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Anatomia e Neurofisiologia do Telencéfalo

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PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 
 
TUTORIA 7 – PROBLEMA 6 
 
OBJETIVOS 
1. DESCREVER A ANATOMIA MACRO E MICROSCOPICA DO TELENCÉFALO. 
2. DESCREVER AS CLASSIFICAÇÕES DO TELENCÉFALO. 
3. EXPLICAR A NEUROFISIOLOGIA DO TELENCÉFALO. 
4. EXPLICAR A DOMINÂNCIA ENTRE HEMISFÉRIOS DO TELENCÉFALO. 
DESCREVER A ANATOMIA MACRO E MICROSCOPICA DO TELENCÉFALO 
 MACROSCOPICAMENTE 
O telencéfalo compreende os dois hemisférios 
cerebrais, DIREITO E ESQUERDO, e uma pequena linha 
mediana situada na porção anterior do III ventrículo. 
Os dois hemisférios cerebrais são incompletamente 
separados pela FISSURA LONGITUDINAL DO CÉREBRO, 
cujo o assoalho é formado por uma larga faixa de fibras 
comissurais, denominada CORPO CALOSO, principal 
meio de união entre os dois hemisférios. 
 
Os hemisférios possuem cavidades, os VENTRÍCULOS 
LATERAIS DIREITO E ESQUERDO, que se comunicam 
com o III ventrículo pelos FORAMES 
INTERVENTRICULARES. 
 Cada hemisfério possui três polos: 
 FRONTAL 
 OCCIPITAL 
 TEMPORAL 
 
 E três faces: 
 FACE DORSOLATERAL: convexa 
 FACE MEDIAL: plana 
 FACE INFERIOR (BASE DO CRÂNIO): parte 
anterior repousa sobre os andares anterior e 
médio da base do crânio e posteriormente pela 
tenda do cerebelo. 
 
SULCOS E GIROS, DIVISÃO EM LOBOS 
 Durante o desenvolvimento embrionário, quando 
o tamanho do encéfalo aumenta rapidamente, a 
substância cinzenta do córtex aumenta com maior 
rapidez que a substância branca subjacente. Como 
resultado, a região cortical se enrola e se dobra 
sobre si mesma. 
 Portanto, a superfície do cérebro apresenta 
depressões denominadas SULCOS, que delimitam 
os GIROS ou CIRCUNVOLUÇÕES cerebrais, cuja 
função é aumentar ao máximo a área de superfície 
do córtex cerebral sem exigir um aumento 
correspondente do volume cerebral. 
 Muitos sulcos são inconstantes e não recebe, 
denominação, outros, mais constantes, recebem 
denominações especiais e ajudam a delimitar os 
lobos e as áreas cerebrais. 
 Nos dois hemisférios cerebrais os sulcos/fissuras 
mais importantes são: SULCO LATERAL (DE 
SYLVIUS) e o SULCO CENTRAL (DE ROLANDO). 
PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 
 
 SULCO LATERAL (DE SYLVIUS): Separa o LOBO 
TEMPORAL dos LOBOS FRONTAL e PARIETAL. 
 Inicia-se na base do cérebro, lateralmente a 
substância perfurada anterior, delimitando o lobo 
frontal do lobo temporal. 
 Divide-se em três ramos: ASCENDENTE, ANTEIOR e 
POSTERIOR. 
 Os ramos ascendentes e anterior são curtos e 
penetram no lobo frontal; 
 O ramo posterior é muito mais longo, dirige-se 
para trás e para cima, terminando no lobo parietal. 
Separa o lobo TEMPORAL, situado abaixo, dos 
lobos FRONTAL e PARIETAL, situados acima. 
 SULCO CENTRAL (DE ROLANDO): separa o 
LOBO FRONTAL do TEMPORAL. 
Inicia-se na face medial; dirige-se em direção 
ao ramo posterior do sulco lateral; 
Percorre obliquamente a face dorsolateral do 
hemisfério, separando os lobos frontal e 
parietal. 
Ladeado por dois giros paralelos: 
 GIRO PRÉ-CENTRAL: relaciona-se a 
motricidade. 
 GIRO PÓS-CENTRAL: relaciona-se com 
sensibilidade. 
 
 
 
 Divisão em lobos: 
Lobo Frontal, Lobo Temporal, Lobo Parietal, Lobo 
Occipital e Lobo da Ínsula, localizada profundamente 
no sulco lateral e que não tem relações com os ossos 
do crânio. 
 
MORFOLOGIA DAS FACES DOS HEMISFÉRIOS 
CEREBRAIS 
FACE DORSOLATERAL 
Também denominada de face convexa. 
Relaciona-se com todos os ossos que formam a 
abóbada craniana; 
Localiza-se os cinco lobos cerebrais. 
 LOBO FRONTAL 
Possui 3 sulcos importantes: 
 SULCO PRÉ-CENTRAL: paralelo ao sulco central e 
por vezes dividido em dois segmentos 
 SULCO FRONTAL SUPERIOR: inicia-se na porção 
superior do sulco pré-central e tem direção 
perpendicular a ele. 
 SULCO FRONTAL INFERIOR: parte da porção 
inferior do sulco pré-central e dirige-se para frente 
e para baixo. 
 
Apresenta os giros: 
 GIRO PRÉ-CENTRAL: localizado entre o sulco pré-
central e o sulco central, localiza a principal ÁREA 
MOTORA DO CÉREBRO. 
PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 
 
 GIRO FRONTAL SUPERIOR: localizado acima do 
sulco frontal superior, continuando na face medial 
do cérebro. 
 GIRO FRONTAL MÉDIO: localizado entre os sulco 
frontal superior e frontal inferior. 
 GIRO FRONTAL INFERIOR: abaixo do sulco frontal 
inferior. Subdividido pelos ramos anterior e 
ascendente do sulco lateral em três partes: 
o ORBITAL: localizado abaixo do ramo anterior; 
o TRIANGULAR: localizado entre o ramo anterior 
e o ramo ascendente; 
o OPERCULAR: entre o ramo ascendente e o 
sulco pré-central. 
 
