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FISIOLOGIA Weslley Jonathan P2 FILTRAÇÃO GLOMERULAR E FLUXO PLASMÁTICO RENAL - Filtração glomerular é o primeiro passo para a formação da urina, através da filtração de líquidos nos capilares glomerulares para dentro da capsula de Bowman. - Quase 180 L são filtrados ao dia, sendo a maior parte reabsorvida e sendo eliminado aproximadamente apenas 1 L diariamente. - A elevada taxa de filtração glomerular depende: o Taxa de fluxo sanguíneo renal o Propriedades especiais da membrana nos capilares glomerulares COMPOSIÇÃO DO FILTRADO GLOMERULAR: o Ausência de proteínas devido a impermeabilidade dos capilares glomerulares, bem como desprovido de elementos celulares como as hemácias o A maior parte da concentração de sais e moléculas orgânicas são similares as concentrações no plasma Algumas substâncias com baixo peso molecular, como o cálcio e ácidos graxos, ficam ligados a proteínas plasmáticas, não sendo possível filtrar essas substancias pelos capilares glomerulares. DETERMINANTES DA FILTRAÇÃO GLOMERULAR: o Balanço das forças hidrostáticas e coloidosmóticas que atuam na membrana capilar o Coeficiente da filtração capilar (Kf): Produto da permeabilidade e da área de superfície de filtração nos capilares - Os capilares glomerulares possuem elevada intensidade de filtração, em relação aos outros capilares, devido a alta pressão hidrostática glomerular e alto coeficiente de filtração capilar (Kf). - A fração de filtração dos rins é 0,2 → Significa que 20% do plasma é filtrado quando o sangue passa pelos rins. Calculo da fração de filtração: Fração de filtração = FG/ Fluxo plasmático renal MEMBRANA DO CAPILAR GLOMERULAR Constituído por três camadas: o Endotélio capilar (camada interna) o Membrana basal (intermediária) o Podócitos (Camada mais externa) - Cada camada é uma barreira adicional para a filtração de proteínas plasmáticas. - Se difere dos capilares normais por possuírem três camadas e não apenas duas → Embora a maior quantidade de camadas, os capilares glomerulares filtram muito mais água e soluto em relação a membrana capilar normal, devido ao fato de serem mais porosas que outros tipos de capilares. ENDOTÉLIO CAPILAR: o Possui fenestrações, que são pequenos orifícios que permite a passagem de substâncias → São semelhantes as fenestrações dos capilares no fígados, porém menores que eles. o As suas proteínas são ricas em cargas fixas negativas, que barra a passagem de proteínas plasmáticas MEMBRANA BASAL: o Reveste a camada de endotélio o Revestida por um trama de colágeno e fibrilas proteoglicanas, com grandes espaços que permitem a passagem de água e pequenos solutos o Possuem cargas elétricas negativas associada aos proteoglicanos, sendo eficientes contra a filtração das proteínas plasmáticas PODÓCITOS: o Células epiteliais que recobre a superfície externa do glomérulo o São células separadas pelas fendas de filtração, que são lacunas que permitem o deslocamento do filtração glomerular o As células epiteliais também possuem cargas negativas que criam restrições adicionais a filtração de proteínas plasmáticas SELETIVIDADE DAS MOLÉCULAS - As moléculas que são filtradas dependem principalmente: o Tamanho da molécula – Quanto menor o tamanho, maior a capacidade de ser filtrada. SUBSTÂNCIA PESO FILTRABILIDADE Água 18 1 (100%) Sódio 23 1 (100%) Glicose 180 1 (100%) Mioglobina 17.000 0,75 (75%) Albumina 69.000 0,005 (0,5%) Eletrólitos como sódio, e compostos orgânicos como a glicose são livremente filtrados, enquanto conforme o peso molecular se aproxima da albumina a filtrabilidade cai para próximo de zero. FISIOLOGIA Weslley Jonathan P2 o Carga