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PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 TUTORIA 7 – PROBLEMA 6 OBJETIVOS 1. DESCREVER A ANATOMIA MACRO E MICROSCOPICA DO TELENCÉFALO. 2. DESCREVER AS CLASSIFICAÇÕES DO TELENCÉFALO. 3. EXPLICAR A NEUROFISIOLOGIA DO TELENCÉFALO. 4. EXPLICAR A DOMINÂNCIA ENTRE HEMISFÉRIOS DO TELENCÉFALO. DESCREVER A ANATOMIA MACRO E MICROSCOPICA DO TELENCÉFALO MACROSCOPICAMENTE O telencéfalo compreende os dois hemisférios cerebrais, DIREITO E ESQUERDO, e uma pequena linha mediana situada na porção anterior do III ventrículo. Os dois hemisférios cerebrais são incompletamente separados pela FISSURA LONGITUDINAL DO CÉREBRO, cujo o assoalho é formado por uma larga faixa de fibras comissurais, denominada CORPO CALOSO, principal meio de união entre os dois hemisférios. Os hemisférios possuem cavidades, os VENTRÍCULOS LATERAIS DIREITO E ESQUERDO, que se comunicam com o III ventrículo pelos FORAMES INTERVENTRICULARES. Cada hemisfério possui três polos: FRONTAL OCCIPITAL TEMPORAL E três faces: FACE DORSOLATERAL: convexa FACE MEDIAL: plana FACE INFERIOR (BASE DO CRÂNIO): parte anterior repousa sobre os andares anterior e médio da base do crânio e posteriormente pela tenda do cerebelo. SULCOS E GIROS, DIVISÃO EM LOBOS Durante o desenvolvimento embrionário, quando o tamanho do encéfalo aumenta rapidamente, a substância cinzenta do córtex aumenta com maior rapidez que a substância branca subjacente. Como resultado, a região cortical se enrola e se dobra sobre si mesma. Portanto, a superfície do cérebro apresenta depressões denominadas SULCOS, que delimitam os GIROS ou CIRCUNVOLUÇÕES cerebrais, cuja função é aumentar ao máximo a área de superfície do córtex cerebral sem exigir um aumento correspondente do volume cerebral. Muitos sulcos são inconstantes e não recebe, denominação, outros, mais constantes, recebem denominações especiais e ajudam a delimitar os lobos e as áreas cerebrais. Nos dois hemisférios cerebrais os sulcos/fissuras mais importantes são: SULCO LATERAL (DE SYLVIUS) e o SULCO CENTRAL (DE ROLANDO). PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 SULCO LATERAL (DE SYLVIUS): Separa o LOBO TEMPORAL dos LOBOS FRONTAL e PARIETAL. Inicia-se na base do cérebro, lateralmente a substância perfurada anterior, delimitando o lobo frontal do lobo temporal. Divide-se em três ramos: ASCENDENTE, ANTEIOR e POSTERIOR. Os ramos ascendentes e anterior são curtos e penetram no lobo frontal; O ramo posterior é muito mais longo, dirige-se para trás e para cima, terminando no lobo parietal. Separa o lobo TEMPORAL, situado abaixo, dos lobos FRONTAL e PARIETAL, situados acima. SULCO CENTRAL (DE ROLANDO): separa o LOBO FRONTAL do TEMPORAL. Inicia-se na face medial; dirige-se em direção ao ramo posterior do sulco lateral; Percorre obliquamente a face dorsolateral do hemisfério, separando os lobos frontal e parietal. Ladeado por dois giros paralelos: GIRO PRÉ-CENTRAL: relaciona-se a motricidade. GIRO PÓS-CENTRAL: relaciona-se com sensibilidade. Divisão em lobos: Lobo Frontal, Lobo Temporal, Lobo Parietal, Lobo Occipital e Lobo da Ínsula, localizada profundamente no sulco lateral e que não tem relações com os ossos do crânio. MORFOLOGIA DAS FACES DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS FACE DORSOLATERAL Também denominada de face convexa. Relaciona-se com todos os ossos que formam a abóbada craniana; Localiza-se os cinco lobos cerebrais. LOBO FRONTAL Possui 3 sulcos importantes: SULCO PRÉ-CENTRAL: paralelo ao sulco central e por vezes dividido em dois segmentos SULCO FRONTAL SUPERIOR: inicia-se na porção superior do sulco pré-central e tem direção perpendicular a ele. SULCO FRONTAL INFERIOR: parte da porção inferior do sulco pré-central e dirige-se para frente e para baixo. Apresenta os giros: GIRO PRÉ-CENTRAL: localizado entre o sulco pré- central e o sulco central, localiza a principal ÁREA MOTORA DO CÉREBRO. PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 GIRO FRONTAL SUPERIOR: localizado acima do sulco frontal superior, continuando na face medial do cérebro. GIRO FRONTAL MÉDIO: localizado entre os sulco frontal superior e frontal inferior. GIRO FRONTAL INFERIOR: abaixo do sulco frontal inferior. Subdividido pelos ramos anterior e ascendente do sulco lateral em três partes: o ORBITAL: localizado abaixo do ramo anterior; o TRIANGULAR: localizado entre o ramo anterior e o ramo ascendente; o OPERCULAR: entre o ramo ascendente e o sulco pré-central. O GIRO FRONTAL INFERIOR do HEMISFÉRIO ESQUERDO é denominado GIRO DE BROCA, onde se localiza uma das ÁREAS DE LINGUAGEM do cérebro. LOBO TEMPORAL Na face dorsolateral do cérebro apresenta dois sulcos principais: SULCO TEMPORAL SUPERIOR: inicia-se próximo ao polo temporal e desloca-se para trás, paralelo ao ramo posterior do sulco