O GIRO FRONTAL INFERIOR do HEMISFÉRIO 
ESQUERDO é denominado GIRO DE BROCA, onde 
se localiza uma das ÁREAS DE LINGUAGEM do 
cérebro. 
 LOBO TEMPORAL 
Na face dorsolateral do cérebro apresenta dois sulcos 
principais: 
 SULCO TEMPORAL SUPERIOR: inicia-se próximo ao 
polo temporal e desloca-se para trás, paralelo ao 
ramo posterior do sulco lateral, terminando no 
lobo parietal. 
 SULCO TEMPORAL INFERIOR: é paralelo ao sulco 
temporal superior. 
 
Apresenta os giros: 
 GIRO TEMPORAL SUPERIOR: localizado entre os 
sulcos lateral e temporal superior; 
 GIRO TEMPORAL MÉDIO: entre os sulcos temporal 
superior e o temporal inferior; 
 GIRO TEMPORAL INFERIOR: abaixo do sulco 
temporal inferior, que se limita com o sulco 
occipito-temporal. 
 
A porção posterior do assoalho do sulco lateral, que é 
parte do giro temporal superior, é atravessada por 
pequenos giros transversais, os giros temporais 
transversos, dos quais o mais evidente é o GIRO 
TEMPORAL TRANSVERSO ANTERIOR, onde se localiza 
a ÁREA DA AUDIÇÃO. 
 LOBOS PARIETAL E OCCIPITAL 
O LOBO OCCIPITAL ocupa uma porção pequena da face 
dorsolateral do cérebro, apresenta sulcos e giros 
inconstantes que como dito anteriormente, não 
recebem denominação. O LOBO PARIETAL apresenta 
dois sulcos principais: 
 SULCO PÓS-CENTRAL: paralelo ao sulco central, 
dividido em dois segmentos que podem se localizar 
distantes um do outro; 
 SULCO INTRAPARIETAL: muito variável e 
geralmente perpendicular ao pós-central, dirige-se 
para trás para terminar no lobo occipital. 
 
Apresenta os giros: 
 GIRO PÓS-CENTRAL: localizado entre os sulcos 
central e pós-central, localiza-se a ÁREA 
SOMESTÉSICA, uma das áreas sensitivas mais 
importantes do córtex. 
 GIRO SUPRAMARGINAL: localizado no lóbulo 
parietal inferior que é dividido do lóbulo parietal 
superior pelo sulco intraparietal, é um giro curvado 
em torno da extremidade do ramo posterior do 
sulco lateral. 
PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 
 
 GIRO ANGULAR: curvado em torno da porção 
terminal e ascendente do sulco temporal superior. 
 
 
 ÍNSULA 
Visível ao afastar os lábios do sulco lateral. É um lobo 
que possui desenvolvimento menor que os demais 
lobos, por isso é recoberto pelos outros lobos vizinhos, 
parietal, frontal e temporal. 
 
Apresenta os seguintes sulcos e giros: 
 SULCO CIRCULAR DA ÍNSULA 
 SULCO CENTRAL DA ÍNSULA 
 GIRO CURTO DA ÍNSULA 
 GIRO LONGO DA ÍNSULA 
 
 
FACE MEDIAL 
A face medial é visível a partir de um corte sagital 
mediano na qual permite a visualização de estruturas 
como o corpo caloso, o fórnix e o septo pelúcido. 
 
 
 CORPO CALOSO 
Estrutura formada por um grande número de fibras 
mielinizadas, que cruzam o plano sagital mediano e 
penetram de cada lado no centro branco medular do 
cérebro, unindo as áreas simétricas do córtex cerebral 
de cada hemisfério. 
Em corte sagital mediano é possível visualizar: 
 TRONCO DO CORPO CALOSO: uma estrutura em 
forma de lâmina branca arqueada dorsalmente 
 JOELHO DO CORPO CALOSO: é constituída pela 
dilatação do tronco do corpo caloso na parte 
posterior para formar o ESPLÊNIO DO CORPO 
CALOSO e flexão anterior em direção à base do 
cérebro. 
 ROSTRO DO CORPO CALOSO: parte afinalada do 
joelho do corpo caloso que termina na 
COMISSURA ANTERIOR. Entre a comissuraanterior e o quiasma óptico tem-se a LÂMINA 
TERMINAL, delgada lâmina de substância branca 
que também une os hemisférios e constitui o limite 
anterior do III ventrículo. 
 
 
 FÓRNIX 
Estrutura formada por feixe complexo de fibras que 
emerge abaixo do corpo caloso e se dobra em direção 
à comissura anterior. 
É constituído por duas metades laterais e simétricas, 
afastadas nas extremidades e unidades entre si no 
trajeto abaixo do corpo caloso. 
Apresenta as estruturas: 
 CORPO DO FÓRNIX: porção intermédia em que as 
duas metades se unem. 
 COLUNAS DO FÓRNIX: extremidades anteriores 
que se afastam e terminam no corpo mamilar 
PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 
 
correspondente, cruzando a parede lateral do III 
ventrículo. 
 PERNAS DO FÓRNIX: extremidades posteriores. Se 
divergem e penetram de cada lado no corno 
inferior do ventrículo lateral, onde fazem conexão 
com o Hipocampo. 
 
 
 SEPTO PELÚCIDO 
São duas delgadas lâminas de tecido nervoso que se 
estende entre o Corpo Caloso e o Fórnix. Separa o dois 
ventrículos laterais. 
SULCOS E GIROS DA FACE MEDIAL DOS HEMISFÉRIOS 
CEREBRAIS: 
 LOBO OCCIPITAL 
Apresenta dois sulcos importantes na face medial do 
cérebro: 
 SULCO CALCARINO: projeta-se abaixo do esplênio 
do corpo caloso e tem um trajeto de flexão em 
direção ao polo occipital. Nos lábios do sulco 
calcarino localiza-se a área visual, também 
chamada área estriada porque o córtex apresenta 
uma estria branca visível a olho nu; 
 SULCO PARIETOCCIPITAL: sulco muito profundo, 
separa o lobo occipital do parietal, e encontra em 
ângulo agudo o sulco calcarino. 
 
 CÚNEOS (GIRO COMPLEXO): localizado entre o 
sulco parietoccipital e o sulco calcarino. 
 GIRO OCCÍPITO-TEMPORAL MEDIAL: localizado 
abaixo do sulco calcarino, que continua 
anteriormente com o Giro Para-hipocampal, já no 
lobo temporal. 
 