elétrica da molécula – As cargas positivas são filtradas mais facilmente que as cargas negativas GRÁFICO → Demonstra como a carga elétrica afeta a passagem das dextranas (polissacarídeos que podem ser produzidos de forma neutra e com cargas positiva ou negativa), influencia na filtração o Para qualquer raio molecular da carga, as partículas de carga positivas são filtradas mais rapidamente que as de carga negativa. o As diferenças na filtrabilidade é devido as cargas negativas da membrana basal e dos podócitos, que restrigem a passagem das moléculas ccom carga negativa, devido as força de repulsão. PERDA DA CARGA DA MEMBRANA: - Algumas doenças renais causam perda das cargas negativas nas membranas basais. - Nessa doenças, as proteínas de baixo peso molecular conseguem ser filtradas e serem eliminadas na urina → Isso acontece principalmente com a ALBUMINA, que é eliminada na urina, configurando uma PROTEINÚRIA ou ALBUMINÚRIA. - Pode ter como causa a resposta imunológica, com secreção anômala de citocinas pelos linfócitos T. NEFROPATIAS POR LESÕES MINIMAS → As cargas negativas são peridas antes mesmo que ocorram alterações histológicas, sendo mais comum em crianças e também podendo ocorrer em adultos afetados por transtornos imunes. DETERMINANTES DA FILTRAÇÃO GLOMERULAR - A filtração glomerular (FG) é determinada por: FG = Kf x Pressão liquida de filtração 1. PRESSÃO EFETIVA DE FILTRAÇÃO - Soma das forças hidrostáticas e coloidosmóticas através da membrana glomerular 2. Coeficiente glomerular (Kf) A pressão efetiva de filtração representa a soma das forças hidrostáticas e coloidosmóticas que favorecem ou se opõe a filtração: o FORÇAS QUE FAVORECEM 1. Pressão hidrostática glomerular (PG) – Representa a pressão hidrostática nos capilares glomerulares 2. Pressão coloidosmoticas das proteínas na capsula de bowman A pressão coloidosmotica dentro da capsula de bowman pode ser considerado NULA devido a baixa concentração de proteínas dentro dela o FORÇAS QUE SE OPÕE A FILTRAÇÃO 1. Pressão hidrostática na capsula de bowman (PB), por fora dos capilares 2. Pressão coloidosmótica das proteínas plasmáticas AUMENTO NO COEFICIENTE FILTRAÇÃO GLOMERULAR - É a medida do produto da condutividade hidráulica e da área de superfície dos capilares glomerulares - Não pode ser medido diretamente, sendo estimado experimentalmente pela divisão da intensidade glomerular pela pressão efetiva de filtração: Kf = FG/ Pressão efetiva de filtração - As alterações no Kf não são mecanismos primários para regulação normal da FG. - Algumas doenças reduzem o Kf através de: o Diminuição do numero de capilares glomerulares funcionais → Reduz a área de superfície para filtração o Aumento da espessura da membrana do capilar → Reduz a condutividade hidráulica ex: Hipertensão crônica não controlada e a diabetes mellitus reduzem o Kf devido o aumento da espessura do capilar, e eventualmente, pela lesão grave dos capilares, ocasionando perda da sua função. AUMENTO DA PRESSÃO HIDROSTÁTICA NA CAPSULA DE BOWMAN - O aumento da pressão hidrostática na capsula de bowman causa diminuição da FG e o inverso. FISIOLOGIA Weslley Jonathan P2 - Alterações na pressão hidrostática na capsula de bowman não é um mecanismos primário para controle da FG. - Situações patológicas associadas a obstrução do trato urinário, pode aumentar a pressão na capsula de bowman causando redução grave da FG → Cálculos renais, formados a partir da precipitação de cálcio ou ácido úrico, podem obstruir a uretra e causar o aumento da pressãohidrostática na capsula de bowman, e eventualmente causar uma HIDRONEFROSE (distensão e diltação da pelve renal e dos cálices) e lesar ou destruir