lateral, terminando no lobo parietal. SULCO TEMPORAL INFERIOR: é paralelo ao sulco temporal superior. Apresenta os giros: GIRO TEMPORAL SUPERIOR: localizado entre os sulcos lateral e temporal superior; GIRO TEMPORAL MÉDIO: entre os sulcos temporal superior e o temporal inferior; GIRO TEMPORAL INFERIOR: abaixo do sulco temporal inferior, que se limita com o sulco occipito-temporal. A porção posterior do assoalho do sulco lateral, que é parte do giro temporal superior, é atravessada por pequenos giros transversais, os giros temporais transversos, dos quais o mais evidente é o GIRO TEMPORAL TRANSVERSO ANTERIOR, onde se localiza a ÁREA DA AUDIÇÃO. LOBOS PARIETAL E OCCIPITAL O LOBO OCCIPITAL ocupa uma porção pequena da face dorsolateral do cérebro, apresenta sulcos e giros inconstantes que como dito anteriormente, não recebem denominação. O LOBO PARIETAL apresenta dois sulcos principais: SULCO PÓS-CENTRAL: paralelo ao sulco central, dividido em dois segmentos que podem se localizar distantes um do outro; SULCO INTRAPARIETAL: muito variável e geralmente perpendicular ao pós-central, dirige-se para trás para terminar no lobo occipital. Apresenta os giros: GIRO PÓS-CENTRAL: localizado entre os sulcos central e pós-central, localiza-se a ÁREA SOMESTÉSICA, uma das áreas sensitivas mais importantes do córtex. GIRO SUPRAMARGINAL: localizado no lóbulo parietal inferior que é dividido do lóbulo parietal superior pelo sulco intraparietal, é um giro curvado em torno da extremidade do ramo posterior do sulco lateral. PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 GIRO ANGULAR: curvado em torno da porção terminal e ascendente do sulco temporal superior. ÍNSULA Visível ao afastar os lábios do sulco lateral. É um lobo que possui desenvolvimento menor que os demais lobos, por isso é recoberto pelos outros lobos vizinhos, parietal, frontal e temporal. Apresenta os seguintes sulcos e giros: SULCO CIRCULAR DA ÍNSULA SULCO CENTRAL DA ÍNSULA GIRO CURTO DA ÍNSULA GIRO LONGO DA ÍNSULA FACE MEDIAL A face medial é visível a partir de um corte sagital mediano na qual permite a visualização de estruturas como o corpo caloso, o fórnix e o septo pelúcido. CORPO CALOSO Estrutura formada por um grande número de fibras mielinizadas, que cruzam o plano sagital mediano e penetram de cada lado no centro branco medular do cérebro, unindo as áreas simétricas do córtex cerebral de cada hemisfério. Em corte sagital mediano é possível visualizar: TRONCO DO CORPO CALOSO: uma estrutura em forma de lâmina branca arqueada dorsalmente JOELHO DO CORPO CALOSO: é constituída pela dilatação do tronco do corpo caloso na parte posterior para formar o ESPLÊNIO DO CORPO CALOSO e flexão anterior em direção à base do cérebro. ROSTRO DO CORPO CALOSO: parte afinalada do joelho do corpo caloso que termina na COMISSURA ANTERIOR. Entre a comissuraanterior e o quiasma óptico tem-se a LÂMINA TERMINAL, delgada lâmina de substância branca que também une os hemisférios e constitui o limite anterior do III ventrículo. FÓRNIX Estrutura formada por feixe complexo de fibras que emerge abaixo do corpo caloso e se dobra em direção à comissura anterior. É constituído por duas metades laterais e simétricas, afastadas nas extremidades e unidades entre si no trajeto abaixo do corpo caloso. Apresenta as estruturas: CORPO DO FÓRNIX: porção intermédia em que as duas metades se unem. COLUNAS DO FÓRNIX: extremidades anteriores que se afastam e terminam no corpo mamilar PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 correspondente, cruzando a parede lateral do III ventrículo. PERNAS DO FÓRNIX: extremidades posteriores. Se divergem e penetram de cada lado no corno inferior do ventrículo lateral, onde fazem conexão com o Hipocampo. SEPTO PELÚCIDO São duas delgadas lâminas de tecido nervoso que se estende entre o Corpo Caloso e o Fórnix. Separa o dois ventrículos laterais. SULCOS E GIROS DA FACE MEDIAL DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS: LOBO OCCIPITAL Apresenta dois sulcos importantes na face medial do cérebro: SULCO CALCARINO: projeta-se abaixo do esplênio do corpo caloso e tem um trajeto de flexão em direção ao polo occipital. Nos lábios do sulco calcarino localiza-se a área visual, também chamada área estriada porque o córtex apresenta uma estria branca visível a olho nu; SULCO PARIETOCCIPITAL: sulco muito profundo, separa o lobo occipital do parietal, e encontra em ângulo agudo o sulco calcarino. CÚNEOS (GIRO COMPLEXO): localizado entre o sulco parietoccipital e o sulco calcarino. GIRO OCCÍPITO-TEMPORAL MEDIAL: localizado abaixo do sulco calcarino, que continua anteriormente com o Giro Para-hipocampal, já no lobo temporal. LOBOS FRONTAL E PARIETAL Na face medial do cérebro existem dois sulcos que passam do lobo frontal para o parietal: SULCO DO CORPO CALOSO: inicia