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Profa. Me. Luciana Fernandes EXAME FÍSICO PARA ENFERMEIROS Exame físico Objetivos: ▪ Realizar o exame físico cefalopodálico; ▪ Definir, detalhadamente, a resposta do paciente ao processo da doença, especialmente aquelas respostas tratáveis por ações de enfermagem; ▪Comprovar os dados obtidos na entrevista onde o enfermeiro deve avaliar não somente as respostas verbais, como respostas não verbais; ▪Estabelecer relacionamento interpessoal no qual consiste no desenvolvimento de confiança na estrutura, bem como na equipe e na figura do enfermeiro em destaque; ▪Estabelecer os principais dados do histórico para avaliar resultados das intervenções de Enfermagem. Introdução ao exame físico Exame físico – Definição: ▪Compreende o exame dos diferentes sistemas e aparelhos: cabeça e couro cabeludo, face, pescoço, tórax, mamas, sistemas respiratório, cardiovascular, gastrintestinal, geniturinário, neuromuscular, além de dados de interesse para a enfermagem. Introdução ao exame físico Avaliação inicial: entrevista e anamnese Processo de Enfermagem - 1ª Etapa da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE); Coleta de dados: ▪Subjetiva – o que a pessoa diz sobre si mesma, percepção de seu estado de saúde; ▪ Privacidade e evite interrupções; ▪ Apresentação profissional à entrevista; ▪ Coleta de dados: Linguagem adequada. (JARVIS, 2012). Introdução ao exame físico Anamnese ▪ Dados biográficos; ▪ Fonte da anamnese (cliente, familiar); ▪ Motivo por procurar a assistência; saúde atual ou histórico da doença (Ex.: gestante, parto, tratamento de IAM, etc); ▪ Antecedentes pessoais; ▪ Histórico familiar; ▪ Revisão dos sistemas; ▪ Avaliação funcional (Ex.: autocuidado); ▪ Percepção da saúde. (JARVIS, 2012). COMPORTAMENTOS NÃO VERBAIS DO ENTREVISTADOR POSITIVOS NEGATIVOS Aparência profissional adequada Aparência desagradável para o paciente Sentados no mesmo nível Ficar em pé Posicionamento próximo ao paciente Sentar atrás de uma escrivaninha, distante, virado para outro lado Postura livre e relaxada Postura tensa Ligeiramente inclinado para a pessoa Inclinação para trás Gestos ocasionais de facilitação Gestos críticos ou de distração: apontar o dedo, punho fechado, bater os dedos, balançar os pés, olhar para o relógio Animal facial, interesse Expressão fria bocejo, pressionar os lábios Sorriso adequado Franzir sobrancelhas, morder os lábios Contato visual adequado Desviar os olhos, evitar contato visual, concentrar-se em anotações Tom de voz moderado Tom de voz estridente, agudo Velocidade de fala moderada Falar muito rápido ou muito devagar Toque adequado Toque muito frequente ou inadequado Avaliação inicial: (JARVIS, 2012). Propedeutica Sinais vitais Evidenciam o funcionamento e as alterações da função corporal: 1. Pressão arterial: Valores limites: adulto: 90 x 60 ou 140 x 90 mmHg; criança: 70 x 40 ou 90 x 60 mmHg. 2. Frequência cardíaca: adulto: 60 a 100 bpm.; RN: 140 bpm. criança: 100 a 130 bpm.; 3. Frequência respiratória: adulto: 16 a 20 irpm; criança: 20 a 40 irpm; 4. Temperatura: febre > 37,8 0C (pode sofrer variações); 5. Dor: 5º sinal vital. ▪ Peso e altura - estado nutricional: normal, obeso, desnutrido. Utilizar o índice de massa corpórea (IMC); ▪ Criança avaliar estatura, sexo e idade. ▪ Glicemia capilar e oximetria de pulso: questionável. Sinais vitais Temperatura: Locais de verificação: oral, retal, auditiva e axilar. ▪ Normotermia: entre 360C e 36,80C; ▪ Febrícula: entre 36,9 0C e 37,40C; ▪ Estado febril: entre 37,50C e 380C; ▪ Febre: entre 380C e 390C; ▪ Pirexia ou hipertermia: entre 39,10C e 400C; ▪ Hiperpirexia: acima de 400C. Sinais vitais Frequência cardíaca: ▪ Locais de verificação: temporal, carotídea, braquial, radial, femoral, poplítea, pediosa, maleolar e pulso apical. ▪ Normocardia: 60 A 100 bpm; ▪ Taquicardia: > 100 bpm; ▪ Bradicardia: < 60 bpm; ▪ Ritmo: rítmico ou arrítimico. Sinais vitais Frequência respiratória: ▪ Eupnéia: De 16 a 20 irpm; ▪ Bradipnéia; ▪ Taquipnéia; ▪ Dispnéia; ▪ Ortopnéia; ▪ Apnéia. Pressão arterial: ▪ Locais de verificação: acima da artéria braquial e acima da artéria poplítea ▪ Materiais: esfigmomanômetro e estetoscópio. Pressão arterial CLASSIFICAÇÃO DA PA (MAIORES QUE 18 ANOS) CATEGORIA SISTÓLICA DIASTÓLICA Ótima Menor que 120 Menor que 80 Normal Menor que 130 Menor que 85 Limítrofe 130-139 85-89 HIPERTENSÃO: Estágio 1 – leve 140-159 90-99 Estágio 2 – moderada 160-179 100-109 Estágio 3 – grave Maior que 180 Maior que 110 Sistólica isolada Maior que 140 Menor que 90 Escalas de mensuração da dor: 1)Escala numérica (0 – 10)🠞 Aplicada a pacientes conscientes acima de 6 anos. Sendo: Nota zero significa ausência de dor e 10 o nível de dor máxima suportada. 2)Escala de faces revisada 🠞 Aplicada a pacientes com déficit de comunicação e crianças de 2 a 6 anos. 3)Escala comportamental 🠞 Aplicada a pacientes inconscientes/sedado. Baseada em quatro indicadores: Expressão facial; Movimentos corporais; Tensão muscular; Interação com ventilador ou Vocalização. 4)Escala NIPS 🠞 Aplicada a neonatos até 2 anos. Baseada em 6 indicadores: expressão facial; choro; padrão respiratório; braços (relaxados ou fletidos); pernas (relaxados ou fletidos); estado de alerta (dormindo ou desconfortável). ▪ Método simples e de baixo custo; ▪ Valores elevados da circunferência apresentam alta correlação com abdominal hipertensão também arterial, dislipidemias, hiperinsulinemia e hiperglicemia. Risco aumentado de desenvolvimento de doenças: ▪ Homens ≥ 94 cm X mulheres ≥ 80 cm. Risco aumentado substancialmente no desenvolvimento de doenças: ▪ Homens ≥ 102 cm X mulheres ≥ 88 cm. Avaliação da circunferência abdominal Propedeutica do exame físico Inspeção🡆 Ausculta🡆 Percursão🡆 Palpação ▪ Inpeção: visão para averiguar ou inspecionar o aspecto, a cor, a forma, o tamanho e o movimento dos diversos segmentos corporais. Pode ser estática ou dinâmica. ▪ Ausculta: Utilização do sentido da audição para ouvir sons ou ruídos produzidos pelos órgãos. ▪ Percussão: Utilização do tato e da audição para provocar e ouvir os sons de golpes leves, planejados, articulados e direcionados para delimitar órgãos, detectar coleção de líquido ou ar e perceber formações fibrosas teciduais – vibrações. ▪ Palpação: tato e pressão. Pode ser profunda e superficial. Exame físico da cabeça e pescoço Avaliação neurológica ▪ SNP: 12 pares de nervos cranianos e 31 pares de nervos espinais e ramificações; ▪ Avaliação ocular espontânea; ▪ Nível de consciência: alerta; sonolência ou letargia; obnubilação; torpor ou estupor e coma. Termos empregados: ▪ Paresia: ausência de sensibilidade; ▪ Plegia: ausência de força, movimento e sensibilidade; ▪ Parestesia: formigamento. Exame físico da cabeça e pescoço Avaliação das pupilas ▪ Observar diâmetro, forma e reação à luz. MIDRÍASE: ESCALA DE COMA DE GLASGOW VARIÁVEIS ESCORE Espontânea 4 ABERTURA OCULAR (AO) À voz À dor 3 2 Nenhuma 1 Orientada 5 MELHOR RESPOSTA VERBAL (MRV) Confusa Palavras inapropriadas Palavras incompreensivas 4 3 2 Nenhuma 1 Obedece comandos 6 Localiza dor 5 MELHOR RESPOSTA Movimento de retirada 4 MOTORA (MRM) Flexão anormal 3 Extensão