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Atividade 04 - Comércio Exterior

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Comércio Exterior e Internacional – Agente Logístico Portuário 2011 
 
1 Docente Janaina Cambur 
Janainacambur_sts@yahoo.com.br 
 
29/10/10 - INCOTERMS 2011 
 http://www.abiplast.org.br/index.php?page=noticia&news=1225 
 
Foi aprovada a revisão do Incoterms (International Commercial Terms / Termos Internacionais de Comércio) que entrará em vigor em 
01/01/11. O Incoterms 2011 ficou mais simplificado, considerando os termos disponíveis. Agora são apenas 11 termos. Desapareceram 
quatro dos cinco termos do grupo "D" do Incoterms 2000 e entraram dois novos. 
 
Deixam de existir os termos DAF, DES, DEQ e DDU. O primeiro some também por nossa sugestão. E vai tarde, pois em nossa opinião de 
nada servia. Aliás, ele nem sequer representava o grupo "D", de entrega. Na realidade ficaria melhor como pertencente ao grupo "F", 
com nome de FAF (Free at Frontier). O próprio preâmbulo do DAF no Incoterms 2000 reza: "Delivered at Frontier means that the seller 
delivers when the goods are placed at the disposal of the buyer at the named point and place at the frontier, but before the customs 
border of the adjoining country". Se é antes da dívida alfandegária do país adjacente, então não é grupo de entrega, mas grupo "F", 
semelhante ao FCA (Free Carrier)". 
 
Entram em seus lugares dois novos termos, muito mais claros e objetivos. O DAT (Delivered at Terminal), em que a mercadoria deve ser 
entregue num terminal, e DAP (Delivered at Place), em que a mercadoria é entregue num local que não seja um terminal. Assim, o 
grupo "D" passa a ser constituído de apenas três termos, em que os dois novos se juntam ao preservado DDP. 
 
O DAT entra em substituição ao DEQ (Delivered Ex Quay), em que a mercadoria é entregue desembarcada do veículo transportador. O 
DAP entra substituindo os termos DAF, DES e DDU, em que a mercadoria é entregue colocada à disposição do comprador, pronta para 
ser desembarcada do veículo transportador. Ambas as colocações do próprio Incoterms 2010. 
 
No DAT a mercadoria pode ser entregue num terminal portuário, nesse caso conforme o DEQ a quem substitui, ou num terminal fora 
do porto. 
 
No DAP a mercadoria pode ser entregue no porto, ainda no navio, sem ser desembarcada, nesse caso conforme o seu antecessor DES. 
Ou em qualquer outro local, como o DAF e o DDU. 
 
Esses dois novos termos, com certeza, facilitam as operações. Primeiro por serem mais claros e, prova disso, é o confuso DAF. Segundo, 
por agora termos menos termos, e mais abrangentes. E, em especial, pela sua transparência. DAT com entrega num terminal e DAP fora 
de um terminal, mesmo que dentro de um navio. 
 
Outra mudança, muito boa e necessária, e que facilita a operação de entrega e o entendimento do instrumento, é com relação aos 
velhos e bons termos FOB, CFR e CIF. A entrega da mercadoria deixa de ser na amurada do navio (ship's rail), ou seja, no espaço aéreo 
do navio, para ser entregue "a bordo (on board)". 
 
Também é recomendado que o local ou porto de entrega seja nomeado e definido o mais precisamente possível. Um bom exemplo, 
conforme o próprio Incoterms 2010, é "FCA 38 Cours Albert 1er, Paris, France, Incoterms 2010". De forma a não deixar qualquer dúvida 
quanto ao preciso local da entrega. 
 
Nos termos EXW, FCA, FAS, FOB, DAT, DAP e DDP, o local nomeado é o de entrega e onde ocorre a transferência do risco ao comprador. 
Nos termos CPT, CFR, CIP e CIF, o local nomeado difere do local de entrega. O local nomeado é aquele até onde o transporte é pago. O 
local de entrega, com transferência do risco, é aquele designado entre as partes, no país do vendedor. 
 
Quanto aos modos de transporte, temos o grupo que pode ser usado com quaisquer deles e o grupo que pode ser empregado apenas 
no transporte aquaviário (marítimo, fluvial e lacustre). No primeiro grupo estão os termos EXW, FCA, CPT, CIP, DAT, DAP e DDP. No 
segundo grupo estão os termos FAS, FOB, CFR e CIF. 
 
O Incoterms 2010 formalmente reconhece que pode ser utilizado para aplicação tanto nos contratos internacionais quanto nos 
domésticos. Com o uso no mercado interno fica mais fácil seu entendimento quando a empresa resolver vender sua mercadoria para 
fora do País, praticando o comércio exterior. 
 
Cada Incoterm tem uma nota de orientação, que chamamos de preâmbulo. Estranhamente nesta atual revisão, diferente do Incoterms 
2000, ela diz que este guia não faz parte do Incoterms 2010, mesmo estando nele, e que é apenas para orientação para escolha do 
termo adequado. Protestamos quanto a isso, em vão. 
 
Autor: SAMIR KEEDI 
Economista com especialização na área de transportes internacionais (Fonte: Aduaneiras)

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