o rim. AUMENTO DA PRESSÃO COLOIDOSMÓTICA NO CAPILAR - O aumento da pressão coloidosmótica no capilar reduz a filtração glomerular (FG). - A medida em que o sangue passa da arteríola aferente, ao longo dos capilares glomerulares para arteríolas aferentes, a concentração de proteínas plasmáticas aumentam em 20% → Ocorre porque aproximadamente um quinto do liquido nos capilares passam por filtração para o interior da capsula de bowman, concentrando as proteínas plasmáticas que não são filtradas. FATORES QUE INFLUENCIAM: o Pressão coloidosmótica no plasma arterial – O aumento da pressão coloidosmótica do plasma arterial, causa o aumento da pressão coloidosmótica nos capilares glomerulares fazendo com que a FG diminua o Fração de plasma filtrada pelos capilares glomerulares (fração de filtração) – O aumento da fração de filtração, aumenta a concentração de proteínas plasmática, causando a elevação da pressão coloidosmótica glomerular FRAÇÃO DE FILTRAÇÃO Definida por: FG/ FLUXO PLASMÁTICO RENAL - A fração de filtração pode ser aumentada pela elevação da FG ou pela diminuição do fluxo plasmático renal. DIMINUIÇÃO DO FLUXO PLASMÁTICO RENAL → Aumenta a fração de filtração, ocasionando uma elevação da pressão coloidosmótica no capilar e resultando em uma menor FG. AUMENTO DO FLUXO PLASMÁTICO RENAL → A fração mais baixa de plasma é inicialmente filtrada para fora dos capilares, oque causa uma elevação mais lenta da pressão coloidosmótica no capilar, aumentando a FG Mesmo com a pressão hidrostática glomerular constante, a maior intensidade do fluxo sanguíneo para o glomérulo tende a aumentar a FG, enquanto menor intensidade do fluxo tende a diminuir a FG AUMENTO DA PRESSÃO HIDROSTATICA CAPILAR - Principal mecanismo de regulação fisiológica da FG - O aumento da pressão hidrostática glomerular eleva a FG, enquanto sua diminuição faz com que a FG reduza. - É determinada por três variáveis: Pressão arterial, Resistência arteriolar aferente e Resistência arteriolar eferente. PRESSÃO ARTERIAL o O aumento da pressão arterial tende a aumentar a FG, porém esse efeito é atenuado devido aos mecanismos autorregulatórios que fazem com que a pressão glomerular permaneça relativamente constante, mesmo que haja variações da pressão arterial RESISTÊNCIA ARTERIOLAR AFERENTE o O aumento da resistência arteriolar aferente causa a diminuição da FG, enquanto a dilatação da arteríola aferente eleva a pressão hidrostática e a FG RESISTÊNCIA ARTERIOLAR EFERENTE o O efeito da constrição arteriolar eferente depende do grau de constrição da arteríola eferente o Em níveis moderados de constrição da arteríola eferente → Aumento da resistência ao fluxo de saída dos capilares, fazendo com que haja aumento da pressão hidrostática glomerular oque eleva a FG. o A constrição mais grave da arteríola eferente diminui a FG → O aumento da resistência arteriolar eferente, diminui o fluxo sanguíneo oque ocasiona o aumento da filtração e consequemente aumento da pressão coloidosmótica → O aumento da pressão coloidosmótica passa a superar o aumento da pressão hidrostática capilar, devido ao aumento da concentração plasmática de proteínas que causa o rápido aumento da pressão coloidosmótica no capilar. FISIOLOGIA Weslley Jonathan P2 FLUXO SANGUÍNEO RENAL - O fluxo sanguíneo para ambos os rins, considerando um homem de 70kg, é de aproximadamente 1.100 mL/min ou 22% do débito cardíaco - O alto fluxo sanguíneo para os rins não é apenas para suprir suas necessidades nutricionais → O fluxo adicional para rins, tem como objetivo fornecer plasma suficiente para que haja alta intensidade de filtração glomerular, regulando o volume dos líquidos corporais e da