anormal 2 Nenhuma 1 Total Máximo Total Mínimo Intubação 15 3 8 Exame físico da cabeça e pescoço ESCALA DE RAMSAY 1 Paciente ansioso, agitado, impaciente ou ambos 2 Paciente cooperativo, orientado e tranquilo 3 Paciente que responde somente ao comando verbal 4 Paciente que demonstra reposta ativa a um toque leve na glabela ou a um estímulo sonoro auditivo 5 Paciente que demonstra resposta débil a um toque leve na glabela ou a um estímulo sonoro auditivo 6 Paciente que não responde aos mesmos estímulos dos itens 4 ou 5 Exame físico da cabeça e pescoço Avaliação neurológica ▪ VÍDEO: https://www.youtube.com/watch?v=dzrrWOsZhNg. ▪ Inspeção; ▪ Avaliação da marcha; ▪ Avaliação estática – sinal de Romberg. https://www.youtube.com/watch?v=dzrrWOsZhNgExame físico da cabeça e pescoço ▪ Tamanho do crânio: normocefalia, arredondado e simétrico (alteração: macrocefalia, microcefalia); ▪ Forma do crânio: mesocéfalo, dolicocéfalo (fig. A), braquicéfalo (Fig. B) (Alteração: fronte “olímpica”); ▪ Posição e movimento: desvio (torcicolo – inclinação lateral) e alteração do movimento (tiques, paralisia); ▪ Superfície e couro cabeludo: inspeção e palpação; ▪ Saliências: tumores, hematomas, depressões (afundamentos), cicatrizes, lesões e pontos dolorosos; ▪ Higiene do couro cabeludo e cabelos: presença de caspas, piolhos e lêndeas; ▪ Cabelos: implantação, distribuição, quantidade, cor textura, brilho e queda; ▪ Observar alterações como: hirsutismo (aumento anormal da pilificação em todo o corpo), hipertricose, alopecia e calvície. 1. Inspeção e palpação do cranio: Tamanho e contorno gerais; Observe quaisquer deformidades, nódulos, sensibilidades; Palpe a artéria temporal e a articulação temporomandibular. 2. Inspecione a face: Expressão facial; Simetria de movimento (VII par craniano); Quaisquer movimentos involuntários, edemas, lesões. 3. Inspeção e palpação do pescoço: Variação ativa de movimentos; Aumento dos linfonodos ou da glândula tireóide. (JARVIS, 2012). Exame físico da cabeça e pescoço Exame físico da cabeça e pescoço NARIZ: 1. Inspeção do nariz externo: ▪ Simetria; deformidade e lesões. 2. Palpação para testar a perviedade de cada narina. 3.Inspeção da cavidade nasal utilizando um espéculo nasal: ▪ Cor e integridade da mucosa nasal; ▪ Desvio, perfuração ou sangramento do septo; ▪Observar conchas nasais em relação à cor, presença de exsudato, edema ou pólipos. 4. Palpação dos seios nasais para avaliação de sensibilidade (JARVIS, 2012). Exame físico da cabeça e pescoço BOCA E GARGANTA: 1. Inspeção utilizando uma lanterna: ▪ Lábios, dentes e gengivas, língua, mucosa bucal: ▪ Cor, integridade das estruturas, lesões; ▪ Palato e úvula; ▪ Integridade e mobilidade quando a pessoa vocaliza; ▪ Graduação do tamanho tonsilar; ▪ Parede faríngea; ▪ Cor, algum exsudato ou lesões. 2. Palpação da boca quando indicado. Exame físico do tórax ▪ Inspeção, ausculta, percussão e palpação; ▪ Exame das mamas; ▪ Exame cardiovascular e respiratório; ▪ Verificar pulsos, turgência de jugular. Exame físico do aparelho respiratório 1. Inspeção estática: Estudo do arcabouço torácico (pontos, linhas e regiões anatômicas, forma do tórax). Inspeção dinâmica: Estudo dos movimentos torácicos. ▪ Forma do tórax: atípica ou normal, típico ou patológico (enfizematoso ou tonel), em quilha (ou peito de pombo), pectus excavatum (ou sapateiro), chato, em sino, escoliótico (cifoescoliótico). ▪ Deformações da caixa torácica: abaulamentos e retrações. ▪ Alterações da pele: coloração, manchas, cicatrizes e lesões. 