abaixo do rostro do corpo caloso, contorna o tronco e o esplênio do corpo caloso, onde continua, já no lobo temporal, com o sulco do hipocampo. SULCO DO CÍNGULO: tem percurso paralelo ao sulco do corpo caloso, onde é separado pelo GIRO DO CÍNGULO. Conclui-se posteriormente, bifurcando em dois ramos: o RAMO MARGINAL: se curva em direção à margem superior do hemisfério o SULCO SUBPARIETAL: que continua posteriormente na direção do sulco do cíngulo. SULCO PARACENTRAL: emerge do sulco do cíngulo, em direção à margem superior do hemisfério onde delimita com o sulco do cíngulo e seu ramo marginal, o LÓBULO PARACENTRAL. LÓBULO PARACENTRAL: está relacionado com a área motora e sensitiva da perna e do pé. o PARTE ANTERIOR DO LÓBULO PARACENTRAL: ÁREA MOTORA PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 o PARTE POSTERIOR DO LÓBULO PARACENTRAL: ÁREA SENSITIVA FACE INFERIOR A face inferior ou base do hemisfério cerebral pode ser dividia em duas partes: uma pertencente ao lobo frontal em que repousa sobre a fossa anterior do crânio; outra, muito maior, pertencente quase toda ao lobo temporal e repousa sobre a fossa média do crânio e a tenda do cerebelo. LOBO TEMPORAL A face inferior do lobo temporal apresenta três sulcos principais, de direção longitudinal, e que são da borda lateral para a borda medial: SULCO OCCÍPITO- TEMPORAL; SULCO COLATERAL; SULCO DO HIPOCAMPO. SULCO OCCÍPITO-TEMPORAL: limita-se com o sulco temporal inferior, o GIRO TEMPORAL INFERIOR, que quase sempre formam a borda lateral do hemisfério. Medialmente, o sulco occípito-temporal se limita com o sulco colateral, o GIRO OCCÍPITO0TEMPORAL LATERAL (OU GIRO FUSIFORME). SULCO COLATERAL: inicia-se próximo ao polo occipital e encaminha-se para frente, fazendo delimitação com o sulco calcarino e o sulco do hipocampo, respectivamente o GIRO OCCÍPITO- TEMPORAL MEDIAL e o GIRO PARA-HIPOCAMPAL, em que sua porção anterior se flete em torno do sulco do hipocampo para formar o ÚNCUS. SULCO DO HIPOCAMPO: apresenta origem na região do esplênio do corpo caloso, onde continua com o sulco do corpo caloso e se dirige para o polo temporal, onde termina separando o giro para- hipocampal do úncus. O GIRO PARA-HIPOCAMPAL faz conexão na parte posterior ao GIRO DO CÍNGULO por meio de um giro estreito, denominado ISTMO DO GIRO DO CÍNGULO. Dessa forma, ÚNCUS, GIRO PARA-HIPOCAMPAL, ISTMO DO GIRO DO CÍNGULO e GIRO DO CÍNGULO formam uma estrutura que circunda as estruturas inter-hemisféricas e que é considerada por alguns autores como um lobo independente, o LBO LÍMBICO. A parte anterior do giro para-hipocampal é a área entorrinal, importante para a memória e uma das primeiras regiões do cérebro a serem lesadas na doença de Alzheimer. LOBO FRONTAL A face inferior do lobo frontal apresenta um único sulco importante denominado: SULCO OLFATÓRIO: profundo e de direção anteroposterior. GIRO RETO: continuo dorsalmente como giro frontal superior. O resto da face inferior do lobo frontal é ocupado por sulcos e giros muito irregulares, denominados SULCOS e GIROS ORBITÁRIOS. O face inferior do lobo frontal apresenta, ainda, estruturas relacionadas com o RINENCÉFALO (RHINOS = NARIZ): BULBO OLFATÓRIO é uma dilatação ovoide e achatada de substância cinzenta que continua posteriormente com o TRATO OLFATÓRIO, ambos alojados no sulco olfatório. O bulbo olfatório recebe filamentos que constituem o NERVO OLFATÓRIO, que por sua vez atravessam os pequenos orifícios que existem na lâmina crivosa do osso etmoide e que geralmente se rompem quando o encéfalo é retirado. Posteriormente, o trato olfatório se bifurca, formando as ESTRIAS OLFATÓRIAS LATERAL e MEDIAL, em que PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 formam uma área triangular denominada TRÍGONO OLFATÓRIO. Atrás do trígono olfatório e adiante do trato óptico localiza-se uma área contendo uma série de pequenos orifícios para a passagem de vasos, a SUBSTÂNCIA PERFURADA ANTERIOR. MORFOLOGIA DOS VENTRÍCULOS LATERAIS Os hemisférios possuem cavidades revestidas por epêndima e contendo líquido cerebroespinhal, que são denominados Ventrículos Laterais Direito e Esquerdo. Os Ventrículos laterais possuem comunicação com o III Ventrículo pelo Forame Interventricular. Os ventrículos laterais apresentam em sua estrutura: LIMITE SUPERIOR: Corpo caloso CORNO ANTERIOR (VENTRAL): voltado para o lobo frontal; CORNO POSTERIOR (DORSAL): voltado para o lobo occipital; CORNO INFERIOR: voltado para o lobo temporal. PLEXO COROIDE DOS VENTRÍCULOS LATERAIS O plexo coroide da parte central dos ventrículos laterais continua com o III Ventrículo através o forame interventricular e, acompanhando o trajeto curvo do fórnix, atinge o corno inferior do ventrículo lateral. Os cornos anterior e posterior não possuem plexos coroides. MICROSCOPICAMENTE Cada hemisfério possui