 LOBOS FRONTAL E PARIETAL 
Na face medial do cérebro existem dois sulcos que 
passam do lobo frontal para o parietal: 
 SULCO DO CORPO CALOSO: inicia abaixo do rostro 
do corpo caloso, contorna o tronco e o esplênio do 
corpo caloso, onde continua, já no lobo temporal, 
com o sulco do hipocampo. 
 SULCO DO CÍNGULO: tem percurso paralelo ao 
sulco do corpo caloso, onde é separado pelo GIRO 
DO CÍNGULO. Conclui-se posteriormente, 
bifurcando em dois ramos: 
o RAMO MARGINAL: se curva em direção à 
margem superior do hemisfério 
o SULCO SUBPARIETAL: que continua 
posteriormente na direção do sulco do cíngulo. 
 
SULCO PARACENTRAL: emerge do sulco do cíngulo, em 
direção à margem superior do hemisfério onde 
delimita com o sulco do cíngulo e seu ramo marginal, o 
LÓBULO PARACENTRAL. 
 LÓBULO PARACENTRAL: está relacionado com a 
área motora e sensitiva da perna e do pé. 
o PARTE ANTERIOR DO LÓBULO PARACENTRAL: 
ÁREA MOTORA 
PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 
 
o PARTE POSTERIOR DO LÓBULO 
PARACENTRAL: ÁREA SENSITIVA 
 
FACE INFERIOR 
A face inferior ou base do hemisfério cerebral pode ser 
dividia em duas partes: uma pertencente ao lobo 
frontal em que repousa sobre a fossa anterior do 
crânio; outra, muito maior, pertencente quase toda ao 
lobo temporal e repousa sobre a fossa média do crânio 
e a tenda do cerebelo. 
 LOBO TEMPORAL 
A face inferior do lobo temporal apresenta três sulcos 
principais, de direção longitudinal, e que são da borda 
lateral para a borda medial: SULCO OCCÍPITO-
TEMPORAL; SULCO COLATERAL; SULCO DO 
HIPOCAMPO. 
 SULCO OCCÍPITO-TEMPORAL: limita-se com o 
sulco temporal inferior, o GIRO TEMPORAL 
INFERIOR, que quase sempre formam a borda 
lateral do hemisfério. 
Medialmente, o sulco occípito-temporal se limita 
com o sulco colateral, o GIRO 
OCCÍPITO0TEMPORAL LATERAL (OU GIRO 
FUSIFORME). 
 SULCO COLATERAL: inicia-se próximo ao polo 
occipital e encaminha-se para frente, fazendo 
delimitação com o sulco calcarino e o sulco do 
hipocampo, respectivamente o GIRO OCCÍPITO-
TEMPORAL MEDIAL e o GIRO PARA-HIPOCAMPAL, 
em que sua porção anterior se flete em torno do 
sulco do hipocampo para formar o ÚNCUS. 
 SULCO DO HIPOCAMPO: apresenta origem na 
região do esplênio do corpo caloso, onde continua 
com o sulco do corpo caloso e se dirige para o polo 
temporal, onde termina separando o giro para-
hipocampal do úncus. 
 
O GIRO PARA-HIPOCAMPAL faz conexão na parte 
posterior ao GIRO DO CÍNGULO por meio de um giro 
estreito, denominado ISTMO DO GIRO DO CÍNGULO. 
Dessa forma, ÚNCUS, GIRO PARA-HIPOCAMPAL, 
ISTMO DO GIRO DO CÍNGULO e GIRO DO CÍNGULO 
formam uma estrutura que circunda as estruturas 
inter-hemisféricas e que é considerada por alguns 
autores como um lobo independente, o LBO LÍMBICO. 
A parte anterior do giro para-hipocampal é a área 
entorrinal, importante para a memória e uma das 
primeiras regiões do cérebro a serem lesadas na 
doença de Alzheimer. 
 LOBO FRONTAL 
A face inferior do lobo frontal apresenta um único 
sulco importante denominado: 
 SULCO OLFATÓRIO: profundo e de direção 
anteroposterior. 
 GIRO RETO: continuo dorsalmente como giro 
frontal superior. 
 
O resto da face inferior do lobo frontal é ocupado por 
sulcos e giros muito irregulares, denominados SULCOS 
e GIROS ORBITÁRIOS. 
O face inferior do lobo frontal apresenta, ainda, 
estruturas relacionadas com o RINENCÉFALO (RHINOS 
= NARIZ): 
BULBO OLFATÓRIO é uma dilatação ovoide e achatada 
de substância cinzenta que continua posteriormente 
com o TRATO OLFATÓRIO, ambos alojados no sulco 
olfatório. O bulbo olfatório recebe filamentos que 
constituem o NERVO OLFATÓRIO, que por sua vez 
atravessam os pequenos orifícios que existem na 
lâmina crivosa do osso etmoide e que geralmente se 
rompem quando o encéfalo é retirado. 
Posteriormente, o trato olfatório se bifurca, formando 
as ESTRIAS OLFATÓRIAS LATERAL e MEDIAL, em que 
PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 
 
formam uma área triangular denominada TRÍGONO 
OLFATÓRIO. Atrás do trígono olfatório e adiante do 
trato óptico localiza-se uma área contendo uma série 
de pequenos orifícios para a passagem de vasos, a 
SUBSTÂNCIA PERFURADA ANTERIOR. 
MORFOLOGIA DOS VENTRÍCULOS 
LATERAIS 
Os hemisférios possuem cavidades revestidas por 
epêndima e contendo líquido cerebroespinhal, que são 
denominados Ventrículos Laterais Direito e Esquerdo. 
Os Ventrículos laterais possuem comunicação com o III 
Ventrículo pelo Forame Interventricular. 
Os ventrículos laterais apresentam em sua estrutura: 
LIMITE SUPERIOR: Corpo caloso 
 CORNO ANTERIOR (VENTRAL): voltado para o lobo 
frontal; 
 CORNO POSTERIOR (DORSAL): voltado para o lobo 
occipital; 
 CORNO INFERIOR: voltado para o lobo temporal. 
 