concentração de solutos CONSUMO DE OXIGÊNIO PELOS RINS o O fluxo sanguíneo para os rins, excede suas necessidades metabólicas o Grande parte do oxigênio consumido está relacionado com alta intensidade de reabsorção ativa de sódio pelos túbulos renais o A redução da FG e do fluxo sanguíneo renal, causa a diminuição da reabsorção de sódio oque diminuirá o consumo de oxigênio o Se a FG cessa completamente, a reabsorção de sódio também cessa e o oxigênio consumido passa a ser ¼ do normal o O consumo de oxigênio residual reflete as necessidades metabólicas que as células renais possuem Mais respiração celular → Maior consumo de oxigênio → Formação de mais ATP → Mais ATP é usado para reabsorver mais sódio DETERMINANTES DO FLUXO SANGUINEO RENAL (PRESSÃO NA ARTÉRIA RENAL – PRESSÃO NA VEIA RENAL) RESISTÊNCIA VASCULAR RENAL TOTAL o Determinado pelo gradiente de pressão ao longo da vasculatura renal (DIFERENÇA DE PRESSÃO ENTRE A ARTERIA RENAL E VEIA RENAL) sobre a resistência vascular renal o A pressão na artéria renal é aproximadamente igual a pressão arterial sistêmica, enquanto a pressão na veia renal é em média 3 a 4 mmHg na maioria das condições o A resistência vascular renal reside em três segmentos principais: Artérias interlobulares, arteríola aferente e arteríola eferente → A resistência desses vasos é controlado pelo sistema nervoso simpático, por hormônios e por mecanismos renais de controle local o Considerado uma pressão constante, o aumento da resistência em qualquer um desses leitos (Aa. Interlobulares, A.aferente e A.eferente) tende a reduzir o fluxo sanguíneo renal, e seu aumento tende a aumentar o fluxo o Mecanismos intrínsecos aos rins, conseguem manter as faixas de pressão arterial entre 80 e 170 mmHg, mesmo com alterações da pressão arterial → Processo denominado AUTORREGULAÇÃO FLUXO SANGUINEO NO CÓRTEX E NA MEDULA - O córtex renal, a parte externa do rim, recebe a maior parte do fluxo sanguíneo renal, enquanto a medula renal recebe apenas de 1 a 2% do fluxo sanguíneo renal total - O fluxo sanguíneo da medula renal é suprido por uma parte especializada do sistema capilar peritubular, denominada VASA RECTA → Esses vasos entram na medula paralelamente ao ramo descendente da alça de henle, forma alças em diferentes níveis da medula e retornam ao cotex em paralelo as alças de henle, antes de se escoarem para o sistema venoso CONTROLE FISIOLÓGICO DA FG E DO FLUXO SANGUINEO RENAL - Os determinantes da FG mais variáveis e sujeitos ao controle fisiológico são: Pressão hidrostática glomerular e a pressão coloidosmótica capilar glomerular - O controle das variáveis ocorre principalmente por meio de: Sistema nervoso simpático, hormônios e autacoides e controles por feedback intrínsecos aos rins. FISIOLOGIA Weslley Jonathan P2 SISTEMA NERVOSO SIMPATICO - Todos os vasos renais, incluindo as arteríolas aferente e eferente, são inervados por fibras nervosas simpáticas - A forte ativação simpática produz constrição das arteríolas renais, causando diminuição do fluxo sanguíneo renal e na FG - A estimulação simpática leve ou moderada não possui grande influencia sobre o fluxo renal e a FG → A ativação reflexa do sistema nervoso simpático, resultante dos estímulos por barroreceptores do seio carotídeo ou receptores cardiopulmonares não influenciam muito o fluxo sanguíneo renal e a FG Os nervos simpáticos renais são mais importantes na redução da FG durante distúrbios graves agudos que duram de alguns minutos a horas – ex: Reação de defesa, isquemia cerebral ou hemorragia grave CONTROLEHORMONAL E AUTACOIDE DA CIRCULAÇÃO RENAL VASOCONSTRITORES NORAEPINEFRINA E EPINEFRINA o Causam constrição das arteríolas