uma camada de substância cinzenta, denominada CÓRTEX CEREBRAL, que reveste um centro de substância branca, o CENTRO BRANCO MEDULAR DO CÉREBRO, no interior do qual se encontra massas de substâncias cinzentas denominadas NÚCLEOS DA BASE DO CÉREBRO. NÚCLEOS DA BASE São aglomerados de neurônios existentes na porção basal do cérebro. Do ponto de vista anatômico, os núcleos da base são: Núcleo caudado, putâmen e o globo pálido, em conjunto chamados de NÚCLEO LENTIFORME, o CLAUSTRUM, o CORPO AMIGDALOIDE, o NÚCLEO ACCUMBENS. NÚCLEO CAUDADO É uma massa alongada e bastante volumosa, de substância cinzenta, relacionada com os ventrículos laterais. Possui uma extremidade anterior, dilatada, denominada CABEÇA DO NÚCLEO CAUDADO. Segue-se posteriormente o CORPO DO NÚCLEO CAUDADO, localizado no assoalho da parte central do ventrículo lateral e a CAUDA DO CORPO CAUDADO, que é longa e contínuaaté a extremidade anterior do corno inferior do ventrículo lateral. Possui funções relacionadas com a MOTRICIDADE. NÚCLEO LENTIFORME É uma estrutura dividida em PUTÂMEN e GLOBO PÁLDIO por uma fina lâmina de substância branca. O Putâmen situa-se lateralmente e é maior que o globo pálido, que se encontra medialmente. O Globo Pálido apresenta função essencialmente MOTORA. PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 CLAUSTRUM É uma delgada calota de substância cinzenta situada entre o córtex da ínsula e o núcleo lentiforme. É separado por uma fina lâmina branca denominada CÁPSULA EXTREMA. Entre o Claustrum e o núcleo lentiforme existe outra lâmina branca denominada CÁPSULA EXTERNA. CORPO AMIGDALOIDE OU AMÍGDALA É uma massa esfenoide de substância cinzenta localizada no polo temporal do hemisfério cerebral. Tem importante função relacionada com as EMOÇÕES, em especial com o medo. NÚCLEO ACCUMBENS É uma massa de substância cinzenta situada na zona de união entre o putâmen e a cabeça do núcleo caudado. É uma importante ÁREA DE PRAZER DO CÉREBRO. CENTRO BRANCO MEDULAR DO CÉREBRO INTRODUÇÃO É formado por fibras mielínicas que se distinguem em dois grupos: FIBRAS DE PROJEÇÃO: ligam o CÓRTEX CEREBRAL a CENTROS SUBCORTICAIS. Se dispõem em dois feixes: o FÓRNIX: une o córtex do hipocampo ao corpo mamilar e contribui pouco para a formação do centro branco medular. o CÁPSULA INTERNA: contém a grande maioria das fibras que saem ou entram no córtex cerebral. Estas fibras formam um feixe compacto que separa o núcleo lentiforme, localizado lateralmente, do núcleo caudado e do tálamo, situados medialmente. Acima destes núcleos, as fibras da cápsula interna constituem a COROA RADIADA. FIBRAS DE ASSOCIAÇÃO: ligam ÁREAS CORTICAIS SITUADAS EM PONTOS DIFERENTES DO CÉREBRO. Entre as fibras de associação, encontra-se aquelas que cruzam o plano mediano para unir áreas simétricas dos dois hemisférios. Constituem as três comissuras telencefálicas: CORPO CALOSO, COMISSURA ANTERIOR e COMISSURA DO FÓRNIX. FIBRAS DE ASSOCIAÇÃO Divide-se em Fibras De Associação Intra-hemisféricas e Fibras De Associação inter-hemisféricas. FIBRAS DE ASSOCIAÇÃO INTRA- HEMISFÉRICAS Classificam-se conforme o tamanho em curtas e longas: CURTAS: São também chamadas devido a sua disposição em FIBRAS ARQUEADAS DO CÉREBRO ou FIBRAS EM U. Associam áreas vizinhas do córtex, como por exemplo, dois giros, passando, neste caso, pelo fundo do sulco. LONGAS: Unem-se em fascículos, sendo mais importante os fascículos: o FASCÍCULO DO CÍNGULO: percorre o giro de mesmo nome, unindo o lobo frontal ao temporal, passando pelo lobo parietal. o FASCÍCULO LONGITUDINAL SUPERIOR (FASCÍCULO ARQUEADO): liga os lobos frontal, parietal e occipital pela face superolateral de cada hemisfério. Possui papel importante na LINGUAGEM, porque estabelece conexão entre as áreas anterior e posterior da linguagem, situados no lobo frontal e na junção do lobo parietal e occipital. Lesões desse fascículo causam graves dinsfunções da linguagem. PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 o FASCÍCULO LONGITUDINAL INFERIOR: une o lobo occipital ao lobo temporal o FASCÍCULO UNCIFORME: liga o lobo frontal ao temporal, passando pelo fundo do sulco lateral. FIBRAS DE ASSOCIAÇÃO INTER- HEMISFÉRICAS Recebem o nome também de FIBRAS COMISSURAIS, porque estabelecem união entre áreas simétricas dos dois hemisférios. Essas fibras agrupam-se para formar as três comissuras do telencéfalo, COMISSURA DO FÓRNIX, COMISSURA ANTERIOR E CORPO CALOSO. COMISSURA ANTERIOR: possui uma parte olfatória que une bulbos e tratos olfatórios, e uma parte não olfatória que estabelece união entre os lobos temporais. COMISSURA DO FÓRNIX: estabelecem conexão entre os dois hipocampos. CORPO CALOSO: a maior das comissuras telencefálicas e também o maior feixe de fibras do sistema nervoso. Estabelece conexão entre áreas corticais simétricas dos dois hemisférios, exceto