PLEXO COROIDE DOS VENTRÍCULOS 
LATERAIS 
O plexo coroide da parte central dos ventrículos 
laterais continua com o III Ventrículo através o forame 
interventricular e, acompanhando o trajeto curvo do 
fórnix, atinge o corno inferior do ventrículo lateral. Os 
cornos anterior e posterior não possuem plexos 
coroides. 
 MICROSCOPICAMENTE 
Cada hemisfério possui uma camada de substância 
cinzenta, denominada CÓRTEX CEREBRAL, que reveste 
um centro de substância branca, o CENTRO BRANCO 
MEDULAR DO CÉREBRO, no interior do qual se 
encontra massas de substâncias cinzentas 
denominadas NÚCLEOS DA BASE DO CÉREBRO. 
NÚCLEOS DA BASE 
São aglomerados de neurônios existentes na porção 
basal do cérebro. Do ponto de vista anatômico, os 
núcleos da base são: 
Núcleo caudado, putâmen e o globo pálido, em 
conjunto chamados de NÚCLEO LENTIFORME, o 
CLAUSTRUM, o CORPO AMIGDALOIDE, o NÚCLEO 
ACCUMBENS. 
 
 NÚCLEO CAUDADO 
 É uma massa alongada e bastante volumosa, de 
substância cinzenta, relacionada com os 
ventrículos laterais. Possui uma extremidade 
anterior, dilatada, denominada CABEÇA DO 
NÚCLEO CAUDADO. Segue-se posteriormente o 
CORPO DO NÚCLEO CAUDADO, localizado no 
assoalho da parte central do ventrículo lateral e a 
CAUDA DO CORPO CAUDADO, que é longa e 
contínuaaté a extremidade anterior do corno 
inferior do ventrículo lateral. 
 Possui funções relacionadas com a MOTRICIDADE. 
 
 NÚCLEO LENTIFORME 
 É uma estrutura dividida em PUTÂMEN e GLOBO 
PÁLDIO por uma fina lâmina de substância branca. 
 O Putâmen situa-se lateralmente e é maior que o 
globo pálido, que se encontra medialmente. 
 O Globo Pálido apresenta função essencialmente 
MOTORA. 
 
 
 
PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 
 
 CLAUSTRUM 
 É uma delgada calota de substância cinzenta 
situada entre o córtex da ínsula e o núcleo 
lentiforme. 
 É separado por uma fina lâmina branca 
denominada CÁPSULA EXTREMA. 
 Entre o Claustrum e o núcleo lentiforme existe 
outra lâmina branca denominada CÁPSULA 
EXTERNA. 
 
 CORPO AMIGDALOIDE OU AMÍGDALA 
 É uma massa esfenoide de substância cinzenta 
localizada no polo temporal do hemisfério 
cerebral. 
 Tem importante função relacionada com as 
EMOÇÕES, em especial com o medo. 
 
 NÚCLEO ACCUMBENS 
 É uma massa de substância cinzenta situada na 
zona de união entre o putâmen e a cabeça do 
núcleo caudado. 
 É uma importante ÁREA DE PRAZER DO CÉREBRO. 
 
CENTRO BRANCO MEDULAR DO CÉREBRO 
INTRODUÇÃO 
É formado por fibras mielínicas que se distinguem em 
dois grupos: 
 FIBRAS DE PROJEÇÃO: ligam o CÓRTEX CEREBRAL 
a CENTROS SUBCORTICAIS. Se dispõem em dois 
feixes: 
o FÓRNIX: une o córtex do hipocampo ao corpo 
mamilar e contribui pouco para a formação do 
centro branco medular. 
o CÁPSULA INTERNA: contém a grande maioria 
das fibras que saem ou entram no córtex 
cerebral. Estas fibras formam um feixe 
compacto que separa o núcleo lentiforme, 
localizado lateralmente, do núcleo caudado e 
do tálamo, situados medialmente. Acima 
destes núcleos, as fibras da cápsula interna 
constituem a COROA RADIADA. 
 
 FIBRAS DE ASSOCIAÇÃO: ligam ÁREAS CORTICAIS 
SITUADAS EM PONTOS DIFERENTES DO CÉREBRO. 
Entre as fibras de associação, encontra-se 
aquelas que cruzam o plano mediano para unir 
áreas simétricas dos dois hemisférios. 
Constituem as três comissuras telencefálicas: 
CORPO CALOSO, COMISSURA ANTERIOR e 
COMISSURA DO FÓRNIX. 
 
FIBRAS DE ASSOCIAÇÃO 
Divide-se em Fibras De Associação Intra-hemisféricas e 
Fibras De Associação inter-hemisféricas. 
 FIBRAS DE ASSOCIAÇÃO INTRA-
HEMISFÉRICAS 
Classificam-se conforme o tamanho em curtas e 
longas: 
 CURTAS: São também chamadas devido a sua 
disposição em FIBRAS ARQUEADAS DO CÉREBRO 
ou FIBRAS EM U. Associam áreas vizinhas do 
córtex, como por exemplo, dois giros, passando, 
neste caso, pelo fundo do sulco. 
 LONGAS: Unem-se em fascículos, sendo mais 
importante os fascículos: 
o FASCÍCULO DO CÍNGULO: percorre o giro de 
mesmo nome, unindo o lobo frontal ao 
temporal, passando pelo lobo parietal. 
o FASCÍCULO LONGITUDINAL SUPERIOR 
(FASCÍCULO ARQUEADO): liga os lobos frontal, 
parietal e occipital pela face superolateral de 
cada hemisfério. 
Possui papel importante na LINGUAGEM, 
porque estabelece conexão entre as áreas 
anterior e posterior da linguagem, situados no 
lobo frontal e na junção do lobo parietal e 
occipital. 
Lesões desse fascículo causam graves 
dinsfunções da linguagem. 
PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 
 
o FASCÍCULO LONGITUDINAL INFERIOR: une o 
lobo occipital ao lobo temporal 
o FASCÍCULO UNCIFORME: liga o lobo frontal ao 
temporal, passando pelo fundo do sulco 
lateral. 
 