eferentes e aferentes, causando redução da FG e do fluxo sanguíneo renal o São hormônios liberados pela medula adrenal o Possuem pouca influência sobre a hemodinâmica renal, exceto em casos de hemorragia grave o Geralmente os níveis sanguíneos acompanham a atividade do sistema nervoso simpático ENDOTELINA o É um vasoconstritor, que pode contribuir para hemostasia → Liberado pelo o endotélio quando ocorre lesão no vaso sanguíneo, causando vasconstrição perto do local de lesão o É um autacoide, sendo liberado pelas células endoteliais vasculares lesionadas dos rins, bem como por outros tecidos o Os níveis plasmáticos estão aumentados em doenças associadas a lesão vascular: Toxemia da gravidez, insuficiência renal aguda e uremia crônica → Contribui para vasoconstrição renal e diminuição da FG em algumas dessas patologias ANGIOSTENSINA II o Pode ser considerado como hormônio circulante ou autacoide produzido localmente, pois é formado nos rins e na circulação o Os receptores para angiostensina II estão presentes em todos os vasos sanguíneos renais o Os vasos pré-glomerulares, principalmente as arteríolas aferentes, são relativamente protegidos contra o efeito da angiostensina II → Essa proteção acontece devido a liberação de OXIDO NITRICO e PROSTAGLANDINAS que são vasodilatores que neutralizam os efeitos constritores da angiostensina II o A angiotensina II ocasiona preferencialmente a constrição das arteríolas EFERENTES, elevando a pressão hidrostática glomerular enquanto reduz o fluxo sanguíneo renal o A produção aumentada ocorre em casos de diminuição da pressão arterial ou depleção volumétrica que tende a diminuir a FG → A angiostensina II atuara prevenindo a redução da pressão hidrostática glomerular e da FG + A redução do fluxo sanguíneo renal, provocada pela arteríola EFERENTE, reduz o fluxo pelos capilares peritubulares, aumentando a reabsorção de sódio e água o Os níveis aumentados de angiotensina II, que ocorre com dieta hipossódica ou com depleção de volume, ajudam a preservar a FG e a excreção normal de produtos indesejáveis que dependem da filtração glomerular para serem excretados o A constrição das arteríolas eferentes eleva a reabsorção tubular de sódio e água, ajudando a restaurar o volume e a pressão sanguínea → Efeito que auxilia na autorregulação da FG VASODILATADORES ÓXIDO NITRICO o Autacoide, liberado pelo endotélio vascular de todos os capilares do corpo que possui efeitos vasodilatadores o O nível basal de produção de oxido nítrico é importante para manutenção da vasodilatação dos rins, permitindo que eles excretem quantidades normais de sódio e água Fármacos que inibem a síntese normal de óxido nítrico aumenta a resistência vascular renal e diminui a FG, reduzindo a excreção de sódio na urina, oque pode aumentar a pressão arterial Em pacientes hipertensos ou com aterosclerose, o dano ao endotélio vascular e a produção prejudicada de óxido nítrico contribuem para o aumento da vasoconstrição renal e elevação da pressão sanguínea FISIOLOGIA Weslley Jonathan P2 PROSTAGLANDINAS E BRADICININAS o Sua principal ação é de amenizar os efeitos constritores da angiotensina II, principalmente nos vasos aferentes o Sua oposição da constrição as arteríolas aferentes, é responsável por evitar a redução excessiva da FG e do fluxo sanguíneo renal o Os anti-inflamatórios não esteroides (AINES), inibem síntese de prostaglandinas, causando redução significativas na FG AUTORREGULAÇÃO DA FILTRAÇÃO GLOMERULAR E DO FLUXO SANGUINEO RENAL - Mecanismos de feedback intrínsecos dos rins que mantem o fluxo sanguíneo renal e a FG relativamente constante - A função da autorregulação do fluxo sanguíneo dos rins