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PÓS-GRADUAÇÃO Intolerâncias e Alergias Alimentares W BA 0 70 2_ v1 .0 PÓS-GRADUAÇÃO Intolerâncias e alergia alimentar nas diferentes fases da vida Bloco 1 Andressa Mara Baseggio Alergias alimentares na infância • Maior incidência em países desenvolvidos, com relação a padrões de vida ocidentais. • Recém-nascidos são mais acometidos. • Principais alérgenos: leite de vaca, ovos e trigo. (TURKE, 2017) Porque a alergia alimentar acontece? Apesar de alimentos potencialmente alergênicos serem comuns na alimentação de crianças, a incidência relativa de predisposição a alergias é baixa: evolutivamente, indivíduos que melhor toleraram proteínas alimentares tiveram maior chances de sobreviver. Mecanismos de tolerância! (TURKE, 2017) Mecanismos de tolerância oral Fonte: Sicherer e Sampson (2018). Figura 1 – Diferenças imunes em mecanismos de tolerância oral e desenvolvimento de alergia Fatores de proteção • Aleitamento materno. • Dieta materna durante gravidez e lactação. • Introdução alimentar. • Tipo de parto. (TEIXEIRA, 2010) Intolerâncias alimentares na infância • A má-absorção de carboidratos, especialmente a lactose, leva problemas no trato gastrointestinal, principalmente diarreia. • A lactose é a principal fonte de glicose do lactente. • A hipolactasia infantil é resultado de outra desordem gastrointestinal associada, como gastroenterite ou enteropatia induzida pelo leite de vaca. Deficiência congênita de lactase: rara e grave. (HEINE, 2013) Intolerâncias alimentares na infância • Quadros de infecção viral caracterizam intolerância temporária à lactose no lactente, sendo a atividade da enzima restaurada em 2 ou 4 semanas, enquanto quadros de enteropatia envolvem a substituição do leite materno por fórmulas hipoalergênicas. • A intolerância a frutose é frequente em crianças com menos de um ano, com incidência reduzida com o crescimento. Pode ser assintomático. (JONES, BURT, DOWLING, 2011) PÓS-GRADUAÇÃO Intolerâncias e alergia alimentar nas diferentes fases da vida Bloco 2 Andressa Mara Baseggio Alergias alimentares em adolescentes e adultos • Menos frequente que em crianças. • Aumento da tolerância oral a alimentos alergênicos comuns na infância: ovos, leite e trigo. • Entretanto, algumas alergias alimentares são persistentes: amendoim, castanhas, peixes e frutos do mar. (TURKE, 2017; SOLE et al., 2018) Alergias alimentares em adolescentes e adultos • Presença de agravante (atopia): relacionado ao maior risco de anafilaxia. • Questões comportamentais da adolescência: alergia alimentar e isolamento social, crença de que consequências podem ser controladas. • Doenças que aumentam a permeabilidade intestinal (como doenças inflamatórias) aumentam a susceptibilidade a sensibilização. (TURKE, 2017; SOLE et al., 2018) Intolerâncias alimentares em adolescentes e adultos • A intolerância a lactose é mais frequente em adultos que crianças. • A frequência de hipolactasia em adultos é muito grande (65% a 70%), mas com diferentes graus de tolerância a lactose. • Já a intolerância a frutose, apresenta melhora com o passar dos anos, sendo que a intolerância é pouco frequente em adultos. (HEINE, 2013) PÓS-GRADUAÇÃO Teoria em prática Bloco 3 Andressa Mara Baseggio Teoria em Prática Com base no que foi apresentado neste tema, qual a importância do aleitamento materno no desenvolvimento do sistema imune do lactente e prevenção de alergias? Teoria em Prática O leite materno é o alimento completo para o lactente. Ele apresenta o teor de macronutrientes perfeito para cada fase do desenvolvimento, sendo que o colostro (leite do nascimento até o 28º dia) é rico em proteínas, especialmente imunoglobulinas, como o IgA, que atua na manutenção da integridade da mucosa intestinal. Além disso, o leite materno possui alto conteúdo de lactose, a fonte de glicose do lactante e que também atua como prebiótico, favorecendo a colonização microbiana. Teoria em Prática Com base nestas informações, de que forma a lactação exclusiva até os seis meses de idade pode ser incentivada? • Analisar quais as principais dificuldades da mãe que não consegue amamentar. • Deixar claro à mãe que seu leite é o alimento perfeito para o bebê, e que amamentar no início da vida (“hora de ouro”) favorece a geração de fatores protetores (os anticorpos) ao bebê pelo resto de sua vida. PÓS-GRADUAÇÃO Dica da professora Bloco 4 Andressa Mara Baseggio Dica da professora Conhecer a legislação em alimentos é fundamental para orientar pacientes a como interpretar rótulos. Rotulagem para dietas restritas em lactose: RDC 135 e 136/2017. - Isentos de lactose: menos de 0,1g em 100g ou mL. - Baixo teor de lactose: entre 0,1g e 1g em 100g ou mL. - Alto teor de lactose: acima destes índices. Essas informações devem estar escritas na embalagem do alimento! Referências HEINE, R. G. Gastrointestinal Food Allergy and Intolerance in Infants and Young Children. Journal of Pediatric Gastroenterology and Nutrition, v. 57, p. 38-41, 2013. JONES, H. F. et al. Effect of age on fructose malabsorption in children presenting with gastrointestinal symptoms. Journal of Pediatric Gastroenterology and Nutrition, v. 5, p. 581–58, 2011. SICHERER, S.H; SAMPSON, H.A; Food allergy: a reviews and update on epidemiology, pathogenesis, diagnosis, prevention, and management. Journal of Allergy and Clinical Immunology, v. 141, p. 41-58, 2018. Referências SOLE, D. et al. Consenso Brasileiro Sobre Alergia Alimentar: 2018 – Parte 1 – Etiopatogenia, clínica e diagnóstico. Arq. Asma, alergia e imunologia, v. 2, n. 1, p. 7-38, 2018. TEIXEIRA, A. R. N. Alergias alimentares na infância. 2010. 53 f. Trabalho de Conclusão de Curso – Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação, Universidade do Porto, Porto, p. 1-45, 2010. TURKE, P. W. Childhood food allergies: an evolutionary mismatch hypothesis. Evolution, Medicine, and Public Health, p. 154-160, 2017. Número do slide 1 Número do slide 2 Alergias alimentares na infância Porque a alergia alimentar acontece? Mecanismos de tolerância oral Fatores de proteção Intolerâncias alimentares na infância Intolerâncias alimentares na infância Número do slide 9 Alergias alimentares em adolescentes e adultos Alergias alimentares em adolescentes e adultos Intolerâncias alimentares em adolescentes e adultos Número do slide 13 Teoria em Prática Teoria em Prática Teoria em Prática Número do slide 17 Dica da professora Referências Referências Número do slide 21
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