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Princípios de Ciências dos Materiais EET310 – Eng. de PetróleoEET310 – Eng. de Petróleo 2 Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais Profª. Gabriela Ribeiro Pereira gpereira@metalmat.ufrj.br Aço perlítico com cementita Ericksson Rocha e Almendra 3 com cementita parcialmente globulizada O que vamos aprender...O que vamos aprender...O que vamos aprender...O que vamos aprender... TRANSFORMAÇÃO DE FASES • Transformar uma fase em outra leva tempo Fe Feγ (austenita) Transformação eutetóide Fe3C (cementita) Feα + 4 • Como a velocidade de transformação depende do tempo e da temperatura • Como podemos diminuir a velocidade de transformação de forma a obter estruturas fora do equilíbrio? (austenita) C CFC Feα (ferrita) + (CCC) Transformação de Fase O progresso de uma transformação de O progresso de uma transformação de O progresso de uma transformação de O progresso de uma transformação de fases pode ser dividido em dois estágios fases pode ser dividido em dois estágios fases pode ser dividido em dois estágios fases pode ser dividido em dois estágios distintos: distintos: distintos: distintos: nucleação e crescimentonucleação e crescimentonucleação e crescimentonucleação e crescimento.... 5 A nucleação envolve o surgimento de A nucleação envolve o surgimento de A nucleação envolve o surgimento de A nucleação envolve o surgimento de partículas, os núcleos, muito pequenas da partículas, os núcleos, muito pequenas da partículas, os núcleos, muito pequenas da partículas, os núcleos, muito pequenas da nova fase, que são capazes de crescer.nova fase, que são capazes de crescer.nova fase, que são capazes de crescer.nova fase, que são capazes de crescer. Transformação de Fase Nucleação Nucleação Nucleação Nucleação – núcleos(sementes) agem como moldes p/crescimento dos núcleos(sementes) agem como moldes p/crescimento dos núcleos(sementes) agem como moldes p/crescimento dos núcleos(sementes) agem como moldes p/crescimento dos cristaiscristaiscristaiscristais – para formação dos núcleos, taxa de adição de átomos tem para formação dos núcleos, taxa de adição de átomos tem para formação dos núcleos, taxa de adição de átomos tem para formação dos núcleos, taxa de adição de átomos tem que ser maior do que taxa de perdaque ser maior do que taxa de perdaque ser maior do que taxa de perdaque ser maior do que taxa de perda – uma vez nucleado, crescimento até alcançar o equilíbrio.uma vez nucleado, crescimento até alcançar o equilíbrio.uma vez nucleado, crescimento até alcançar o equilíbrio.uma vez nucleado, crescimento até alcançar o equilíbrio. 6 – uma vez nucleado, crescimento até alcançar o equilíbrio.uma vez nucleado, crescimento até alcançar o equilíbrio.uma vez nucleado, crescimento até alcançar o equilíbrio.uma vez nucleado, crescimento até alcançar o equilíbrio. Força motriz da nucleação aumenta com Força motriz da nucleação aumenta com Força motriz da nucleação aumenta com Força motriz da nucleação aumenta com ∆∆∆∆TTTT – superresfriamentossuperresfriamentossuperresfriamentossuperresfriamentos – superaquecimentosuperaquecimentosuperaquecimentosuperaquecimento Pequeno superresfriamento Pequeno superresfriamento Pequeno superresfriamento Pequeno superresfriamento ���� nucleação lenta nucleação lenta nucleação lenta nucleação lenta –––– poucos núcleos poucos núcleos poucos núcleos poucos núcleos –––– cristais grandescristais grandescristais grandescristais grandes Grande superresfriamento Grande superresfriamento Grande superresfriamento Grande superresfriamento ���� nucleação rápida nucleação rápida nucleação rápida nucleação rápida –––– muitos núcleos, cristais pequenosmuitos núcleos, cristais pequenosmuitos núcleos, cristais pequenosmuitos núcleos, cristais