do lobo temporal. Permite a transferência de conhecimentos e informações de um hemisfério para o outro. FIBRAS DE PROJEÇÃO Estas fibras agrupam-se para formar o FÓRNIX e a CÁPSULA INTERNA. FÓRNIX: liga o hipocampo aos núcleos mamilares do hipotálamo. Está relacionado com a MEMÓRIA. CÁPSULA INTERNA: é um grande feixe de fibras que separa o tálamo. Possui fundamental importância porque é o caminho de fibras que entram e saem do córtex cerebral, entre as fibras tem-se: TRATO CORTICOESPINHAL, CORTICONUCLEAR e CORTICOPONTINO, FIBRAS CORTICORRETICULARES e CORTICOESTRIATAIS. RADIAÇÕES: São as fibras que passam na cápsula interna e encaminham-se ao córtex, e vem do tálamo. Estas fibras por não serem misturadas e por terem localizações especificas na cápsula interna podem ser lesionadas isoladamente a apresentarem quadros clínicos diferentes. Fibras Do Trato Corticonuclear ocupam o joelho da cápsula interna; Fibras Do Trato Corticoespinhal e das radiações talâmicas, na perna posterior, que levam ao córtex a sensibilidade somática geral. As radiações óptica e auditiva passam na perna posterior da cápsula interna, mas na porção abaixo do núcleo lentiforme. Lesões da cápsula interna, decorrentes de hemorragias ou obstruções de seus vasos, ocorrem com bastante frequência, constituindo os AVC – ACIDENTES VASCULARES CEREBRAIS ou ‘’DERRAMES CEREBRAIS’’, que geralmente causam HEMIPLEGIA E DIMINUIÇÃO DA SENSIBILIDADE NA METADE OPOSTA DO CORPO. ESTRUTURA DO CÓRTEX CEREBRAL GENERALIDADES Córtex cerebral é a camada fina de substância cinzenta que reveste o centro branco medular do cérebro ou centro semioval. Partes mais importantes do SN. Chega impulsos oriundos de todas as vias da sensibilidade, que aí se tornam conscientes e são interpretadas. Lesão nas áreas corticais da visão pode ocasionar cegueira mesmo com as vias visuais intactas. Do córtex saem impulsos que iniciam e comandam os movimentos voluntários e psíquicos. CITOARQUITETURA DO CÓRTEX No córtex contém neurônios, células neurogliais e fibras. Quanto a estrutura, difere-se em dois tipos de córtex: ISOCÓRTEX E ALOCÓRTEX ISOCÓRTEX: Possui 6 camadas: I- camada molecular II- camada granular externa III- camada piramidal externa IV- camada granular interna V- camada piramidal interna (ou ganglionar) VI- camada de células fusiformes (ou multiformes) CAMADA MOLECULAR Rica em fibras de direção horizontal e contém poucos neurônios. São três os principais neurônios do córtex: PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 a) CÉLULAS GRANULARES: também denominadas células estreladas. Possuem dendritos que se ramificam próximo ao corpo celular, e um axônio que pode estabelecer conexões com células das camadas vizinhas. Principal interneurônio cortical. Predominam nas camadas granular interna e externa. b) CÉLULAS PIRAMIDAIS: assim chamadas por causa da forma piramidal do corpo celular. As células piramidais gigantes são chamadas de CÉLULAS DE BETZ e ocorrem apenas na área motora do giro pré-central. Possuem dois tipos de dendritos, apicais e basais. O dendrito apical destaca-se do ápice da pirâmide e dirige-se às camadas mais superficiais onde termina. Os dendritos basais, distribuem-se próximo ao corpo celular. Predomina na camada piramidal externa e interna. Camadas efetuadoras c) CÉLULAS FUSIFORMES: possuem um axônio descendente, que penetra no centro branco medular, ou seja, são células efetuadoras. Predominam na camada de células fusiformes, IV camada. FIBRAS QUE SAEM E ENTRAM NO CÓRTEX Podem ser: PROJEÇÃO e DE ASSOCIAÇÃO FIBRAS DE PROJEÇÃO AFERENTES Origem talâmica: oriundas dos núcleos específicos, terminam na camada IV. Origem Extratalâmica: são dos sistemasmodulatórios de projeção difusa, podem ser monoaminérgicas ou colinérgicas e se distribuem a todo o córtex no qual exercem função ativadora (SARA). FIBRAS DE PROJEÇÃO EFERENTES Estabelecem conexões com centros subcorticais Podem ter origem na camada V, piramidal interna. As demais camadas corticais são predominantemente de associação. DESCREVER AS CLASSIFICAÇÕES DO TELENCÉFALO CLASSIFICAÇÃO ANATÔMICA DO CÓRTEX Baseia-se na divisão do cérebro em sulcos, giros e lobos. A divisão em lobos não corresponde a uma divisão funcional ou estrutural, pois em um mesmo lobo temos áreas corticais de funções e estruturas muito distintas. CLASSIFICAÇÃO CITOARQUITETURAL DO CÓRTEX Divisão mais aceita é a de BRODMANN (52 áreas identificadas por números). Podem ser classificadas em grupos maiores: ISOCÓRTEX: possui 6 camadas nítidas (no período embrionário). 