 Fator de empacotamento: 0,74 39 Massa Específica dos Cristais •Massa específica x densidade •Cálculo •Exemplo: Cobre, CFC, R=0,128nm •Valor experimental: 8940 kg/m3 40 Polimorfismo e Alotropia •Polimorfismo: quando um sólido pode apresentar-se em mais de uma forma cristalina •Alotropia: idem para sólidos elementares como: – grafita e diamante – Fe-alfa, Fe-delta, Fe-gama •Transformação: massa específica muda, propriedades físicas mudam 41 42 Sistemas Cristalinos •Todas as células unitárias têm o formato genérico mostrado •É possível o empilhamento Na direção x, y e z Parâmetros de rede: a, b, c α, β, γ Exemplo: sistema cúbico a=b=c=a; α=β=γ=90° 43 Sistemas Cristalinos 7 possibilidades 44 Direções e Planos Cristalográficos Num mesmo sistema, em cada direção, há uma seqüências própria de átomos, em cada plano uma forma particular de arranjo dos átomos Importante criar um sistema de referência 45 Direções Cristalográficas •Vetor –Passa pela origem do sistema de coordenadas –Medida: parâmetros da rede: a, b, c –Números inteiros: × ou ÷ –Formato: [u v w] –Negativos: -1 1 46 Direções Cristalográficas •Exemplos: ● [111] ●Diagonal maior ● [110] ●Diagonal face xy ● [100] ●Direção aresta x 47 Direções Cristalográficas Exemplo: determinar os índices da direção cristalina mostrada na figura ao lado 48 Planos Cristalográficos Planos e direções equivalentes 49 Planos Cristalográficos •Determinação dos índices (de Miller) –Colocar o plano dentro da célula unitária (sem passar pela origem) ou célula vizinha à origem –Determinar coordenadas da intercessão do plano com os eixos em termos dos parâmetros a, b e c –Inverter os valores –Multiplicar ou dividir para obter os três menores inteiros –Formato: (h k l) 50 Exemplo: Determinar os índices de Miller do plano mostrado na figura abaixo 51 Arranjos Atômicos •Arranjo do plano (110) em CFC 52 Arranjos Atômicos •Arranjo do plano (110) em CCC 53 Densidade Atômica Linear Exemplo: calcular a densidade atômica na direção [100] 55 Raios X • radiação eletromagnética como a luz, ondas de rádio, microondas, etc. • comprimento de onda pequeno, da ordem de 0,1 nm • distâncias interplanares também são da ordem de 0,1 nm ou seja, 1 Ångstron • radiação com λ da ordem dos obstáculos – difração • difração – interferência – figuras de difração Difração de Raios X 56 Difração de Raios X Interferência construtiva 57 Interferência destrutiva Difração de Raios X 58 Interferência destrutiva ou construtiva? Difração de Raios X 59 Difratômetros Difração de Raios X 60 Difratogramas Difratograma de uma amostra de chumbo Difração de Raios X
Compartilhar