 FIBRAS DE ASSOCIAÇÃO INTER-
HEMISFÉRICAS 
Recebem o nome também de FIBRAS COMISSURAIS, 
porque estabelecem união entre áreas simétricas dos 
dois hemisférios. 
Essas fibras agrupam-se para formar as três comissuras 
do telencéfalo, COMISSURA DO FÓRNIX, COMISSURA 
ANTERIOR E CORPO CALOSO. 
 COMISSURA ANTERIOR: possui uma parte 
olfatória que une bulbos e tratos olfatórios, e uma 
parte não olfatória que estabelece união entre os 
lobos temporais. 
 COMISSURA DO FÓRNIX: estabelecem conexão 
entre os dois hipocampos. 
 CORPO CALOSO: a maior das comissuras 
telencefálicas e também o maior feixe de fibras do 
sistema nervoso. Estabelece conexão entre áreas 
corticais simétricas dos dois hemisférios, exceto do 
lobo temporal. Permite a transferência de 
conhecimentos e informações de um hemisfério 
para o outro. 
 
FIBRAS DE PROJEÇÃO 
Estas fibras agrupam-se para formar o FÓRNIX e a 
CÁPSULA INTERNA. 
 FÓRNIX: liga o hipocampo aos núcleos mamilares 
do hipotálamo. Está relacionado com a MEMÓRIA. 
 CÁPSULA INTERNA: é um grande feixe de fibras que 
separa o tálamo. Possui fundamental importância 
porque é o caminho de fibras que entram e saem 
do córtex cerebral, entre as fibras tem-se: TRATO 
CORTICOESPINHAL, CORTICONUCLEAR e 
CORTICOPONTINO, FIBRAS 
CORTICORRETICULARES e CORTICOESTRIATAIS. 
RADIAÇÕES: São as fibras que passam na cápsula 
interna e encaminham-se ao córtex, e vem do tálamo. 
Estas fibras por não serem misturadas e por terem 
localizações especificas na cápsula interna podem ser 
lesionadas isoladamente a apresentarem quadros 
clínicos diferentes. 
Fibras Do Trato Corticonuclear ocupam o joelho da 
cápsula interna; 
Fibras Do Trato Corticoespinhal e das radiações 
talâmicas, na perna posterior, que levam ao córtex a 
sensibilidade somática geral. 
As radiações óptica e auditiva passam na perna 
posterior da cápsula interna, mas na porção abaixo do 
núcleo lentiforme. 
Lesões da cápsula interna, decorrentes de hemorragias 
ou obstruções de seus vasos, ocorrem com bastante 
frequência, constituindo os AVC – ACIDENTES 
VASCULARES CEREBRAIS ou ‘’DERRAMES CEREBRAIS’’, 
que geralmente causam HEMIPLEGIA E DIMINUIÇÃO 
DA SENSIBILIDADE NA METADE OPOSTA DO CORPO. 
 
ESTRUTURA DO CÓRTEX CEREBRAL 
 GENERALIDADES 
Córtex cerebral é a camada fina de substância cinzenta 
que reveste o centro branco medular do cérebro ou 
centro semioval. 
Partes mais importantes do SN. 
Chega impulsos oriundos de todas as vias da 
sensibilidade, que aí se tornam conscientes e são 
interpretadas. 
Lesão nas áreas corticais da visão pode ocasionar 
cegueira mesmo com as vias visuais intactas. 
Do córtex saem impulsos que iniciam e comandam os 
movimentos voluntários e psíquicos. 
 
CITOARQUITETURA DO CÓRTEX 
No córtex contém neurônios, células neurogliais e 
fibras. 
Quanto a estrutura, difere-se em dois tipos de córtex: 
ISOCÓRTEX E ALOCÓRTEX 
ISOCÓRTEX: Possui 6 camadas: 
I- camada molecular 
II- camada granular externa 
III- camada piramidal externa 
IV- camada granular interna 
V- camada piramidal interna (ou ganglionar) 
VI- camada de células fusiformes (ou multiformes) 
CAMADA MOLECULAR 
Rica em fibras de direção horizontal e contém poucos 
neurônios. 
 
São três os principais neurônios do córtex: 
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a) CÉLULAS GRANULARES: também denominadas 
células estreladas. 
Possuem dendritos que se ramificam próximo ao corpo 
celular, e um axônio que pode estabelecer conexões 
com células das camadas vizinhas. 
Principal interneurônio cortical. 
Predominam nas camadas granular interna e externa. 
 
b) CÉLULAS PIRAMIDAIS: assim chamadas por causa 
da forma piramidal do corpo celular. 
As células piramidais gigantes são chamadas de 
CÉLULAS DE BETZ e ocorrem apenas na área motora do 
giro pré-central. 
Possuem dois tipos de dendritos, apicais e basais. 
O dendrito apical destaca-se do ápice da pirâmide e 
dirige-se às camadas mais superficiais onde termina. 
Os dendritos basais, distribuem-se próximo ao corpo 
celular. 
Predomina na camada piramidal externa e interna. 
Camadas efetuadoras 
 
c) CÉLULAS FUSIFORMES: possuem um axônio 
descendente, que penetra no centro branco 
medular, ou seja, são células efetuadoras. 
Predominam na camada de células fusiformes, IV 
camada. 
 
FIBRAS QUE SAEM E ENTRAM NO CÓRTEX 
Podem ser: PROJEÇÃO e DE ASSOCIAÇÃO 
 
 FIBRAS DE PROJEÇÃO AFERENTES 
 Origem talâmica: oriundas dos núcleos 
específicos, terminam na camada IV. 
 Origem Extratalâmica: são dos sistemasmodulatórios de projeção difusa, podem ser 
monoaminérgicas ou colinérgicas e se 
distribuem a todo o córtex no qual exercem 
função ativadora (SARA). 
 
 FIBRAS DE PROJEÇÃO EFERENTES 
 Estabelecem conexões com centros 
subcorticais 
 Podem ter origem na camada V, piramidal 
interna. 
 
As demais camadas corticais são predominantemente 
de associação. 
 