2. Palpação: análise da expansibilidade torácica (teste com as mãos – escansão simétrica ou assimétrica) - pesquisar frêmito toraco-vocal (FTV) (teste com as mãos – vibrações). Pesquisar sensibilidade dolorosa, contraturas, edema. Exame físico do aparelho respiratório 3. Ausculta: ▪ Sons normais: respiração brônquica, broncovesicular e murmúrios vesiculares; ▪ Sons anormais: ruídos adventícios: roncos e sibilos, crepitações e estertores. 4. Percussão: ▪ Som timpânico: quantidade de ar aumentada no parênquima pulmonar; ▪ Som submaciço: percussão no parênquima pulmonar com densidade aumentada e diminuição de quantidade de ar; ▪ Som maciço: presença de líquido interposto entre o parênquima e a parede torácica. Exame físico do aparelho respiratório (JARVIS, 2012). 1. Inspeção: ▪ Caixa torácica; ▪ Respiração; ▪ Cor e condições da pele; ▪ Posição da pessoa; ▪ Expressão facial; ▪ Nível de consciência. 2. Palpação: ▪ Confirme a expressão simétrica frêmito tátil; ▪ Detecte qualquer nódulo, massa ou sensibilidade. 3. Percussão: ▪ Percuta os campos pulmonares; ▪ Estime a excursão diafragmática. 4. Ausculta: ▪ Avalie os sons respiratórios normais; ▪ Observe sons respiratórios anormais; ▪ Observe os ruídos adventícios. Exame físico do aparelho respiratório (JARVIS, 2012). ▪ VÍDEO: https://www.youtube.com/watch?v=dloB2zVqcdI. https://www.youtube.com/watch?v=dloB2zVqcdI Exame físico do aparelho respiratório http://www.virtual.unifesp.br/unifesp/torax/torax.swf. http://www.virtual.unifesp.br/unifesp/torax/torax.swf Exame físico do aparelho cardiovascular (JARVIS, 2012). Pescoço: contraturas, glândula tireóide, presença de linfonodos palpáveis. 1. Pulso carotídeo: observe e palpe. 2. Observação do pulso venoso jugular 3. Estimativa da pressão venosa jugular Precórdio: 1.Inspeção e palpação: Impulso apical; observe qualquer elevação ou frêmito. 2. Ausculta: ▪ Identifique as áreas anatômicas em que ausculta; ▪ Observe a frequência e o ritmo dos batimentos cardíacos; ▪ Identifique B1 e B2 e observe qualquer variação; ▪ Ausculte na sístole e diástole para detecção de qualquer bulha extra; ▪ Ausculte na sístole e diástole para detecção de qualquer sopro; ▪ Repita a sequência com a campânula do estetoscópio; ▪ Ausculte no ápice com a pessoa em decúbito lateral esquerdo. Exame físico do aparelho cardiovascular 1.Inspeção: Observar área precordial (protuberância, retrações, ictus), varizes e edema dos MMII. 2.Palpação: Análise do ictus cordis (40 e 50 EIE de 6 a 10 cm da linha medioesternal), presença de pulsos periféricos (frequência, ritmo, amplitude, tensão), perfusão periférica. 3.Ausculta: a) Ritmo normal: regular em 2 tempos: 1ª bulha = fechamento das válvulas mitral e tricúspide = TUM; 2ª bulha = fechamento das válvulas aórtica e pulmonar = TA); ▪ b) Anormal: irregular (ritmo de galope, extrassístole); ▪ c) Focos de ausculta cardíaca: ▪ Foco aórtico (FA) 2ª EID (linha paraesternal direita); ▪ Foco pulmonar (FP) 2ª EIE (linha paresternal esquerda); ▪ Foco tricúspide (FT) na base do apêndice xifoide; ▪ Foco mitral (FM) região do ictus cordis (VE). Exame físico do aparelho cardiovascular Coração ▪ VÍDEO: https://www.youtube.com/watch?v=LLiNSePnKdg. https://www.youtube.com/watch?v=LLiNSePnKdg Exame físico das mamas ▪ Período: 1ª semana após a menstruação e na menopausa no início de cada mês. ▪ Posições: ortostática (paciente em pé) ▪ 1. braços laterais ao corpo, ▪ 2. braços acima da cabeça, decúbito dorsal (paciente deitada) braços sobre a cabeça. 1.Inspeção: estática e dinâmica; observar volume (simetria/assimetria), diminuição, aumento, formato, pele (cicatrizes, sinais de inflamação), mamilos e auréolas (desvios, retração, inversão, ulceração) secreção mamária (espontânea ou induzida). 