se difere dos outros tecidos → Enquanto os outros tecido autorregulam o fluxo sanguíneo para atender a demanda de nutrientes e remoção de produtos indesejáveis do metabolismo, a autorregulação do fluxo sanguíneo dos rins tem a função de manter a FG constante e permitir o controle preciso da excreção renal de água e solutos. - Em geral, o fluxo sanguíneo renal é autorregulado em paralelo com a FG, mas a FG é eficientemente autorregulada em certas situações → A FG permanece relativamente constante apesar de variações na pressão arterial, se alterando por menos de 10% mesmo que a pressão varie de 70 a 75 mmHg, ou ainda de 160 a 180 mmHg. - A autorregulação também é importante para prevenir alterações extremas de excreção renal, devido ao aumento da pressão arterial → Sem a autorregulação, o aumento total da urina aumentaria em 30 vezes com o aumento relativamente pequeno da pressão As variações de pressão arterial tem pouco efeito sobre o volume de urina: 1. A autorregulação renal evita grandes alterações da FG 2. Mecanismos adaptativos adicionais nos túbulos renais permitem aumentar a intensidade de reabsorção, quando ocorre o aumento da FG → BALANÇO GLOMERULOTUBULAR As variações pressão tem efeitos na excreção renal de água e sódio, sendo conhecido como DIURESE PRESSÓRICA ou NATRIURESE PRESSÓRICA FEEDBACK TUBULOGLOMERULAR E AUTORREGULAÇÃO DA FG - Os rins tem mecanismo especial de feedback que relaciona mudanças na concentração de cloreto de sódio na macula densa com o controle da resistência arteriolar renal e autorregulação da FG → O feedback funciona principalmente para garantir o aporte de sódio ao TUBULO DISTAL - O mecanismo de feedback tubuloglomerular garante o fornecimento relativamente constante de cloreto de sódio ao túbulo distal, ajudando a prevenir flutuações da excreção renal → Esse mecanismo consegue autorregular o fluxo sanguíneo renal em paralelo a FG, porém há momentos em que a FG é autorregulada apenas pela mudança do fluxo sanguíneo renal O mecanismo de feedback tubuloglomerular possui dois componentes para controlar a FG: 1. Mecanismo de feedback arteriolar aferente 2. Mecanismo de feedback arteriolar eferente o Esses dois mecanismos dependem do complexo justaglomerular → Conjunto de células da macula densa na parte inicial do túbulo distal, e células justaglomerulares nas paredes das arteríolas aferentes e eferentes DIMINUIÇÃO DO CLORETO DE SÓDIO: o Quando a FG diminui, o fluxo se torna mais lento na alça de henle, aumentando a reabsorção de íons sódio e cloreto fornecidos no ramo ascendente, reduzindo a concentração de cloreto de sódio na macula densa o As células da macula densa detectam alterações do volume que chega ao túbulo distal o Quando a concentração de cloreto de sódio na macula densa diminui, dois efeitos ocorrem: 1. Redução da resistência ao fluxo sanguíneo nas arteríolas aferentes, FISIOLOGIA Weslley Jonathan P2 aumentando a pressão hidrostática glomerular e ajuda a FG a retornar ao normal 2. Liberação de renina pelas células justaglomerulares das arteríolas aferente e eferente, aumentando a concentração de angiostensina II que causa a constrição da arteríola eferente → A arteríola eferente contraída causa aumento da pressão hidrostática glomerular e auxilia no retorno da FG ao normal o Esses dois componentes operam em conjunto, oferecendo sinais de feedback as arteríolas aferentes e eferentes para a regulação da FG durante alterações da pressão arterial AUTORREGULAÇÃO MIOGENICA DO FLUXO SANGUNEO RENAL E FG - O mecanismo miogênico contribui para a manutençãodo fluxo sanguíneo renal e a FG relativamente constante, através da resistência ao estiramento durante o