DESCREVER AS CLASSIFICAÇÕES DO TELENCÉFALO 
CLASSIFICAÇÃO ANATÔMICA DO CÓRTEX 
Baseia-se na divisão do cérebro em sulcos, giros e 
lobos. 
A divisão em lobos não corresponde a uma divisão 
funcional ou estrutural, pois em um mesmo lobo temos 
áreas corticais de funções e estruturas muito distintas. 
CLASSIFICAÇÃO CITOARQUITETURAL DO 
CÓRTEX 
Divisão mais aceita é a de BRODMANN (52 áreas 
identificadas por números). Podem ser classificadas em 
grupos maiores: 
 ISOCÓRTEX: possui 6 camadas nítidas (no 
período embrionário). 90% do córtex. 
 ISOCÓRTEX HETEROTÍPICO: camadas 
corticais não podem ser claramente 
individualizadas. 
o GRANULAR: área sensitiva. 
Grande quantidade de células 
granulares. 
o AGRANULAR: áreas motoras. 
Grande quantidade de células 
piramidais. 
 ISOCÓRTEX HOMOTÍPICO: 6 camadas 
corticais sempre bem individualizadas. 
 ALOCÓRTEX: corresponde ao ARQUI e 
PALEOCÓRTEX e nunca apresentam 6 camadas. 
 
CLASSIFICAÇÃO FILOGENÉTICA DO 
CÓRTEX 
 ARQUICÓRTEX: localizado no HIPOCAMPO 
 PALEOCÓRTEX: ocupa o ÚNCUS e parte do GIRO 
PARA-HIPOCAMPAL 
 NEOCÓRTEX: todo o RESTO do córtex. 
 
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DO CÓRTEX 
Do ponto de vista funcional, as áreas corticais podem 
ser classificadas em dois grandes grupos: ÁREAS DE 
PROJEÇÃO E ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO. 
 
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 ÁREAS DE PROJEÇÃO: são as que recebem ou dão 
origem a fibras relacionadas diretamente com a 
sensibilidade e a motricidade. ÁREAS PRIMÁRIAS. 
ÁREAS DE PROJEÇÃO PODEM SER DIVIDIDAS EM DOIS 
GRUPOS DE FUNÇÃO E ESTRUTURAS DIFERENTES: 
 ÁREAS SENSITIVAS 
 ÁREAS MOTORAS 
Nas áreas sensitivas e motoras do neocórtex existe 
isocórtex heterotípico do tipo granular ou agranular. Já 
nas áreas de associação no neocórtex, existe isocórtex 
homotípico. 
 
 ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO: estão relacionadas ao 
processamento mais complexo de informações. 
Podem ser divididas em ÁREAS SECUNDÁRIAS E 
TERCIÁRIAS. 
 ÁREAS SECUNDÁRIAS - UNIMODAIS: estão 
relacionadas como determinada modalidade 
sensorial ou com a motricidade. Ex: a área de 
associação unimodal visual V2 recebe fibras 
predominantemente da área visual primária 
V1 ou área de projeção visual. Áreas motoras 
primárias projetam-se para os neurônios 
motores da medula espinhal e do tronco 
encefálico. As áreas de associação motoras, 
localizadas rostralmente à área motora 
primária, estão envolvidas com a programação 
de movimentos que são transmitidos para a 
área primária para execução. 
 ÁREAS TERCIARIAS-SUPRAMODAIS: ou seja, 
não ocupam diretamente com as modalidades 
motora ou sensitiva das funções cerebrais, mas 
estão envolvidas com atividades psíquicas 
superiores. 
Lesões nas áreas de projeção podem causar paralisias 
ou alterações na sensibilidade, o que não acontece 
nas áreas de associação. 
 
EXPLICAR A NEUROFISIOLOGIA DO TELENCÉFALO 
 
ÁREAS SENSITIVAS 
 Distribuídas nos lobos parietal, temporal e 
occipital; 
 Divididas em áreas primárias (de projeção) 
(relacionadas à sensação de estímulo recebido) e 
secundárias e terciárias (de associação) (percepção 
de características específicas desse estímulo); 
 
 
 
ÁREAS CORTICAIS RELACIONADAS COM A 
SENSIBILIDADE SOMÁTICA 
 
 ÁREA SOMESTÉSICA PRIMÁRIA (S1) 
 Área somestésica primária (S1) e a área da 
sensibilidade somática geral: localizadas no giro 
pós-central, nas áreas 3, 1 e 2 de Brodmann; 
 Na área somestésica chegam radiações talâmicas e 
trazem impulsos relacionados à temperatura, 
pressão, dor, tato e propriocepção consciente da 
metade oposta do corpo; 
 Homúnculo sensitivo; 
 Essa somatotropia é igual à observada na área 
motora; 
 A extensão da representação cortical depende da 
sua importância e da quantidade de fibras 
aferentes oriundas daquele local; 
 CORRELAÇÃO CLÍNICA: AVC’s que comprometem 
as artérias cerebral média e cerebral anterior 
pode lesar a área somestésica e gerar a perda da 
sensibilidade discriminativa do lado oposto à 
lesão. A sensibilidade protopática (mais 
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grosseira), como tato não discriminativo e a 
sensibilidade térmica e dolorosa, permanecem 
praticamente inalteradas, pois elas se tornam 
conscientes em nível talâmico. 
 
 ÁREA SOMESTÉSICA SECUNDÁRIA (S2) 
 No lobo parietal superior, logo atrás da área 
somestésica primária; 
 Corresponde à área 5 e parte da área 7 de 
Brodmann; 
 CORRELAÇÃO CLÍNICA: LESÃO AGNOSIA TÁTIL. 
Agnosias: incapacidade de reconhecer objetos 
que estamos visualizando. Não confundir com 
cegueira, é possível visualizar, mas não é possível 
reconhecer, interpretar o objeto. 
 
 
ÁREAS CORTICAIS RELACIONADAS COM A 
VISÃO 
 
 Áreas visual primária (V1) 
 Também chamada de córtex estriado; 
 Corresponde à área 17 de Broadmann; 
 Aí chegam fibras do trato geniculo-calcarino 
originadas no corpo geniculado lateral; 
 O córtex primária V1, mostra o contorno dos 
objetos, esborço primitivo; 
 Existe retinotopia (correspondência entre retina e 
córtex visual); 
 CORRELAÇÃO CLÍNICA: estimulações elétricas na 
área 17 causam alucinações visuais, nas quais o 
indivíduo vê círculos brilhantes, nunca objetos 
bem definidos. A ablação bilateral dessa área 
causa a cegueira completa. 
 