pequenos Fração Transformada • Fração transformada depende do tempo. fração transformada tempo y = 1− e −ktn Eq. de Avrami y log (t) Temp. fixa 0 0,5 1 t 0,5 7 log (t)0 t0,5 • r é freqüentemente muito pequeno: equilíbrio não é possível • Taxa de transformação depende da Temperatura T. r = 1 t 0,5 = Ae −Q /RT energia de ativação 1 10 102 104 0 50 100 y (%) log (t) min Ex: recristalização do Cu Transformação e super-resfriamento • Pode ocorrer a: ...727ºC (resfrie lentamente!) ...abaixo de 727ºC (“super-resfrie”) • Sistema Fe-C: transf. eutetóide 1600 T(°C) γ ⇒ α +Fe3C 0,77%C 0,022%C 6,7%C Ericksson Rocha e Almendra 8 α ferrita 1400 1200 1000 800 600 400 0 1 2 3 4 5 6 6 . 7 L γ austenita γ+L γ+Fe3C Fe3C cementitaα+Fe3C L+Fe3C (Fe) Co, % C Eutectóide: 0 . 7 7 727°C∆T 0 . 0 2 2 Super-resfr. ∆T Ttransf.< 727ºC Equilíbrio. Ttransf. = 727ºC Transformação Eutetóide ~ ∆T • Crescimento da perlita a partir da austenita γαα α Contorno de grão de austenita (γ) cementita (Fe3C) ferrita (α) γ Fluxo difusivo de C é necessário α γ γ Ericksson Rocha e Almendra 9 γα α α α direção do crescimento da perlita γ α γ γ α • Taxa de reação aumenta com ∆T. 675°C (∆T pequeno) 1 10 102 103 tempo(s) 0 50 100 y ( % p e a r l i t a ) 0 50 100 600°C (∆T grande) 650°C % a u s t e n i a • Taxa de reação é resultado da nucleação e crescimentos dos cristais. Nucleação e Crescimento % Pearlita 0 50 100 Regime de nucleação Regime de crescimento log (tempo)t50 Taxa de nucleação aumenta com ∆T Taxa de crescimentos aumenta com T Ericksson Rocha e Almendra 10 • Exemplos: 0 log (tempo)t50 Taxa de nucleação alta T pouco abaixo de TE T moder. abaixo de TE T bem abaixo de TE Taxa de nucleação baixa Taxa de crescimento alta γ γ γ colônia de perlita Taxa de nucleação média. Taxa de cresc. média Taxa de cresc. baixa Diagramas de transformação isotérmica – curvas TTT 100 50 0 2 4 T=675°C y , % t r a n s f o r m a d a tempo(s) Ericksson Rocha e Almendra 11 400 500 600 700 1 10 102 103 104 105 Austenita (estável) TE (727°C)Austenita (instável) Perlita T(°C) 0 1 102 104 % t r a n s f o r m a d a tempo(s) tempo(s) transformação isotérmica a 675°C • Transformação a T = 675ºC • Sistema Fe-C, Co = 0,77wt%C Ex: história térmica no sistema Fe-C • Composição eutetóide, Co = 0,77%wt C • Início a T > 727oC • Resfriamento rápido até 625oC e estabilizado T(°C) Austenita (estável) TE (727°C) Ericksson Rocha e Almendra 12 1 10 102 103 104 105 tempo (s) 500 600 700 γ γ γγ γγ γ Perlita TE (727°C) Morfologia da Perlita • Ttransf logo abaixo de TE - T alta: difusão rápida - Perlita grosseira Dois casos: • Ttransf bem abaixo de TE - T baixa: difusão lenta - Perlita fina Ericksson Rocha e Almendra 13 Bainita • Bainita: T ~ 215º - 540ºC -- ripas (fitas) de α com barras de Fe3C -- controle por difusão. 800 T(°C) Austenita (estável) TE Fe3C (cementita) α (ferrita) • Diagrama de transformação isotérmica Ericksson Rocha e Almendra 14 10 103 105 tempo) 10-1 400 600 T(°C) 200 P B TE 100% bainita fronteira perlita/bainita 100% perlita A A 5 µm α (ferrita) Taxa de formação da bainita: rbainita = e −Q /RT Esferoidita • Esferoidita: - cristais de α com Fe3C esférico - dependente da difusão - resultado do aquecimento da bainita ou perlita por longo tempo - força motriz: redução da área interfacial α (ferrita) Fe3C (cementita) Ericksson Rocha e Almendra 15 Reaquece a perlita ou bainita na T ~ 700º C durante 18 a 24h. 60 µm (cementita) 10 103 105tempo(s)10-1 400 600 800 T(°C) Austenita (estável) 200 P B TEA A Esferoidita 100% esferoidita 100% esferoidita Martensita • Martensita: - Austenita Fe-γ(CFC) para Martensita (TBC- tetragonal de base centrada) x x x x x x sítio potential dos átomos de C átomos de Fe (envolve saltos atômicos simples) m Ericksson Rocha e Almendra 16 x • Transformação γ - M -- muito rápida! -- % transf. depende apenas de T Agulhas de martensita Austenita 6 0 µ m tempo(s)10103 10510-1 400 600 800 T(°C) Austenita (estável) 200 P B TEA A S M + A M + A M + A 0% 50% 90% Exemplos de tratamentos térmicos (1) Ericksson Rocha e Almendra 17 Exemplos de tratamentos térmicos (1) • Co = Ceutetóide • Três histórias ... Caso 1 Rápido resfr.a: 350°C 250°C Parar por: 104 s 102 s Rápido resfr.a: Tambiente Tambiente Parar por: Rápido resfr.a: Ericksson Rocha e Almendra 18 tempo(s)10 103 10510-1 400 600 800 T(°C) Austenita (estável) 200 P B A S M + A M + A M + A 0% 50% 90% 100% Bainita A 100%A 100%B 250°C 650°C 10 s 20s Tambiente 400°C 103s Tambiente Exemplos de tratamentos térmicos (2) • Co = Ceutetóide • Três histórias ... Rápido resfr.a: 350°C 250°C Parar por: 104 s 102 s Rápido resfr.a: Tambiente Tambiente Parar por: Rápido resfr.a: Caso 2 Ericksson Rocha e Almendra 19 250°C 650°C 10 s 20s Tambiente 400°C 103s Tambiente tempo(s)10 103 10510-1 400 600 800 T(°C) Austenita (estável) 200 P B A S M + A M + A M + A 0% 50% 90% 100% Martensita A 100%A Exemplos de tratamentos térmicos (3) • Co = Ceutetóide • Três histórias ... Rápido resfr.a: 350°C 250°C Parar por: 104 s 102 s Rápido resfr.a: Tambiente Tambiente Parar por: Rápido resfr.a: 800 T(°C) Austenita (estável) Caso 3 Ericksson Rocha e Almendra 20 250°C 650°C 10 s 20s Tambiente 400°C 103s Tambiente tempo(s)10 103 10510-1 400 600 T(°C) 200 P B A S M + A M + A M + A 0% 50% 90% A 50%P, 50%A 50%P, 50%A 100%A 50%P, 50%B Propriedades mecânicas: Sistema Fe-C (1) • Efeito da % de C l b ) Co>0,77 %wt C Hiper eutetóide Co<0,77 %wt C Hipo eutetóide Perlita (med.) ferrita (macia) Perlita (med.) Cementita (dura) Ericksson Rocha e Almendra 21 • Maior %C: LRT e LE aumenta, %Al diminui. %C 0 0,5 1 0 50 100 %Al E n e r g i a d e i m p a c t o I z o d , f t - l b ) 0 40 80 300 500 700 900 1100 LE(MPa) LRT(MPa) %C 0 0,5 1 dureza 0 , 7 7 0 , 7 7 Hipo HiperHipo Hiper Propriedades mecânicas: Sistema Fe-C (2) • Perlita fina x perlita grosseira x esferoidita 320 Perlita fina 60 90 D u c t i l i d a d e ( % A l ) esferoidita Hipo Hiper Hipo Hiper Ericksson Rocha e Almendra 22 • Dureza fina > grosseira > esferoidita • %Al: fina < grosseira < esferoidita 80 160 240 %C 0 0.5 1 D u r e z a B r i n e l l fina perlita grosseira esferoidita 0 30 60 %C 0 0.5 1 D u c t i l i d a d e ( % A l ) perlita fina perlita grosseira esferoidita Propriedades mecânicas: Sistema Fe-C (3) • Perlita fina vs Martensita: 600 D u r e z a B r i n e l l martensita Hipo Hiper Ericksson Rocha e Almendra 23 • Dureza: perlita fina << martensita. 0 200 wt%C 0 0.5 1 400 D u r e z a B r i n e l l martensita perlita fina Martensita revenida Revenido: elevação da temperatura, abaixo da temperatura eutetóide, por tempo pré-determinado LE(MPa) LRT(MPa) 1600 1800 LRT 9 µm • reduz a fragilidade da martensita • reduz a tensão interna causada pela têmpera Ericksson Rocha e Almendra 24 • Diminui o LRT e o LE, mas aumenta a %Al 800 1000 1200 1400 1600 30 40 50 60 200 400 600 T de revenido(°C) %Al LE %Al 9 µm • Produz partículas extremamente pequenas de Fe3C circundadas por matriz de α Resumo: opções de processamento Adapted from Fig. 10.27, Austenita (γ) BainitaPerlita Martensita resfriamento lento resfriamento moderado resfriamento rápido Ericksson Rocha e Almendra 25 Fig. 10.27, Callister 6e. Bainita (α + Fe3C placas/agulhas) Perlita (camadas de α + Fe3C fase proeutetóide) Martensita (fase TBC transformação sem difusão) Martensita revenida ( α + partículas muito finas de Fe3C ) reaquecimento R e s i s t ê n c i a D u c t i l i d a d emartensita martensita rev. bainita perlita fina perlita grosseira esferoidita Tendência Geral
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