aumento da pressão arterial. - É um mecanismo que atua principalmente na roteção do rim da lesão induzida por hipertensão → Esse mecanismo NÃO detecta diretamente alterações do fluxo sanguíneo renal ou da FG, mas sim o estiramento da parede o Os vasos sanguíneos respondem a tensão aumentada da parede ou ao estiramento da parede com contração do musculo liso vascular o O aumento da pressão arterial, causa o estiramento da parede vascular, permitindo a entrada de íons cálcio do liquido extracelular para as células o O aumento da concentração de cálcio nas células causa a contração da parede muscular lisa do vaso o Quando a parede muscular se contrai, o vaso sanguíneo: 1. Evita a distensão excessiva do vaso 2. Ajuda a prevenir o aumento excessivo do fluxo sanguíneo renal e da FG quando ocorre elevação da PA, devido o aumento da resistência vascular BLOQUEIO DA FORMAÇÃO DA ANGIOSTENSINA II - A angiotensina II possui ação constritora preferencialmente sobre as artérias eferentes, evitando reduções graves da pressão hidrostática glomerular e na FG quando a perfusão renal cai abaixo do normal - Fármacos que bloqueiam a formação da angiotensina II (inibindo a ECA) ou bloqueiam sua ação (fármacos antagonistas), pode causar reduções maiores que o normal na FG quando a PA renal cai abaixo do normal - Em pacientes hipertensos devido a estenosa da artéria renal, a administração desses fármacos pode ocasionar insuficiência renal aguda devido a grave diminuição da FG - Os fármacos bloqueadores da angiotensina II são agentes terapêuticos no tratamento de pacientes com hipertensão, insuficiência cardíaca congestiva e outras condições, com monitoramento para evitar a diminuição grave da FG ALTA INGESTÃO DE PROTEÍNA E GLICOSE - A alta ingestão de proteínas ou de glicose, é responsável por aumentar a FG e o fluxo sanguíneo renal através do feedback tubuloglomerular PROTEÍNAS: o A ingestão de proteínas libera aminoácidos para o sangue que por sua vez é completamente reabsorvido completamente o A reabsorção de aminoácidos ocorre nos TUBULOS PROXIMAIS, e também estimula a reabsorção de SÓDIO = Quanto mais aminoácido é reabsorvido pelos túbulos proximais, maior será a reabsorção também de sódio FISIOLOGIA Weslley Jonathan P2 o Devido a reabsorção de sódio, ocorre a diminuição do aporte de sódio na macula densa, ativando o sistema de feedback tubuloglomerular o Para aumentar o aporte de sódio para a macula densa, ocorrerá: Diminuição da resistência na arteríola AFERENTE, aumentando o fluxo sanguíneo renal e a FG o O aumento da FG permite a manutenção da excreção de sódio em nível próximo do normal, enquanto aumenta a excreção de produtos indesejáveis do metabolismo proteico como a ureia. GLICOSE: o A glicose é reabsorvida no túbulo proximal, oque estimula também a reabsorção de sódio o A reabsorção excessiva de sódio junto com a glicose causa diminuição do aporte de sódio na macula densa o Quando o aporte de sódio diminui, a macula densa ativa o sistema de feedback tubuloglomerular, diminuindo a resistência arteriolar AFERENTE, aumentando o fluxo sanguíneo renal e a FG O sistema de feedback tubuloglomerular também funciona quando existe aporte excessivo de sódio nos túbulos distais: Quando os vasos proximais estão danificados, a reabsorção de sódio é diminuída nessas vasos, fazendo com que grandes quantidades de sódio cheguem aos vasos distais → Esse aporte excessivo nos vasos distais, ativa o feedback para diminui esse aporte excessivo → Ocorre a vasoconstrição da arteríola aferente, diminuindo o fluxo sanguíneo renal e fazendo com que o aporte excessivo de sódio diminua
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