90% do córtex. ISOCÓRTEX HETEROTÍPICO: camadas corticais não podem ser claramente individualizadas. o GRANULAR: área sensitiva. Grande quantidade de células granulares. o AGRANULAR: áreas motoras. Grande quantidade de células piramidais. ISOCÓRTEX HOMOTÍPICO: 6 camadas corticais sempre bem individualizadas. ALOCÓRTEX: corresponde ao ARQUI e PALEOCÓRTEX e nunca apresentam 6 camadas. CLASSIFICAÇÃO FILOGENÉTICA DO CÓRTEX ARQUICÓRTEX: localizado no HIPOCAMPO PALEOCÓRTEX: ocupa o ÚNCUS e parte do GIRO PARA-HIPOCAMPAL NEOCÓRTEX: todo o RESTO do córtex. CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DO CÓRTEX Do ponto de vista funcional, as áreas corticais podem ser classificadas em dois grandes grupos: ÁREAS DE PROJEÇÃO E ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO. PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 ÁREAS DE PROJEÇÃO: são as que recebem ou dão origem a fibras relacionadas diretamente com a sensibilidade e a motricidade. ÁREAS PRIMÁRIAS. ÁREAS DE PROJEÇÃO PODEM SER DIVIDIDAS EM DOIS GRUPOS DE FUNÇÃO E ESTRUTURAS DIFERENTES: ÁREAS SENSITIVAS ÁREAS MOTORAS Nas áreas sensitivas e motoras do neocórtex existe isocórtex heterotípico do tipo granular ou agranular. Já nas áreas de associação no neocórtex, existe isocórtex homotípico. ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO: estão relacionadas ao processamento mais complexo de informações. Podem ser divididas em ÁREAS SECUNDÁRIAS E TERCIÁRIAS. ÁREAS SECUNDÁRIAS - UNIMODAIS: estão relacionadas como determinada modalidade sensorial ou com a motricidade. Ex: a área de associação unimodal visual V2 recebe fibras predominantemente da área visual primária V1 ou área de projeção visual. Áreas motoras primárias projetam-se para os neurônios motores da medula espinhal e do tronco encefálico. As áreas de associação motoras, localizadas rostralmente à área motora primária, estão envolvidas com a programação de movimentos que são transmitidos para a área primária para execução. ÁREAS TERCIARIAS-SUPRAMODAIS: ou seja, não ocupam diretamente com as modalidades motora ou sensitiva das funções cerebrais, mas estão envolvidas com atividades psíquicas superiores. Lesões nas áreas de projeção podem causar paralisias ou alterações na sensibilidade, o que não acontece nas áreas de associação. EXPLICAR A NEUROFISIOLOGIA DO TELENCÉFALO ÁREAS SENSITIVAS Distribuídas nos lobos parietal, temporal e occipital; Divididas em áreas primárias (de projeção) (relacionadas à sensação de estímulo recebido) e secundárias e terciárias (de associação) (percepção de características específicas desse estímulo); ÁREAS CORTICAIS RELACIONADAS COM A SENSIBILIDADE SOMÁTICA ÁREA SOMESTÉSICA PRIMÁRIA (S1) Área somestésica primária (S1) e a área da sensibilidade somática geral: localizadas no giro pós-central, nas áreas 3, 1 e 2 de Brodmann; Na área somestésica chegam radiações talâmicas e trazem impulsos relacionados à temperatura, pressão, dor, tato e propriocepção consciente da metade oposta do corpo; Homúnculo sensitivo; Essa somatotropia é igual à observada na área motora; A extensão da representação cortical depende da sua importância e da quantidade de fibras aferentes oriundas daquele local; CORRELAÇÃO CLÍNICA: AVC’s que comprometem as artérias cerebral média e cerebral anterior pode lesar a área somestésica e gerar a perda da sensibilidade discriminativa do lado oposto à lesão. A sensibilidade protopática (mais PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 grosseira), como tato não discriminativo e a sensibilidade térmica e dolorosa, permanecem praticamente inalteradas, pois elas se tornam conscientes em nível talâmico. ÁREA SOMESTÉSICA SECUNDÁRIA (S2) No lobo parietal superior, logo atrás da área somestésica primária; Corresponde à área 5 e parte da área 7 de Brodmann; CORRELAÇÃO CLÍNICA: LESÃO AGNOSIA TÁTIL. Agnosias: incapacidade de reconhecer objetos que estamos visualizando. Não confundir com cegueira, é possível visualizar, mas não é possível reconhecer, interpretar o objeto. ÁREAS CORTICAIS RELACIONADAS COM A VISÃO Áreas visual primária (V1) Também chamada de córtex estriado; Corresponde à área 17 de Broadmann; Aí chegam fibras do trato geniculo-calcarino originadas no corpo geniculado lateral; O córtex primária V1, mostra o contorno dos objetos, esborço primitivo; Existe retinotopia (correspondência entre retina e córtex visual); CORRELAÇÃO CLÍNICA: estimulações elétricas na área 17 causam alucinações visuais, nas quais o indivíduo vê círculos brilhantes, nunca objetos bem definidos. A ablação bilateral dessa área causa a cegueira completa. ÁREAS VISUAIS SECUNDÁRIAS Áreas de associação unimodais (ou seja, relacionadas apenas à visão); Estende-se a quase todo o lobo temporal (áreas 20, 21 e 37 de Brodmann) e uma pequena parte do parietal; São várias áreas visuais secundárias (V2, V3, V4 e V5); São unidas por duas vias: a ventral (o que o objeto é, reconhece cores, faces de outras pessoas) e dorsal (se o objeto está em movimento, onde está, representação espacial do objeto); CORRELAÇÃO CLÍNICA: Lesões causam Agnosias. Lesão na via ventral -> PROSOPAGNOSIA (incapacidade de identificar objetos, desenhos, cor, rostos conhecidos). Lesão na via dorsal (V5) -> ACINETOPSIA (incapacidade de perceber visualmente o movimento das coisas). ÁREAS CORTICAIS RELACIONADAS COM A AUDIÇÃO ÁREA AUDITIVA PRIMÁRIA (A1) Localizada no giro temporal transverso anterior (giro de Heschl) e corresponde às áreas 41 e 42 de Brodmann; Nelas chegam fibras da radiação auditiva do corpo geniculado medial; Representação tonotópica: sons de determinada frequência vão se representar em porções especificas dessa área auditiva primária; CORRELAÇÃO CLÍNICA: estímulos elétricos na área auditiva causam alucinação auditiva. Lesões Bilaterais do giro temporal transverso anterior causam surdez completa. Lesões unilaterais causam déficits auditivos pequenos pois a via não é totalmente cruzada. ÁREA AUDITIVA SECUNDÁRIA (A2): localiza-se no lobo temporal (área 22 de Brodmann), adjacente à área auditiva primária. Sua função é pouco conhecida. ÁREA VESTIBULAR Localizada no lobo parietal próxima a um pequeno território da área somestésica correspondente à face; Mais relacionada com a área de projeção da sensibilidade proprioceptiva do que com a auditiva. ÁREA OLFATÓRIA Parte anterior do úncus e do giro para-hipocampal (córtex pirifome); CORRELAÇÕES CLÍNICAS: CRISES UNCINADAS (EPILEPSIA). ÁREA GUSTATIVA ÁREA GUSTATIVA PRIMÁRIA Parte posterior da ínsula; PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 Existem neurônios sensíveis não só ao paladar, mas também ao olfato e à sensibilidade da boca. ÁREA GUSTATIVA SECUNDÁRIA: região orbitofrontal da área pré-frontal. Recebe aferências que vemda Ínsula. ÁREAS CORTICAIS RELACIONADAS COM A MOTRICIDADE ÁREA MOTORA PRIMÁRIA (M1) Localizada na parte posterior do giro pré-central, corresponde à área 4 de Brodmann; Menor limiar para desencadear movimentos com estimulação elétrica; Desencadeia movimentos no lado oposto; Somatotopia = Homúnculo motor; Dá origem a grande parte das fibras dos TRATOS CORTICOESPINHAL e CORTICONUCLEAR. ÁREAS MOTORAS SECUNDÁRIAS ÁREA PRÉ-MOTORA Ocupa a área 6 de Brodmann no lobo frontal; É menos excitável do que a área motora primária; O estímulo é menos específico e envolve grupos musculares maiores; Via córtico-retículo-espinal -> postura preparatória para realização de movimentos mais delicados; Integra o sistema de neurônios-espelhos; Relaciona-se com o planejamento motor; CORRELAÇÃO CLÍNICA: LESÕES -> PARESIA ÁREA MOTORA SUPLEMENTAR Localizada na parte da área 6 de Brodmann, na parte medial do giro frontal superior; Principais conexões: corpo estriado, via tálamo, com a área motora primária e com a área pré- frontal; Função mais importante: planejamento motor de sequências complexas de movimentos. PLANEJAMENTO MOTOR Iniciativa de planejar o movimento: área pré- frontal (recebe aferências de quase todo SN); Planejamento: áreas motoras secundárias (elabora um plano motor, usa as informações para escolher os grupos musculares que irão executar, a direção); Execução: áreas motoras primárias (parte as fibras que formam o TRATO CORTICOESPINHAL E TRATO CORTICONUCLEAR que realizam o movimento); Também recebe informações do cerebrocerebelo, via dento-talâmico-cortical; CORRELAÇÃO CLÍNICA: LESÃO -> APRAXIAS SISTEMA DE NEURÔNIOS-ESPELHOS Ativados quando um indivíduo faz um ato motor específico como estender a mão para pegar um objeto ou quando vê um indivíduo fazendo a mesma coisa, por exemplo; Frontoparietal; Distribuição somatotópica; Tem ação moduladora da excitabilidade dos neurônios responsáveis pelo ato motor; Estão na base da aprendizagem motora por imitação. ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO TERCIÁRIAS Supramodais; Recebem e integram as informações sensoriais já elaboradas por todas as áreas secundárias e são responsáveis também pela elaboração das diversas estratégias comportamentais. ÁREA PRÉ-FRONTAL Compreende a parte anterior não motora do lobo frontal; Ocupa cerca de ¼ da superfície do córtex cerebral; Tem conexões com quase todas as áreas corticais; Exerce funções coordenadoras das funções neurais; É a principal responsável pelo nosso comportamento inteligente, memória operacional. Dividida em duas: ÁREA PRÉ-FRONTAL DORSOLATERAL Ocupa a superfície anterior e dorsolateral do lobo frontal; Liga-se ao corpo estriado (putâmen) integrando o circuito cortiço-estriado-talâmico-cortical; Papel importante nas funções executivas que envolvem o planejamento e a execução das estratégias comportamentais mais adequadas à situação física e social do indivíduo e a capacidade de alterá-las; PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 Envolve a avaliação das consequências dessas ações, planejamento e organização de ações e soluções de problemas novos. Responsável pela memória operacional, que é um tipo de memória de