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Doença de Paget da Mama A doença de Paget da mama (DPM) tem como características células malignas do epitélio glandular presentes na papila mamária, conhecidas como células de Paget, além da presença de eritema e lesões descamativas. A primeira vez que associação da DPM com carcinoma mamário foi descrita foi no ano de 1874 pelo cirurgião britânico James Paget, ele relatou 15 casos de mulheres com faixas etárias entre 40 e 60 anos de idade que tinham alterações cutâneas do complexo aréolo-papilar (CAP) decorrentes da neoplasia. Em relação ao quadro clínico, pode-se ter presença de prurido, descarga papilar e ardência no local. Com a evolução da doença, sintomas adicionais podem ser encontrados, como inversão, espessamento, erosão ou ulceração do mamilo e disseminação do quadro também para a pele da aréola. Ela geralmente inicia de forma insidiosa e é unilateral, com acometimento bilateral descrito em raros casos. A doença pode ser dividida em 3 formas de apresentação: (1) alterações no CAP; (2) alterações do CAP associadas à presença de tumor palpável na mama; (3) doença de Paget subclínica, na qual é diagnosticada exclusivamente pelo estudo anatomopatológico de espécimes de mastectomias, de monstrando a presença das células de Paget. Além disso, o exame mamográfico é fundamental para o diagnóstico de lesões na mama associadas às alterações no CAP. Aproximadamente 50% dos casos de DPM apresentam nódulos mamários palpáveis. Por isso, o diagnóstico precoce de DPM é muito importante para a redução da morbimortalidade e para o aumento da sobrevida da doença, isso garante uma abordagem terapêutica mais individualizada.
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