2.Palpação: sentido horário no quadrante superior – mamas – região supra- clavicular e axilar, observar a presença de massas, nódulos (local, tamanho, consistência, mobilidade e sensibilidade). Exame físico das mamas Exame físico do abdome ▪ Certifique-se que o cliente está com a bexiga vazia; 1. Inspeção: ▪ Observar superfície quanto a forma (massas, herniações, visceromegalias), contorno (plano, arredondado, protuberante, escavado), simetria e características da pele; ▪ Verificar circunferência abdominal se distensão abdominal, ascite ou gestação. Exame físico do abdome 2. Ausculta: ▪ Antes da percussão e da palpação (motilidade intestinal); ▪ Iniciada pelo QID, em sentido horário; ▪ Ruídos intestinais = ruídos hidroaéreos (RHA); ▪ RHA: frequência : 5 a 35 /min.; ▪ Intensidade: hipoativos ou hiperativos; ▪ Ausculte sobre a aorta e artérias renais (de cada lado do umbigo) para sopros, aneurisma da aorta abdominal, batimentos cardio-fetal. Exame físico do abdome 3. Percussão: ▪ Fornece uma orientação geral quanto ao abdome, presença de massas, líquidos e gases. ▪ Proceda metodicamente de quadrante em quadrante, observe o timpanismo e a macicez, investigue a presença de ascite (Sinal de Piparote). ▪ Sons produzidos: ▪ timpânico (conteúdo de gás das vísceras ocas) e ▪ maciço (órgãos sólidos ou preenchidos por líquidos ou fezes). Exame físico do abdome 4. Palpaçãoprofunda: ▪ Instrua o paciente para relaxar os músculos abdominais. ▪ Use a superfície palmar dos dedos de uma das mãos e explore sistematicamente os quatro quadrantes. ▪ Identifique qualquer massa e anote qualquer hipersensibilidade, observando a expressão facial d paciente enquanto apalpa. ▪ Identifique aumento de vísceras, consistência e bordos. VÍDEO: https://www.youtube.com/watch?v=8TinIUKZozI. a - QUADRANTE SUPERIOR DIREITO QSD ▪ Parte do intestino grosso; ▪ Parte direita do fígado; ▪ Antro gástrico (parte distal do estômago); ▪ Vesícula biliar ▪ Rim e Supra-renal direito; ▪ Duodeno; ▪ Parte do pâncreas. b – QUADRANTE INFERIOR DIREITO QID ▪ Apêndice; ▪ Ovário direito; ▪ Tuba uterina direita; ▪ Parte do intestino grosso; ▪ Ureter direito. c – QUADRANTE SUPERIOR ESQUERDO QSE ▪ Rim e supra-renal esquerdo; ▪ Baço; ▪ Parte do pâncreas; ▪ Parte esquerda do fígado; ▪ Estômago (maior parte); ▪ Parte do intestino grosso. d – QUADRANTE INFERIOR ESQUERDO QIE ▪ Tuba uterina esquerda; ▪ Ovário esquerdo; ▪ Parte do intestino grosso; ▪ Ureter esquerdo. https://www.youtube.com/watch?v=8TinIUKZozI Exame físico do aparelho genitourinário ▪ Investigar sinais e sintomas: poliúria, oligúria, anúria, nictúria, dor/cólica, febre, aumento de uréia e creatinina plamáticas, incontinênciaalteração nos eletrólitos, náuseas e vômitos, urinária, hematúria, urgência miccional. 1. Inspeção renal: ▪ Observar abaulamentos. 2. Percussão renal: ▪ Sinal de Giordano. 3. Palpação renal: ▪ Método de Devoto e Método de Israel. Exame físico do aparelho genitourinário 1. Palpação da bexiga: ▪ Após o cliente ter urinado, 2 cm acima da sínfise púbica. 2. Percussão da bexiga: ▪ Som normalmente é timpânico; ▪ Macicez pode indicar retenção urinária. Exame físico do reto e ânus Técnica de exame: flexão de quadris e▪ Homem: decúbito lateral E, joelhos; ▪ Mulher: posição de litotomia. 1. Inspeção: ▪ Observar integridade da pele, edema, ulcerações, hemorróidas, abscessos, fissuras, prolapsos. Exame físico da genitália feminina ▪ Posição: ginecológica. 