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1 GASTROENTEROLOGIA Rafaela Matos – 5º semestre – 2020.2 Introdução a Gastroenterologia e Exames Complementares A gastroenterologia é a especialidade médica que estuda o diagnóstico e tratamento das doenças do aparelho digestivo Formação: graduação (6 anos), residência em clínica médica (2 anos), residência em gastroenterologia (2 anos), residência em endoscopia digestiva (2 anos; especializado em colonoscopia e em CPRE), residência em cirurgia geral *pós-graduação 2 anos ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Sistema Digestivo: - Tubo digestivo: boca, faringe, esôfago, estomago, intestino delgado, intestino grosso, reto e anus - Órgãos anexos: glândulas salivares, fígado, pâncreas e vesícula biliar Ângulo de Treitz: é uma estrutura anatômica que é formada pela suspensão do ligamento de Treitz (ligamento peritoneal que suspende na 4ª porção). Ligação do duodeno com o jejuno – junção duodenojejunal – 4ª porção É com base nele que é dividido academicamente: - Patologias do trato digestivo alto: acima do ângulo - Patologias do trato digestivo baixo: abaixo do ângulo Regiões do abdome: Sinais e sintomas na gastroenterologia – nomenclatura: - Disfagia: dificuldade de deglutir o alimento ingerido no trajeto da orofaringe até o estômago. Possui vários tipos: alta, baixa, sólida, liquida, súbita e progressiva - Globus: bolo na garganta, que não consegue engolir - Odinofagia: garganta queimando (como se fosse uma faringite). É comum em pacientes que tem refluxo noturno - Halitose: mau hálito - Azia: sensação de queimação em epigástrica - Pirose: sensação de queimação retroesternal que se irradia do manúbrio do esterno à base do pescoço. - Regurgitação: retorno de conteúdo ácido ou alimentos para a cavidade oral 2 GASTROENTEROLOGIA Rafaela Matos – 5º semestre – 2020.2 - Sialorreia: secreção excessiva de saliva - Borborigmo: ruído gorgolejante provocado pelo deslocamento de gases em meio líquido - Prurido: sensação desagradável que gera o estímulo reflexo de coçar. - Icterícia: coloração amarelada de pele e mucosas que pode ser reconhecida com bilirrubinas totais > 2mg% - Colúria: urina de coloração escura ou mais amarelada - Acolia fecal: fezes claras ou embranquecidas - Tenesmo: estímulo para defecação e saída de muco, pus ou sangue sem ou com pequena quantidade de fezes. - Obstipação: evacuações infrequentes ou grande esforço defecatório - Plenitude: sensação de saciedade - Diarreia: redução na consistência das fezes e aumento na frequência das evacuações. - Disenteria: diarreia associada a perda de sangue, muco ou pus nas fezes. - Hematêmese: vômitos com sangue que tem origem no trato gastrointestinal, acima do ângulo de Treitz. - Melena: É o nome dado às fezes negras, habitualmente pastosas, e com odor muito forte (e cheiro de madeira podre molhada), que surgem nos sangramentos digestivos altos, geralmente acima do ângulo de Treitz. Apresentam sangue alterado pela flora intestinal (volume suficiente: 50-100 ml). - Hematoquezia: Presença de sangue de pequeno volume com cor vermelha viva misturado com as fezes. Define hemorragia digestiva baixa, origem do sangramento é por doença orificial (exemplo: fissura, fistula, doença hemorroidária, complicações hemorroidárias, trombose hemorroidária, laceração) - Enterorragia: É o nome dado à presença de sangue vivo em grande volume e habitualmente associado a dor abdominal. Neste caso, o paciente pode evacuar somente sangue, sem a presença de fezes. Define hemorragia digestiva baixa; sangramento oriundo do intestino grosso (podendo ser fino também). Procura emergência. Mecanismos de doenças: – forma genérica – ▪ Anomalias do desenvolvimento/genéticas ▪ Doenças motoras e mecânicas (dismotilidade) ▪ Doenças inflamatórias ▪ Doenças vasculares ▪ Doenças endócrinas e metabólicas ▪ Doenças multifatoriais ▪ Tumores (benignos, malignos, pólipos) ▪ Doenças funcionais do TGI Patologias do dia a dia: ▪ Gastrites / Doença ulcerosa péptica ▪ DRGE (doença do refluxo gastroesofágico) ▪ Doença litiásica das vias biliares ▪ Hepatopatias ▪ Pancreatites aguda e crônica ▪ Diarreias agudas e crônicas ▪ Constipação ▪ Dispepsia funcional / Colopatia funcional / SII (síndrome do intestino inflamatório) ▪ DII (doença inflamatória intestinal) ▪ Neoplasias 3 GASTROENTEROLOGIA Rafaela Matos – 5º semestre – 2020.2 Interação com especialidades: clínico geral, coloproctologista, oncologista, reumatologista, endoscopista, cirurgião geral, radiologista *EMERGÊNCIAS GASTROINTESTINAIS (abdome agudo) Endoscopia Digestiva Alta: *pode ter anestesiologista É um procedimento feito com o paciente em decúbito lateral esquerdo, feito com pelo menos 2 pessoas na sala (técnico de enfermagem ou enfermeiro; anestesiologista). Indicações: ▪ Dispepsia funcional ▪ Disfagia ▪ DRGE – Ver indicações em aula ▪ Dor abdominal a\e – DUP \ Pós Gastroplastia \ ▪ Sintomas e\ou sinais de alerta ▪ Sangramento de origem obscura ▪ Hemorragias digestivas e Retirada de CE - EMER ▪ Vômitos persistentes ▪ Síndrome de má absorção intestinal ▪ Polipose adenomatosa familiar ▪ Confirmação e dg de lesões evidenciadas por outros métodos ▪ Seguimento de lesões pré-malignas e pós gastrectomias Contraindicações: ▪ Intolerância do paciente ▪ Suspeita ou confirmação de perfuração GI ▪ Descompensação cardíaca ▪ Doenças pulmonares graves ▪ Gestação 4 GASTROENTEROLOGIA Rafaela Matos – 5º semestre – 2020.2 Impedancio pHmetria de 24h: pHmetria consegue fazer a identificação através de uma sonda introduzida no nariz e ela desce até o esôfago distal e ela tem transdutores (sensores) que avaliam o pH do esôfago distal e do esôfago proximal já a impedancio pHmetria possui mais canais e ela consegue saber qual o conteúdo que está retornando, se o paciente tem refluxo e qual o tipo. Monometria esofágica: É usado para patologias de dismotilidade Referência: Tratado de Gastroenterologia – Zaterka
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