 ÁREAS VISUAIS SECUNDÁRIAS 
 Áreas de associação unimodais (ou seja, 
relacionadas apenas à visão); 
 Estende-se a quase todo o lobo temporal (áreas 20, 
21 e 37 de Brodmann) e uma pequena parte do 
parietal; 
 São várias áreas visuais secundárias (V2, V3, V4 e 
V5); 
 São unidas por duas vias: a ventral (o que o objeto 
é, reconhece cores, faces de outras pessoas) e 
dorsal (se o objeto está em movimento, onde está, 
representação espacial do objeto); 
 CORRELAÇÃO CLÍNICA: Lesões causam Agnosias. 
Lesão na via ventral -> PROSOPAGNOSIA 
(incapacidade de identificar objetos, desenhos, cor, 
rostos conhecidos). Lesão na via dorsal (V5) -> 
ACINETOPSIA (incapacidade de perceber visualmente 
o movimento das coisas). 
 
ÁREAS CORTICAIS RELACIONADAS COM A 
AUDIÇÃO 
 
 ÁREA AUDITIVA PRIMÁRIA (A1) 
 Localizada no giro temporal transverso anterior 
(giro de Heschl) e corresponde às áreas 41 e 42 de 
Brodmann; 
 Nelas chegam fibras da radiação auditiva do corpo 
geniculado medial; 
 Representação tonotópica: sons de determinada 
frequência vão se representar em porções 
especificas dessa área auditiva primária; 
 CORRELAÇÃO CLÍNICA: estímulos elétricos na 
área auditiva causam alucinação auditiva. Lesões 
Bilaterais do giro temporal transverso anterior 
causam surdez completa. Lesões unilaterais 
causam déficits auditivos pequenos pois a via não 
é totalmente cruzada. 
 
 ÁREA AUDITIVA SECUNDÁRIA (A2): localiza-se no 
lobo temporal (área 22 de Brodmann), adjacente à 
área auditiva primária. Sua função é pouco 
conhecida. 
 
ÁREA VESTIBULAR 
 Localizada no lobo parietal próxima a um pequeno 
território da área somestésica correspondente à 
face; 
 Mais relacionada com a área de projeção da 
sensibilidade proprioceptiva do que com a 
auditiva. 
 
ÁREA OLFATÓRIA 
 Parte anterior do úncus e do giro para-hipocampal 
(córtex pirifome); 
 CORRELAÇÕES CLÍNICAS: CRISES UNCINADAS 
(EPILEPSIA). 
 
ÁREA GUSTATIVA 
 
 ÁREA GUSTATIVA PRIMÁRIA 
 Parte posterior da ínsula; 
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 Existem neurônios sensíveis não só ao paladar, mas 
também ao olfato e à sensibilidade da boca. 
 
 ÁREA GUSTATIVA SECUNDÁRIA: região 
orbitofrontal da área pré-frontal. 
 Recebe aferências que vemda Ínsula. 
 
ÁREAS CORTICAIS RELACIONADAS COM A 
MOTRICIDADE 
 
 ÁREA MOTORA PRIMÁRIA (M1) 
 Localizada na parte posterior do giro pré-central, 
corresponde à área 4 de Brodmann; 
 Menor limiar para desencadear movimentos com 
estimulação elétrica; 
 Desencadeia movimentos no lado oposto; 
 Somatotopia = Homúnculo motor; 
 Dá origem a grande parte das fibras dos TRATOS 
CORTICOESPINHAL e CORTICONUCLEAR. 
 
 ÁREAS MOTORAS SECUNDÁRIAS 
 ÁREA PRÉ-MOTORA 
 Ocupa a área 6 de Brodmann no lobo frontal; 
 É menos excitável do que a área motora primária; 
 O estímulo é menos específico e envolve grupos 
musculares maiores; 
 Via córtico-retículo-espinal -> postura 
preparatória para realização de movimentos mais 
delicados; 
 Integra o sistema de neurônios-espelhos; 
 Relaciona-se com o planejamento motor; 
 CORRELAÇÃO CLÍNICA: LESÕES -> PARESIA 
 
 ÁREA MOTORA SUPLEMENTAR 
 Localizada na parte da área 6 de Brodmann, na 
parte medial do giro frontal superior; 
 Principais conexões: corpo estriado, via tálamo, 
com a área motora primária e com a área pré-
frontal; 
 Função mais importante: planejamento motor de 
sequências complexas de movimentos. 
 
 PLANEJAMENTO MOTOR 
 Iniciativa de planejar o movimento: área pré-
frontal (recebe aferências de quase todo SN); 
 Planejamento: áreas motoras secundárias 
(elabora um plano motor, usa as informações 
para escolher os grupos musculares que irão 
executar, a direção); 
 Execução: áreas motoras primárias (parte as 
fibras que formam o TRATO CORTICOESPINHAL E 
TRATO CORTICONUCLEAR que realizam o 
movimento); 
 Também recebe informações do cerebrocerebelo, 
via dento-talâmico-cortical; 
 CORRELAÇÃO CLÍNICA: LESÃO -> APRAXIAS 
 
SISTEMA DE NEURÔNIOS-ESPELHOS 
 Ativados quando um indivíduo faz um ato motor 
específico como estender a mão para pegar um 
objeto ou quando vê um indivíduo fazendo a 
mesma coisa, por exemplo; 
 Frontoparietal; 
 Distribuição somatotópica; 
 Tem ação moduladora da excitabilidade dos 
neurônios responsáveis pelo ato motor; 
 Estão na base da aprendizagem motora por 
imitação. 
 
ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO TERCIÁRIAS 
 Supramodais; 
 Recebem e integram as informações sensoriais já 
elaboradas por todas as áreas secundárias e são 
responsáveis também pela elaboração das diversas 
estratégias comportamentais. 
 ÁREA PRÉ-FRONTAL 
 Compreende a parte anterior não motora do lobo 
frontal; 
 Ocupa cerca de ¼ da superfície do córtex cerebral; 
 Tem conexões com quase todas as áreas corticais; 
 Exerce funções coordenadoras das funções 
neurais; 
 É a principal responsável pelo nosso 
comportamento inteligente, memória operacional. 
 
Dividida em duas: 
 ÁREA PRÉ-FRONTAL DORSOLATERAL 
 Ocupa a superfície anterior e dorsolateral do lobo 
frontal; 
 Liga-se ao corpo estriado (putâmen) integrando o 
circuito cortiço-estriado-talâmico-cortical; 
 Papel importante nas funções executivas que 
envolvem o planejamento e a execução das 
estratégias comportamentais mais adequadas à 
situação física e social do indivíduo e a capacidade 
de alterá-las; 
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 Envolve a avaliação das consequências dessas 
ações, planejamento e organização de ações e 
soluções de problemas novos. 
 Responsável pela memória operacional, que é um 
tipo de memória de curto prazo. 
 