1. Inspeção: ▪ Observar presença de pedículos, dor, secreções, lesões, coloração, edema e sangramento. ▪ Exame especular: ▪ Observar colo uterino Exame físico da genitália feminina de menopausa, história ▪ Inspeção e palpação: ▪ Investigar história menstrual, inicio obstétrica, práticas contraceptivas, história de problemas geniturinários, dispareunia, sangramentos durante ou após as relações sexuais e uso de medicamentos à base de hormônios. ▪ Inspeção da distribuição dos pêlos pubianos, grandes lábios, o monte pubiano e o períneo (tecido entre o ânus e a abertura vaginal). ▪ Com a mão enluvada, separe os grandes lábios e inspecione o clitóris, meato uretral e abertura vaginal. Observe a cor da pele, ulcerações, nódulos inguinais ou labiais, secreção ou inchação, prolápso uterino. ▪ Observe a área das glândulas de Skene e a de Bartholin. Palpe entre o dedo e o polegar em busca de nódulos, hipersensibilidade ou inchação. Repita de cada lado da abertura vaginal posterior. Exame físico da genitália masculina ▪ Avaliação para hérnias deve ser realizada com o paciente de pé. ▪ Cubra o tórax e o abdome do paciente. Exponha a virilha e a genitália. 1. Inspeção: ▪ Observar distribuição dos pêlos, parasitas hiperemias ou escoriações, tamanho e forma do pênis, edemas, alterações na coloração, glande e meato uretral (secreções, lesões, vesículas, verrugas). Exame físico da genitália masculina 2. Palpação: ▪ Palpe qualquer lesão, nódulo ou massa, observando hipersensibilidade, contorno, tamanho e endurecimento. Palpe o corpo do pênis em busca de qualquer endurecimento (dureza em relação aos tecidos circulantes). ▪ Palpe cada testículo e epidídimo separadamente entre o polegar e os dois primeiros dedos, observando tamanho, formato, consistência, hipersensibilidade incomum (a pressão sobre o testículo geralmente produz dor). Palpe também o cordão espermático, incluindo o canal espermático, incluindo o canal deferente dentro do cordão, desde o testículo até o canal inguinal. Exame físico do aparelho locomotor EXAME DO APARELHO LOCOMOTOR ▪ Contempla INSPEÇÃO e PALPAÇÃO; ▪ Observar edema, coloração, lesão, sinais flogísticos; ▪ Verificar assimetria dos MMSS e MMII, da coluna, pélvis em diferentes posições; ▪ Exame da força muscular; ▪ Grau de mobilidade; ▪ Exame da marcha e articulações. ▪ Sinal de Bandeira: Empastamento da panturrilha; ▪ Sinal de Homans: Dorsoflexão do pé sobre a perna. Dor na massa muscular; ▪ Sinal de Bancroft: Dor à palpação. Particularidades do exame físico Exame físico obstétrico Exame físico obstétrico ▪ Antecedentes pessoais; ▪ Dados importantes: DUM, DPP, IG; ▪ Pré-natal; ▪ Corrimentos; ▪ Sintomas mamários - Observar mamas, mamilos; ▪ Antecedentes obstétricos (GAP: gestação, aborto, parto); ▪ Observar altura uterina; ▪ Observar linea nigra ou linha alba; ▪ Manobra de Leopold: Situação (longitudinal, transversa e oblíqua) e Apresentação fetal (cefálica, pélvica e córmica); ▪ Edemas e alterações de SSVV. Exame físico obstétrico Cálculo da data provável do parto (DPP): ▪ Regra de NAEGELE: ▪ DUM = data da última menstruação. ▪ Somar ao 1º dia da última menstruação 07 no caso de MULTÍPARA ou 10 para NULÍPARAS. ▪ Se a última menstruação ocorreu entre os meses de abril a dezembro, diminuir 03 do mês da D.U.M. e somar 01 ao ano vigente; ▪ se ocorrer entre os meses de janeiro a março, somar 09 ao mês correspondente a D.U.M. ▪ De janeiro a março: + 9 ▪ De abril e dezembro: - 3 (+ 1 ao ano). Exame físico obstétrico Cálculo da data provável do parto (DPP): ▪ Regra de NAEGELE: ▪ Adicionar +9 ▪ Adicionar -3 (+1 ao