curto prazo. ÁREA PRÉ-FRONTAL ORBITOFRONTAL Ocupa a parte ventral do lobo frontal adjacente às órbitas compreendendo os giros orbitários; Pertence ao circuito envolvido no processamento das emoções, supressão de comportamentos socialmente indesejáveis, manutenção da atenção; CORRELAÇÃO CLÍNICA: lesões -> tamponamento psíquico (alegria e tristeza), déficit de atenção e comportamentos inadequados. ÁREA PARIETAL POSTERIOR Compreende todo o lobo parietal inferior, ou seja, os giros supramarginal, área 40, e angular, área 39, estendendo-se também às margens do sulco temporal superior e parte do lóbulo parietal superior; Funciona como um centro que integra as áreas secundárias auditiva, visual e somestésica; Reúne diferentes modalidades para formar uma imagem completa do objeto; Participa no planejamento de movimentos, atenção seletiva e percepção espacial; CORRELAÇÕES CLÍNICAS: Em lesões bilaterais o paciente fica incapaz de explorar o ambiente e alcançar objetos de interesse. Pode ocorrer também desorientação espacial generalizada; Síndrome de negligência ou síndrome de intenção: em relação ao próprio corpo ou ao espaço exterior. Ocorre principalmente em lesões área parietal inferior nas lesões do lado direito (mais visuoespacial) CÓRTEX INSULAR ANTERIOR O córtex insular posterior é isocórtex heterotípico granular, característico das áreas de projeção primárias, no caso, as áreas gustativas e sensoriais viscerais; Já o córtex insular anterior é isocórtex homótipo, característico das áreas de associação; Empatia. Conhecimento da própria fisionomia como diferente da dos outros Sensação de nojo na presença ou simplesmente imagens de fezes, vômitos outra situação considerada nojenta. CORRELAÇÃO CLÍNICA: perdida em lesões da ínsula e podem estar envolvidas em muitas psicopatias; o Conhecimento da própria fisionomia como diferente da dos outros; o Sensação de nojo; o Percepção dos componentes subjetivos das emoções. ÁREAS LÍMBICAS Compreende áreas de halocórtex, mesocórtex e isocórtex e área pré-frontal orbitofrontal; Relacionado com memórias e emoções; ÁREAS RELACIONADAS COM A LINGUAGEM. AFASIAS 2 ÁREAS CORTICAIS PRINCIPAIS PARA A LINGUAGEM: UMA ANTERIOR E OUTRA POSTERIOR. ÁREA ANTERIOR DA LINGUAGEM: corresponde a área de Broca, relacionada com a expressão da linguagem. A área de Broca é responsável pela programação da atividade motora relacionada com a expressão da linguagem. Localizadas na Área 44 e parte da área 45 de Brodmann, nas partes opercular e triangular do giro frontal inferior; ÁREA POSTERIOR DA LINGUAGEM: corresponde a área de Wernicke, parte mais posterior da área 22 de Brodmann, na junção entre os lobos temporal e parietal, relacionada com a percepção da linguagem. Ambas ligadas pelo FASCÍCULO LONGITUDINAL SUPERIOR ou FASCÍCULO ARQUEADO; CORRELAÇÃO CLÍNICA: Lesões dessas áreas causariam os distúrbios de linguagem (AFASIAS). Afeta apenas as áreas corticais de associação da linguagem: pode ser motora/ de expressão (AFETA BROCA) ou sensitiva/ de percepção (AFETA WERNICKE). Existem outras áreas cerebrais relacionadas com aspectos específicos da linguagem. No lobo temporal, por exemplo, existem áreas diferentes para a capacidade de nomear objetos, pessoas e animais. CORRELAÇÃO CLÍNICA: Lesão do giro angular pode causar um tipo de afasia denominado dislexia, dificuldade de ler, que pode estar PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 acompanhada de disgrafia, ou dificuldade de escrever. ASSIMETRIA DAS FUNÇÕES CORTICAIS Afasias: lesões no hemisfério esquerdo. Surgiu daí o conceito de que esse é o “hemisfério dominante”. Distúrbios da linguagem: lesões no hemisfério direito DIREITO: habilidades artísticas, percepção do espaço, reconhecimento de fisionomia, etc. ESQUERDO: linguagem e raciocínio matemático Isso se manifesta apenas nas áreas de associação; Em 96% dos indivíduos destros, o hemisfério dominante (relacionado com a linguagem) é o esquerdo (contralateral à mão dominante). CORRELAÇÃO CLÍNICA: secção do corpo caloso. O indivíduo se torna incapaz de descrever um objeto em sua mão esquerda embora possa fazer isso quando o objeto está na mão direita. EXPLICAR A DOMINÂNCIA ENTRE HEMISFÉRIOS DO TELENCÉFALO Do ponto de vista funcional os hemisférios cerebrais não são simétricos. E que a maioriados indivíduos as áreas da linguagem estão do lado esquerdo. Até mesmo a linguagem de sinais depende de informações visuomotoras que se localiza no hemisfério esquerdo. Concluindo assim que o HEMISFÉRIO ESQUERDO é o DOMINANTE. Enquanto isso o hemisfério direito exerce papel secundário. OBS: A assimetria funcional dos hemisférios se mantém apenas nas ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO. Já que o funcionamento motor e sensitivo é igual para os dois.
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