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Análise Literária - AS AVENTURAS DE HUCKLEBERRY FINN De MARK TWAIN

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AS AVENTURAS DE HUCKLEBERRY FINN 
MARK TWAIN 
(ANÁLISE LITERÁRIA) 
 
 
 
 
 
AS AVENTURAS DE HUCKLEBERRY FINN 
De “MARK TWAIN” – “Supertição/ pacto/ bruxaria…” 
 
No texto de Mark Twain, ele demonstra de maneira clara sua visão de 
sociedade. Uma forte e humorística crítica a partir de comportamentos dos 
personagens, ele é objetivo, racional, e descritivo e também materialista. 
Nas Aventuras de Huckleberry Finn, Twain atinge seu leitor ao revelar 
através de Jim, o seu personagem principal, as aventuras juvenis. Um jovem aldeão 
ignorante, que nos conta suas desaventuras, ao mesmo tempo que ajuda um 
escravo fugido a escapar. É cômica, e um pouco triste. 
Twain introduz vários temas em suas histórias de maneira sutil, mas 
objetiva, dentre elas trabalhar as supertições como um dos elementos que conduz o 
seu personagem em determinado momento de sua “odisséia”. 
É possível identificar na obra analisada, além das aventuras juvenis, 
sabedoria, amizade, “pactos”, o alcoolismo (o pai de Jim era alcoólatra), fanfarrices 
inocentes e outros recursos inesgotáveis, sempre indômitos. Um cronista 
cordialmente cético, livre e inflexível que trabalha com “supertições pitorescas” e 
truculentas, fantasias, como vemos a seguir. 
1 – Logo no capítulo II, quando Jim conta histórias, de onde vinham 
negros de muitas milhas de distancia para ouvi-las, histórias estas falando de 
bruxas..., o autor destacava que: ... “Jim trazia sempre consigo aquela moeda de 
cinco cêntimos, penduradas ao pescoço por um cordão, e dia ser um talismã que o 
diabo dera a Jim com as próprias mãos, dizendo-lhe que aquilo servia para curar 
todas as doenças e para invocar as bruxas sempre que quisesse, bastando 
pronunciar algumas palavras mágicas, mas nunca quis dizer quais eram as 
palavras”... 
O narrador se propõe a relatar uma situação bastante ‘típica” que é a de 
contar histórias, no caso o personagem Jim em que utiliza esse recurso para 
propagar a supertição, feitiçarias, atraindo os negros que se amontoavam para ouvi-
lo e o próprio leitor. 
No mesmo capítulo II (Os garotos escapolem a Jim – Jim! – A quadrilha de 
Tom Sawyer – grandes planos) 
2 – O personagem Tom decide fundar uma quadrilha, “a Quadrilha de Tom 
Sawyer. E quem quisesse pertencer a ela teria de prestar juramento e assinar o 
nome com sangue. Todos aceitaram”. 
“... E se alguém que pertencesse à quadrilha revelasse os segredos, 
deveria ter a garganta cortada e depois ter a carcaça queimada e as cinzas 
espalhadas ao vento...” 
O narrador nos informa nessa passagem situações macabras, ao 
mencionar o tipo de pacto feito para adentrar na quadrilha de Tom, porém não 
menciona tratar-se de feitiçarias e ainda se contradiz afirmando ser um juramento 
decente e natural de bandos de malfeitores. 
Um contraste é apresentado na página 41, quando Finn diz: 
“... Brincamos de bandidos uma vez por outra, durante um mês, então eu 
me demiti. Todos os rapazes fizeram o mesmo...” 
Assim, o autor nos fornece uma informação racional, que a quadrilha de 
Tom não passara de um bando de jovens em busca de aventura. 
“...Não tínhamos roubado pessoa alguma, não havíamos matado ninguém, 
apenas não tínhamos fingido. Costumávamos pular dos bosques e “atacar” 
condutores de porcos e mulheres em carroças levando hortaliças para o mercado, 
mas nunca assaltávamos de verdade ninguém...” 
Marck Twain, cujo verdadeiro nome era Samuel Langhorne Clemens, 
abandonou o jornalismo para dedicar-se inteiramente à literatura ganhando também 
celebridade como orador humorístico. Alcançou nos últimos anos de vida um lugar 
de honra entre os grandes escritores, firmando-se como escritor universal, 
destacando-se sobretudo as Aventuras de Huckleberry Finn considerado hoje uma 
obra-prima que constitui igualmente a “epopéia da América”. 
Uma obra plausível é que Twain relatando infância, a vida, as aventuras 
de Finn cumpriu o seu objetivo de transmitir ao leitor diversos temas desde o 
alcoolismo, a supertição (feitiçaria) nos surpreendendo a cada capítulo. 
Propositalmente, portanto servindo ao seu propósito.

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