ano) JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Exame físico obstétrico CÁLCULO DA DATA PROVÁVEL DO PARTO (DPP): Exemplo: ▪ Data da última menstruação: 13/10/13 (Multípara) 13 10 13 +07 -03 +01 20 07 14 Data provável do parto: 20/07/14 ▪ Data da última menstruação: 12/03/2014 (Nulípara) 12 03 14 +10 +09 22 12 14 Data provável do parto: 22/12/14. VAMOS TREINAR... CÁLCULO DA DATA PROVÁVEL DO PARTO (DPP): ▪ DUM = 20/03/2014 (Nulípara) 20 03 14 +10 +09 30 12 14 Data provável do parto: 30/12/14 ▪ DUM: 06/11/13 (Nulípara) 06 11 13 +10 -03 +01 16 08 14 Data provável do parto: 16/08/14. VAMOS TREINAR... CÁLCULO DA DATA PROVÁVEL DO PARTO (DPP): ▪ DUM = 01/02/2014 (Multípara) 01 02 14 +07 +09 08 11 14 Data provável do parto: 08/11/14 ▪ Data da última menstruação: 20/07/14 (Multípara) 20 07 14 +07 -03 +01 27 04 15 Data provável do parto: 27/04/15. VAMOS TREINAR... +09 -03 +01 Atenção para os finais de MARÇO e DEZEMBRO!!! ▪ DUM = 31/03/2014 (Multípara) 04 31 03 14 +07 -03 +01 07 01 15 Data provável do parto: 07/01/15 ▪ Data da última menstruação: 20/07/14 (Multípara) 01 27 12 13 +07 +09 03 10 14 Data provável do parto: 03/10/14. ▪ CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL: ▪ Calcular o número de dias a partir do 1º. Dia da DUM, até a data da consulta. ▪ Ex: DUM: 01/05/2014 e Data da Consulta: 11/07/14. ▪ Pontuar todos os meses referentes neste intervalo, colocando a frente o número de dias. ▪ Maio: 30 (31 – 01) ▪ Junho: 30 ▪ Julho: 11 (Data da Consulta) ▪ Somando 30 + 30 + 11 = 71 ▪ 71÷7 = 10 semanas e 01 dia. ▪ Se DUM desconhecida e o período foi no início, meio ou final do mês, considerar como data da última menstruação os dias 5, 15 e 25. Exame físico obstétrico VAMOS TREINAR... CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL (IG): JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 31 28 31 30 31 30 31 31 30 31 30 31 VAMOS TREINAR... JAN 31 FEV 28 MAR 31 ABR 30 MAI 31 JUN 30 JUL 31 AGO 31 SET 30 OUT 31 NOV 30 DEZ 31 CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL (IG): ▪ DUM = 21/03/2014 (Multípara) ▪ Data da Consulta: 12/08/2014 ▪ MAR: 10 (31 – 21 = 10) ▪ ABR: 30 ▪ MAI: 31 ▪ JUN: 30 ▪ JUL: 31 ▪ AGO: 12 Σ = 144 7 140 20 semanas 4 dias Manobras de Leopold▪ 1ª Manobra: delimitação do fundo uterino (situação: longitudinal, transversa e oblíqua); ▪ 2ª Manobra: determinação do dorso fetal (posição: direita ou esquerda; anterior ou posterior); ▪ 3ª Manobra: mobilidade da apresentação (cefálica, pélvica e córmica); ▪ 4ª Manobra: grau de insinuação da apresentação. Exame físico da parturiente ▪ Sinais vitas + Patologias; ▪ Vacinação prévia e exames complementares (Hepatite, HIV, Sífilis, Coombs, etc); ▪ História obstétrica (Pré-natal, nº. gestações, amamentação, intercorrências); ▪ DUM, DPP, IG, preparo das mamas; ▪ AU, Manobra de Leopold: Situação; posição, apresentação e insinuação. ▪ Inspeção obstétrica. Exame físico da parturiente ▪ Cabeça: Lanugem, cloasma, edema palpebral; ▪ Pescoço: Hipertrofia da tireoide; ▪ Tórax – mamas: Sinal de Hunter (2ª aréola), rede de Haller, tubérculos de Montegomery, estrias, colostro; ▪ Genitais externas: Sinal de Jacquemier, hiperpigmentação vulvar; ▪ MMII: Edemas, varizes. Exame físico da puérpera Período de 6 a 8 semanas após o parto. ▪ Avaliar a amamentação; ▪ Movimentação física, necessidades fisiológicas; ▪ Mamas: colostro, leite de transição; observar se flácidas, ingurgitadas, túrgidas, mastite, fissuras, sinais flogísticos, Sinal de Hunter, rede de Haller, tubérculos de Montegomery, estrias; ▪ Abdome: linha nigra, tônus da contração uterina, incisão; ▪ Lóquios: rubro🠞 