 ÁREA PRÉ-FRONTAL ORBITOFRONTAL 
 Ocupa a parte ventral do lobo frontal adjacente às 
órbitas compreendendo os giros orbitários; 
 Pertence ao circuito envolvido no processamento 
das emoções, supressão de comportamentos 
socialmente indesejáveis, manutenção da atenção; 
 CORRELAÇÃO CLÍNICA: lesões -> tamponamento 
psíquico (alegria e tristeza), déficit de atenção e 
comportamentos inadequados. 
 
ÁREA PARIETAL POSTERIOR 
 Compreende todo o lobo parietal inferior, ou seja, 
os giros supramarginal, área 40, e angular, área 39, 
estendendo-se também às margens do sulco 
temporal superior e parte do lóbulo parietal 
superior; 
 Funciona como um centro que integra as áreas 
secundárias auditiva, visual e somestésica; 
 Reúne diferentes modalidades para formar uma 
imagem completa do objeto; 
 Participa no planejamento de movimentos, 
atenção seletiva e percepção espacial; 
 CORRELAÇÕES CLÍNICAS: Em lesões bilaterais o 
paciente fica incapaz de explorar o ambiente e 
alcançar objetos de interesse. 
Pode ocorrer também desorientação espacial 
generalizada; 
Síndrome de negligência ou síndrome de 
intenção: em relação ao próprio corpo ou ao 
espaço exterior. Ocorre principalmente em lesões 
área parietal inferior nas lesões do lado direito 
(mais visuoespacial) 
 
CÓRTEX INSULAR ANTERIOR 
 O córtex insular posterior é isocórtex heterotípico 
granular, característico das áreas de projeção 
primárias, no caso, as áreas gustativas e sensoriais 
viscerais; 
 Já o córtex insular anterior é isocórtex homótipo, 
característico das áreas de associação; 
 Empatia. 
 Conhecimento da própria fisionomia como 
diferente da dos outros 
 Sensação de nojo na presença ou simplesmente 
imagens de fezes, vômitos outra situação 
considerada nojenta. 
 CORRELAÇÃO CLÍNICA: perdida em lesões da 
ínsula e podem estar envolvidas em muitas 
psicopatias; o Conhecimento da própria 
fisionomia como diferente da dos outros; o 
Sensação de nojo; o Percepção dos componentes 
subjetivos das emoções. 
 
ÁREAS LÍMBICAS 
 Compreende áreas de halocórtex, mesocórtex e 
isocórtex e área pré-frontal orbitofrontal; 
 Relacionado com memórias e emoções; 
 
ÁREAS RELACIONADAS COM A 
LINGUAGEM. AFASIAS 
 2 ÁREAS CORTICAIS PRINCIPAIS PARA A 
LINGUAGEM: UMA ANTERIOR E OUTRA 
POSTERIOR. 
 
 ÁREA ANTERIOR DA LINGUAGEM: corresponde a 
área de Broca, relacionada com a expressão da 
linguagem. A área de Broca é responsável pela 
programação da atividade motora relacionada 
com a expressão da linguagem. 
 Localizadas na Área 44 e parte da área 45 de 
Brodmann, nas partes opercular e triangular do 
giro frontal inferior; 
 ÁREA POSTERIOR DA LINGUAGEM: corresponde a 
área de Wernicke, parte mais posterior da área 22 
de Brodmann, na junção entre os lobos temporal e 
parietal, relacionada com a percepção da 
linguagem. 
 Ambas ligadas pelo FASCÍCULO LONGITUDINAL 
SUPERIOR ou FASCÍCULO ARQUEADO; 
 CORRELAÇÃO CLÍNICA: Lesões dessas áreas 
causariam os distúrbios de linguagem (AFASIAS). 
Afeta apenas as áreas corticais de associação da 
linguagem: pode ser motora/ de expressão 
(AFETA BROCA) ou sensitiva/ de percepção 
(AFETA WERNICKE). 
 Existem outras áreas cerebrais relacionadas com 
aspectos específicos da linguagem. No lobo 
temporal, por exemplo, existem áreas diferentes 
para a capacidade de nomear objetos, pessoas e 
animais. 
 CORRELAÇÃO CLÍNICA: Lesão do giro angular 
pode causar um tipo de afasia denominado 
dislexia, dificuldade de ler, que pode estar 
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acompanhada de disgrafia, ou dificuldade de 
escrever. 
 
ASSIMETRIA DAS FUNÇÕES CORTICAIS 
 Afasias: lesões no hemisfério esquerdo. Surgiu daí 
o conceito de que esse é o “hemisfério 
dominante”. 
 Distúrbios da linguagem: lesões no hemisfério 
direito 
 DIREITO: habilidades artísticas, percepção do 
espaço, reconhecimento de fisionomia, etc. 
 ESQUERDO: linguagem e raciocínio matemático 
 Isso se manifesta apenas nas áreas de associação; 
 Em 96% dos indivíduos destros, o hemisfério 
dominante (relacionado com a linguagem) é o 
esquerdo (contralateral à mão dominante). 
 CORRELAÇÃO CLÍNICA: secção do corpo caloso. O 
indivíduo se torna incapaz de descrever um 
objeto em sua mão esquerda embora possa fazer 
isso quando o objeto está na mão direita. 
 
EXPLICAR A DOMINÂNCIA ENTRE HEMISFÉRIOS DO TELENCÉFALO 
 Do ponto de vista funcional os hemisférios 
cerebrais não são simétricos. 
 E que a maioriados indivíduos as áreas da 
linguagem estão do lado esquerdo. 
 Até mesmo a linguagem de sinais depende de 
informações visuomotoras que se localiza no 
hemisfério esquerdo. 
 Concluindo assim que o HEMISFÉRIO ESQUERDO é 
o DOMINANTE. 
 Enquanto isso o hemisfério direito exerce papel 
secundário. 
 OBS: A assimetria funcional dos hemisférios se 
mantém apenas nas ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO. Já 
que o funcionamento motor e sensitivo é igual 
para os dois.

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