fusca🠞 flava🠞 alba. ▪ Episiorrafia: edema, cicatrização, hematoma, sinais flogísticos; ▪ Eliminações fisiológicas; ▪Membros inferiores: edema, dor, varizes, sinal de Homans e Bandeira. Exame físico do recém nascido ▪ Cabeças: fontanelas normotensas, abaulada ou deprimida; ▪ Fontanelas: bregmática (losango 1 a 4cm) e lambdóide (triângulo 0,5cm); ▪ Suturas: fechadas, separadas e sobrepostas; ▪ Bossa: ausente ou presente; ▪ Boca: observar de fenda palatina e lábio leporino; ▪ Abdome: observar o coto umbilical se ausente, presente, gelatinoso, processo de mumificação, sinais flogísticos; ▪ Avaliar genitálias: observar se secreção (hormônios mãe); ▪ Integridade tissular: observar coloração, temperatura, icterícia, cianose, lanugem, vérnix caseoso, milium sebáceo, impetigo, mancha mongólica; ▪ Sistema neurológico: avaliar o tônus e reflexos, observar força motora; ▪ Eliminações fisiológicas: observar aspecto, quantidade, odor, coloração. Exame físico do recém - nascido Exame físico do recém - nascido ▪ PERÍMETRO CEFÁLICO, TORÁCICO E ABDOMINAL Exame físico do recém - nascido ▪ Peso adequado: ≥ 2.500 g ▪ Baixo peso ao nascer (BPN): < 2.500 g ▪ Muito baixo peso ao nascer: < 1.500 g (BRASIL, 2004). Exame físico do recém - nascido REFLEXOS DO SISTEMA NEUROLÓGICO: ▪ Preensão; ▪ Moro; ▪ Babinski; ▪ Engatinhar; ▪ Corneano (piscar os olhos); ▪ Tônico cervical; ▪ Reflexo de marcha. Exame físico do recém - nascido REFLEXOS DO SISTEMA NEUROLÓGICO: ▪ Sucção; ▪ Perioral; ▪ Audição; ▪ Pupilar; ▪ Susto; ▪Ortolani: positivo ou negativo – luxação Coxofemoral ou doença do quadril. Exame físico pediátrico ▪ Anamnese e Histórico – familiar; ▪ Importante considerar: Alergias, antecedentes pessoais patológicos; ▪ Horas de sono por noite; ▪ Acorda para mamar; ▪ Banho: Aspersão, imersão e horário; ▪ Exame físico cefalopodálico; ▪ Modificações do apetite, estado nutricional; ▪ Integridade tissular e membros; ▪ Avaliar crescimento e desenvolvimento: ▪ Considerar: idade, sexo, peso e estatura. Exame físico pediátrico (BRASIL, 2012). REFERÊNCIAS ▪ BARROS, A. L. B. L. Anamnese e Exame Físico: Avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. Porto Alegre: Artmed, 2002. ▪ BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Cadernos de Atenção Básica, n. 33. Brasília: 2012. ▪ . Ministério da Saúde. Vigilância alimentar e nutricional - Sisvan: orientações básicas para a coleta, processamento, análise de dados e informação em serviços de saúde. Brasília: 2004. ▪ . Ministério da Saúde. Vigilância alimentar e nutricional - Sisvan: orientações básicas para a coleta, processamento, análise de dados e informação em serviços de saúde / [Andhressa Araújo Fagundes et al. Brasília: 2004. ▪ FIGUEIREDO, N. M. A.; VIANA, D. L.; MACHADO, W. C. A. Tratado Prático de Enfermagem. Vol. II. 2. Ed. São Caetano do Sul, SP: Yendis, 2008. ▪ JARVIS, C. Guia de Exame Físico Para Enfermagem. 6. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier Health Sciences, 2012. ▪ LONDRINA. Prefeitura do Município. Autarquia Municipal de Saúde. Assistência integral à Gestante de Baixo Risco e Puérpera: protocolo. Prefeitura do Município. Autarquia Municipal de Saúde. 1. Ed. Londrina, PR, 2006. ▪ SOUZA, A. B. Q. Implantação de uma diretriz de assistência de enfermagem no puerpério na atenção primária à saúde. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Juiz de Fora, 2012. ▪ VIANA, D. L.; PETENUSSO, M. Manual para Realização do Exame Físico. São Caetano do Sul, SP: Yendis, 2007. ▪ Imagens livres da internet.
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